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Entradas em April 2019

entry Apr 30 2019, 08:31 PM
Grupo japonês Softbank investe US$1 bi no aplicativo Rappi

* por Filipe Oliveira | UOL Noticias | São Paulo
com Reuters

O conglomerado japonês Softbank anunciou nesta terça-feira um investimento de 1 bilhão de dólares (R$ 3,95 bilhões) no aplicativo de entrega colombiano Rappi.

O investimento no Rappi é o primeiro do recém-criado Fundo de Inovação do Softbank, lançado em março, voltado para a América Latina e com expectativa de injetar US$ 5 bilhões em companhias iniciantes.

É o maior investimento de capital de risco já recebido por uma startup da América do Sul.

Outro veículo de investimento global da Softbank, o Vision Fund, também participará —cada um deles colocará US$ 500 milhões na companhia. A Rappi foi avaliada em 1 bilhão de dólares em sua última rodada de financiamento em setembro, apoiada pelo investidor DST Global.

O aplicativo, que começou a funcionar no Brasil em 2017, oferece serviço de delivery a partir do qual o consumidor pode pedir qualquer produto que deseje, a ser entregue por motoboy prestador de serviços da companhia.

Recentemente a startup vem apostando na ampliação de suas ofertas, incluindo também a possibilidade de contratar serviços e patinetes elétricas, a partir de parcerias com outras empresas, como GetNinjas, Singu e Grow.

A ideia, segundo executivos da empresa, é tornar a ferramenta um "super-app", inspirado no que existe no mercado chinês. No modelo, um mesmo aplicativo é usado para uma grande variedade de compras, serviços e pagamentos.

Nessa direção, Marcelo Claure, diretor de operações do Softbank e responsável pelo fundo da companhia para a América Latina, disse em nota acreditar que os fundadores do Rappitem a visão corajosa para criar o melhor super-app da região.

A startup tem como principais concorrentes as empresas iFood e Uber Eats, no ramo da alimentação

No Brasil, o Softbank já fez investimentos no aplicativo 99, mais tarde vendido para a chinesa Didi, e na startup de logística Loggi, que também usa o trabalho de entregadores parceiros. Em Internacionalmente, a Uber é uma das estrelas de seu portifólio.

Além do Brasil, a Rappi está em outros seis países, incluindo México, Peru, Argentina, Chile e Uruguai. Segundo a companhia, o investimento permitirá a ela chegar a novos mercados.

A empresa também afirma estar registrando crescimento mensal de 20% nos mercados em que faz negócios.

entry Apr 29 2019, 09:00 PM
Argentina vai intervir no mercado cambial para conter volatilidade

* por AFP

Buenos Aires, 29 Abr 2019 (AFP) - O Banco Central da Argentina vai intervir no mercado de divisas, a partir desta segunda-feira (29), para defender o peso e conter uma corrida cambial.

A seis meses das eleições presidenciais de outubro, a medida conta com o aval do do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A partir de agora, o banco poderá vender até US$ 250 milhões por dia para satisfazer a demanda do mercado --mesmo que a taxa de câmbio esteja dentro da faixa de não intervenção de 39,75 a 51,54 pesos por dólar--, o que foi acordado com o FMI.

Depois de uma semana volátil em que o peso caiu 8,16% em relação ao dólar, o anúncio recebeu o apoio imediato do FMI. No ano passado, o Fundo deu à Argentina uma linha de crédito de us$ 56 bilhões condicionada ao ajuste de suas políticas.

"Apoiamos essas medidas, que estão adequadamente calibradas para os desafios que a Argentina enfrenta", disse o FMI.

A medida foi bem recebida no mercado cambial, que abriu com o preço do peso em alta para 46,50 e chegou a 45,81 no meio do dia, contra 46,80 pesos no fechamento da sexta-feira.

Para conter a volatilidade da semana passada, o Banco Central elevou a taxa básica de juros para 72%. As reservas internacionais terminaram em US$ 71,898 bilhões na sexta-feira.

Trata-se da segunda medida heterodoxa tomada nas últimas semanas pelo presidente Mauricio Macri, que já tinha anunciado um congelamento de preços, em uma tentativa de aliviar o ritmo inflacionário.

"Dado o aumento da volatilidade da taxa de câmbio observada nos últimos dias (...) o BCRA deve reforçar o viés contracionista da política monetária ao intervir no mercado cambial para reduzir de forma mais agressiva a quantidade de pesos", declarou a entidade em comunicado.

'Ancorar as expectativas'
O economista Matías Carugati disse à AFP que, "no meio da emergência, é uma medida precisa que pode funcionar, e eu digo 'pode', porque não há certezas".

