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Entradas em December 2018

entry Dec 31 2018, 08:06 PM
Há 20 anos nascia o euro

* por AFP

Frankfurt am Main, 31 dez 2018 (AFP) - Em 1º janeiro, a criação do euro completa 20 anos. A moeda se impôs nos mercados e carteiras de valores e sobreviveu a sua grande crise, mas parece condenada a ser um frágil colosso, incapaz de conseguir consolidar a solidariedade europeia.

Primeiro foi um instrumento virtual usado apenas por financistas, contadores e administradores, até que se materializou em 1º de janeiro de 2002 e, agora, 340 milhões de cidadãos de 19 países (zona euro) compartilham a mesma moeda.

O Banco Central Europeu (BCE), que assumiu as rédeas da política monetária em 1999, afirma ter evitado uma escalada de preços, apesar do fato de a imagem de um euro inflacionário ainda persistir.

A popularidade do euro está em seu nível mais alto, porém.

Uma média de 74% dos cidadãos da zona do euro acredita que a moeda única foi benéfica para a União Europeia (UE), e 64%, para seu próprio país, conforme pesquisas publicadas em novembro pelo BCE. Isso acontece ao mesmo tempo em que movimentos populistas anti-UE estão ganhando terreno em todas as partes do continente.

"O euro está ancorado na população, e mesmo os partidos que se opõem ao sistema tiveram que reconhecer isso", como aconteceu recentemente na Itália, declarou o economista Nicolas Véron, dos Institutos Bruegel, na Bélgica, e Peterson, nos Estados Unidos.

O euro também impulsionou o comércio intercomunitário, e é a segunda moeda mais usada no mundo, embora bem atrás do dólar americano.

Deficiências e divisões
Em 2012, no entanto, a jovem história da moeda única europeia quase foi interrompida, arrastada pela crise da dívida soberana que ameaçou abalar o sistema bancário.

Estes acontecimentos revelaram as deficiências originais da moeda: falta de solidariedade orçamentária para a mutualização da dívida, dos investimentos e, por conseguinte, risco de disparidades profundas entre as economias da zona euro, na ausência de um credor como último recurso para os Estados em dificuldades, entre outros fatores.

Com a crise grega, em particular, como pano de fundo, "o euro alimentou as recriminações recíprocas. Por um lado, os países latinos do sul atacaram o norte pelo seu ordoliberalismo (corrente de pensamento econômico ligado à economia de mercado, desenvolvida há várias décadas na Alemanha) e, por outro, os do norte criticaram os latinos por sua lassidão", afirma o diretor de Estudos Econômicos da International Trade School (IESEG), Eric Dor.

O presidente do BCE, Mario Draghi, conseguiu apagar o incêndio de 2012, afirmando que sua instituição faria "todo o possível para salvar o euro".

Desde então, o BCE tem um programa para comprar, sob certas condições, um montante ilimitado de dívida de um país atacado nos mercados.

Uma arma de dissuasão até então nunca usada, mas que serviu para restaurar a calma.

E, para acabar com o fantasma da deflação, considerado um veneno para a economia, o BCE recorreu a ações sem precedentes, levando suas taxas de juros ao nível mais baixo e comprando principalmente dívida pública de 2015 a 2018, por um montante total de 2,6 trilhões de euros.

No entanto, em nível político, pouco (ou nada) foi feito para corrigir os defeitos inatos da moeda. Os 19 países ainda não possuem as ferramentas para corrigir as disparidades de desenvolvimento, ou investir para enfrentar os desafios econômicos.

Do barro ao concreto
Nos anos 1990, "o mais importante na Europa era, em nível econômico, prover o mercado único com uma moeda única para pôr fim a mudanças significativas na taxa de câmbio entre as moedas dos países-membros e, em nível político, para trazer a Alemanha reunificada para a Europa Ocidental", disse o economista Gilles Moec, do Bank of America Merrill Lynch e ex-funcionário do Banco da França.

Embora esses argumentos fossem suficientes naquela época para "vender" o euro para a população, desde então o prédio não conseguiu se consolidar.

