Grécia prepara cortes adicionais de 6 bilhões de euros

* por EFE

Atenas, 18 mai (EFE).- O Governo da Grécia anunciou nesta quarta-feira que aprovará em breve cortes adicionais de gastos públicos e novas medidas de austeridade no valor de 6 bilhões de euros, após a crescente pressão dos parceiros da União Europeia (UE) para que acelere as reformas estruturais.

"O Governo anunciará nos próximos dias medidas que superarão os 6 bilhões de euros com o objetivo de reduzir os gastos e aumentar as receitas", disse em entrevista coletiva o ministro das Finanças grego, Giorgos Papaconstantinou.

Ele negou que as medidas possam afetar os salários e a previdência social, rejeitou uma alta do imposto sobre valor agregado e descartou uma possível quitação da dívida. "Não há uma receita mágica nem cenários mágicos de suposta reestruturação da dívida".

O Governo tem como meta reduzir neste ano o déficit fiscal para 7,5% e, de forma gradual, diminuí-lo para menos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014, dos 10,5% registrados no fim de 2010.

"Apesar da recessão, não se pode perder o ritmo no esforço fiscal", disse Papaconstantinou. "Isso significa que teremos de tomar todas as medidas necessárias para não desviarmos do objetivo de déficit para 2011 que fixamos, de 7,5%".

O Governo, anteriormente, explicou que a economia será resultado da redução e fusão de organismos estatais, bem como de uma diminuição o máximo possível do ritmo de contratação de funcionários públicos.

O Ministério das Finanças grego anunciou nesta quarta-feira a designação de um grupo de consultores, entre eles bancos privados gregos e empresas estrangeiras, para assessorá-lo durante o processo de privatização de bens estatais.

Entre os ativos públicos que se planeja vender está o organismo de gestão de apostas futebolísticas e hípicas, a loteria nacional, as ferrovias públicas, a empresa de manutenção de estradas, a companhia pública de gás e a administradora do aeroporto internacional de Atenas.

Entre os assessores internacionais selecionados, destacam-se Deutsche Bank, Credit Suisse, BNP Paribas, Ernst & Young, Rothschild & Sons, Citigroup e Pricewaterhouse.

O Governo pretende com essas privatizações arrecadar 50 bilhões de euros até 2015, para assim reduzir sua avultada dívida pública de 145% do PIB.

Bird: Brasil e mais 5 emergentes ganham peso na economia até 2025

* por Juliana Cardoso | Valor

SÃO PAULO - As seis principais economias emergentes - Brasil, China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Rússia - vão responder por mais da metade de todo o crescimento global em 2025, observou o Banco Mundial (Bird) no documento "Horizontes do Desenvolvimento Global 2011 - Multipolaridade: a Nova Economia Global". O organismo nota ainda que o sistema monetário internacional deve deixar de ser dominado por uma única moeda.
"Com a mudança do poder econômico, essas economias bem-sucedidas vão ajudar a guiar o crescimento de países de renda mais baixa por meio de transações financeiras e comerciais entre fronteiras", observou o Banco Mundial.

Como grupo, as economias emergentes vão crescer, em média, 4,7% ao ano entre 2011 e 2025. As economias avançadas devem avançar 2,3% no mesmo período.

Vale investirá R$ 162 milhões em centro de pesquisa em Belém

* por ValorOnline

SÃO PAULO - A Vale e o Governo do Pará lançaram hoje a pedra fundamental do Instituto Tecnológico Vale (ITV) de Belém, que será dedicado a pesquisas na área de desenvolvimento sustentável. O centro contará com 300 profissionais, entre pesquisadores e professores brasileiros e estrangeiros.

Serão investidos cerca de R$ 162 milhões na construção do centro, que deve ser inaugurado em 2013, no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá. Em outubro, o ITV estará instalado provisoriamente em um prédio de 2,1 mil metros quadrados, também na capital paraense.

A unidade de Belém é uma das três que o ITV está construindo no Brasil. As demais ficarão em Ouro Preto (MG) e São José dos Campos (SP). A de Ouro Preto será dedicada à mineração e a de São José de Campos, à área de energia de baixo carbono.