Para ele, o Banco Central "vai deixar a taxa de câmbio se movimentar o mais livremente possível, mas tentando reduzir a volatilidade".

"Todos os analistas entendem que a taxa de câmbio tende a subir para acompanhar a inflação. O problema é quando o aumento é dado aos saltos. Essa medida tenta ancorar as expectativas", explicou.

De acordo com a nova disposição, se a taxa de câmbio estiver acima de 51,44 pesos, "o Banco Central aumentará de US$ 150 para US$ 250 milhões o valor da venda diária estipulada até agora", disse o organismo.

No entanto, essas intervenções também podem ser realizadas quando a cotação está localizada dentro da faixa de flutuação da moeda em determinadas circunstâncias.

Inflação x votos
O governo Macri considera que a depreciação do peso é o principal fator inflacionário.

Em março, a Argentina registrou inflação de 4,7% e acumulou 11,8% no primeiro trimestre deste ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 54,7%.

A crise econômica e o aumento dos preços estão entre as maiores preocupações dos argentinos, que irão às urnas em outubro para eleger o presidente.

Embora os candidatos ainda não tenham sido definidos, Macri está atrás de sua antecessora, Cristina Kirchner, nas pesquisas de intenção de voto.

"A debilidade da economia pode afetar ainda mais os índices de aprovação do presidente Macri e aumentar as chances de sua antecessora, a populista Cristina Fernández de Kirchner", disse a Capital Economics.

entry Apr 28 2019, 09:05 PM
JBS compra processadora de carne suína no RS

* por Forbes
com Reuters

A JBS anunciou hoje (26) que fez acordo para comprar uma processadora de carne suína no Rio Grande do Sul por R$ 235 milhões.

O acordo foi acertado com a Adelle Indústria de Alimentos e a unidade comprada está localizada na cidade de Seberi. A JBS não informou de imediato a capacidade da processadora.

A fábrica comprada foi inaugurada em 2015. Segundo informações da Adelle, a instalação tem capacidade de abate de 2 mil cabeças por turno.

A aquisição será paga por meio da dação de R$ 80 milhões em pagamento do Frigorífico Frederico, localizado em Frederico Westphalen (RS). Além disso, R$ 115 milhões do valor do negócio referem-se à assunção de dívidas da Adelle e R$ 40 milhões serão pagos em moeda corrente.

A conclusão da operação depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

entry Apr 28 2019, 08:50 PM
Governo britânico deve avançar em questões sobre Brexit em conversas com oposição, diz Partido Trabalhista

* por Kylie MacLellan | Reuters

LONDRES (Reuters) - As negociações entre o governo britânico e o Partido Trabalhista, de oposição, que visam encontrar um consenso sobre o avanço no Brexit, foram produtivas, mas o governo precisa evoluir quanto a suas exigências, disse a porta-voz do Partido Trabalhista neste domingo.

O Parlamento rejeitou o acordo de saída da primeira-ministra Theresa May com Bruxelas três vezes e ela agora espera chegar a um acordo com o Partido Trabalhista, que verá o acordo ser aprovado.

Rebecca Long-Bailey disse que mais conversas vão ocorrer na próxima semana. Um dos principais pontos de discórdia é uma união aduaneira, que os trabalhistas pediram, mas o governo diz que está em desacordo com a intenção de ter uma política comercial independente.

"As discussões até agora têm sido produtivas, nós entramos em muitos detalhes ... mas até agora não vimos o governo mexer em nenhuma das suas exigências", disse Long-Bailey à Sky News. "Queremos ver movimentos duros e rápidos nessas 'linhas vermelhas' o mais rápido possível."

O governo quer que o Reino Unido deixe a UE antes de 23 de maio, quando deve participar das eleições do Parlamento Europeu. Brandon Lewis, o presidente dos conservadores de May, disse que a prioridade do governo é não ter que lutar contra essa eleição.

"Ainda há tempo para o parlamento aprovar esse acordo para que nós não combatamos essas eleições", disse ele à BBC.

entry Apr 26 2019, 09:08 PM
Crescimento de receita da Uber no Brasil desacelera em 2018

* por Reuters

A Uber divulgou nesta sexta-feira detalhes de sua bilionária oferta pública inicial de ações (IPO) que incluem dados sobre a operação da companhia no Brasil, segundo maior mercado da empresa depois dos Estados Unidos.

Os dados disponibilizados no prospecto mostram que a Uber teve receita de US$ 959 milhões (R$ 3,8 bilhões) em 2018, um crescimento de 15,4% sobre o desempenho de 2017.