De acordo com a reforma "mínima" da área do euro, anunciada em dezembro de 2018, os 19 países-membros chegaram a um acordo apenas sobre um instrumento orçamental muito limitado.

As ideias mais audaciosas - um ministro das Finanças para a zona do euro, ou a criação de um Fundo Monetário Europeu, entre outras - foram descartadas nos últimos 18 meses de negociações.

Já "o BCE fez o que era possível depois de estabilizar a moeda e o sistema bancário", avaliou Moec.

O economista Nicolás Véron é mais otimista. Para ele, com o saneamento bancário, as dívidas públicas e a ação do BCE, o euro é agora um "colosso com os pés de cimento, em vez de barro".

entry Dec 30 2018, 09:47 PM
EUA e China veem avanço em negociações guerra comercial

* por BBC News | Xangai e Washington

A China disse estar disposta a trabalhar com os EUA para implementar o “importante consenso” alcançado no G20, num possível sinal de progresso nas negociações comerciais após um telefonema entre os líderes dos dois países no fim de semana.

Donald Trump e o dirigente chinês, Xi Jinping, conversaram pelo telefone no sábado (29). O presidente dos Estados Unidos elogiou o “progresso positivo” nas negociações bilaterais, disse o Ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado.

No Twitter, o americano descreveu uma “longa e boa ligação” com o chinês.

No dia 1º, na cúpula do G20 em Buenos Aires, Trump e Xi anunciaram uma trégua na guerra comercial travada entre os países. Um cessar-fogo adiou por 90 dias um aumento nas tarifas impostas a US$ 200 bilhões (R$ 780 bilhões) de bens chineses de 10% para 25%, planejado para esta terça (1º).

No entanto, temores com um colapso na trégua comercial deixaram os mercados financeiros instáveis neste mês.

Ao mesmo tempo, preocupações com as tarifas existentes e as que ainda podem entrar em vigor começam a minar a confiança das empresas em todo o mundo, contribuindo para as previsões de desaceleração do crescimento global.

A prisão de Meng Wanzhou, diretora da Huawei, no Canadá, a pedido dos EUA, também aumentou a ansiedade sobre as relações entre as duas potências.

Analistas questionam se será possível alcançar até março acordo substantivo para resolver problemas importantes, como roubo de propriedade intelectual e transferência forçada de tecnologia.

As partes têm tomado medidas para impedir que o cessar-fogo entre em colapso.

A China, por exemplo, reduziu as tarifas de automóveis de volta a seus níveis antes da guerra comercial e começou a comprar de novo a soja dos EUA.

entry Dec 29 2018, 08:42 PM
Áustria anuncia imposto sobre negócios dos gigantes da internet

* por EFE

Viena, 29 dez (EFE).- O governo da Áustria introduzirá um imposto em nível nacional sobre as atividades de grandes consórcios internacionais de internet como Facebook e Amazon, informou neste sábado a imprensa local.

Em entrevista ao jornal "Österreich" para sua edição de domingo, o chanceler federal, o conservador Sebastian Kurz, afirmou que "é preciso aproveitar as possibilidades da digitalização, ampliar as infraestruturas e, finalmente, impor impostos aos gigantes de internet".

"Além das medidas europeias, nós daremos passos em nível nacional. Introduziremos na Áustria um imposto digital", garantiu o chanceler, que presidiu a União Europeia (UE) este semestre e que passará o bastão à Romênia na próxima terça-feira.

Segundo o político, "seria mais que justo que os gigantes da internet finalmente paguem impostos como devem. Isso porque os consórcios digitais pagam na Europa apenas 9% de impostos, enquanto a economia tradicional paga entre 20% e 25%".

"Não pode ser que consórcios como Facebook e Amazon gerem grandes lucros na Áustria, mas praticamente não paguem impostos", concluiu o chanceler, que prometeu os detalhes do imposto para as próximas semanas.

No início de dezembro, os ministros de Economia da UE não conseguiram alcançar um acordo sobre uma taxa às grandes empresas digitais, que foi debatida durante meses no seio da UE, diante da resistência de países como Irlanda, Dinamarca e Suécia.

