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entry Feb 15 2024, 09:38 PM
Ações de empresas de IA sobem após Nvidia revelar participações

* por Reuters

As ações de empresas menores de inteligência artificial subiram nesta quinta-feira (15), depois que a Nvidia, a fabricante de chips de IA mais dominante do mundo, revelou ter participação nelas, oferecendo pistas sobre sua estratégia de crescimento.

O rali mostrou a crescente influência da Nvidia no mundo da IA, à medida que seu valor de mercado cresce em ritmo acelerado, tornando-a a terceira empresa mais valiosa dos Estados Unidos.

A Nvidia divulgou suas participações até 31 de dezembro em um documento à SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA, na noite de quarta-feira (14).

Esse tipo de divulgação é acompanhado de perto por investidores e geralmente está associado a movimentos feitos por gestoras de fundos, em vez de empresas.

Os papéis da empresa de biotecnologia Recursion Pharmaceuticals, na qual a Nvidia investiu quase US$ 76 milhões, subiu 13,8%.

A gigante do Vale do Silício também investiu quase US$ 3,7 milhões no desenvolvedor de assistentes de voz conversacionais SoundHound AI, elevando suas ações em 66,7%, a US$ 3,76.

A Nvidia também comprou uma fatia na empresa de dispositivos médicos Nano-X Imaging, com sede em Israel, que usa software de IA para analisar relatórios. Seus papéis avançaram 49,37%.

As ações de outras empresas de microcapitalização do setor também valorizaram-se, com a Guardforce AI adicionando 19,1% e a BigBear.ai Holdings ganhando 17,8%.

entry Feb 14 2024, 07:38 PM
Ações europeias se recuperam com dados mais fracos de inflação no Reino Unido

* por Shubham Batra e Amruta Khandekar | Reuters

(Reuters) - As ações europeias recuperaram terreno nesta quarta-feira, depois que a inflação no Reino Unido mais fraca do que o esperado impulsionou as expectativas de cortes iminentes na taxa de juros pelo Banco da Inglaterra.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,50%, a 485,24 pontos, após uma queda de 1% na sessão anterior.

O índice Financial Times de Londres avançou, depois que dados mostraram que a inflação doméstica repetiu em janeiro a taxa do mês anterior, desafiando as previsões de aumento.

Os mercados acionários de todo o mundo se estabilizaram depois de uma liquidação após dados na terça-feira mostrarem uma inflação nos Estados Unidos mais forte do que o esperado, o que adiou as expectativas de corte dos juros do Federal Reserve.

"As ações globais estão em uma mentalidade de 'comprar na baixa', portanto quando ficou claro que parece haver algum limite para as vendas de ações e títulos dos EUA, vimos os mercados europeus se recuperarem", disse Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers.

Enquanto isso, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, disse que são necessários mais dados antes que o BCE possa se sentir confortável com o fato de que as taxas de juros recorde tenham feito seu trabalho.

Entre os setores, o índice aeroespacial e de defesa atingiu um recorde, fechando em alta de 1,2%.

As ações de tecnologia se recuperaram das perdas acentuadas da sessão anterior com um avanço de 1,0%, enquanto as mineradoras caíram 0,5% e atingiram o menor nível em quase quatro meses.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,75%, a 7.568,40 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,38%, a 16.945,48 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,68%, a 7.677,35 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,63%, a 31.329,38 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,09%, a 9.916,60 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,55%, a 6.100,10 pontos.

entry Feb 14 2024, 07:28 PM
Frenesi com IA coloca Nvidia brevemente à frente da Amazon em valor de mercado

* por Reuters

A Nvidia ultrapassou brevemente a Amazon.com Inc em valor de mercado nesta segunda-feira (12), conforme a euforia em torno da inteligência artificial catapultou a fabricante de chips para o posto de quarta empresa mais valiosa dos EUA.

No patamar recorde de US$ 734,96 (R$ 3.674,80), a Nvidia valia US$ 1,82 trilhão (R$ 9,1 trilhões) em valor de mercado, em comparação com US$ 1,81 trilhão da gigante varejista Amazon.com e alguns bilhões a menos que o US$ 1,87 trilhão (R$ 9,35 trilhões) da Alphabet, proprietária do Google, de acordo com dados da LSEG.

