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entry Feb 4 2024, 08:41 PM
Arezzo e Grupo Soma acertam fusão e discutem como será o conselho

* por Daniele Madureira | Folha de São Paulo

A fabricante e varejista de calçados Arezzo&Co e o Grupo Soma, de varejo de moda, decidiram se unir em uma nova empresa. O controle da companhia será da Arezzo, que terá 54% do capital, enquanto o Soma fica com 46%. Os novos sócios estão reunidos neste domingo (4) para acertar os detalhes do negócio, que será anunciado oficialmente em breve, possivelmente nesta segunda-feira (5).

A informação sobre o acerto da fusão foi antecipada pelo jornal Valor Econômico e confirmada pela Folha.

Ambas as empresas já tinham divulgado um comunicado ao mercado no último dia 31, informando sobre as negociações para a fusão. Na ocasião, disseram que o atual CEO da Arezzo, Alexandre Birman, será o presidente da nova empresa, que terá Roberto Jatahy, atual presidente do Soma, como principal executivo da unidade de vestuário feminino. Essas definições se mantiveram na reunião deste domingo.

A Folha apurou ainda que Rony Meisler, ex-presidente do grupo Reserva, adquirido pela Arezzo em outubro de 2020, será o presidente da unidade de vestuário masculino.

No momento, segundo uma pessoa que acompanha a negociação, que falou em condição de anonimato, a discussão gira em torno da composição do conselho. Existe a proposta de formação com sete membros: três de cada uma das empresas —além do presidente, um nome indicado pelas duas companhias.

Hoje a Arezzo tem nove membros no conselho e, o Soma, oito. Em ambos os boards, o presidente do conselho é um membro independente, não vinculado às companhias.

Arezzo e Soma juntas teriam um faturamento estimado em R$ 12 bilhões, conforme projeção feita pelo banco BTG, o que as colocaria à frente da Renner, atual líder do setor, que fatura R$ 11,7 bilhões ao ano (o balanço do 4º trimestre das empresas de capital aberto ainda não foi divulgado). Em 2022, Arezzo e Soma registraram juntas R$ 9,1 bilhões de receita líquida.

As companhias indicaram nos últimos dias que a transação tem potencial para gerar R$ 4,5 bilhões em sinergias, boa parte disso na possibilidade de "venda casada" entre as marcas –lojas Farm com calçados da Arezzo, por exemplo. Juntas as empresas teriam mais de 22 marcas, a maior parte delas destinada ao mercado premium. Apenas Hering, hoje sob o guarda-chuva da Soma, seria a marca mais popular do grupo.

Mas há também expectativa de redução de custos em despesas gerais e administrativas, nas áreas de recursos humanos e tecnologia. De acordo com estimativas do banco Safra, essa redução giraria em torno de R$ 200 milhões ao ano.

O anúncio da fusão chega em um momento delicado para as gigantes da moda no Brasil. O avanço das varejistas asiáticas, especialmente da Shein, colocou o mundo da moda em suspenso, na tentativa de avançar com o uso de inteligência artificial e redução de estoques a fim de reduzir custos e ganhar em eficiência.

O ritmo de lançamento de peças da varejista online asiática é frenético: cerca de 2.000 produtos novos por dia. A Shein já fatura mais de R$ 10 bilhões no país, de acordo com estimativas do BTG (ultrapassando, portanto, redes já consolidadas como Marisa e C&A), e é a dona do aplicativo de moda mais baixado do país em 2023: foram 53 milhões de downloads, segundo a ferramenta de pesquisas de mercado AppMagic.

Em 2024, a companhia deve abrir o capital nos Estados Unidos. O valor de mercado estimado da Shein está em US$ 100 bilhões (R$ 485,4 bilhões). No ano passado, a multinacional fechou um compromisso com o governo brasileiro para investir R$ 750 milhões dentro de três anos no país, com a contratação de 2.000 fábricas locais.

