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Entradas em February 2024

entry Feb 29 2024, 08:15 PM
Microsoft, OpenAI e Nvidia investem em startup de robôs avaliada em US$ 2,6 bi

* por Michael Acton | Financial Times

Microsoft, OpenAI e Nvidia estão entre os investidores de uma startup do Vale do Silício que tem como objetivo introduzir robôs humanoides alimentados por inteligência artificial na força de trabalho e transformar o mercado de trabalho global.

A Figure AI anunciou nesta quinta-feira (29) que arrecadou US$ 675 milhões (R$ 3,3 bilhões) de algumas das principais empresas de IA do mundo em uma nova rodada de financiamento que avaliou a empresa em US$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões).

A startup planeja usar o capital para contratar mais engenheiros, expandir seu treinamento de IA e a fabricação de robôs.

A Figure AI também fechou um acordo com a OpenAI para desenvolver os "modelos de IA de próxima geração para robôs humanoides" e assinou um acordo de infraestrutura de IA com a Microsoft, informou a empresa.

"Nossa visão na Figure é levar robôs humanoides para operações comerciais o mais rápido possível", disse o diretor executivo Brett Adcock, que fundou a Figure há quase dois anos.

Adcock, que também cofundou o serviço de táxi aéreo Archer Aviation, acrescentou que, com essa rodada de investimento, a empresa está pronta para ter um "impacto transformador na humanidade".

A Figure AI acredita que seus robôs humanoides, capazes de realizar tarefas como mover caixas para uma esteira, poderiam amenizar a escassez de mão de obra e preencher até 10 milhões de empregos "indesejáveis ou inseguros" apenas nos EUA.

Até 2030, o setor de manufatura dos EUA terá 2,1 milhões de empregos não preenchidos, apontou um estudo de 2021 da Deloitte.

A última rodada de financiamento inclui os fundos de startups da OpenAI, Align Ventures e Ark Invest, bem como a Bezos Expeditions, o family office do fundador da Amazon, Jeff Bezos.

A Parkway Venture Capital e a Intel Capital, que investiram na rodada anterior, de US$ 70 milhões, em maio de 2023, também estão financiando a empresa novamente.

A Figure busca acelerar seus planos comerciais com sua colaboração com a OpenAI e aprimorar a capacidade de seus robôs de processar linguagem, disse.

Peter Welinder, vice-presidente de produtos e parcerias da OpenAI, disse que as duas empresas poderão "explorar o que os robôs humanoides podem alcançar quando alimentados por modelos multimodais altamente capazes".

A Microsoft fornecerá à Figure acesso à infraestrutura de IA, treinamento e serviços de armazenamento de sua plataforma de computação em nuvem Azure.

Isso irá "apoiar a implantação de robôs humanoides para ajudar as pessoas com aplicações concretas", disse Jon Tinter, vice-presidente corporativo de desenvolvimento de negócios da Microsoft.

A startup fechou um acordo em janeiro com a BMW, seu primeiro acordo comercial, para implantar seus robôs nas montadoras dos EUA, inicialmente na Carolina do Sul. Ela pretende começar este ano.

O envolvimento da Nvidia na rodada de financiamento vem na esteira de um robusto relatório de ganhos referente a 2023, que ajudou a impulsionar os mercados de ações globais para máximas históricas.

A fabricante de chips dos EUA tem sido a principal beneficiária de um boom de IA que impulsionou a demanda por seus chips. A Nvidia ao mesmo tempo surgiu como um dos investidores mais prolíficos em startups de IA, investindo em 35 empresas em 2023.

A OpenAI, cujo chatbot ChatGPT desencadeou o boom de IA no final de 2022, tem uma relação complexa com a Microsoft.

A Microsoft fez um investimento de US$ 13 bilhões na empresa, mas não possui participação acionária convencional. A OpenAI foi fundada como uma organização sem fins lucrativos em 2015, mas possui subsidiárias com fins lucrativos criadas para facilitar o investimento da Microsoft.

A empresa ainda está no processo de mudar sua estrutura de gestão após um colapso de seu conselho que resultou na demissão temporária de Sam Altman, em novembro.

entry Feb 28 2024, 08:48 PM
Montadoras não vão contestar proibição de carros a combustão na UE, diz líder da indústria

* por Gilles Guillaume | Londres | Reuters

Os fabricantes de automóveis da Europa não contestarão a decisão da União Europeia de banir os veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2035, independentemente de quem vencer as eleições parlamentares europeias deste ano, disse o líder do grupo da indústria automotiva do continente na segunda-feira (26).