Com a iniciativa, a Vale pretende ampliar a produção de pesquisas científicas e o desenvolvimento econômico de base tecnológica no país, além de gerar e difundir novos conhecimentos para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e para a cadeia da mineração no Brasil.

Maple Group confirma oferta de C$3,6 bi por TMX

* por Pav Jordan | Toronto

TORONTO (Reuters) - O Maple Group Acquisition Corp, composto por quatro dos principais bancos do Canadá e por gestores do maior fundo de pensão do país, confirmou neste domingo os detalhes de uma oferta de 3,6 bilhões de dólares canadenses para comprar o TMX Group, operador da Bolsa de Valores de Toronto.

A oferta de 48 dólares canadenses por ação na proposta de participação acionária por parte do Maple Group supera a de 3 bilhões de dólares feita pela London Stock Exchange, que, segundo analistas, transferiria o controle da maior bolsa de valores do Canadá para Londres.

"Após a conclusão da transação, os atuais acionistas do TMX Group passarão a deter cerca de 40 por cento das ações em circulação do Maple, os investidores do fundo de pensão passarão a deter cerca de 35 por cento e bancos de investimento obterão em torno de 25 por cento", disse o Maple Group em comunicado.

"Nenhum acionista da Maple deterá mais de 10 por cento do total de ações em circulação da Maple, o que está de acordo com a atual regulamentação."

Aliados de Merkel aprovam fundo de resgate para zona do euro

* por Andreas Rinke e Thorsten Severin

ROSTOCK, Alemanha (Reuters) - A chanceler alemã, Angela Merkel, vai garantir uma maioria parlamentar a favor do fundo de resgate permanente planejado para a zona euro, disse neste sábado um político sênior da coalizão.

Os aliados de Merkel votaram a favor do fundo permanente de resgate para a zona do euro. O congresso partidário aprovou uma cláusula que solicita o apoio parlamentar para qualquer ativação do mecanismo europeu de estabilidade e deu suporte à insistência de Merkel para que investidores privados dividam os riscos soberanos de calote em países da zona do euro no futuro.

Alguns meios de comunicação alemães relataram o aumento do número de parlamentares contrários ao novo mecanismo, que passará a vigorar a partir de 2013, e há inquietação sobre a exigência da Grécia de mais ajuda após Atenas receber no ano passado um pacote de resgate no valor de 110 bilhões de euros.

"No final, teremos sempre uma maioria clara", afirmou Rainer Bruederle, líder da bancada parlamentar do Democratas Livres (FDP), parceiro de coalizão, durante congresso do partido na cidade de Rostock.

Frank Schaeffler, dissidente do FDP, disse que entre 40 e 50 membros da coalizão --formada pelo União Democrata-Cristã (CDU), de Merkel, pela União Social-Cristã na Baviera (CSU) e pelo Partido Democrático Liberal (FDP)-- estavam considerando votar contra o mecanismo de estabilidade.

Os líderes da coalizão também dizem que Schaeffler está exagerando, que os céticos com relação ao euro estão isolados e que o governo terá o apoio da maioria, como previsto por Merkel nesta semana.

Trabalhadores de refinarias conquistam aumento após fim de greve na Argentina

* por EFE

Buenos Aires, 13 mai (EFE).- O sindicato que reúne trabalhadores de refinarias petrolíferas da Argentina entrou em acordo nesta sexta-feira para receber um aumento salarial de 24%, após encerrar na quinta-feira uma greve no setor, informaram fontes oficiais.

O acordo salarial foi alcançado após negociações entre o sindicato e as petrolíferas realizadas no Ministério do Trabalho argentino.

A greve convocado pela Federação Argentina Sindical de Petróleo, Gás e Biocombustíveis afetou refinarias da hispano-argentina Repsol YPF, da Petrobras, da americana Esso e da anglo-holandesa Shell
O grupo tinha uma pretensão de aumento salarial de 36%, mas conseguiu um aumento de 24%, que será efetivado em dois períodos.