A última vez que a Nvidia foi mais valiosa do que a Amazon foi em 2002, quando cada uma valia menos de US$ 6 bilhões (R$ 30 bilhões).

Após a Amazon ter registrado no mês passado vendas acima do esperado durante o trimestre das festas de fim de ano, os investidores estão na expectativa pelos resultados trimestrais da Nvidia em 21 de fevereiro, a última das empresas megacapitalizadas a divulgar seus lucros nesta temporada.

As ações da empresa já subiram 47% no acumulado do ano, tornando-o a maior ganhadora do S&P 500.

entry Feb 12 2024, 09:33 PM
Os dias da Alemanha como superpotência industrial estão chegando ao fim

* por Wilfried Eckl-Dorna , Jana Randow , Carolynn Look e Petra Sorge | Bloomberg

Em uma imensa sala de produção em Düsseldorf no outono passado (primavera no Hemisfério Sul), os tons sombrios de um tocador de trompa acompanharam o ato final de uma fábrica centenária.

Em meio ao tremular de tochas e archotes, muitas das 1.600 pessoas que perderam seus empregos permaneceram impassíveis enquanto o metal incandescente do último produto da fábrica —um tubo de aço— era alisado até se tornar um cilindro perfeito em um laminador.

A cerimônia marcou o fim de uma trajetória de 124 anos que começou no auge da industrialização alemã e resistiu a duas guerras mundiais, mas não conseguiu sobreviver às consequências da crise energética.

Houve vários exemplos de finais semelhantes ao longo do último ano, destacando a dolorosa realidade que a Alemanha enfrenta: seus dias como uma superpotência industrial podem estar chegando ao fim. A produção manufatureira na maior economia da Europa tem apresentado uma tendência de queda desde 2017, e a queda está se acelerando à medida que a competitividade diminui.

"Não há muita esperança, sejamos honestos", disse Stefan Klebert, CEO da GEA Group AG —fornecedora de máquinas de fabricação que remonta ao final do século 19. "Estou realmente incerto se podemos deter essa tendência. Muitas coisas teriam que mudar muito rapidamente."

Os alicerces da máquina industrial da Alemanha estão caindo como dominós. Os Estados Unidos estão se afastando da Europa e buscando competir com seus aliados transatlânticos em investimentos climáticos. A China está se tornando um concorrente maior e não é mais um comprador insaciável de produtos alemães. O golpe final para alguns fabricantes pesados foi o fim dos volumes enormes de gás natural barato da Rússia.

Ao lado da volatilidade global, a paralisia política em Berlim está intensificando problemas domésticos de longa data, como infraestrutura precária, força de trabalho envelhecida e emaranhado de burocracia. O sistema educacional, antes uma força, é emblemático de uma falta de investimento de longo prazo em serviços públicos. O instituto de pesquisa Ifo estima que a queda nas habilidades matemáticas custará à economia cerca de €14 trilhões (mais de R$ 75 trilhões) em produção até o final do século.

Em alguns casos, a desaceleração industrial está ocorrendo em pequenos passos, como reduzir planos de expansão e investimento. Outros são mais evidentes, como transferir linhas de produção e reduzir funcionários. Em casos extremos —como a planta de tubos da Vallourec SACA, que já fez parte do gigante industrial caído Mannesmann— a consequência é o fechamento permanente.

"O choque foi enorme", disse Wolfgang Freitag, que trabalhou na planta desde a adolescência. O trabalho do homem de 59 anos agora é desmontar equipamentos para venda e ajudar seus antigos colegas a encontrar novos empregos.

A Alemanha ainda possui uma invejável lista de pequenos fabricantes ágeis, e o Bundesbank e outros rejeitam a ideia de que a desindustrialização total esteja próxima. Mas, com as reformas paralisadas, não está claro o que vai desacelerar a queda.

"Não é preciso ser pessimista para dizer que o que estamos fazendo no momento não será suficiente", disse Volker Treier, chefe de comércio exterior das Câmaras de Comércio e Indústria da Alemanha. "A velocidade da mudança estrutural é vertiginosa."

