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entry Sep 28 2022, 10:56 PM
Para FMI, sistema de consenso do “novo” Ethereum pode gerar concentração de poder decisório

* por Decrypt

O FMI destacou como um mecanismo de consenso de prova de participação (PoS) pode levar a uma “concentração excessiva de poderes de tomada de decisão”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou nesta terça-feira (27) problemas potenciais trazidos pelo sistema de consenso proof-of-stake (PoS) – como o usado pelo Ethereum após a recente Fusão – para a infraestrutura blockchain em um artigo. O texto também faz sugestões para a criação de uma estrutura regulatória que poderia limitar os riscos globais de ativos digitais.

PoS é uma alternativa ao mecanismo de consenso proof-of-work (PoW), como aquele usado pelo Bitcoin. Em vez de dedicar poder computacional para proteger a rede, como no caso do PoW, os validadores de PoS apostam a criptomoeda nativa da rede para validar transações na blockchain.

O artigo do FMI aborda como o PoS “pode criar uma concentração excessiva de poderes de tomada de decisão em exchanges de criptomoedas e provedores de serviço de wallet, o que pode aumentar os riscos de integridade do mercado”, apesar da potencial economia de energia.

Por outro lado, também destaca como a mineração PoW requer uso intensivo de energia, o que pode neutralizar o “objetivo global de fazer a transição para uma economia de baixo carbono”.

Em relação à regulamentação em geral, o estudo diz que os reguladores devem adotar uma “abordagem neutra em termos de tecnologia”, mas também devem “considerar as implicações regulatórias de diferentes formas de tecnologia” como “certos tipos de mecanismos de consenso que sustentam blockchains podem gerar atritos com políticas mais amplas”.

Segundo a instituição, uma “abordagem tecnologicamente neutra pode não ser sustentável daqui para frente”.

Regras globais
O relatório também fez uma série de outras recomendações, incluindo pedir ao Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) que intensifique seus esforços, dizendo que ele está “bem posicionado para assumir a liderança na coordenação e estabelecimento de padrões globais para apoiar a regulamentação nacional de ativos cripto”.

O FSB foi estabelecido em 2009, logo após a crise financeira global de 2008.

Trabalhando na cidade de Basileia, na Suíça, a organização monitora e faz recomendações sobre o sistema financeiro global e foi descrita como “um quarto pilar” da governança econômica mundial ao lado do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio.

O relatório continua dizendo que os “riscos de estabilidade financeira dos criptoativos podem ainda não ser globalmente sistêmicos, mas as crescentes implicações sistêmicas já podem ser vistas em alguns países”, e identificou um aumento significativo na correlação entre criptoativos e ativos financeiros tradicionais durante períodos de estresse de mercado.

As principais etapas descritas no documento incluem garantir que “as principais entidades centralizadas que executam as funções principais sejam licenciadas e autorizadas” e que as autoridades possam considerar os riscos em torno da “volatilidade, conscientização do mercado, conhecimento e compreensão do produto e como os ativos cripto são usados”.

Cooperação internacional
Ao longo do documento, o FMI enfatiza a importância da colaboração internacional, dizendo que as “dimensões intersetoriais e transfronteiriças dos criptoativos tornam a coordenação e cooperação doméstica e internacional a chave”, mais do que no caso de muitas atividades financeiras tradicionais”.

Sem essa abordagem vinculada à regulação, poderia haver meios limitados de lidar com “arbitragens regulatória por entidades financeiras”, de acordo com o relatório do FMI.

No entanto, o FMI deixou claro que “a regulamentação não deve ser vista como sufocante da inovação, mas sim como construção de confiança”.

 
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