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Entradas em September 2019

entry Sep 10 2019, 08:47 PM
Itália quer elevar déficit orçamentário, dizem fontes; medida ameaça gerar novas tensões com UE

* por Giuseppe Fonte | Reuters

ROMA (Reuters) - A nova coalizão de governo da Itália planeja aumentar o déficit orçamentário para cerca de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, disseram fontes, medida que ameaçaria reacender tensões com a União Europeia (UE).

O novo governo, formado após o colapso da coalizão anterior no mês passado, espera poder convencer Bruxelas a acomodar a expansão orçamentária, criando um relacionamento mais forte com seus parceiros da UE.

Reforçando essas esperanças, o ex-primeiro-ministro italiano Paolo Gentiloni foi nomeado nesta terça-feira como o novo comissário da UE para assuntos econômicos, dando-lhe um papel central na avaliação sobre se os planos de Orçamento da Itália cumprem as regras da UE.

"Vou trabalhar acima de tudo para contribuir para fazer o crescimento voltar", disse Gentiloni logo após ser escolhido para o posto em Bruxelas, em comentários que provavelmente serão bem-vindos pelo governo de Roma, que o indicou.

O déficit para 2020 de cerca de 2,3% do PIB --que três fontes políticas disseram à Reuters que estava sendo planejado pela coalizão do Movimento 5 Estrelas e pelo Partido Democrático(PD), de centro-esquerda-- ficaria acima do deste ano, de 2,04%.

Também seria muito mais alto que o atual objetivo de 2020, de 2,1%, e aproximaria o déficit orçamentário do nível de 2,4%, que quase desencadeou um processo disciplinar da UE contra a Itália este ano.

O novo governo colocou um Orçamento expansionista para 2020 no topo de sua agenda para evitar o risco de recessão e planeja aumentar o déficit para evitar um aumento no imposto sobre vendas inicialmente previsto para janeiro, o que poderia afetar os gastos do consumidor.

A coalizão que tomou posse na semana passada, liderada pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte, prometeu consertar as relações com a UE e manter as finanças públicas em ordem, mas resta saber como o bloco encarar o aumento pretendido no déficit.

A Itália possui a segunda maior relação dívida/PIB da UE e tem demandado que a UE alivie a "rigidez excessiva" das atuais regras fiscais do bloco.

Apenas dois meses atrás, o governo anterior da Itália --formado pela coalizão entre o Movimento 5 Estrelas e a Liga-- havia reduzido a meta de déficit de 2019 para 2,04%, de 2,4%, após longo embate com Bruxelas.

entry Sep 9 2019, 08:59 PM
Número dois do Banco Mundial, Georgieva é única candidata para chefiar FMI

* por AFP

Washington, 9 Set 2019 (AFP) - A número dois do Banco Mundial, a búlgara Kristalina Georgieva, é a única candidata para ser a nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), um cargo em que deverá enfrentar a desaceleração mundial, a guerra comercial e a incerteza da crise na Argentina.

Na semana passada o FMI anunciou uma reforma de seu estatuto para suprimir o limite de idade para ser nomeado diretor-gerente, afastando o último obstáculo que Georgieva - a candidata da União Europeia - tinha pela frente.

"Uma aspirante, a sra. Kristalina Georgieva, atual diretora-executiva do Banco Mundial e cidadã búlgara confirmou sua vontade de ser considerada como candidata", indicou o FMI em um comunicado.

Se Georgieva for nomeada, ela será a segunda mulher a ser nomeada diretora-gerente, depois de Christine Lagarde, que deixará o cargo na quinta-feira para presidir o Banco Central Europeu (BCE).

"O objetivo do diretório é completar o processo de seleção o quanto antes e como última data em 4 de outubro de 2019", indicou o FMI.

Georgieva foi designada a candidata da União Europeia no começo de agosto em uma votação muito acirrada que explicitou as divisões internas do grupo entre França, que a apoiou, e a Alemanha, que preferia o ex-ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem .

Agora o diretório vai organizar entrevistas com Georgieva, informou o FMI.

Uma revisão no limite de idade
Segundo uma regra não escrita, os europeus sempre ocuparam uma cadeira na direção do FMI e os Estados Unidos se reservaram a presidência do Banco Mundial.