A frustração é generalizada. Embora centenas de milhares de pessoas tenham saído às ruas nas últimas semanas para protestar contra o extremismo de direita, o partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha, ou AfD, está à frente de todos os três partidos governantes nas pesquisas —atrás apenas do bloco conservador. A aliança liderada pelo social-democrata Scholz tem o apoio de 34% dos eleitores, de acordo com uma análise recente das pesquisas pela Spiegel.

A perda de competitividade industrial ameaça mergulhar a Alemanha em uma espiral descendente, segundo Maria Röttger, chefe do norte da Europa da Michelin. A fabricante francesa de pneus está fechando duas de suas fábricas alemãs e reduzindo o tamanho de uma terceira até o final de 2025, afetando mais de 1.500 trabalhadores. O rival americano Goodyear tem planos semelhantes para duas instalações.

"Apesar da motivação de nossos funcionários, chegamos a um ponto em que não podemos exportar pneus de caminhão da Alemanha a preços competitivos", disse ela em uma entrevista. "Se a Alemanha não puder exportar de forma competitiva no contexto internacional, o país perderá uma de suas maiores forças."

Outros exemplos de declínio surgem regularmente. A GEA está fechando uma fábrica de bombas perto de Mainz em favor de um local mais novo na Polônia. A fabricante de autopeças Continental AG anunciou planos em julho para abandonar uma planta que produz componentes para sistemas de segurança e freios. A concorrente Robert Bosch GmbH está em processo de redução de milhares de trabalhadores.

A crise energética no verão de 2022 foi um grande catalisador. Embora cenários pessimistas como casas congeladas e racionamento tenham sido evitados, os preços continuam mais altos do que em outras economias, o que aumenta os custos com salários mais altos e complexidade regulatória.

Um dos setores mais afetados foi o químico —resultado direto da perda da Alemanha de gás russo barato. Com a transição para o hidrogênio limpo ainda incerta, quase uma em cada dez empresas planeja interromper permanentemente os processos de produção, de acordo com uma pesquisa recente da associação industrial VCI. A BASF SE, maior produtora química da Europa, está cortando 2.600 empregos e a Lanxess AG está reduzindo a equipe em 7%.

A burocracia lenta da Alemanha também não está acompanhando, mesmo quando as empresas estão dispostas a investir. A GEA instalou capacidade solar em uma fábrica na cidade alemã de Oelde, onde fabrica equipamentos que podem separar creme do leite. Ela solicitou permissões para alimentar a energia em janeiro passado, dois meses antes de iniciar a construção, e ainda está aguardando aprovação —quase dois anos após iniciar o projeto.

A escassez de energia veio logo após as interrupções causadas pela pandemia, que levaram a linhas de montagem paradas enquanto os fabricantes de automóveis alemães esperavam meses por chips e outros componentes, destacando os riscos de depender de uma rede de fornecedores distantes, especialmente na Ásia.

A China está causando problemas para a Alemanha de várias maneiras. Além de sua mudança estratégica para a fabricação avançada, uma desaceleração da economia da superpotência asiática está minando ainda mais a demanda por produtos alemães. Ao mesmo tempo, a concorrência barata da China preocupa setores-chave para a transição climática da Alemanha —e não apenas carros elétricos.

Os fabricantes de painéis solares estão fechando operações e reduzindo a equipe, pois lutam para competir com concorrentes chineses apoiados pelo Estado. A Solarwatt GmbH, sediada em Dresden, já reduziu 10% de sua força de trabalho e pode transferir a produção para o exterior se a situação não melhorar neste ano, segundo o CEO Detlef Neuhaus.

Os ventos contrários da Alemanha exigem adaptação. Para a EBM-Papst, produtora de ventiladores, a crise industrial significou adquirir um fornecedor em dificuldades. E, para se manter ágil, a empresa transferiu a produção para componentes de bombas de calor e centros de dados, afastando-se do setor automotivo. Também está procurando transferir algumas tarefas administrativas para o leste europeu ou Índia.