A Comissão Europeia tinha proposto um imposto temporário de 3% sobre o faturamento por certos serviços digitais das companhias de internet que faturem mais de 750 milhões de euros no mundo todo e mais de 50 milhões na UE.

entry Dec 28 2018, 08:43 PM
Plano do FMI estabiliza peso e febre do dólar baixa na Argentina

* por Patrick Gillespie | Bloomberg
com a colaboração de Ignacio Olivera Doll.

(Bloomberg) -- Quando a economia está em queda na Argentina, as pessoas sabem exatamente o que fazer: comprar dólares.

A Argentina confia tanto no dólar que o Federal Reserve, banco central dos EUA, classifica o país como um dos dois principais destinos, junto com a Rússia, das remessas de cédulas de dólar. De fato, os argentinos costumam poupar nessa moeda estrangeira e guardam suas economias em contas bancárias e cofres. Quando casas são colocadas à venda, os preços são estipulados em dólares, não em pesos.

No entanto, em novembro, pela primeira vez em quase cinco anos, os argentinos venderam mais dólares do que compraram, desfazendo uma tendência que teria transformado 2018 em um ano recorde para a compra da moeda dos EUA. A reversão ocorreu quando o governo conseguiu estabilizar o peso e refrear as expectativas de inflação com o apoio de um resgate recorde do Fundo Monetário Internacional, no valor de US$ 56 bilhões.

"A estabilização do peso depois de meses de depreciação contínua foi um alívio para os argentinos, que agora estão mais dispostos a economizar na moeda local", disse Thomaz Favaro, diretor da consultoria Control Risks.

As vendas líquidas de dólares chegaram a US$ 107 milhões no mês passado, uma incipiente reversão da tendência após compras líquidas de quase US$ 18 bilhões neste ano, de acordo com dados do banco central publicados recentemente. A desconfiança na moeda local continua fortemente arraigada - os argentinos guardam cerca de US$ 29 bilhões nos bancos e uma quantia desconhecida, muitas vezes comprada no mercado paralelo, em casa.

Apesar da estabilização, o peso perdeu mais de 50 por cento de seu valor até agora neste ano. A hemorragia só estancou em outubro, depois que o banco central implementou uma faixa de flutuação cambial e congelou a quantidade de moeda local em circulação.

A política monetária rigorosa, destinada a esfriar a inflação, pode empurrar a segunda maior economia da América do Sul para uma recessão. Mas, por enquanto, os argentinos parecem inclinados a guardar pelo menos parte de suas economias em pesos, a fim de aproveitar a elevada taxa de juros de 48 por cento paga pelos bancos.

entry Dec 27 2018, 09:03 PM
China diz que negociações de comércio com os EUA em janeiro prometem mais abertura

* por Reuters | Pequim

A China e os Estados Unidos fizeram planos para negociações presenciais sobre o comércio em janeiro, disse o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira (27), enquanto as duas maiores economias do mundo avançam nos esforços para resolver a guerra comercial entre si que já dura meses.

As negociações por meio de telefonemas intensos continuarão enquanto isso, disse Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio, acrescentando que as negociações estão avançando sem parar, apesar do feriado de Natal nos Estados Unidos.

"Mesmo que o lado dos EUA esteja no período de folga de Natal, as equipes econômicas e comerciais da China e dos EUA estão em comunicação estreita, e as negociações estão progredindo de forma ordenada", afirmou Gao, ao ser questionado sobre o andamento das conversas.

Gao não quis comentar diretamente quando questionado por uma confirmação de notícia de uma visita de uma delegação comercial dos EUA marcada para a semana de 7 de janeiro.

"Os dois lados, de fato, fizeram acordos específicos para negociações presenciais em janeiro, além de continuar as intensas conversas telefônicas", disse ele, sem dar mais detalhes.

Autoridades dos EUA e da China conversaram por telefone nas últimas semanas, mas uma reunião no mês que vem seria a primeira conversa presencial desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, encontrou seu colega chinês, Xi Jinping, em Buenos Aires, em 1º de dezembro.

Trump e Xi concordaram em parar com a intensificação das tarifas um sobre o outro, que interromperam o fluxo de centenas de bilhões de dólares de produtos comercializados entre os dois países.