Embora essa tradição, que data dos acordos de Bretton Woods há 75 anos, seja questionada, já que não reflete o crescente peso dos países emergentes, nenhum candidato de outras latitudes quis se candidatar ao posto desta vez.

O processo de nomeação foi encerrado na sexta-feira, um dia depois de o FMI reformar seus estatutos para permitir a candidatura de Georgieva, que completou 66 anos em 13 de agosto, o que a desqualificava por alguns dias para ocupar o cargo.

Se confirmada, Georgieva enfrentará um panorama desafiador na economia global, imersa em tensões comerciais que ameaçam o crescimento.

Além disso, deverá administrar o maior empréstimo da história do FMI, que foi outorgado no ano passado à Argentina por mais de 57 bilhões de dólares e sem que o país consiga sair da recessão gerou uma onda de críticas.

A economista ocupou o cargo de comissária europeia encarregada de Ajuda Humanitária entre 2010 e 2014.

Georgieva também foi durante um ano, entre 2015 e 2016, vice-presidente da Comissão Europeia, encarregando-se do orçamento e de recursos humanos.

No Banco Mundial, onde Georgieva trilhou a maior parte de sua carreira antes de se tornar na diretora-geral, em 2017, ganhou experiência no setor do meio ambiente ao intensificar as ações nos âmbitos do desenvolvimento sustentável e da agricultura, especialmente.

entry Sep 8 2019, 09:30 PM
Exportações da China em agosto têm queda inesperada conforme desaceleram embarques aos EUA

* por Yawen Chen e Se Young Lee | Reuters

PEQUIM (Reuters) - As exportações da China caíram de forma inesperada em agosto, com as remessas para os Estados Unidos desacelerando de forma acentuada, indicando fragilidade na segunda maior economia do mundo e reforçando a necessidade de mais estímulos uma vez que a guerra comercial sino-americana só aumenta.

Espera-se que Pequim anuncie mais medidas de apoio nas próximas semanas para evitar o risco de uma desaceleração econômica ainda maior, enquanto os Estados Unidos aumentam a pressão comercial, incluindo os primeiros cortes em algumas das principais taxas de empréstimos em quatro anos.

Na sexta-feira, o banco central os depósitos compulsórios dos bancos pela sétima vez desde o início de 2018 para liberar mais recursos para empréstimos, dias após uma reunião do gabinete sinalizar que mais afrouxamentos devem ser iminentes.

As exportações de agosto caíram 1% em relação ao ano anterior, a maior queda desde junho, quando caíram 1,3%, mostraram dados alfandegários neste domingo. Analistas esperavam um aumento de 2,0% em pesquisa da Reuters após o aumento de 3,3% em julho.

Isso aconteceu apesar das expectativas dos analistas de que a desvalorização do iuan compensaria alguma pressão de custo.

A China deixou sua moeda desvalorizar em agosto além do nível-chave de 7 iuanes por dólar pelo primeira vez desde a crise financeira global e os EUA rotularam o país como um manipulador cambial.

“As exportações estão fracas mesmo em face à depreciação substancial do iuan, indicando que a lenta demanda externa é o fator mais importante afetando as exportações este ano”, disse Zhang Yi, economista da Zhong Hai Sheng Rong Capital Management.

Entre seus principais parceiros comerciais, as exportações chinesas em agosto para os Estados Unidos caíram 16% em relação a um ano antes, desacelerando acentuadamente após uma queda de 6,5% em julho. As importações dos EUA caíram 22,4%.

entry Sep 7 2019, 09:11 PM
China diz que sua moeda digital será semelhante à libra do Facebook

* por Brenda Goh | Pequim | Reuters
Samuel Shen | Xangai

XANGAI (Reuters) - A nova moeda digital proposta pela China apresentará algumas semelhanças com a moeda libra do Facebook e poderá ser usada em grandes plataformas de pagamento como WeChat e Alipay, disse um executivo do banco central.

Mu Changchun, vice-diretor do departamento de pagamentos do Banco Popular da China, disse que o desenvolvimento da moeda ajudará a proteger a soberania cambial do país à medida que as aplicações comerciais dessas moedas se expandissem.