Enquanto isso, nos EUA, a receita da empresa subiu 49% no período, para US$ 6,07 bilhões.

O desempenho da empresa no Brasil mostra uma desaceleração, uma vez que em 2017 a Uber teve faturamento de US$ 831 milhões, um salto de três vezes e meia sobre a receita de US$ 236 milhões registrada em 2016, segundo o prospecto.

O prospecto não traz explicações sobre a desaceleração na receita. Procurada no Brasil, a companhia não pode comentar o assunto de imediato.

No total, o faturamento da empresa em 2018 somou US$ 11,27 bilhões, crescimento de 42% na base anual.

O IPO da Uber é o maior nos Estados Unidos desde a listagem gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba em 2014.

A companhia deve precificar o IPO em 9 de maio e os negócios com as ações da companhia começam no dia seguinte.

A faixa de preço indicativa foi definida entre US$ 44 e US$ 50.

A empresa vai vender 180 milhões de ações na oferta para levantar até US$ 9 bilhões de dólares. Outros 27 milhões de papéis serão vendidos por atuais acionistas por até US$ 1,35 bilhão de dólares.

entry Apr 25 2019, 09:00 PM
Natura ainda discute aquisição da Avon; ações disparam

* por Tatiana Bautzer
com reportagem adicional de Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Natura ainda está em discussões para a aquisição da Avon Products, a empresa listada em bolsa de valores que controla as operações da Avon fora da América do Norte, informou a fabricante brasileira de cosméticos.

A Natura preferiu não comentar a venda anunciada nesta quinta-feira da unidade da Avon na América do Norte, vendida pela Cerberus capital para uma unidade da sul-coreana LG por 125 milhões de dólares.

Uma fonte com conhecimento do assunto disse que as negociações entre Natura e Avon estão avançadas e se continuarem bem poderão resultar num anúncio nas próximas semanas.

Analistas viram a venda do negócio na América do Norte como positiva para a Natura. Analistas do Itaú BBA disseram que esperam que o negócio seja focado nas operações latino-americanas da fabricante de cosméticos. A venda da unidade não listada "remove um dos maiores desafios para que a Natura feche a aquisição da Avon”, afirmou o analista Marco Calvi em relatorio a clientes.

O Itaú BBA estima que se a Natura pagar um prêmio de 20 por cento sobre o valor de mercado da Avon, de 1,13 bilhão de dólares, a alavancagem da empresa brasileira subiria para 5 vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Mas há uma exigência nos bônus da companhia para que a alavancagem não supere 3,5 vezes, o que poderia levar a Natura a fazer uma emissão de ações, afirmou o analista.

As ações da Natura encerraram o dia na ponta positiva do Ibovespa, em alta de 10 por cento, a 49,28 reais. Os papéis da Avon subiram 3,4 por cento, a 3,06 dólares.

entry Apr 24 2019, 08:34 PM
Empresa suíça lança fundo de mineração de bitcoins

* por Forbes
com Reuters

A gestora suíça de ativos Final Frontier e a empresa global de tecnologia blockchain, Bitfury Group, avaliada recentemente em US$ 1 bilhão, anunciaram hoje (24) o lançamento de um fundo regulamentado de mineração de bitcoin, sob a supervisão do regulador financeiro de Liechtenstein.

As empresas não divulgaram o tamanho do fundo, criado pela Final Frontier para investidores que querem ter acesso ao mundo da mineração de bitcoin. Os mineradores operam computadores extremamente poderosos para adivinhar números específicos. O primeiro minerador a adivinhar o número consegue atualizar o livro de transações e recebe uma recompensa de 12,5 bitcoins.

A Bitfury, que detém fatia minoritária na Final Frontier, disse que está fornecendo o hardware e todos os serviços para o fundo de mineração de bitcoin. Os locais de mineração onde o equipamento será implantado estarão em locais explorados e atendidos pela Bitfury.

Imraan Moola, co-fundador da Final Frontier, disse que o fundo surge em um momento vantajoso para os investidores. “Com o preço do bitcoin baixando significativamente de sua alta histórica, mas o interesse institucional crescendo a cada dia, agora pode ser um momento oportuno para considerar investir na mineração de bitcoin”, disse Moola.

entry Apr 23 2019, 09:42 PM
Fintechs dos Brics iniciam aliança global

* por Forbes
com Reuters

Associações de plataformas digitais de serviços financeiros do Brics (grupos de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) iniciaram, hoje (23), um movimento de aproximação global.

Segundo a ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), as associações do setor nesses países assinaram na Índia um acordo, em um primeiro passo para uma futura aliança. O pacto foi firmado durante uma conferência de fintechs em Mumbai.