"Não é apenas energia", disse o CEO Klaus Geißdörfer em uma entrevista. "Também é a disponibilidade de pessoal na Alemanha, que agora está muito tensa." Em uma década, a população em idade de trabalho será muito pequena para manter a economia funcionando como hoje, acrescentou.

O Bundesbank concluiu em um relatório de setembro que uma queda na manufatura —que representa pouco menos de 20% da economia, quase o dobro do nível dos Estados Unidos— não é preocupante, se for gradual.

Essa tendência pode significar o fim da estrada para fabricantes mais básicos, como a fábrica de tubos em Düsseldorf. Freitag, membro do conselho de fábrica, está ajudando a preparar o terreno de 90 hectares para venda. Grande parte do equipamento acabará em um ferro-velho, o que "faz meu coração e meus olhos chorarem", disse ele.

entry Feb 11 2024, 07:18 PM
Oxford sob fogo por aumentar investimentos em combustíveis fósseis

* por Attracta Mooney | Londres | Financial Times

A Universidade de Oxford está sendo duramente criticada depois que seu fundo patrimonial de £6 bilhões (R$ 37, 5 bi) aumentou seus investimentos em combustíveis fósseis apenas alguns anos após fazer um compromisso histórico de desinvestimento.

Embora seus investimentos sejam pequenos, a exposição indireta do fundo aos combustíveis fósseis aumentou de 0,32% para 0,52% entre 2021 e 2022, de acordo com relatórios publicados. Cerca de £1 (R$ 6) a cada £200 (R$ 1.251) do fundo agora está investido em combustíveis fósseis.

A universidade afirmou em 2020 que abandonaria todos os investimentos diretos em combustíveis fósseis após pressão contínua de estudantes e acadêmicos. No entanto, isso não se aplica à exposição indireta mantida por meio de investimentos com gestores de ativos externos.

Zak Coleman, gerente de campanha do Invest for Change, uma campanha do Students Organising for Sustainability UK, acusou a universidade de usar "brechas" para continuar investindo em combustíveis fósseis. A queima de combustíveis fósseis é de longe o maior contribuinte para as mudanças climáticas.

"É extremamente preocupante ver a universidade explorando essas brechas em sua política já fraca para continuar investindo cerca de £31,2 milhões (R$ 195 mi) na indústria de combustíveis fósseis, que está trabalhando tão arduamente para sabotar a ação climática."

A Campanha de Justiça Climática de Oxford, que liderou o movimento pelo desinvestimento na universidade, disse: "Essa notícia é um exemplo chocante de greenwashing institucional e um tapa na cara dos estudantes, funcionários, acadêmicos e ex-alunos que trabalharam incansavelmente pelo desinvestimento em combustíveis fósseis."

O aumento da exposição aos combustíveis fósseis foi resultado de movimentos de mercado, à medida que os preços das ações de petróleo e gás subiram em meio à crise energética, bem como novos investimentos com gestores de ativos com participações em ações intensivas em carbono.

Antonia Coad, chefe de sustentabilidade e assuntos corporativos da Oxford University Endowment Management (OUem), que supervisiona o fundo patrimonial, disse que o fundo "implementou totalmente" os compromissos de desinvestimento da universidade.

Ela acrescentou que a exposição indireta do fundo "flutuará por uma variedade de razões em uma base anual", incluindo movimentos de mercado, como visto em 2021 e 2022.

O fundo patrimonial, que supervisiona o dinheiro da universidade, suas faculdades e outros, geralmente usa gestores de fundos para investir, o que significa que faz poucos investimentos diretos. A OUem também administra uma conta de capital de médio prazo para a universidade. Incluindo a conta de capital, a OUem afirmou que a exposição da universidade aos combustíveis fósseis agora é de 0,45%.

Os fundos patrimoniais educacionais têm sido alvo de intensa pressão para abandonar os combustíveis fósseis nos últimos anos, com quase três quartos das universidades do Reino Unido se comprometendo com um desinvestimento completo.