“Por que o banco central ainda está fazendo uma moeda digital hoje, quando os métodos de pagamento eletrônico são tão desenvolvidos?” disse Mu, de acordo com a transcrição de uma palestra que ele deu esta semana, publicada online.

“É para proteger nossa soberania monetária e status legal da moeda. Precisamos planejar com antecedência para um dia chuvoso”.

Ele disse que os tokens serão tão seguros quanto as notas de papel emitidas pelo banco central e poderão ser usados mesmo sem uma conexão à internet. Eles também poderão ser usados no WeChat da Tencent, e no Alipay, apoiado pelo Alibaba.

O banco central da China montou uma equipe de pesquisa em 2014 para explorar o lançamento de sua própria moeda digital para reduzir os custos da circulação do papel-moeda tradicional e aumentar o controle do fornecimento de dinheiro pelos formuladores de políticas.

Divulgaram poucas informações sobre isso desde então, mas Mu anunciou no mês passado que a moeda digital estava quase pronta. A revista financeira Forbes, citando fontes, disse que a moeda pode estar pronta em 11 de novembro.

Alguns analistas dizem que a China parece ter acelerado o impulso para o dinheiro digital depois que o gigante da mídia social Facebook anunciou em junho planos para lançar a moeda digital libra.

Mu disse que a moeda digital da China alcançará um equilíbrio entre permitir pagamentos anônimos e impedir a lavagem de dinheiro. Também apresentará algumas semelhanças com a libra no design, mas não será uma cópia direta, disse ele sem elaborar.

entry Sep 6 2019, 09:00 PM
Parlamento aprova lei que busca bloquear Brexit sem acordo em outubro

* por Forbes
com Reuters

A câmara alta do Parlamento britânico aprovou hoje (6) um projeto de lei que visa bloquear um Brexit sem acordo no final de outubro, forçando o primeiro-ministro, Boris Johnson, a adiar a saída do Reino Unido da União Europeia.

A legislação, que exige que Johnson solicite uma prorrogação de três meses da permanência do Reino Unido na UE se o Parlamento não aprovar um acordo ou consentir em sair do bloco sem acordo até 19 de outubro, deverá ser sancionada pela rainha Elizabeth na segunda-feira (9).

A Câmara dos Lordes aprovou o projeto sem votação formal em sua fase final.

Johnson chamou a proposta de “projeto de lei de rendição” e disse que atrapalhou suas negociações sobre o Brexit com a UE, removendo a ameaça de sair sem acordo. Na quinta-feira (5), ele disse que preferia estar “morto em uma vala” a adiar a saída do Reino Unido da UE.

Ele expulsou 21 parlamentares do grupo parlamentar do Partido Conservador por atuarem com partidos da oposição na Câmara dos Comuns na aprovação da legislação contra o desejo do governo.

Johnson diz que o Reino Unido agora deve realizar uma eleição nacional em 15 de outubro para permitir que os eleitores decidam quem eles querem negociar a saída britânica da UE em uma cúpula em Bruxelas no final daquela semana.

Até agora, os partidos de oposição rejeitaram seu pedido de eleição, o que exigiria o apoio de dois terços dos 650 parlamentares da Câmara Baixa, dizendo que não estão dispostos a deixá-lo ditar o momento de tal votação.

O Partido Trabalhista disse inicialmente que apoiaria uma eleição uma vez que o projeto de lei para impedir um Brexit sem acordo no final de outubro se tornasse lei, mas agora diz que quer ver o adiamento do Brexit garantido antes que uma eleição seja realizada.

entry Sep 5 2019, 08:01 PM
Exxon faz acordo de US$ 4 bi para vender ativos na Noruega, dizem fontes

* por Ron Bousso | Londres
Shadia Nasralla | Aberdeen

A Exxon Mobil chegou a um acordo para vender seus ativos noruegueses em óleo e gás por até US$ 4 bilhões, o que marcaria a saída da empresa norte-americana da produção no país europeu após mais de um século, disseram nesta quinta-feira três fontes familiarizadas ao assunto.