Os líderes também concordaram com novas negociações enquanto os Estados Unidos adiaram o aumento de tarifas, planejado para 1º de janeiro, para março.

Em resposta, a China retomou as compras de soja americana pela primeira vez em seis meses, embora as grandes tarifas sobre as cargas americanas permaneçam em vigor.

A China também disse que suspenderá tarifas adicionais sobre veículos e autopeças fabricados nos Estados Unidos por três meses a partir de 1º de janeiro, acrescentando que espera que ambos os lados possam acelerar as negociações para remover todas as tarifas adicionais sobre os produtos um do outro.

entry Dec 26 2018, 08:47 PM
Oferta de elemento vital de baterias é motivo de briga nos Andes

* por Laura Millan Lombrana | Bloomberg

(Bloomberg) -- Nos últimos nove meses, uma empresa dos EUA que é a maior produtora mundial de lítio - um ingrediente fundamental das baterias de carros elétricos - travou uma batalha contra o governo chileno sobre questões de preços, cotas de produção e cumprimento de normas ambientais. Sem uma solução à vista, a briga está repercutindo em toda a cadeia de abastecimento dos veículos elétricos, que fornece baterias para Tesla, Nissan Motor, Bayerische Motoren Werke e outras fabricantes de automóveis.

A briga ocorre no extremo norte da Cordilheira dos Andes, no Chile, em meio ao árido e austero Deserto do Atacama, uma vasta região de grande altitude cercada por montanhas vulcânicas com picos cobertos de neve, cujos nomes homenageiam deuses antigos dos povos indígenas. A Albemarle, empresa com sede nos EUA, assumiu uma enorme mina em um deserto de sal, onde bombeia a escassa água salgada de salinas secas e lagoas para extrair o valioso mineral. A cerca de vinte quilômetros de distância, grandes bandos de flamingos andinos se alimentam tranquilamente em uma lagoa com minúsculos camarões, como fazem há incontáveis milênios. No entanto, com o aumento da atividade de mineração, os lençóis freáticos estão entre as crescentes preocupações ambientais.

É uma má notícia para os flamingos - e tempos de boom para as mineradoras. As fabricantes de veículos avançaram tão rápido para aumentar a produção que os preços triplicaram em menos de quatro anos, o que levou as mineradoras a empreender uma busca frenética por lítio em todo o mundo. E este é só o começo. A demanda por lítio para as baterias de veículos elétricos deve subir para cerca de 500.000 toneladas nos próximos sete anos, em comparação com as 64.000 toneladas atuais, segundo estimativas da Bloomberg NEF. E a Albemarle, com sede em Charlotte, na Carolina do Norte, pretende investir quase US$ 1 bilhão para mais que triplicar sua capacidade de produção no Chile, que tem mais reservas de lítio do que qualquer outro lugar do planeta.

Não tão rápido, diz o governo chileno, que atacou a empresa com uma infinidade de queixas que poderiam retardar o impulso de expansão. O governo alega que a empresa ignorou seus pedidos para detalhar adequadamente os planos de expansão. Pelo menos duas agências governamentais responsáveis por licenças de lítio recusaram o pedido de licenças necessárias para a expansão da companhia. Uma terceira agência afirmou que vai solicitar arbitragem internacional antes do final do ano por causa de uma disputa de preços entre a empresa e o governo. Será a primeira vez que o governo toma essa medida contra uma empresa estrangeira.

A Albemarle, que preferiu não fazer comentários para esta matéria, afirmou anteriormente que acredita "muito fortemente" na legalidade de sua posição. Até poucos anos atrás, o lítio era um negócio menor, extraído principalmente para usos médicos. Em 2015, a Albemarle adquiriu a operação de lítio no Atacama de outra empresa dos EUA; à medida que a produção aumentou e os preços dispararam, vários executivos da antiga proprietária foram afastados, inclusive John Mitchell, presidente das operações de lítio.