Em uma entrevista coletiva no Salão do Automóvel de Genebra, Luca de Meo, presidente da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), disse que a responsabilidade da indústria automotiva "como líderes empresariais não é argumentar contra a regulamentação".

"Não estamos contestando 2035", afirmou de Meo, que também é presidente-executivo da montadora francesa Renault.

A proibição total de carros movidos a combustíveis fósseis em 2035 "é potencialmente viável, mas as condições corretas precisam ser colocadas", acrescentou.

A desaceleração do crescimento da demanda por veículos elétricos aumentou a pressão sobre a indústria automotiva da Europa para cortar custos e desenvolver modelos mais acessíveis, à medida que novos rivais chineses chegam com modelos de custo mais baixo.

As montadoras têm argumentado repetidamente que são necessários mais subsídios governamentais e uma infraestrutura de recarga de baterias mais ampla para estimular a demanda por veículos elétricos e incentivar a adoção em massa.

entry Feb 27 2024, 08:36 PM
Microsoft anuncia acordo com Mistral, rival da OpenAI; União Europeia investiga parceria

* por Yuvraj Malik, Krystal Hu, Martin Coulter | San Francisco | Reuters
Foo Yun Chee | Londres

A Microsoft disponibilizará os modelos de inteligência artificial da startup francesa Mistral AI por meio de sua plataforma de computação em nuvem Azure sob uma nova parceria, anunciaram as empresas nessa segunda-feira (26). A União Europeia divulgou na terça-feira (27) que investigará o acordo.

O acordo plurianual sinaliza os esforços da Microsoft para oferecer uma variedade de modelos de IA além de sua maior aposta na OpenAI, enquanto a gigante da tecnologia busca atrair mais clientes para seus serviços em nuvem Azure.

Como parte do acordo, a Microsoft adquirirá uma participação minoritária na Mistral, confirmou a startup à Reuters sem divulgar detalhes.

A Microsoft confirmou seu investimento na Mistral, mas disse que não possui participação acionária na empresa. A Mistral trabalha com código aberto e grandes modelos de linguagem (LLM) proprietários, semelhante ao modelo que a OpenAI foi pioneira com o ChatGPT, que compreende e gera texto de maneira semelhante à humana.

A startup sediada em Paris também tem trabalhado com a Amazon e o Google para distribuir seus modelos. A empresa planeja disponibilizar o Mistral Large em outras plataformas em nuvem nos próximos meses, segundo um porta-voz.

A União Europeia anunciou que investigará o acordo como parte de seu exame contínuo das parcerias de IA das grandes empresas de tecnologia. O braço executivo da UE alertou anteriormente que o apoio da Microsoft à OpenAI pode estar sujeito às regras de fusão da UE.

"O que está surgindo mostra ainda mais que foi bom não enfraquecer nossa ambição quanto à segurança dos modelos de GPAI (IA de uso geral) com riscos sistêmicos, após o lobby legítimo, mas forte, de empresas como a Mistral", disse Brando Benefei, membro do Parlamento Europeu que supervisionou a elaboração da Lei de IA. "Essa história (o acordo entre Microsoft e Mistral) precisará ser mais bem investigada."

Ao longo das discussões sobre a ampla Lei de IA da UE, a Mistral fez lobby por regras mais flexíveis para alguns modelos, com alertas de que normas rígidas corriam o risco de minar a capacidade das empresas europeias de competirem com as grandes corporações de tecnologia.

Representantes de Microsoft e Mistral AI não comentaram o anúncio da União Europeia.

entry Feb 26 2024, 08:16 PM
Empresas da zona do euro podem estar absorvendo aumentos salariais, diz chefe do BCE

* por Balazs Koranyi | Reuters

FRANKFURT (Reuters) - O crescimento dos salários continua robusto em toda a zona do euro, mas as empresas podem estar absorvendo parte desse aumento por meio de margens de lucro menores, em vez de aumentar os preços, disse a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, nesta segunda-feira.

"A expectativa é de que o crescimento dos salários se torne um impulsionador cada vez mais importante da dinâmica da inflação nos próximos trimestres", disse Lagarde a parlamentares europeus em Estrasburgo.