O ministro do Trabalho, Carlos Tomada, tinha reivindicado nesta quinta-feira o fim da paralisação, depois que a presidente argentina, Cristina Fernández, se queixasse publicamente pelo clima de conflito sindical.

Funcionários do setor petroleiro protagonizaram recentemente outra greve que se estendeu por quase um mês na província argentina de Santa Cruz, de onde se extrai 20% da produção nacional de petróleo.

AT&T oferece US$ 6 bi à dona da T-Mobile USA se negócio falhar

* por Reuters | Nova York

A AT&T prometeu à Deutsche Telekom US$ 6 bilhões em ativos, serviços e dinheiro como uma taxa pela quebra do acordo caso órgãos reguladores dos Estados Unidos rejeitem sua proposta de aquisição de US$ 39 bilhões da T-Mobile USA, que pertence à companhia alemã, segundo fontes a par do assunto.

O valor de US$ 6 bilhões incluiria US$ 3 bilhões em dinheiro, como a AT&T havia revelado anteriormente, e cerca de US$ 2 bilhões em espectros, além de um acordo de roaming valendo US$ 1 bilhão, de acordo com duas fontes que pediram anonimato.

O alto valor reforça a confiança da AT&T de que pode convencer os órgãos reguladores a aprovar a união das operadoras móveis norte-americanas, que está sendo fortemente criticada por muitos consumidores e concorrentes, incluindo a terceira maior operadora de telefonia móvel dos Estados Unidos, a Sprint Nextel.

A aquisição da T-Mobile USA, quarta maior operadora dos EUA, tornaria a AT&T, atualmente no segundo lugar, líder do mercado norte-americano de celular, permitindo a superação da concorrente Verizon Wireless, joint-venture da Verizon Communications e do Grupo Vodafone.

A aquisição requer aprovação da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos EUA e do Departamento de Justiça norte-americano.

Espanhola La Finestra sul Cielo compra brasileira Quinua Real

* por EFE

Barcelona (Espanha), 11 mai (EFE).- A companhia espanhola La Finestra sul Cielo comprou 90% do capital da brasileira Quinua Real, com o objetivo de entrar no mercado brasileiro e latino-americano de produtos naturais.

A espanhola informou nesta quarta-feira que a operação foi avaliada em 300 mil euros (R$ 690 mil). Os 10% restantes das ações permanecem em poder do fundador da empresa, Clodomiro Carneiro.

A empresa sediada na cidade espanhola de Montmeló busca "um acesso direto ao consumidor brasileiro através da rede comercial da empresa desse país", onde tem participação no varejo, mas também em grandes redes do setor de alimentos, como Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar.

La Finestra sul Cielo fechou o último ano com um faturamento superior a 6 milhões de euros (R$ 13,8 milhões).

UE pretende limitar sistema de preferências a nações em desenvolvimento

* por EFE

Bruxelas, 10 mai (EFE).- A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), propôs nesta terça-feira restringir o Sistema de Preferências Generalizadas (SGP) do bloco, concedido aos países em desenvolvimento que mais ajuda necessitem, para se posicionar no mercado mundial e excluir do mesmo as grandes economias emergentes.

O comissário de Comércio da UE, Karel de Gucht, apresentou uma revisão geral do SGP cuja principal novidade é que reduziria a mais da metade o número de países beneficiados, que atualmente são 176.

A lista final de países que se manterão no programa de vantagens tarifárias da União Europeia só será finalizada ao término da negociação da proposta entre a Comissão, o Conselho da UE e o Parlamento Europeu, baseando-se também nos dados dos últimos três anos.

A Comissão destaca que qualquer país é "elegível" para continuar dentro do sistema e assinala que, embora algum saísse do SGP por ter alcançado um nível econômico superior, poderia retornar a ele caso sofra algum revés, já que permaneceria aberto.

Segundo fontes da UE, quando se levam em conta os números de hoje, a reforma do SGP deixaria de fora países emergentes, como Brasil e China, o que não deve significar nenhum "impacto drástico". O Brasil, por exemplo, pode se beneficiar de um possível tratado de livre-comércio que o Mercosul negocia com a UE.