Diante do aumento da produção, a Albemarle não respondeu a telefonemas, e-mails e pedidos formais das autoridades chilenas para obter informações sobre mudanças nas operações de mineração, segundo funcionários do governo. Quando respondeu, as respostas foram incompletas, de acordo com María Elina Cruz, promotora da agência governamental de desenvolvimento Corfo, sugerindo que a sempre delicada relação entre uma empresa multinacional estrangeira e seus anfitriões poderia ter azedado quando a empresa mudou de mãos.

Em uma teleconferência com analistas em novembro, o presidente do conselho e CEO, Luke Kissam, reconheceu que "existe uma briga" com a Corfo, mas não deu detalhes sobre o relacionamento geral com o governo chileno.

entry Dec 25 2018, 10:21 PM
Montadoras reagem em 2018, mas ociosidade das fábricas está em 40%

* por Cleide Silva | Estado de S. Paulo | São Paulo

Depois de um crescimento de cerca de 15% nas vendas deste ano - a segunda alta consecutiva após quatro anos de queda -, a indústria automobilística começa 2019 mais otimista e com previsão de novo resultado positivo. O mercado em recuperação, porém, não é suficiente para reverter a ociosidade, hoje de 40%. Isso significa que há uma sobra de capacidade de produção de 2 milhões de veículos por ano nas fábricas do País.

Essa ociosidade é cara para as montadoras porque edifícios e equipamentos parados ou subutilizados precisam de manutenção. Ao mesmo tempo em que precisa lidar com ativos ociosos, a indústria enfrenta uma revolução com a chegada de carros elétricos e autônomos, a digitalização das fábricas e revendas virtuais - processos que exigem elevados investimentos.

A capacidade produtiva brasileira está em cerca de 5 milhões de unidades anuais desde 2014. Um ano antes, as montadoras tinham batido recorde de 3,7 milhões de veículos produzidos, após quase uma década de crescimento contínuo, e projetavam vender mais de 5 milhões de unidades (entre nacionais e importados) a partir de 2017.

Diante dessas expectativas, as empresas investiram em aumento de capacidade com base em uma demanda crescente. Esse movimento também teve ajuda das marcas premium Audi, BMW, Jaguar Land Rover e Mercedes-Benz, que abriram fábricas no País para escapar da taxação extra imposta aos veículos importados pelo programa Inovar-Auto, encerrado em 2017.

O cálculo da capacidade instalada considera a jornada em dois turnos em cada fábrica, com jornada diária de 8 horas, 250 dias por ano, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A recessão, contudo, freou o avanço do setor. Em 2016, a produção recuou a 2,17 milhões de veículos, voltando aos níveis de 12 anos antes. A retomada começou no ano passado, quando atingiu 2,7 milhões de veículos (comerciais leves, caminhões e ônibus). Neste ano a produção deverá crescer 11%. Só não será melhor porque as exportações para a Argentina (que fica com 70% das vendas externas) e para o México, principais clientes brasileiros, tiveram forte retração.

"O mercado deve fechar 2018 perto de 3 milhões de unidades e, em 2019, poderemos chegar a 3,1 milhões apesar da já esperada queda nos volumes para a Argentina", prevê Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford.

A pequena melhora não deve ter resultados significativos na geração de empregos, embora as empresas já tenham anunciado contratações. Caso da Mercedes-Benz, que abriu 600 vagas temporárias em São Bernardo, no ABC, para voltar a operar em dois turnos. A fábrica da Fiat em Betim (MG) também pode ampliar a mão de obra com o início da produção de um novo veículo em 2019, diz o presidente da FCA Fiat Chrysler, Antonio Filosa.

A Ford e a Volkswagen têm espaço para elevar a produção, ainda sem contratar. No caso da Ford, a unidade do ABC opera com metade de sua capacidade. "Se precisarmos ampliar a produção, faremos sem contratar", diz o presidente do grupo na América do Sul, Lyle Watters. Pablo Di Si, que comanda a Volks, diz que a unidade Curitiba pode ir a dois turnos a partir de 2019 com a produção do T-Cross.

entry Dec 24 2018, 11:11 PM
China e EUA voltam a conversar por telefone sobre negociações comerciais

* por EFE

Pequim, 24 dez (EFE).- Autoridades de China e Estados Unidos tiveram uma nova conversa por telefone por volta das negociações referentes à trégua de 90 dias que procura pôr fim à guerra comercial entre os dois países.