Nesta semana, um dos maiores fundos de pensão da Europa vendeu suas participações em grandes empresas de petróleo e gás, incluindo Shell e BP, devido a preocupações de que as empresas estivessem fazendo pouco progresso na transição para negócios mais verdes.

entry Feb 10 2024, 09:20 PM
Por que a Solana ainda é a “queridinha” dos analistas mesmo com apagões na rede

* por Rodrigo Tolotti | Portal do Bitcoin

Desde o ano passado, umas das criptomoedas que mais tem chamado atenção é a Solana (SOL), que fechou 2023 com ganhos de mais de 900% entre novidades puxadas não só pelo interesse positivo pelo projeto, mas também com diversos airdrops de sucesso e o lançamento de algumas memecoins que bombaram.

Mas mesmo com todo esse sucesso, a Solana enfrenta constantemente problemas de queda de funcionamento, sendo o mais recente no dia 6 de fevereiro, quando ficou 5 horas sem processar operações. No total, em menos de quatro anos, o projeto já passou por 11 paradas.

E ainda que esse tipo de situação traga insegurança e dúvidas para ela, o mercado segue otimista com suas propostas, principalmente por conta de sua estrutura mais rápida e de baixo custo, sendo hoje uma das criptomoedas que mais concorrem com o Ethereum (ETH). Mas será que a Solana tem futuro mesmo com esses problemas?

O que é a Solana
Criada em 2017 por Anatoly Yakovenko e Raj Gokal, a Solana foi lançada no mercado apenas em 2020, com todo seu desenvolvimento sendo feito pela Solana Labs.

Com uma blockchain programável e de código aberto, ela possui suporte a contratos inteligentes, sendo assim uma rede versátil, com suporte para criação de tokens, NFTs, dapps, entre outras funcionalidades.

Sua blockchain usa o conceito de Proof-of-Stake (PoS), em que o token SOL em staking permite a mineração da criptomoeda. Porém, aqui existe um grande diferencial, que é o uso de um segundo mecanismo, o Proo-of-History (PoH).

O PoH exige que todos os participantes da rede analisem a validade das transações e concordem com um único histórico de acontecimentos. Nesse modelo, a blockchain é dividida em períodos de tempo em que “líderes” cuidam de cada slot e seu encadeamento de blocos.

“A Solana é uma rede extremamente otimizada. Ela foi criada já com diversas ideias e tecnologias, fazendo com que o seu software use ao máximo todo o hardware que tiver disponível para ele dentro dos validadores”, explica Rony Szuster, analista do Mercado Bitcoin.

Por conta disso, a Solana exige que os seus validadores tenham um hardware mais potente do que a média das criptomoedas, com alta capacidade de memória SSD e memória RAM.

E por conta desses processos e da exigência de mais potência que a rede dela consegue ser muito mais rápida, garantindo também uma melhor escalabilidade do projeto. Além disso, a Solana consegue processar mais transações por segundo, garantindo como consequência um custo mais baixo para o processamento de cada transação.

“Todas essas otimizações são possíveis principalmente por causa do Proof of History”, avalia Szuster.

Solana é melhor que Bitcoin e Ethereum?
Atualmente a Solana é a quinta maior criptomoeda do mundo em valor de mercado, com cerca de US$ 46 bilhões em capitalização, mas com todos os pontos positivos citados acima, há quem questione se ela já não teria força para superar as duas maiores: Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH).

Sua proposta se equipara muito mais com a do Ethereum por conta do suporte a contratos inteligentes e tudo que é possível com essa estrutura, mas com operações mais rápidas garantidas pelo PoH, já que seus validadores não precisam esperar o preenchimento de um bloco inteiro de transações para continuar com o encadeamento de blocos.

Para se ter uma ideia, a Solana permite cerca de 65 mil transações por segundo e seus custos de transação são de menos de US$ 0,01 por transação. Já o Ethereum, está buscando chegar nas 100 mil transações por segundo em novas atualizações, mas seus custos ainda são muito variáveis e atualmente estão na casa de US$ 6 por transação.

Porém, nem tudo são flores para a Solana, sendo uma das principais críticas contra a rede o seu potencial de ser mais centralizada do que a média. Isso por conta da necessidade de ter validadores com hardwares mais potentes, o que faz com que nem todo mundo possa participar desse processo.

