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entry Jun 8 2019, 09:04 PM
G20 analisa riscos de guerra comercial e busca política fiscal comum

* por Agustín de Gracia | EFE

Fukuoka (Japão), 8 jun (EFE).- Representantes dos países integrantes do G20 começaram a analisar neste sábado no Japão os riscos das atuais tensões comerciais e a buscar políticas fiscais globais diante das profundas transformações dos modelos de negócio.

A reunião de dois dias de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais acontece em Fukuoka, sob um forte esquema de segurança, raro para esta tranquila cidade situada em frente ao estreito que separa os litorais do Japão e da Coreia do Sul.

A sessão deste sábado, que se estendeu por três horas e meia, foi parte dos contatos prévios à cúpula de 28 e 29 de junho em Osaka, da qual participarão, entre outros, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo da China, Xi Jinping, assim como 20 governantes de outras nações.

Em uma sala de um luxuoso hotel de Fukuoka e em debates que acontecem a portas fechadas, os representantes do G20 se reúnem tendo como cenário de fundo as tensões comerciais entre os EUA e a China, embora não sejam esperados grandes avanços nesse sentido.

Pelo menos assim se expressou o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em declarações aos jornalistas às margens da reunião, ao confirmar que sua agenda inclui uma reunião com o presidente do Banco Popular da China, Yi Gang.

"Não será uma reunião para negociar", esclareceu Mnuchin, que insistiu que serão os contatos que Trump e Xi terão em Osaka os que servirão para avançar rumo ao final da guerra comercial na qual estão mergulhadas as duas economias mais poderosas do mundo desde o ano passado.

Por enquanto, a reunião de Fukuoka se desenvolve com uma crise nascente que foi solucionada: a que os Estados Unidos estavam prestes a iniciar com seu vizinho do sul diante das ameaças da Casa Branca de aplicar uma tarifa de 5% sobre todas as importações procedentes do México.

Horas antes que começasse a reunião em Fukuoka, o México e os Estados Unidos anunciaram em Washington ter chegado a um acordo migratório para resolver a crise, o que foi recebido com entusiasmo em Fukuoka pelo próprio Mnuchin.

"Não podíamos estar mais satisfeitos com o acordo que alcançamos", declarou o secretário do Tesouro dos EUA.

"É muito, muito significativo, e apreciamos muitos os compromissos que o México adotou para nos ajudar nestes temas de migração tão importantes", acrescentou.

Não houve reação em Fukuoka da parte do México, que está representado pelo subsecretário de Fazenda, Arturo Herrera, e pelo diretor de Assuntos Internacionais do Banco do México, Gerardo Zúñiga.

Isso se explica pelo fato de que o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, decidiu reduzir sua presença no fórum do G20 e se ausentará da Cúpula de Osaka, por não estar satisfeito com seus esforços contra as desigualdades globais.

"Não vou à reunião dos 20, ao G20, mas vou lhes mandar uma carta sobre os problemas da desigualdade no mundo", disse López Obrador na terça-feira passada.

Das reuniões participam representantes dos países do G20 e outras nações vinculadas a estas iniciativas, como a Espanha, que está representada pela sua ministra da Economia, Nadia Calviño.

De acordo com as minutas que foram divulgadas na imprensa, a reunião será encerrada com uma declaração na qual destacarão os riscos decorrentes das tensões comerciais crescentes, que estão corroendo anos de luta contra o protecionismo.

Também são esperados novos compromissos para fazer frente às mudanças radicais nas novas economias, que cada vez cruzam mais fronteiras, com profundos desafios quanto a políticas tributárias que antes levavam em conta a residência física das empresas.

Esses esforços levam em conta modelos de negócios digitais como Google e Facebook, por uma parte, mas também a tendência de muitas companhias a transferir suas sedes a outras nações que oferecem maiores vantagens fiscais.

"As mudanças nas políticas fiscais estão vinculadas com as mudanças nos modelos de negócio (...). Não há nem um só país que não se tenha visto afetado", reconheceu em um seminário prévio a ministra de Finanças da Indonésia, Sri Mulyani Indrawati.

 
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