A Exxon afirmou em junho que estava estudando a venda de seu portfólio "upstream" na Noruega, que inclui participações minoritárias em mais de 20 campos, operados pela produtora local Equinor e pela petroleira anglo-holandesa Shell.

entry Sep 4 2019, 08:43 PM
Johnson sofre derrota de parlamentares contrários ao Brexit sem um acordo

* por Forbes
com Reuters

Uma aliança entre partidos derrotou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no Parlamento hoje (3), em uma iniciativa para impedir que ele retire o Reino Unido da União Europeia sem um acordo de divórcio, levando Johnson a anunciar que ele buscaria imediatamente convocar eleições antecipadas.

Parlamentares aprovaram por 328 a 301 votos uma moção patrocinada por partidos de oposição e parlamentares rebeldes do partido do Johnson, que haviam sido avisados de que seriam expulsos do Partido Conservador caso desafiassem o governo.

Mais de três anos depois que o Reino Unido votou em um referendo para deixar a União Europeia, a derrota de hoje deixa o caminho para o Brexit sem resolução, e os possíveis resultados ainda variam de uma turbulenta saída até o abandono completo da empreitada.

A vitória de terça-feira é apenas o primeiro obstáculo para os parlamentares que, tendo tido sucesso na tomada do controle das atividades da Câmara, buscarão amanhã (4) a aprovação de uma lei que force Johnson a pedir que a UE adie o Brexit até o dia 31 de janeiro, a não ser que ele tenha um acordo aprovado pelo Parlamento com antecedência sobre os termos da saída.

Os dissidentes conservadores, que agora enfrentam uma possível expulsão do partido incluem Nicholas Soames, o neto do líder do Reino Unido na Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill, e dois ex-ministros das Finanças, Philip Hammond e Kenneth Clarke.

“Eu não quero uma eleição, mas se os membros do Parlamento votarem amanhã para paralisar as negociações e obrigarem um outro atraso sem sentido para o Brexit, potencialmente por anos, então esta seria a única maneira de resolver isso”, disse Johnson ao Parlamento após a votação.

Em um confronto histórico entre o primeiro-ministro e o Parlamento, os adversários de Johnson disseram que queriam evitar que ele brincasse de “roleta russa” com um país que já considerado no passado um confiante pilar de estabilidade política e econômica no Ocidente.

Os parlamentares argumentam que nada pode justificar o risco de um Brexit “sem acordo” que cortaria laços econômicos da noite para o dia com o maior mercado de exportações do Reino Unido e que inevitavelmente traria uma gigantesca perturbação econômica.

entry Sep 3 2019, 09:06 PM
BC do Chile decide cortar taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 2,0%

* por Gabriel Bueno da Costa | Estadão

O Banco Central do Chile decidiu hoje reduzir sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 2,0%. A medida foi adotada por unanimidade entre os dirigentes e o comunicado afirma que a principal notícia desde a reunião anterior havia sido "a piora do cenário externo".

O BC chileno afirma que houve um recrudescimento no conflito comercial entre Estados Unidos e China, com impacto em outras economias integradas nas cadeias de valor e nos mercados financeiros. Além disso, a economia global continua a desacelerar, com destaque para o enfraquecimento da indústria. Há ainda riscos geopolíticos, entre eles o complicado processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e uma "severa deterioração da situação da Argentina".

Nesse contexto, houve relaxamento monetário em nível global, enquanto os mercados continuam a mostrar alta volatilidade e aversão ao risco. O mercado financeiro local seguiu os acontecimentos externos, com destaque para a depreciação do peso chileno frente ao dólar e para a queda da bolsa e das taxas de juros de longo prazo, afirma o BC. O conselho concluiu que o desempenho da economia no segundo trimestre e suas perspectivas apontam para que a convergência da inflação à meta tomará mais tempo, o que tornou necessário um maior estímulo monetário.

entry Sep 2 2019, 08:43 PM
Moeda e bônus desabam após Argentina adotar controles de capitais

* por Karin Strohecker | Londres | Reuters
e Walter Bianchi | Buenos Aires

Os títulos internacionais da Argentina denominados em euro e dólar caíam para mínimas recordes nesta segunda-feira, enquanto o peso voltava a se desvalorizar, após o presidente Mauricio Macri no domingo impor controles de capital numa tentativa de conter a queda livre da moeda que aumenta o risco de default.