"Ao mesmo tempo, a contribuição dos lucros (...) está diminuindo, o que sugere que, como esperado, os aumentos dos custos de mão de obra são parcialmente amortecidos pelos lucros e não estão sendo totalmente repassados aos consumidores", disse ela em uma audiência parlamentar.

entry Feb 24 2024, 08:18 PM
Casa dos Ventos anuncia investimento de R$ 12 bi em energia renovável

* por Daniele Madureira | Folha de São Paulo

A empresa Casa dos Ventos vai investir R$ 12 bilhões em ativos renováveis até o final de 2026. A companhia, dona de três parques eólicos concluídos e três em desenvolvimento, todos no Nordeste, soma 3,1 gigawatts (GW) de energia renovável.

A injeção de capital visa dar fôlego novo à expansão da companhia, ancorada na parceria com a petroleira francesa Total Energies, que comprou um terço da brasileira no começo de 2023.

"O total de R$ 12 bilhões inclui novos projetos de energia solar, que vão gerar 1 GW de energia, além da conclusão das eólicas em construção", afirmou o diretor-executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe.

Entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões serão aportados com capital próprio e o restante contará com financiamento de longo prazo via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), BNB (Banco do Nordeste) e mercado de capitais, disse o executivo, filho do presidente da empresa, Mário Araripe, ex-dono da fabricante brasileira de jipes 4x4 Troller.

A marca automobilística foi vendida para a Ford em 2007.

Segundo Lucas, apesar de a Total Energies ser voltada ao mercado de óleo e gás, a multinacional está comprometida com a transição energética. "Eles têm planos ambiciosos para a energia limpa", disse. "Até 2030, a meta da Total é gerar 100 GW em energias renováveis."

Em outubro, durante o 1º Fórum Esfera Internacional, em Paris, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Total Energies deve investir R$ 500 bilhões em projetos para produção de petróleo, gás e energia limpa no Brasil até 2026.

Com a acionista francesa, a Casa dos Ventos obtém mais garantia para financiamentos, acesso a novos clientes, sinergia com fornecedores e maior conhecimento técnico, afirmou Lucas.

"Nós fomos pioneiros em desenvolver projetos de energia renovável, inclusive para outras empresas do setor que se dedicavam à geração e distribuição de energia", disse o executivo. "Mas decidimos nos dedicar a essas outras etapas do processo, nos tornando uma empresa completa, que pode tanto gerar energia limpa quanto ajudar indústrias de outros setores a se descarbonizarem."

Neste último caso, Lucas se refere especialmente ao uso do hidrogênio verde e derivados em projetos de transição energética.

"A amônia verde, por exemplo, é uma mistura de hidrogênio verde com nitrogênio, que pode ser empregada tanto em motores de trens e navios quanto na produção de fertilizantes nitrogenados", afirmou.

De acordo com ele, se a energia eólica está muito concentrada no Nordeste, a energia solar permite que a empresa expanda suas operações para as regiões Centro-Oeste e Sudeste.

A ideia é formar parques híbridos, expandindo o portfólio de geração solar em parques que já operam projetos eólicos. Segundo o executivo, a projeção é que a carteira total de projetos nas fontes eólica e solar chegue a 4,2 GW até 2026.

A energia eólica representa 13% da matriz energética brasileira, segundo dados do Siga —Sistema de Informação de Geração da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). É a segunda mais importante, depois da energia oriunda de hidrelétricas, que domina a matriz brasileira, respondendo por 53% do total.

A energia de biomassa vem em terceiro lugar (9%), seguida pelas geradoras de energia elétrica de pequeno porte —chamadas de PCH (Pequena Central Hidrelétrica)— e CGH (Central Geradora Hidráulica), que somam 5%. A fotovoltaica (solar) representa apenas 3% da matriz energética nacional.

O Brasil tem hoje 31 GW de capacidade instalada em operação comercial de energia eólica, segundo dados da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). São 1.625 parques eólicos no total, com mais de 10,8 mil aerogeradores, em 14 estados do país.

entry Feb 23 2024, 08:59 PM
Para Bundesbank, PIB alemão será mais fraco em 2024 e terá contração no 1º trimestre

* por Dow Jones Newswires

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha será mais fraco em 2024 do que o esperado anteriormente, demonstrando uma recuperação atrasada e gradual, afirmou nesta sexta-feira, 23, o presidente do BC alemão, Joachim Nagel, enquanto apresentava o relatório anual do Bundesbank.

