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entry Jul 22 2019, 09:40 PM
'Nasdaq chinês' gera comoção em estreia na Bolsa de Xangai

* por AFP

Xangai, 22 Jul 2019 (AFP) - As empresas cotadas no "STAR Market", novo índice chinês que procura rivalizar com o nova-iorquino Nasdaq, registraram impressionantes altas no primeiro dia de transações desta nova plataforma da Bolsa de Xangai, dedicada às ações do setor tecnológico.

A criação desta plataforma é uma das reformas mais importantes do mercado chinês, quando o gigante asiático tenta equilibrar seu modelo econômico, redirigindo-o para as novas tecnologia e produtos com alto valor agregado, em plena guerra comercial com os Estados Unidos.

Até agora, era principalmente Shenzhen, a segunda maior Bolsa de Valores da China continental, atrás de Xangai, onde se destacavam as transações de ações tecnológicas.

Nesta segunda, no STAR Market, o fabricante de baterias solares Anji Technology avançava 415,44% por volta de meio-dia, a 202 iuanes (26,1 euros) por ação, após ter chegado a 520% mais cedo.

Já a China Railway Signal & Communication, peso-pesado das empresas listadas ali, teria vendido ações por incríveis 10,5 bilhões de iuanes (1,360 bilhão de euros), a maior quantia do novo índice.

"Mas este fenômeno de apenas um dia pode não ser duradouro", lembra Shen Zhengyang, analista da Northeast Securities.

O novo índice chinês conta com regras muito flexíveis de lançamento na Bolsa para ajudar as empresas promissoras a se capitalizarem com maior facilidade e financiar seu desenvolvimento.

Também tem o claro objetivo de manter na China as pérolas tecnológicas nacionais, enquanto o gigante asiático concorre com os Estados Unidos pelo domínio neste setor crucial.

Atualmente, mais de 3.000 empresas integram o Nasdaq em Wall Street, enquanto seu equivalente de Xangai por enquanto tem apenas 25 companhias, sem grandes nomes conhecidos.

Ações vão ganhar importância
"Se a China não tivesse lançado uma nova plataforma acionária dedicado ao setor tecnológico, perderia uma oportunidade crucial de evoluir seu desenvolvimento financeiro para a nova economia", avalia Yang Delong, economista-chefe da First Seafront Fund Management, com sede em Shenzhen.

Os gigantes chineses Alibaba (de comércio digital) e Baidu (motor de busca) estão listados em Wall Street há vários anos. Já a Tencent Mastodonic (Internet) escolheu a Bolsa de Valores de Hong Kong.

Quando grandes empresas chinesas são cotadas no exterior, Pequim tem menos influência sobre suas receitas. Além disso, as restrições do país à compra de títulos estrangeiros impedem que os investidores chineses se beneficiem do sucesso dessas empresas.

"Acho que as ações científicas e tecnológicas serão mais importantes no mercado de capitais chinês, mas isso levará tempo, talvez dez, ou 20 anos, até mais", diz Jiang Liangqing, gerente de fundos da Ruisen Capital Management.

Diferentemente da legislação em vigor, o STAR Market permite lançar no mercado de ações empresas que ainda não geraram lucros.

Nos primeiros cinco dias de transações, não foi imposto um limite diário de flutuação (em Xangai e em Shenzhen ele é de 10%). Passado este curto período, será de 20% no STAR Market.

Este projeto de plataforma foi anunciado pelo presidente chinês, Xi Jinping, em novembro passado.

 
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