NOVA EMPRESA DEVE CONCENTRAR MERCADO DE MODA PREMIUM NO BRASIL
"Há vários potenciais ganhos que dão sentido a esta fusão, como a complementariedade das marcas premium, como Arezzo, Reserva, Farm, Animale, além da Hering, que é democrática", diz o consultor Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail.

"A nova empresa resultante da fusão será uma 'house of brands' [casa de marcas] bastante musculosa e abrangente, com várias sinergias entre os negócios", diz ele, referindo-se à forte estrutura de distribuição dos dois grupos, que envolvem lojas próprias e franquias, principalmente em shopping centers, além de lojas multimarcas e as respectivas operações de comércio eletrônico.

A nova empresa não vai concorrer com o mercado de massa, como Renner e C&A, diz Serrentino. "Ela vai dominar o mercado premium, que é relativamente pequeno no Brasil. Mas as duas companhias têm projetos de internacionalização de suas marcas", afirma. "O país é muito competitivo no mercado de calçados e de moda, uma vez que tem a cadeia completa: desde a diversidade de matéria-prima até o número de pontos do varejo."

Para o especialista, este será um bom ano para o negócio de moda, uma vez que o brasileiro vê a recuperação dos níveis de emprego, renda e confiança.

MARCAS DA AREZZO&CO:
Arezzo
Schutz
Anacapri
Alexandre Birman
Alme
Vans
AR&CO
Troc
ZZ Mall
Baw Clothing
Carol Bassi
Vicenza
MARCAS DO GRUPO SOMA:
Animale
Farm
Fábula
Foxton
Cris Barros
Off Premium
Maria Filó
NV
Hering
Dzarm

entry Feb 3 2024, 08:13 PM
Itália investirá em usina da Enel para aumentar a produção de painéis solares, diz Meloni

* por Giulia Segreti | Reuters
edição de Mark Potter

ROMA (Reuters) - A Itália investirá na fábrica de painéis fotovoltaicos da Enel na Sicília, apoiando seu plano de aumentar a produção e se tornar o principal local da Europa para produção de painéis solares, disse a primeira-ministra Giorgia Meloni no sábado.

"Há 90 milhões de euros para esse projeto do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (NRRP), o que permitirá que a fábrica atual se fortaleça e que uma nova linha de produção seja estabelecida", disse Meloni ao final de sua visita à fábrica da 3Sun, na cidade de Catania.

"Nossa aposta é que Catania se torne um dos mais importantes centros de produção de painéis solares", acrescentou.

A capacidade de produção atual da fábrica, de aproximadamente 200 megawatts (MW) por ano, deve se expandir para 3 gigawatts (GW) até o final deste ano, com um atraso de seis meses em relação ao que foi inicialmente anunciado pela Enel em 2022.

Meloni disse que o objetivo era criar 700 novos empregos até o final de 2024, e mais 1.000 indiretamente, em empresas que trabalham com a usina 3Sun.

O projeto para aumentar a capacidade da fábrica surge no momento em que a União Europeia está buscando acelerar a mudança para as energias renováveis e acabar com sua dependência do gás importado da Rússia.

Meloni, que assumiu o cargo em outubro de 2022, se comprometeu a impulsionar as energias renováveis no sul do país para tentar resolver décadas de subdesenvolvimento.

"Queremos e precisamos ser competitivos nesse setor em comparação com os participantes asiáticos", disse Meloni no sábado.

Em janeiro, a Enel garantiu um pacote financeiro de 560 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) e de um grupo de bancos italianos, liderado pelo UniCredit, para expandir o local.

Outros fundos para a usina virão do fundo de inovação da União Europeia para projetos de tecnologia verde.

O grupo de energia também está em negociações com possíveis investidores sobre a possibilidade de vender até 50% da fábrica, segundo fontes.

entry Feb 2 2024, 08:41 PM
União Europeia quer reforçar limites para empresas de criptomoedas de fora do bloco

* por Wagner Riggs | Portal do Bitcoin

A União Europeia quer reforçar limites para empresas de criptomoedas de fora do bloco, de acordo com um comunicado da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA) do início da semana.