De acordo com ele, as exportações alemãs devem crescer neste ano à medida que a demanda por bens retorna, os gastos das famílias devem se beneficiar dos salários reais mais altos, enquanto um mercado de trabalho estável e um forte avanço salarial significarão que as pessoas terão efetivamente mais dinheiro disponível.

Nagel acredita que o conjunto desses fatores será responsável por apoiar a economia ao longo do ano, após uma contração leve no primeiro trimestre de 2024 - resultado da cautela sobre gastos domésticos e da queda recente e significativa da demanda industrial externa.

entry Feb 22 2024, 09:28 PM
FMI vê riscos de baixa para Japão em 2024 e recuperação no Reino Unido

* por Andrea Shalal | Reuters

WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira que o desempenho econômico mais fraco do Japão em 2023 poderia aumentar os riscos para baixo na atividade em 2024, enquanto os indicadores de alta frequência apontavam para uma recuperação no Reino Unido este ano.

A porta-voz do FMI, Julie Kozack, disse a repórteres que o credor global levaria em conta as novas informações sobre as economias japonesa e britânica -- que entraram em recessão -- ao preparar uma nova previsão global a ser divulgada em abril.

Ela destacou que a inflação estava em queda, mas "o trabalho ainda não está concluído no que diz respeito à política monetária" e disse que o FMI estava pedindo aos bancos centrais que se precavessem contra a flexibilização prematura das taxas de juros.

Quando o núcleo das pressões de preço e as expectativas de inflação estiverem se movendo de forma clara e decisiva em direção aos níveis das metas, alguns ajustes na política monetária "podem ser justificados", disse ela.

Kozack também ressaltou que a política monetária estava se tornando menos sincronizada, com algumas economias de mercados emergentes começando a reduzir as taxas de juros, enquanto algumas economias avançadas estavam se segurando para garantir que as pressões inflacionárias diminuíssem.

O Japão entrou inesperadamente em recessão no final do ano passado, perdendo seu título de terceira maior economia do mundo para a Alemanha e levantando dúvidas sobre quando o banco central do país começaria a sair de sua política monetária ultraflexível que já dura uma década.

Alguns analistas estão alertando para outra contração no trimestre atual, já que a fraca demanda na China, o consumo lento e a interrupção da produção em uma unidade da Toyota Motor Corp apontam para um caminho desafiador para a recuperação econômica.

Kozack disse que a produção mais fraca do que o esperado do Japão no segundo semestre foi impulsionada pelo fraco consumo e investimento interno, embora o crescimento em 2023 como um todo tenha permanecido robusto graças às fortes exportações.

"Vemos que o desempenho mais fraco em 2023 pode aumentar os riscos de queda da economia japonesa", acrescentou ela, sem entrar em detalhes.

entry Feb 21 2024, 08:49 PM
Nvidia lucra com corrida por IA, surpreende mercado e anuncia receita de R$ 300 bi

* por Pedro S. Teixeira | Folha de São Paulo

Dona de uma posição estratégica na corrida pelo desenvolvimento de inteligência artificial, a Nvidia divulgou, nesta quarta-feira (21), receita de US$ 22,1 bilhões (R$ 108,9 bilhões) no último trimestre do ano passado. A alta é de 265% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Assim, a empresa acumulou receita de US$ 60,9 bilhões (R$ 300,2 bilhões) ao longo do ano. O resultado é melhor do que o da Microsoft, a empresa com maior valor de mercado no mundo, para 2023 (US$ 56 bilhões).

O resultado ficou acima da expectativa do mercado para a empresa nos últimos três meses de 2023: receita de US$ 20,55 bilhões (R$ 101,3 bilhões), de acordo com a plataforma de informações financeiras Investing.

Desde o fim de 2022, quando a OpenAI abriu acesso ao público para o ChatGPT e fez disparar o entusiasmo com IA, o valor das ações da fabricante de chips avançados mais do que quadruplicou.

O valor de mercado da empresa subiu em mais de 150% desde a divulgação em 22 de fevereiro do ano passado do balanço sobre os resultados da empresa para 2022, quando a demanda de desenvolvedores de inteligência artificial começou a ter reflexo nos números da gigante da tecnologia.

O lucro por ação (LPA) apresentado pela Nvidia de US$ 5,16 também superou o valor esperado pelos investidores de US$ 4,64.

A empresa ainda vai distribuir dividendos de US$ 0,04 (R$ 0,20) por ação em 27 de março.