A surpresa com a medida de Macri —defensor do mercado livre que iniciou seu governo revertendo muitas práticas protecionistas de sua antecessora, Cristina Kirchner— veio depois que o governo não conseguiu conter fortes saídas de investimentos e sustentar o combalido peso.

O peso subia 0,83% nas operações oficiais, mas no mercado paralelo a moeda caía 1,56%, para 64 por dólar.

"O dólar nesse nível agora é forte o suficiente", disse o ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, em entrevista coletiva. "Todas essas medidas têm o objetivo central de estabilidade."

O peso negociado no mercado oficial perdeu mais de 23% de seu valor desde as eleições primárias de 11 de agosto, que provocaram uma virada na política do país, com Macri, que é pró-mercado, sofrendo uma dura derrota para seu oponente Alberto Fernández.

Fernández é agora o principal candidato à frente das eleições gerais de 27 de outubro. Sua vice é a ex-presidente Cristina Kirchner, uma populista que aplicou pesados controles comerciais e cambiais durante seus dois mandatos.

Tendo anunciado mudanças no pagamento de títulos da Argentina, previstos inicialmente para serem honrados na semana passada, a aplicação de controles cambiais foi a segunda medida adotada por Macri que foi de encontro a sua própria promessa de usar políticas ortodoxas para ajustar uma economia com problemas crônicos.

Algumas das novas políticas intervencionistas podem ser difíceis de serem retiradas mais tarde, disseram analistas.

"O problema das medidas restritivas de emergência é que elas são mais fáceis de aplicar do que de retirar", disse no Twitter Christian Buteler, um analista financeiro baseado em Buenos Aires.

A expectativa é de mais depreciação para o peso. "O jogo mudou para o mercado de câmbio", disse Sabrina Corujo, analista da corretora Portfolio Personal, em Buenos Aires, alertando que as ações e os títulos locais também devem enfraquecer.

O banco central argentino foi autorizado a restringir compras de dólares ao mesmo tempo em que queima suas reservas para sustentar a moeda.

A reintrodução de controles é uma reviravolta expressiva para Macri, um defensor do livre mercado que conquistou a Presidência em 2015 com promessas de "normalizar" a terceira maior economia da América Latina, abandonando controles defendidos pelo governo anterior.

Os títulos internacionais em dólar da Argentina com vencimento em 2028 040114HQ6= caíam mais de 2 centavos, para uma nova mínima de 36,5 centavos, segundo dados da Refinitiv. Os títulos com vencimento em 2038 040114GK0= registravam perdas semelhantes.

Os títulos soberanos da Argentina denominados em euro também sofriam fortes perdas, atingindo mínimas recordes nesta segunda-feira. O título 2022 AR150316022= caía mais de 10 centavos, para 34,45 centavos, enquanto o papel com vencimento em 2027 AR150316049= caía 7,2 centavos para 33,501 centavos, de acordo com dados da Refinitiv.

Os ADRs —recibos de ações negociados nos Estados Unidos— de empresas argentinas do setor financeiro também estavam sob pressão. As ações de Grupo Financiero Galicia listadas em Frankfurt GGALyb.F caíram mais de 9%. Banco Macro SA BMA.BA, BSUy.F cedia 6,5%.

Esta segunda-feira é feriado nos Estados Unidos, o que poderia ajudar a controlar as perdas nos preços dos ativos argentinos, reduzindo os volumes de negociação, de acordo com Buteler.

Os prêmios de risco exigidos pelos investidores para manter em carteira os títulos em dólar da Argentina .JPMEGDARGR disparavam para 2.534 pontos-base pelo índice do JPMorgan de títulos de mercados emergentes em moeda forte .JPMEGR —níveis vistos pela última vez após o grande default em 2001.

"(Os controles de capital são) um sinal de angústia no mercado e refletem que os novos parâmetros na Argentina são fracos. E quando o peso enfraquece ainda mais pesa no perfil de crédito", disse Michael Bolliger, chefe de alocação de ativos para mercados emergentes da UBS Wealth Management.

"Ainda há muita pressão sobre a moeda. Há um limite para o que eles podem fazer sem o controle de capital."