A publicação se refere a duas consultas públicas sobre as diretrizes e critérios para a classificação de criptomoedas como instrumentos financeiros, principalmente para as Autoridades Nacionais Competentes (NCAs), entidades focadas em regras antitruste.

“As orientações propostas visam proporcionar às NCAs e aos participantes no mercado condições e critérios estruturados mas flexíveis para determinar se um criptoativo pode ser classificado como instrumento financeiro”, diz um trecho da publicação.

O ponto principal, segundo a ESMA, é a solicitação inversa, que é a iniciativa por parte do cliente. Trata-se de um conceito visto em algumas leis financeiras da UE que os decisores políticos do bloco reforçaram, pressionando as empresas estrangeiras para abrirem uma sucursal ou subsidiária na UE, explica a Reuters em uma publicação sobre o assunto.

Em resumo, o documento prevê que empresas do setor cripto fora da União Europeia (UE) só poderão atender os clientes do bloco conforme as regras da regulamentação dos Mercados de Criptoativos (MiCA), ou seja, sob condições limitadas para evitar a concorrência desleal.

“A prestação de serviços de criptoativos por uma empresa de um país terceiro está limitada ao abrigo do MiCA aos casos em que o cliente é o iniciador exclusivo do serviço”, diz um trecho do comunicado, acrescentando que uma empresa não pode usar de excessos para contornar o MiCA.

A preocupação do ESMA, portanto, é com os serviços de criptomoedas oferecidos de fora para dentro da UE, em vez de a entidade criar uma base física dentro do bloco para operar diretamente.

De acordo com a ESMA, a consulta termina em 29 de abril de 2024. As considerações sobre os feedbacks estão previstas para serem iniciadas no segundo trimestre deste ano, com publicação do relatório final no quarto trimestre.

No ano passado, a União Europeia aprovou oficialmente a regulamentação do MiCA, ou seja, as primeiras regras abrangentes para mercados de criptomoedas, oferecendo mais clareza sobre o escopo e as definições da regulamentação da nova classe de ativos.

entry Feb 1 2024, 09:51 PM
Totvs anuncia compra da Quiver por controlada no valor de R$115 mi

* por Patricia Vilas Boas | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - A Totvs anunciou nesta quinta-feira que sua controlada Dimensa fez um acordo para aquisição da Quiver Desenvolvimento e Tecnologia por 115 milhões de reais, conforme comunicado ao mercado.

O portfólio da Quiver, que possui cerca de 2,5 mil clientes e 150 funcionários, é dividido em software para corretoras de seguros e de benefícios, soluções de cálculos e de vendas de dados, disse a Totvs em comunicado ao mercado.

"Com esta aquisição, a Dimensa poderá ampliar a oferta de produtos e serviços para seus clientes, podendo aumentar seu escopo de atuação para um mercado endereçável totalmente novo e grande", acrescentou a companhia de softwares.

entry Jan 31 2024, 09:07 PM
Grupo Soma e Arezzo confirmam conversas para fusão; ações disparam

* por Reuters

Os grupos de varejo de moda Soma e Arezzo confirmaram nesta quarta-feira (31) que estão em tratativas para uma eventual fusão de suas bases acionárias, mas que ainda não alcançaram um acordo vinculante.

Antes do anúncio oficial, os ativos dispararam com informações da imprensa de que estavam negociando uma fusão. Na máxima, Arezzo saltou 16,40%, a R$ 65, enquanto Grupo Soma avançou 19,76%, a R$ 8,12.

As companhias divulgaram em comunicados separados que Alexandre Birman, presidente da Arezzo, será o presidente-executivo da companhia combinada caso as empresas avancem para um acordo definitivo, enquanto o presidente-executivo do Soma, Roberto Jatahy, permanecerá a frente das marcas sob gestão do grupo.