A Comissão Europeia espera que o novo SGP entre em vigor até janeiro de 2014, quando se saberá definitivamente quais países continuarão beneficiando-se das preferências.

De Gucht acredita que o novo sistema estimule a negociação de acordos bilaterais e afirmou que os tratados de livre-comércio "refletem mais o tipo de relação que queremos ter com os países emergentes".

Sob o novo esquema, a Comissão estima que as importações procedentes dos países beneficiados chegariam a 37,7 bilhões de euros (R$ 87,2 bilhões).

A proposta da Comissão exclui do SGP os países que tenham alcançado um nível de renda média alta ou alta per capita, segundo a classificação aceita em nível internacional pelo Banco Mundial, como Rússia, Kuwait, Arábia Saudita e Catar.

Também ficarão excluídos do sistema os países que possuem acesso preferencial ao mercado da UE tão bom quanto dentro do SGP, ou seja, os que assinaram com a União um tratado de livre-comércio ou um regime comercial autônomo especial, além dos países e territórios fora da Europa que contam com um acordo alternativo para ter acesso aos mercados mais desenvolvidos.

No que se refere aos países que atualmente obtêm os maiores benefícios do programa (quase 40%), fontes da UE afirmaram que Bangladesh continua sendo um dos países menos desenvolvidos e manteria as vantagens.

Já Índia, Tailândia e Indonésia não alcançaram ainda um nível de desenvolvimento que justifique a perda das preferências, mas alguns de seus setores perderiam as vantagens.

Quanto ao Brasil, as fontes indicaram que já atingiu uma renda per capita "muito alta", de modo que sairia do SGP.

Sobre a China, muitos de seus setores já foram identificados no atual sistema como suficientemente competitivos para poder aceder ao mercado europeu e que 98% das importações chinesas não recebem benefícios, por isso a reforma do sistema não afetaria em grande medida o gigante asiático.

A reforma, além disso, concederá incentivos para que os países respeitem mais as convenções internacionais de direitos humanos, os padrões trabalhistas e a boa gestão do meio ambiente no marco do SGP, um esquema que outorga benefícios adicionais (tarifa zero) aos países mais vulneráveis.

A vulnerabilidade econômica determinará a entrada ou não dos países no SGP, algo que poderão solicitar em qualquer momento, e não a cada ano e meio.

Por outro lado, se aumentará a eficácia das concessões para os países menos desenvolvidos através do sistema EBA (Everything but Arms, em inglês, "tudo menos armas"), pelo qual se liberaliza a entrada de alguns produtos.

Igualmente, aumentará a transparência e estabilidade do SGP, que terá uma duração indefinida, mas estará sujeito a uma revisão a cada três anos, algo que tornará aos importadores da UE mais atrativa a compra de produtos procedentes dos países beneficiados.

Argentina pode liberar venda de mais 1,5 mi t de trigo

* por Maximiliano Rizzi

BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina poderá autorizar a exportação adicional de até 1,5 milhão de toneladas de trigo da safra 2010/11 este mês, apesar de o país ainda restringir as exportações de cereais para garantir o abastecimento doméstico, disse o subsecretário do Ministério de Agricultura do país.

O governo também deverá autorizar, ainda esta semana, a exportação de 2,5 milhões de toneladas de milho do ciclo 2010/11, que serão somadas as 8,5 milhões de toneladas já liberadas, disse uma autoridade do Ministério da Agricultura nesta segunda-feira.

"O mais seguro é que (esta semana) liberemos 2,5 milhões, e depois abrir um saldo com o que sobrar, que será de 1 milhão mais", disse à Reuters, Oscar Solís.

"Se quisermos ficar com estoque zero (de reservas), teríamos que liberar 2 milhões de toneladas, mas nunca ficamos com estoque zero, porque é um risco", acrescentou Solís.

A colheita de trigo 2010/11 foi finalizada com 14,7 milhões de toneladas na Argentina, um importante exportador do cereal, cujo principal cliente é o Brasil.

A liberação deste volume, prevista para 23 de maio, se somará as 7 milhões de toneladas de trigo da safra 2010/11, cuja exportação, segundo Solís, já foi autorizada.