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With or Without Money

Exterior Melhora, Bolsa Sobe E Dólar Cai

Exterior melhora, Bolsa sobe 0,43% e dólar cai 1,14%, a R$ 2,175

* por UOL News

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou esta quinta-feira em alta de 0,43%, aos 36.533 pontos. O volume financeiro somou R$ 2,09 bilhões. O dólar caiu 1,14%, a R$ 2,175

Números divulgados nos Estados Unidos indicando arrefecimento da economia americana, o interesse em buscar uma solução diplomática para a questão da Coréia do Norte e a manutenção dos juros por bancos centrais da Europa fizeram parte do noticiário favorável que sustentou o tom positivo nos negócios.

O interesse em resolver pela via diplomática a questão do lançamento de mísseis para testes pela Coréia do Norte trouxe alívio às principais praças financeiras nesta jornada. Washington e Tóquio pediram uma dura resposta do Conselho de Segurança das Nações Unidas para a situação, incluindo sanções. Mas tanto o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, como o premiê japonês Junichiro Koizumi aceitaram buscar uma "solução diplomática".

Na Europa, tanto o Banco Central Europeu (BCE) como o Banco da Inglaterra (BOE) decidiram manter inalteradas as taxas de juros das respectivas região. Na zona do euro, a principal taxas permaneceu em 2,75%, enquanto a autoridade monetária inglesa manteve o juro anual do país em 4,5% no fim de encontro realizado nesta quinta-feira. As decisões foram em linha com o esperado pelo mercado.

Indicadores americanos sugerindo desaceleração da economia e contribuindo com o cenário de menor aumento nos juros reforçaram a trajetória positiva no ambiente global. O índice Dow Jones da Bolsa de Bolsa York (Nyse) subiu 0,66%, enquanto o treasury (título americano) de 10 anos perdeu 0,04 ponto percentual, a 5,18% ao ano.

Os novos pedidos de seguro-desemprego ficaram em 313 mil solicitações na semana terminada no dia 1º de julho -2.000 a menos que na semana anterior. Muitos economistas aguardavam alta de 2.000.

O indicador do setor de serviços ficou em 57 pontos, abaixo dos 60,1 de maio e inferior aos 59,6 esperados por analistas. No mesmo sentido, as vendas nas lojas da Wal-Mart abertas há pelo menos 12 meses nos EUA cresceram 1,2% em junho, ante a esperada alta de 2%.

Câmbio

O dólar caiu mais de 1% nesta quinta-feira, derrubado por ingressos de recursos e refletindo melhora no cenário externo depois de um ambiente mais tenso na véspera.

A divisa norte-americana terminou o dia com declínio de 1,14%, vendida a R$ 2,175. Segundo analistas, exportadores aproveitaram a alta do dólar na quarta-feira para vender a moeda nesta sessão.

O Banco Central também retomou o leilão de compra de dólares depois da ausência na véspera, e aceitou seis propostas, com taxa de corte a R$ 2,186.

"Deu a estressada ontem, devido ao lançamento dos mísseis na Coréia do Norte, o que pesou nas Bolsas asiáticas e contaminou o mundo. Hoje, como não fizeram mais nada, e melhorou lá fora, o mercado retomou a melhora com base nos fundamentos", apontou Flávio Ogoshi, operador de derivativos do Rabobank.

A corretora de câmbio NGO destacou, em relatório, que os movimentos no mercado doméstico que acompanham o cenário internacional tendem a ser mais "artificiais", já que internamente os fundamentos econômicos seguem positivos -com sinais de queda na inflação e "perspectivas de que a economia poderá alcançar crescimento acima das previsões iniciais".

"A maior evidência disso é que esses movimentos não se sustentam, ocorrem num dia e são desmontados no outro, embora o cenário externo continue com as mesmas incertezas do dia anterior", completou a corretora.

Analistas citaram ainda a melhora nos mercados emergentes que contribuiu para o otimismo interno, com destaque para o tom positivo dos ativos mexicanos, que se recuperaram com a indicação de vitória do candidato conservador, Felipe Calderón, nas eleições presidenciais.

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