Às 16h19, as ações da Arezzo tinham alta de 13,93%, a R$ 63,62, enquanto os papéis do Grupo Soma avançavam 17,7%, a R$ 7,98, liderando as altas do Ibovespa, que subia 1,21%.

A Arezzo&Co é dona de marcas como Arezzo, Schutz, AR&CO e Anacapri, enquanto o Grupo Soma tem em seu portfólio marcas como Farm, Hering, Animale, NV, Maria Filó, Cris Barros, Foxton e Fórmula.

No final do terceiro trimestre, a Arezzo tinha uma base de 5,5 milhões de clientes ativos e 1.005 lojas, sendo 193 próprias e 812 franquias. A receita bruta total do grupo nos nove meses até o final de setembro somava R$ 4,286 bilhões.

O Grupo Soma por sua vez, tinha uma base de 5,5 milhões de clientes ativos e 1.064 lojas, sendo 366 próprias e 698 franquias, com a receita bruta total de 4,458 bilhões de reais nos nove meses até o final de setembro.

O valor de mercado de Soma com base no preço de fechamento da ação na terça-feira (30) era de R$ 5,3 bilhões enquanto a Arezzo era avaliada em R$ 6,2 bilhões.

Em 2021, o Grupo Soma superou a Arezzo em uma oferta pela Cia Hering.

entry Jan 30 2024, 08:35 PM
Na Alemanha, economistas ligados ao governo dizem que teto da dívida é muito rígido

* por Estadão

O Conselho Alemão de Especialistas em Economia (GCEE, na sigla em inglês) afirmou, em unanimidade, que o teto proposto para a dívida pública da Alemanha "é mais rígido do que o necessário e restringe o espaço fiscal para futuros gastos". Em novembro de 2023, o governo da Alemanha suspendeu o dispositivo fiscal que limita a dívida pública, conhecido como "freio da dívida", enquanto negociava a aprovação do orçamento para 2024.

Em artigo divulgado nesta terça-feira, o GCEE, que é ligado ao governo alemão, propõe ajustes em três elementos para aumentar a flexibilidade da política fiscal sem prejudicar a sustentabilidade das finanças públicas.

Entre eles, está a variação do limite de déficit em um intervalo de 0,35% a 1%, medido de acordo com a taxa da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

"Se o nível da dívida é inferior a 60% do PIB, o limite para o déficit estrutural deverá ser de 1% do PIB. Se o nível da dívida for igual ou superior a 90%, apenas o limite prévio de 0,35% deverá ser permitido", explicam os economistas.

Além da faixa de variação, o GCEE também nota que o governo deve introduzir uma fase de transição para períodos após emergências públicas e tornar ajustes cíclicos menos suscetíveis a revisões.

entry Jan 29 2024, 08:20 PM
Negociações entre Mercosul e UE continuam mesmo com resistência da França

* por Lisandra Paraguassu e Anthony Boadle | Reuters | Brasília
reportagem adicional de Philip Blenkinsop | Bruxelas)

BRASÍLIA, (Reuters) - As negociações entre o Mercosul e a União Europeia por um acordo comercial foram retomadas na semana passada e devem seguir pelos próximos meses, disseram à Reuters fontes que acompanham as conversas, mesmo em meio à resistência da França.

Uma reunião entre os negociadores no Palácio Itamaraty foi a primeira entre as partes desde dezembro, quando os debates foram suspensos pela decisão do então governo argentino de deixar para o novo presidente, Javier Milei, a continuação das tratativas.

De acordo com fontes europeias e brasileiras ouvidas pela Reuters, não houve avanços significativos no encontro, mas as conversas foram positivas e foi tomada a decisão de continuar as negociações.

"As negociações estão andando lentamente na direção certa. Mas vai levar algum tempo", disse uma das fontes europeias.

Do lado brasileiro, a informação segue na mesma linha. Chegou-se a falar em concluir o acordo até a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) no final de fevereiro, mas decidiu-se evitar falar em prazos e não criar expectativas.

