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Eua Suspende Tarifas De Canadá E México E Abre

EUA suspende tarifas de Canadá e México e abre caminho para ratificar T-MEC

* por AFP

Washington, 17 Mai 2019 (AFP) - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira o fim das tarifas de aço e alumínio para o Canadá e o México, abrindo caminho à ratificação do T-MEC, o acordo de livre comércio renegociado entre os três países.

"Tenho o prazer de anunciar que acabamos de chegar a um acordo com o Canadá e o México e venderemos nossos produtos nesses países sem a imposição de tarifas", disse Trump em um fórum em Washington.

Os Estados Unidos e o Canadá emitiram pouco antes, de Ottawa, uma declaração conjunta sobre o acordo para eliminar as tarifas dos EUA sobre aço e alumínio e a retaliação do Canadá.

O México anunciou em outra declaração "um acordo benéfico para ambas as partes", que estabelece a supressão das cotas dos Estados Unidos e a consequente suspensão das medidas mexicanas.

As relações comerciais entre os três países foram marcadas por atrito desde que Trump chegou ao poder em 2017, determinado a cumprir sua promessa eleitoral de "os Estados Unidos primeiro".

Para isso, impôs aos seus vizinhos a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em vigor desde 1994, acusando-o de destruir milhares de empregos industriais, principalmente no setor automotivo, transferidos para o México.

Em meio às árduas negociações trilaterais, a Casa Branca decidiu aplicar, em 1º de junho de 2018, tarifas adicionais de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio para seus vizinhos, inicialmente isentos desses impostos. Canadá e México responderam com tarifas sobre um grande número de produtos dos EUA.

Após treze meses de negociações, Washington, Ottawa e Cidade do México conseguiram chegar a um novo Tratado (T-MEC), assinado no dia 30 de novembro.

O texto, entretanto, ainda precisa ser aprovado pelos parlamentos dos três países para entrar em vigor. E tanto o Canadá quanto o México colocaram a suspensão das tarifas sobre metais como condição fundamental para garantir a aprovação do novo acordo.

Otimismo sobre a ratificação
Agora, o otimismo sobre um novo T-MEC reina entre os três países da América do Norte.

"Recebemos com grande entusiasmo a decisão" dos Estados Unidos. "Esta ação prepara o caminho para avançar para a ratificação do T-MEC", escreveu no Twitter o subsecretário mexicano para a América do Norte, Jesus Seade, principal negociador do tratado para substituir o Nafta.

De Ottawa, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também celebrou o acordo alcançado com Washington sobre tarifas "que não faziam muito sentido", e se disse "muito otimista" em relação à ratificação do T-MEC.

"Para nós e para os Estados Unidos, essas tarifas sobre aço e alumínio foram a maior barreira ao novo acordo do Nafta", disse Trudeau. "Demos um grande passo" em direção à ratificação, o que poderá acontecer "nas próximas semanas", disse a jornalistas.

Alguns membros importantes do Congresso dos EUA também disseram que não aceitariam o T-MEC se as tarifas dos EUA ainda estivessem em vigor.

"Esse acordo será fantástico para nosso país. E, com sorte, o Congresso o aprovará rapidamente", disse Trump nesta sexta-feira.

México e Canadá apontaram que, segundo o acordo, os dois governos retirarão todas os litígios pendentes na Organização Mundial de Comércio (OMC) por este tema.

Além disso, ambos os países implementarão medidas com os Estados Unidos para prevenir a importação de alumínio e aço a preços de 'dumping' (abaixo do custo de produção), assim como a compra ou o envio desses metais pelo México ou pelo Canadá.

Os dois países também monitorarão o comércio de alumínio e aço entre eles e os Estados Unidos, estabelecendo um sistema de consultas em caso de aumentos significativos.

Canadá e México haviam formado esta semana uma frente comum contra as tarifas americanas.

"É hora de abolir as tarifas, pensamos que seria benéfico para a competitividade de todo o continente e para nos aproximarmos de um verdadeiro livre comércio", disse a ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, ao receber na terça-feira em Toronto uma delegação do governo mexicano.

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