“Não é que ela [Solana] seja centralizada, mas não é qualquer um que tenha um computador qualquer em casa que vai conseguir rodar um nó. Tem que ter um mínimo de planejamento ou pelo menos ter alguma máquina muito boa desde o início para você ser um validador da Solana e isso limita a descentralização”, explica o analista do MB.

Por que a rede Solana cai tanto?
Se por um lado a estrutura da Solana permite que ela seja mais rápida, a complexidade gerada nesse cenário facilita o que talvez seja seu “calcanhar de Aquiles”: as sucessivas paralisações e quedas da rede.

E parte desse problema está a forma da arquitetura escolhida pelos desenvolvedores, chamada de monolítica. Nesse modelo, o sistema da rede é único, ou seja, não está dividido em partes menores e roda todo em um único processo.

Segundo Szuster, esse formato é muito mais complexo e sua manutenção é mais trabalhosa do que em um código modular. Enquanto no formato modular é possível retirar partes do código para fazer mudanças sem causar um problema para o código total, quando a estrutura é monolítica isso é mais difícil. “Qualquer coisa que você mexe dentro do código, você pode acabar alterando sem querer algum outro componente desse programa”, explica.

“Então, a Solana, por ter essa arquitetura e por ser totalmente otimizada, às vezes, quando vai ter algum tipo de atualização, ela fica um pouco mais frágil e ela acaba eventualmente caindo”, diz o analista.

Além disso, por ser uma rede que processa grandes quantidades de transações com um custo baixo, também se torna atrativa para agentes mal intencionados tentarem aplicar golpes.

Em 2021, por exemplo, a Solana sofreu ataques do tipo DDoS, que ocorrem quando há um acesso massivo a um endereço, sobrecarregando o sistema. No ano seguinte, a rede voltou a ter problemas com novos ataques e mesmo que entre 2023 e 2024 ela tenha ficado quase um ano sem cair, essa situação ainda não foi totalmente resolvida.

Por que os analistas seguem otimistas com a Solana?
Mesmo com tantas paralisações de rede nos últimos anos, a Solana ainda é muito bem vista no mercado, dado que recentemente muitos projetos ainda escolhem sua blockchain para serem lançados. Esse cenário resultou na recente onda de airdrops e memecoins que fizeram sucesso no segundo semestre de 2023.

Além de correções ao longo do tempo, analistas acreditam no potencial de crescimento da Solana. Em outubro passado, a gestora VanEck publicou um relatório apontando que a Solana poderia atingir US$ 3.211 até 2030, o que representa uma valorização de cerca de 10.000%.

Os analistas ainda avaliam a possibilidade dela se tornar a primeira blockchain a acomodar aplicações com mais de 100 milhões de usuários.

Vale destacar que a Solana passou por um duro teste no fim de 2022 com a quebra da FTX, já que a exchange era uma das principais apoiadoras do projeto. Mas mesmo com a falência da empresa liderada por Sam Bankman-Fried, a Solana conseguiu se reerguer e hoje já é vista novamente com bons olhos no mercado.

Recentemente, a Coinext, em seu relatório de destaques para 2024, também colocou a Solana, destacando que sua rede “visa escalabilidade e baixa latência, tornando-se uma escolha popular para desenvolvedores e investidores em busca de eficiência e capacidade”.

Nos últimos dias, o token SOL voltou a ganhar força e superar a marca de US$ 100 com investidores se preparando para um possível movimento mais forte de alta. Nas redes sociais, um trader bastante seguido no mercado, chamado Wick, destacou que o gráfico do token está formando um padrão semelhante ao visto em outubro e dezembro, antes das recentes disparadas do ativo.

Por fim, Szuster, do MB, lembra que além de airdrops e memecoins, a Solana tem um foco muito forte no segmento mobile, o que nem Ethereum nem nenhuma outra grande plataforma faz.

“Eu acho que isso é uma perspectiva boa para o futuro da Solana, caso de novo não tenha esse problema de queda e não tenha outro tipo de problema desse tipo”, afirma.

entry Feb 9 2024, 07:40 PM
Cade aprova compra da Kopenhagen pela Nestlé

* por Patrícia Vilas Boas

(Reuters) - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da empresa brasileira Grupo CRM, dona da Kopenhagen, pela Nestlé, conforme despacho publicado nesta sexta-feira.