No momento, o maior entrave é a resistência da França. Em meio a imensos protestos de agricultores franceses contra importações e contra o acordo com o Mercosul, o governo francês divulgou nesta segunda-feira a informação de que a Comissão Europeia teria orientado os negociadores a suspenderem as negociações.

A Comissão, no entanto, disse que os negociadores da UE e do Mercosul continuam em contato, incluindo os encontros da semana passada em Brasília, mas alguns temas importantes continuam em aberto.

"O foco da UE continua em assegurar que o acordo atenda as metas de sustentabilidade do bloco, ao mesmo tempo que respeita as sensibilidades do setor agrícola europeu", disse um porta-voz da Comissão.

De acordo com uma das fontes da UE ouvidas pela Reuters, a informação divulgada pelo governo da França é uma versão formulada pelos franceses de acordo com seus interesses. Outra fonte classificou a informação como "ficção".

Do lado brasileiro, as fontes confirmam que nada sobre isso foi trazido pelos negociadores, ao contrário.

Perguntado sobre as informações francesas, o Itamaraty não quis comentar oficialmente. Uma fonte diplomática, no entanto, lembrou que as negociações não são feitas com países ou presidentes individualmente, mas com a Comissão Europeia.

Em dezembro, quando as negociações se encaminhavam para serem fechadas, Macron se manifestou publicamente contra o acordo, classificando-o de "antiquado" e dizendo que "não era bom para ninguém."

Segundo as fontes brasileiras, as negociações continuarão nos próximos dias para resolver questões pendentes, especialmente do lado brasileiro. O novo governo argentino já declarou que não tem problemas com o as negociações e não pretende fazer novas exigências, mas o Brasil aponta duas questões que ainda precisam ser tratadas.

Uma delas é o cronograma para redução de tarifas de importação para carros elétricos. A outra, mais complexa, é um sistema de conciliação para resposta à lei antidesmatamento aprovada pela União Europeia.

O Brasil quer a criação de um instrumento de conciliação no caso de a UE invocar a lei e suspender importações de produtos agrícolas acertadas no acordo, assim como o direito de reduzir as cotas europeias se tiver suas exportações cortadas.

entry Jan 28 2024, 09:12 PM
Segundo maior comprador de café do mundo, Alemanha fala em práticas mais sustentáveis

* por David Lucena | Folha de São Paulo

A Alemanha emitiu uma declaração conjunta com a Organização Internacional do Café e a Plataforma Global do Café na qual se compromete a contribuir para uma transformação sustentável do setor cafeeiro.

A declaração aborda questões como renda digna para produtores rurais, transparência de mercado e equidade de gênero, além de pregar uma agricultura que contribua para a mitigação da crise climática.

Embora protocolar, o documento assinado em Berlim, no último dia 19, importa porque a Alemanha é o maior comprador de café da União Europeia. No comparativo global, é o segundo maior, atrás apenas dos Estados Unidos.

Em 2023, o Brasil exportou 5 milhões de sacas de café para a Alemanha, valor muito superior ao que embarcou para a Itália (3,1 milhões), terceiro maior comprador do café brasileiro.

A declaração se insere ainda em uma discussão mundial sobre o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), que proíbe a importação de certos produtos provenientes de áreas com desmatamento. A lei passa a ser aplicada em janeiro de 2025. Enquanto isso, o mercado global de café corre para se adaptar à norma.

A declaração, assinada pelo ministério alemão para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento, defende a sustentabilidade ambiental e a mitigação das mudanças climáticas por meio da circularidade, produção regenerativa, comércio e consumo na cadeia global do café.

A produção regenerativa, mencionada no documento, é apontada pela cafeicultura mundial como aposta mais promissora para lidar com as mudanças climáticas.

A expressão virou uma espécie de mantra das grandes empresas que tentam vocalizar um discurso sustentável. O termo passou a ser onipresente em relatórios de ESG (Governança ambiental, social e corporativa, da sigla em inglês), rótulos de produtos e falas de executivos.