“As fintechs brasileiras poderão avançar mais rápido se souberem como os outros países estão lidando com as deles”, disse em nota Ingrid Barth, diretora da ABFintechs.Segundo a ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), as associações do setor nesses países assinaram na Índia um acordo, em um primeiro passo para uma futura aliança. O pacto foi firmado durante uma conferência de fintechs em Mumbai.

“As fintechs brasileiras poderão avançar mais rápido se souberem como os outros países estão lidando com as deles”, disse em nota Ingrid Barth, diretora da ABFintechs.

entry Apr 22 2019, 08:56 PM
Nissan rejeitará nova proposta de integração da Renault, diz jornal japonês

* por Bhargav Acharya | Bangalore | Índia

(Reuters) - A Nissan, rejeitará uma proposta de integração gerencial de sua parceira francesa, Renault, e pedirá uma relação de capital igual, disse o jornal Nikkei nesta segunda-feira, citando fontes.

A administração da Nissan acha que a companhia japonesa não foi tratada como igual à Renault sob os laços de capital existentes, e uma fusão tornaria essa desigualdade permanente, disse o Nikkei.

A Renault argumentou em sua proposta que uma integração maximizaria as sinergias dentro da aliança franco-japonesa, segundo o Nikkei.

O Financial Times havia informado no final de março a intenção da Renault de retomar as negociações de fusão com a Nissan dentro de 12 meses.

A aliança entre a Renault e a Nissan foi criada em 1999 e foi ampliada em 2016 para incluir a Mitsubishi.

Um porta-voz da Nissan se recusou a comentar, enquanto a Renault não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

entry Apr 21 2019, 08:17 PM
O que a desaceleração da 'locomotiva' Alemanha revela sobre a preocupante economia europeia

* por BBC News

A Alemanha, chamada de "locomotiva" da Europa, tem emitido sinais econômicos preocupantes.

Em dezembro passado, o Banco Central alemão previa um crescimento de 1,6% da economia para este ano, mas essa estimativa caiu para 1% na sexta-feira passada. E, na quarta-feira, um novo rebaixamento: o ministro da Economia, Peter Altmaier, afirmou que a expectativa é de que o país cresça apenas 0,5%, em razão de fatores como estagnação da economia global, guerras comerciais internacionais e a incerteza causada pelo Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Embora nem todos os indicadores sejam negativos, a baixa na previsão do crescimento alemão é parte de uma tendência iniciada no ano passado e preocupa uma das maiores economias do mundo.

No último trimestre de 2018, o PIB (Produto Interno Bruto) alemão se contraiu 0,2% e não recuperou o crescimento no primeiro trimestre deste ano, embora tenha escapado de uma recessão.

Queda da produção industrial
Uma das razões do esfriamento está na queda da produção industrial alemã nos últimos meses, decorrente da retração da demanda - em níveis que só são superados pela retração vista em 2008, ano em que eclodiu a crise financeira europeia.

Em fevereiro, as exportações alemãs caíram 1,3% em relação ao mês anterior, segundo dados da Agência Federal de Estatísticas. Trata-se da maior queda registrada no último ano.

Embora no total as exportações tenham crescido 3,9% nos últimos 12 meses, as perspectivas de curto prazo não são vistas com otimismo.

Um estudo publicado no início de abril diz que as encomendas à Alemanha e as exportações do país estão "caindo a um ritmo não visto desde a última crise financeira global", por causa sobretudo da redução da demanda da China, que é um dos maiores clientes da Alemanha.

Por que a economia alemã é importante?
Do estado da economia alemã - que responde por 29% de toda a atividade econômica da zona do euro - depende boa parte da saúde econômica do resto da Europa.

E o impacto se estende ao resto do mundo. A Alemanha é a quarta economia global, atrás apenas de EUA, China e Japão, e o terceiro maior exportador do mundo, depois de China e EUA.

Os vínculos alemães com a América Latina também são intensos. Berlim é o quarto exportador para as principais economias latino-americanas - Brasil, Argentina, México, Colômbia e Chile.

Só para o Brasil, as exportações alemãs somam US$ 10,5 bilhões em 2018, sendo medicamentos, peças automotivas e outros manufaturados os principais produtos. Ao mesmo tempo, o Brasil exportou US$ 5,2 bilhões aos alemães no ano passado, sobretudo café, farelo de soja e minérios.

Dados positivos
Vale dizer que nem todos os indicadores econômicos alemães são negativos.

A taxa de desemprego no país, de 3,1%, segue sendo uma das mais baixas do mundo e continuou baixando mesmo enquanto o PIB não decolava.

