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With or Without Money

Novo Dono Da Varig

Novo dono da Varig suspende todos os vôos e fica apenas com a ponte aérea Rio-SP

A VarigLog, nova dona da Varig, decidiu hoje suspender todos os vôos nacionais e internacionais com exceção da ponte aérea Rio-São Paulo. A medida foi a primeira tomada após a venda da companhia aérea em leilão nesta quinta-feira no Rio de Janeiro.

Segundo a empresa, os passageiros que têm vôos nacionais e internacionais cancelados deverão ser acomodados em outras empresas, de acordo com os procedimentos do plano de contingência da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em vigor desde 21 de junho.

A empresa informa que as regras do plano de contigência permanecem as mesmas e não foram modificados após o leilão. A Anac ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Sob nova gestão, a Varig decidiu inclusive aumentar, a partir desta sexta, seus vôos na rota Rio-São Paulo, uma das mais rentáveis do país. O número de vôos diários da ponte aérea aumenta de dez para 36.

"Com isso, a Varig poderá rapidamente retomar seu crescimento e aumentar sua rentabilidade", diz a empresa, em comunicado divulgado agora à noite.

Segundo a Varig, a partir do dia 28, as demais rotas serão retomadas gradativamente. A empresa não detalhou o plano de retomar os destinos suspensos.

Leilão

Sozinha no leilão, a VarigLog comprou a Varig por US$ 24 milhões, o equivalente a R$ 52,3 milhões. A empresa se comprometeu em absorver apenas 1.680 dos atuais 10.000 funcionários da empresa aérea.

A VarigLog vai ficar com a marca Varig e Rio Sul, além das rotas domésticas e internacionais. A Varig antiga fica com um avião, a linha São Paulo-Porto Seguro e com as operações da Nordeste.


Além do valor do leilão, a VarigLog terá que fazer um aporte de US$ 75 milhões na companhia aérea em 48 horas após a homologação da venda, garantir um fluxo de caixa da "velha Varig", pagar pelo uso do Centro de Treinamento de Tripulantes, entre outras coisas. A VarigLog anunciou ainda que fará investimentos na nova empresa que somam US$ 485 milhões.

O risco de sucessão de dívidas foi o principal fator a inibir a participação de outras empresas nos leilões da Varig. O novo dono deverá garantir um fluxo de caixa anual de R$ 19,6 milhões para a "velha Varig". O dinheiro será usado para pagar os credores nos próximos 20 anos.

A "nova Varig" vai receber investimentos de US$ 150 milhões em até 30 dias, a partir do leilão. A companhia terá inicialmente 1.500 funcionários. Após o leilão, a Varig deve demitir 8.000 pessoas. Apesar das demissões, os credores avaliaram em assembléia que a proposta era melhor que a falência.

O novo dono da Varig deverá assumir R$ 245 milhões em bilhetes emitidos e o passivo (milhas acumuladas) de R$ 70 milhões do Smiles. A VarigLog se comprometeu a emitir debêntures (títulos de dívida) de R$ 100 milhões, que podem ser convertidas em 10% de participação na nova empresa para funcionários e credores com garantias, como o Aerus, fundo de pensão dos empregados da empresa.

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