Em nota, a Nestlé disse que aguarda “confiante” o encerramento do processo, que se torna definitivo após 15 dias de sua aprovação.

“O documento produzido pelo órgão regulador corrobora a expectativa da empresa de que a análise seria pautada pelo rigor técnico e sinaliza que a operação reúne as condições adequadas para ser aprovada sem restrições”, acrescentou.

O Grupo CRM opera mais de 1.000 lojas de chocolate no Brasil sob as marcas Kopenhagen e Brasil Cacau.

entry Feb 8 2024, 09:16 PM
BCE tem tempo para aguardar dados e depois decidir sobre cortar juros, diz economista-chefe

* por Estadão

O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou nesta quinta-feira, 8, que, neste momento, a autoridade monetária tem tempo suficiente para aguardar os próximos dados e só depois decidir sobre eventuais cortes de juros. Em evento do Brookings Institute, Lane reiterou que, no encontro do mês passado, havia um consenso entre dirigentes do BCE de que aquele não era o momento adequado para discutir o relaxamento da política monetária.

Segundo ele, há riscos dos dois lados da inflação - tanto para baixo quanto para cima - e também há o risco de pressões salariais.

entry Feb 7 2024, 08:22 PM
União entre Arezzo e Soma divide especialistas sobre eventuais obstáculos no Cade

* por Patrícia Vilas Boas | Reuters

A ideia de que a união entre as empresas de varejo de moda Arezzo&Co e Grupo Soma pode enfrentar obstáculos no processo de aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) dividiu especialistas consultados pela Reuters, com alguns considerando que o futuro megagrupo pode ter aprovação condicionada a algumas exigências e outros não vendo a possibilidade de grandes ressalvas à frente.

"O Cade, de muitos anos para cá, tem tido uma postura bastante positiva nesse setor", disse Ulysses Reis, coordenador de Varejo da Strong Business School (SBS), conveniada da FGV (Fundação Getulio Vargas), citando fusões anteriores como entre Antarctica e Brahma, DirecTV e Sky e, mais recentemente, Nestlé e Garoto.

Reis observou que o Cade não tende a impedir esse tipo de fusão, mas pode condicionar a aprovação à retirada de alguma marca do negócio, como aconteceu com a Bavária, vendida por determinação do órgão regulador para a operação que criou a Ambev.

"Ele [Cade] pode levantar a questão, por exemplo, da Hering... alegando que, pelo fato da Hering ter um peso tão grande, uma capacidade produtiva tão grande, pode criar uma espécie de desequilíbrio no mercado", disse Reis, descartando, contudo, a possibilidade de outros questionamentos.

"São marcas diferenciadas, cada uma tem um posicionamento de mercado voltado para um público diferente. Algumas têm produtos diferentes. Então, quer dizer, isso não afetaria o mercado de moda em si."

As redes de varejo de moda anunciaram no início da semana um acordo de associação para formar uma empresa com faturamento de R$ 12 bilhões. Juntas, elas terão 34 marcas sob gestão, entre elas Schutz, AR&CO, Anacapri, Farm, Hering, Animale e NV, e mais de 2 mil lojas próprias e franquias.

Para a coordenadora da pós-graduação em Negócios e Varejo de Moda da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Marília Carvalhinha, muito dificilmente a fusão vai sofrer alguma reprovação pelo Cade.

"Apesar de ser um número expressivo [R$ 12 bilhões], a gente não consegue identificar aí uma concentração perigosa de mercado, já que o mercado de moda brasileiro fatura em torno de R$ 200, R$ 250 bilhões por ano", afirmou.

Carvalhinha mencionou o faturamento da Lojas Renner, que teve receita consolidada de R$ 13,2 bilhões em 2022, acrescentando que o setor de moda é muito pulverizado.

"Se a gente for pensar, por exemplo, uma Renner fatura aproximadamente R$ 13 bilhões por ano, que é a nossa maior varejista de moda no Brasil, com uma marca só, uma empresa só."