Dentro do grupo de economias desenvolvidas, apenas Islândia, Japão e República Tcheca têm índice de desemprego menor.

Também cresceu a porcentagem da população em idade produtiva que está empregada, a um ritmo de 0,2% em cada um dos últimos trimestres de 2018.

A explicação para essa aparente contradição entre diferentes indicadores é que, embora a produção industrial esteja passando por um momento delicado, os setores de serviço e construção vivem expansão, em meio a um aquecido mercado interno.

Impactos na zona do euro
Fora das fronteiras alemãs, o freio do crescimento do país se faz sentir na zona do euro.

Alguns países - como a Espanha, entre as grandes economias do bloco - seguiram crescendo em bom ritmo, mas outros, como a Itália, vivem cenários recessivos.

A economia italiana, inclusive, não recuperou o tamanho que tinha antes da crise financeira de dez anos atrás.

E, diferentemente da Alemanha, os índices de desemprego no continente europeu oscilam muito de país para país. No conjunto da zona do euro, a taxa média é de 7,8% - relativamente elevada.

Em países como Itália, Espanha e Grécia, o desemprego chega a dois dígitos - no caso grego, chegou a 18%.

As origens da desaceleração: dos EUA ao Brexit
As razões por trás dos problemas econômicos da Alemanha e da zona do euro são diversas.

Primeiro, a recuperação depois da crise financeira de 2008 nunca foi plena.

Depois, no último ano, a região foi afetada pela má situação do comércio global. Além do esfriamento da economia chinesa, as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações americanas de aço e alumínio também tiveram impacto.

A possibilidade de que essas tarifas se apliquem também à importação de automóveis causa preocupações acerca de um efeito ainda mais profundo, sobretudo para a economia alemã.

Ao mesmo tempo, a incerteza derivada da falta de acordo em torno do Brexit - uma vez que ainda não foram definidos os termos da saída britânica da União Europeia - é outro fator mencionado pelas empresas alemãs nas pesquisas que tentam entender a diminuição da pujança econômica.

Fatores internos
O recente acordo para prorrogar o Brexit até 31 de outubro (o prazo anterior era 29 de março), por sua vez, teve um impacto positivo no humor dos investidores alemães.

O indicador chamado ZEW, que mede o estado de ânimo da economia do país, subiu até 3,1 em abril e tornou-se positivo pela primeira vez desde março de 2018.

Só que, em meio ao vaivém no contexto internacional, a economia alemã também se viu exposta a fatores conjunturais internos, como a implementação de novos testes de emissão de gases nocivos derrubou a produção e venda de automóveis no final do ano passado, em meio à dificuldade das montadoras em se ajustar às regras.

Além disso, uma das piores secas já registradas afetou os níveis de água do rio Reno, uma importante artéria comercial da indústria alemã.

As (poucas) opções do Banco Central alemão
Ante esse cenário, uma das perguntas é: o que pode fazer o Banco Central alemão para incentivar o crescimento do país e da Europa?

As opções do órgão são limitadas, e usar a política econômica como ferramenta para contrastar o esfriamento da economia pode ser complexo.

As taxas de juros do Banco Central Europeu já se encontram em níveis bastante baixos; no final do ano passado, o organismo interrompeu, depois de quatro anos, sua política de "flexibilização quantitativa", que consiste em injetar dinheiro na economia por meio da compra de títulos do Tesouro que estejam no mercado financeiro.

Retomar esse tipo política é possível, mas traz complicações. Para certos tipos de títulos, o BCE já possui praticamente a quantidade máxima que quer ter sem distorcer em excesso o funcionamento natural do mercado financeiro.

Do ponto de vista político, ao mesmo tempo, tal medida seria vista com receio, especialmente na Alemanha. Isso porque injetar dinheiro na economia pode levar ao aumento da inflação - medo que afeta os alemães em particular porque o país viveu um processo inflacionário agudo na primeira metade do século 20.


O que o governo alemão pode fazer?
Outras ferramentas para animar a economia, como a redução de impostos e o aumento dos investimentos públicos, estão nas mãos do governo alemão.

Muitos economistas argumentam que a Alemanha tem margem para colocar essas políticas em prática. Berlim gasta menos do que arrecada em impostos, mas se mostra reativo em usar suas finanças para estimular a economia.

Além disso, as recomendações mais recentes da Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) apontam que ainda é necessário aplicar políticas "prudentes", que assegurem a sustentabilidade das contas dos governos da UE.

Alguns críticos, porém, acham que as regras da UE sobre as contas governamentais da zona do euro são excessivamente cautelosas.

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