De modo geral, a agricultura regenerativa é baseada em práticas de conservação e regeneração do solo, da água e da biodiversidade, a fim de emitir menos gás carbônico do que as técnicas consideradas tradicionais.

O documento destaca ainda a necessidade de preservar os ecossistemas naturais nos países produtores de café em todo o mundo.

A diretora-geral do ministério alemão, Ariane Hildebrandt, disse que o país está empenhado em apoiar o avanço do setor global de café "rumo a um futuro mais sustentável, inclusivo e resiliente".

entry Jan 27 2024, 09:39 PM
Spotify diz que plano da Apple para cumprir a regulamentação na Europa é uma "farsa"

* por Reuters

BRASÍLIA (Reuters) - O Spotify afirmou na sexta-feira que o novo plano da Apple para cumprir a Lei de Mercados Digitais (DMA) da União Europeia é “uma farsa completa e total”.

A partir do início de março, os desenvolvedores poderão oferecer lojas de aplicativos alternativas em iPhones e optar por não usar o sistema de pagamento no aplicativo da Apple, que cobra comissões de até 30%, de acordo com as novas regras do bloco.

No entanto, os desenvolvedores ainda serão obrigados a pagar uma “taxa de tecnologia básica” de 50 centavos de euro por conta de usuário por ano sob o novo regime da Apple na UE.

“Desde o início, a Apple deixou claro que não gostou da ideia de cumprir o DMA. Então, eles formularam uma alternativa indesejável ao status quo”, disse a gigante do streaming de música na sexta-feira.

O Spotify disse que teria que pagar uma comissão de 17% se permanecesse na App Store e oferecesse seu próprio pagamento no aplicativo sob os novos termos.

“Todo desenvolvedor pode optar por permanecer nos mesmos termos hoje. E sob os novos termos, mais de 99% dos desenvolvedores pagariam o mesmo ou menos à Apple”, disse a Apple em comunicado enviado por e-mail à Reuters.

entry Jan 26 2024, 11:52 PM
Itália terá poder de veto sobre empresa de redes da KKR

* por Elvira Pollina e Giuseppe Fonte | Reuters

MILÃO (Reuters) - O Tesouro da Itália terá poderes de veto com relação a questões estratégicas envolvendo a rede de telefonia fixa da Telecom Italia, como parte de um acordo em que a norte-americana KKR assumirá a infraestrutura do grupo.

Os poderes incluirão a possibilidade de nomear o presidente de uma empresa recém-criada, denominada Optics HoldCo, que será a proprietária total da infraestrutura, de acordo com duas fontes informadas sobre o assunto.

Aprovado pelo conselho de administração da TIM em dezembro e autorizado pelo governo italiano neste mês, o acordo avalia a rede em até 22 bilhões de euros e estabelece uma empresa somente de atacado para fornecer capacidade de banda larga à Telecom Italia e a outras operadoras de telecomunicações.

O presidente da Optics HoldCo, a ser nomeado pelo Tesouro, terá poderes de veto em questões como fusões e aquisições envolvendo os ativos da rede, de acordo com as fontes.

Roma, que planeja comprar uma participação de 15% a 20% no empreendimento de rede por até 2,2 bilhões de euros, também terá o poder de impedir que a KKR venda parte das ações da Optics HoldCo a investidores indesejados sob determinadas condições.

A KKR terá o direito de nomear a maioria do conselho da holding, que indicará o presidente-executivo após consultar os acionistas.

O fundo soberano de Abu Dhabi, cuja participação no negócio já havia sido divulgada em novembro, terá uma participação de 20%, acrescentaram as fontes.

O fundo italiano de infraestrutura F2i disse no início deste mês que levantou 1 bilhão de euros para controlar uma participação de cerca de 10% na infraestrutura.

Todas as partes se recusaram a comentar.

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