Em um breve comunicado divulgado neste domingo em seu site oficial, o Ministério de Comércio explicou que a ligação aconteceu na sexta-feira passada em nível de vice-ministros e que nela as duas partes tiveram uma "profunda troca de opiniões" sobre o desequilíbrio comercial e a proteção da propriedade intelectual.

O Ministério afirmou que os dois países alcançaram "novos progressos" nestes temas, sem dar mais detalhes, e que os assuntos a tratar nas próximas ligações e visitas mútuas foram lembrados.

entry Dec 23 2018, 06:29 PM
Itália altera medidas para impulsionar vendas de carros elétricos

* por Stephen Jewkes | Reuters

MILÃO (Reuters) - A Itália oferecerá subsídios de até 6 mil euros (6,82 mil dólares) para compradores de novos veículos de baixa emissão de carbono ao mesmo tempo em que estabelecerá impostos sobre a compra de carros a gasolina e diesel maiores, de acordo com medidas aprovadas no parlamento.

As medidas, que constam do orçamento italiano de 2019 aprovado pela câmara alta do parlamento no domingo, trazem mudanças em regras propostas por Roma no início deste mês, que atraíram críticas da indústria automobilística.

Sindicatos e associações do setor automotivo alertaram sobre o novo imposto proposto, afirmando que ele poderia prejudicar não apenas os fabricantes de automóveis, mas também toda a cadeia de fornecimento, custando empregos.

Os partidos dominantes da Itália-- o anti-establishment Movimento 5 Estrelas e A Liga, de direita-- têm se desentendido sobre o assunto, com o último se opondo a quaisquer novos impostos sobre carros, enquanto o 5 Estrelas elogiou as novas regras.

Em sua nova forma, os impostos propostos para carros movidos a combustíveis tradicionais não serão mais aplicados a carros familiares pequenos, mas apenas sobre veículos maiores e de maior potência, inclusive SUVs.

Um imposto de 1,1 mil euros será cobrado em novos carros a gasolina e diesel que produzam de 161 a 175 gramas de emissões de CO2 por quilômetro. O valor aumentará para 1,6 mil euros para emissões de 176 a 200 gramas e para 2 mil euros no caso de emissões de 201 a 250 gramas.

Incentivos para veículos elétricos e híbridos, por sua vez, irão variar de acordo com as emissões geradas e não se aplicarão a modelos que custam mais de 50 mil euros (57 mil dólares).

As novas medidas, que ainda precisam ser aprovadas na câmara baixa, entrarão em vigor em 1º de março e durarão até o final de 2021.

Os carros elétricos, híbridos e a gás metano representam atualmente apenas cerca de 7 por cento das vendas de carros da Itália.

Em dezembro, em reação às medidas originalmente propostas pelo governo italiano, a Fiat disse que poderia revisar seu plano de investimento na Itália se Roma aumentasse os impostos sobre os carros a gasolina e diesel. A Fiat não fez mais comentários desde as alterações nas propostas originais.

O orçamento da Itália para 2019 deve ser aprovado pela Câmara dos Deputados nesta semana.

entry Dec 22 2018, 07:22 PM
Volkswagen prevê que escândalo de emissões custará € 2 bi em 2019

* por Forbes
co Reuters

A resolução de um escândalo no controle de emissões de carros a diesel custará € 5,5 bilhões à Volkswagen em 2018 e € 2 bilhões em 2019, disse o vice-presidente financeiro da empresa, Frank Witter, ao jornal “Boersen-Zeitung”.

Desde 2015, a montadora alemã pagou mais de € 27 bilhões para resolver ações judiciais de investidores e consumidores, bem como multas e remédios regulatórios ligados à resolução de níveis excessivos de emissões de carros a diesel.

Em 2020, a Volkswagen terá custos de cerca de € 1 bilhão relacionados à fraude de emissões, disse Witter ao jornal.

A VW está aderindo aos planos de listar seu negócio de caminhões em 2019 e continua a ver o potencial de crescimento na China, o maior mercado de carros do mundo, disse Witter.

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