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entry Sep 25 2019, 09:18 PM
Nova diretora do FMI alerta para falta de instrumentos contra uma nova crise global

* por James Politi | Financial Times

Kristalina Georgieva, que assumirá o comando do FMI (Fundo Monetário Internacional), alertou que a capacidade de o planeta enfrentar uma desaceleração econômica mundial poderia "ser colocada em teste em breve", e prometeu que suas prioridades seriam "minimizar o risco de crise"' e "estar pronta para lidar com desacelerações".

A economista búlgara disse que embora o mundo e o FMI estejam em posição melhor para responder a uma nova desaceleração, de algumas maneiras —entre as quais a melhora dos sistemas de vigilância financeira e das redes mundiais de segurança—, outros fatores, como a disponibilidade limitada de instrumentos de política monetária, poderiam tornar a tarefa mais difícil.

"Mobilizar uma resposta coletiva rápida às ameaças que o mundo enfrenta hoje é mais difícil do que uma década atrás", disse Georgieva, 66, em declarações ao conselho do FMI antes da decisão formal de apontá-la para o papel de diretora-executiva do fundo, na quarta-feira (25). "Com os sinais de alerta acionados, nossa preparação em breve será testada".

Georgieva, que assumirá o posto em 1º de outubro, antes da assembleia anual do FMI no mesmo mês, chega ao fundo vinda do Banco Mundial, do qual ela foi presidente-executiva desde 2017, e de uma passagem anterior de sete anos pela Comissão Europeia.

Georgieva substituirá Christine Lagarde, que renunciou ao posto ao ser escolhida para a presidência do BCE (Banco Central Europeu).

O mandato dela começará em um momento no qual o FMI enfrenta ansiedade quanto ao destino do pacote de resgate de US$ 57 bilhões à Argentina, o maior da história, que ameaça ser tirado dos trilhos pela vitória de um candidato populista prevista para a eleição presidencial do país no mês que vem.

Georgieva também terá de enfrentar outros grandes desafios, entre os quais as consequências da guerra comercial entre Estados Unidos e China para a economia mundial, as possíveis repercussões de um Brexit sem acordo para a economia europeia, e a tentativa do FMI de se manter suficientemente capitalizado para oferecer resgate simultâneo a diversos governos em crise, caso necessário.

"Em uma economia em deterioração, a situação será mais difícil para todos, e especialmente para os países que já enfrentam dificuldades, alguns dos quais já receberam programas do Fundo", ela disse. "O Fundo precisa garantir que os programas se mantenham relevantes e que reflitam o pleno espectro da mudança de circunstâncias".

 
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