Alberto Serrentino, fundador e consultor da Varese Retail Strategy, compartilha da visão e não vê interposição ou limitações grandes por parte do Cade.

No caso da Hering, Serrentino explica que a marca não compete, por exemplo, no mesmo segmento que a rede Reserva, adquirida pela Arezzo em 2020 por R$ 715 milhões. A Cia Hering recusou em 2021 uma proposta de fusão da Arezzo.

"Não deve haver, do ponto de vista estrutural, nada que impeça a aprovação", disse.

A data prevista para a conclusão do negócio, que também depende do aval de acionistas, é a partir de 2025, segundo executivos das companhias. O diretor financeiro da Arezzo&Co, Rafael Sachete, disse a jornalistas no início da semana que o acordo não será uma questão complexa de aprovação dentro do Cade.

A analista de varejo da Levante Corp, Caroline Sanchez, também sugere que o Cade pode impor condições para a aprovação.

"Talvez a venda de ativos, não sabemos ao certo ainda, mas não tem como se descartar, porque é uma concentração grande de marcas". Sanchez, no entanto, afastou a possibilidade do órgão barrar a operação.

Os executivos das empresas afirmaram a jornalistas que não pretendem se desfazer de nenhuma das 34 marcas, com o presidente do Grupo Soma, Roberto Jatahy, dizendo ainda que "as oportunidades de M&A são grandes" na vertical de vestuário feminino, que é mais pulverizada, onde a nova empresa tem menos participação.

Para Sanchez, o fato de as marcas estarem um "pouco mais concentradas" no segmento premium, sem concorrer diretamente com participantes como Renner ou Riachuelo, também é "um pouco mais positivo para a transação".

A Arezzo&Co tem uma participação de mercado de cerca de 30% no mercado de calçado e acessórios, contra 9-10% de Lojas Renner, cerca de 7% da Guararapes, dona da Riachuelo; 6% da C&A, 2,5-3% da Marisa e 5 a 6% do Grupo Soma, afirmou Sanchez, citando dados da empresa britânica de pesquisa de mercado SimilarWeb.

"Vale lembrar que, por mais que vá se tornar uma grande holding, elas vão ter gestões independentes... A forma como está sendo desenhada essa transação, já está sendo pensada nessa questão de uma possível concentração de mercado que poderia sofrer algum impasse com o Cade."

entry Feb 6 2024, 08:29 PM
Riva adquire do Carrefour Property empreendimentos com venda estimada de R$600 mi em SP e RJ

* por Patricia Vilas Boas | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - O Carrefour Property, unidade de negócios imobiliários do Grupo Carrefour Brasil, assinou acordo de venda de dois terrenos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para a Riva, incorporadora de médio padrão da Direcional Engenharia, com valor geral de vendas (VGV) estimado em mais de 600 milhões de reais.

Segundo comunicado conjunto, a aquisição do terreno de São Paulo já foi aprovada pelo órgão concorrencial e a do terreno do Rio de Janeiro será submetida e condicionada à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Riva irá incorporar e construir empreendimentos residenciais nas áreas adjacentes às atuais operações do Grupo Carrefour Brasil, afirmaram as empresas, com previsão de criação de mais de 1.300 unidades e dez torres residenciais.

A venda faz parte da estratégia do Carrefour Property de destravar valor dos terrenos do grupo no Brasil, densificando áreas onde há operações de varejo, atacarejo e clube de compras, com diferentes formatos de empreendimentos, como torres residenciais e corporativas.

"Acreditamos no conceito multiuso em grandes cidades, proporcionando uma experiência integrada ao estabelecer residências próximas às lojas do Grupo", afirmou a presidente-executiva do braço de gestão e desenvolvimento de portfólio imobiliário do Grupo Carrefour Brasil, Liliane Dutra.

"A empresa tem mais de 500 ativos próprios, totalizando mais de 20 milhões de metros quadrados de landbank. Usamos apenas 15% desse potencial, ou seja, temos uma grande oportunidade de desenvolver essa tese de multiuso", acrescentou a CEO, referindo-se ao banco de terrenos da companhia.

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