O peso argentino ARS= perdeu mais de um terço do seu valor em 2019, após uma queda de mais de 50% no ano passado. O banco central gastou quase 1 bilhão de dólares em reservas desde quarta-feira, mas não conseguiu conter a queda do peso.

entry Sep 1 2019, 09:01 PM
Trump impõe novas tarifas sobre produtos da China

* por AFP | Washington

Tarifas adicionais sobre bilhões de dólares em produtos chineses entraram em vigor neste domingo (1º) nos Estados Unidos, enquanto o presidente americano se mostra determinado a obter um acordo comercial com Pequim.

As tarifas adicionais de 15% são aplicadas sobre uma parte dos 300 bilhões de dólares em produtos chineses importados que ainda não haviam sido penalizados. Elas entraram em vigor às 00H01 de domingo no horário local (01H01 de Brasília).

Trump, em campanha para um segundo mandato, descartou as várias advertências sobre as potenciais consequências negativas da medida sobre a economia e os mercados.

Os produtos atingidos incluem alimentos como ketchup, carne, linguiça, frutas, legumes, leite e queijos.

As tarifas sobre artigos esportivos, como tacos de golfe, pranchas de surfe ou bicicletas, e instrumentos musicais, roupas esportivas e até cadeirinhas infantis também serão ampliadas, de acordo com a lista oficial divulgada na sexta-feira (30).

Economistas do Instituto Peterson de Estudos Econômicos Internacionais, com sede em Washington, calcularam o valor dos bens que serão cobertos a partir de domingo em 112 bilhões de dólares, adicionados aos mais de US$ 250 bilhões de produtos chineses que já eram penalizados com tarifas adicionais.

Uma última série de novas tarifas, prevista para 15 de dezembro, significaria que no final do ano a totalidade das importações procedentes da China (540 bilhões de dólares, se considerado o valor de 2018) seria penalizada.

A resposta de Pequim prevê aumentar as suas tarifas sobre 75 bilhões de dólares em produtos americanos.

Um adiamento da medida americana é altamente improvável, sobretudo depois que Trump descartou a eventualidade na sexta-feira (30).

Ao mesmo tempo, o presidente americano afirmou que os contatos prosseguem entre Washington e Pequim.

"Não posso dizer nada, mas estamos conversando com a China. Há reuniões programadas, ligações estão acontecendo", disse. "Eu suponho que a reunião de setembro permanece de pé. Não foi cancelada. Veremos o que acontece", completou.

Até o momento, a China não confirmou encontros ou reuniões com representantes do governo dos Estados Unidos.

Desde março de 2018, Trump lidera uma guerra de tarifas para tentar impor a Pequim um acordo que acabe com práticas comerciais que Washington considera desleais, como os subsídios que a China concede a suas empresas estatais ou a transferência obrigatória de tecnologia americana.

A estratégia não se mostrou efetiva até o momento. Pequim permanece inflexível e se recusa a negociar sob ameaças, apesar do conflito ter afetado sua economia.

Uma nova escalada de tarifas colocará em risco o crescimento econômico do gigante asiático, advertiu recentemente o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Mas o FMI também alerta que toda a economia global sofrerá as consequências.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial desacelerou a economia, mas Trump alega que suas medidas contra a China "não são o problema".

O presidente atribuiu a culpa à política monetária do Federal Reserve (Fed), muito criticado por Trump por suas taxas de juros.

A incerteza sobre o conflito começa a afetar empresas que planejam investimentos e o ânimo dos consumidores americanos.

A confiança dos consumidores registrou, em agosto, a maior queda desde dezembro de 2012, segundo pesquisa da Universidade de Michigan.

"Os dados indicam que a erosão da confiança do consumidor devido às práticas tarifárias foi consolidada", afirmou Richard Curtin, economista que realiza a pesquisa bimensal, na sexta-feira.

O fato de certos produtos não sofrerem aumento de tarifas para a China antes de 15 de dezembro sugere que o governo Trump possa temer o impacto de uma nova escalada. Entre eles, estão celulares e laptops, consoles de jogos, alguns brinquedos e roupas esportivas.

Nos Estados Unidos, o consumo gera 75% do crescimento do PIB.

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