Segundo o analista-chefe da Investing, Thomas Monteiro, esses números desfazem a suspeita de que a Nvidia passe por uma bolha. Nas transações após o fechamento da Bolsa de Nova York desta quarta, o valor dos papéis da fabricante de chips apresentava alta na casa dos US$ 50.

A Nvidia produz as chamadas GPUs (unidades de processamento gráfico), essenciais para treinar grandes modelos de inteligência artificial, como o GPT da OpenAI e o Gemini do Google. Desse mercado de chips de IA de ponta, 80% está sob o controle da empresa.

Essa cobiçada peça chegou a ser vendida por mais de US$ 30 mil (cerca de R$ 147 mil) no varejo, por ser essencial para treinar plataformas de IA generativa em um tempo viável e, em determinados momentos do ano passado, esteve em escassez.

Para suprir essa demanda, a empresa de tecnologia investiu US$ 2 bilhões (R$ 9,74 bilhões), de um total de US$ 2,9 bilhões (R$ 14,2 bilhões), na construção de uma nova planta focada em chips de IA para a TSMC, fábrica taiwanesa de chips que tira os projetos da Nvidia do papel.

O setor de datacenters da Nvidia foi responsável por 83% da receita anunciada no balanço, uma vez que a empresa também direcionou sua capacidade produtiva para reforçar seus centros de processamentos de dados.

A gigante da tecnologia aluga sua capacidade computacional para empresas menores desenvolverem os próprios projetos.

"A performance de nossa plataforma de datacenters é impulsionada pelos drivers especializados no processamento e treinamento de dados de serviços de nuvem e também de grandes empresas", afirmou o chefe-executivo da Nvidia Jensen Huang, em comunicado. Isso significa vantagem competitiva no desenvolvimento de soluções de inteligência artificial.

"A área de chip mostra um padrão que a empresa que detém a tecnologia de ponta domina sempre cerca de dois terços do mercado, e a Nvidia está lucrando com isso", disse Monteiro, da Investing, em entrevista à Folha.

Essa dominância sobre um mercado com possibilidade de crescimento exponencial é o que atrai dinheiro de grandes fundos e também de investidores domésticos para a fabricante de chips.

A posição estratégica da Nvidia fez a empresa superar a Tesla como a ação mais negociada de Wall Street neste início de ano.

A representação descomunal da Nvidia nas negociações diárias de ações deixou os investidores mais vulneráveis à resultados aquém do esperado, o que levou a uma desvalorização das ações da empresa na última semana.

No pico, as ações da Nvidia chegaram a subir 47% em 2024, e analistas ouvidos pela agência Reuters afirmaram que qualquer resultado negativo poderia reverter essa disparada. O balanço da empresa pelo semestre, porém, surpreendeu as instituições financeiras positivamente.

O frênesi com a companhia chegou a catapultar a empresa acima de Google e Amazon em valor de mercado.

Nesta quarta, Google e Amazon haviam recuperado suas posições acima da Nvidia, após o ajustes realizados pelos investidores da bolsa americana.

O entusiasmo com a empresa é tamanho que ações de empresas menores de inteligência artificial subiram no último dia 14, depois que a Nvidia revelou ter participação nelas, oferecendo pistas sobre sua estratégia de crescimento.

A Nvidia divulgou suas participações até 31 de dezembro em um documento à SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA, na noite de quarta-feira (14).

A Nvidia, contudo, lida com um risco regulatório. É o principal alvo hoje no esforço americano para restringir o acesso chinês a chips avançados. A China é o principal concorrente dos EUA no desenvolvimento de IA.

A empresa, sediada na Califórnia, busca contornar desde 2022 as limitações de exportação à China determinadas pelo Departamento de Comércio.

O país responde por um quinto da receita da Nvidia, segundo o próprio Huang. "Se formos privados do mercado chinês, não temos contingência para isso, não existe outra China", afirmou ele, no ano passado. "Se não puderem comprar, eles mesmos vão fazer."

entry Feb 20 2024, 09:41 PM
Cacau Show compra marcas e ativos do Playcenter e entra no setor de entretenimento

* por Estadão

A Cacau Show deu mais um passo para se aproximar do ramo do entretenimento. A empresa anunciou nesta terça-feira, 20, a compra de todas as marcas e ativos do Grupo Playcenter. O valor do negócio não foi revelado.

A transação terá de ser submetida à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), informaram as empresas envolvidas no negócio.

Alexandre Costa, fundador e CEO da Cacau Show, disse que a empresa, que completa 35 anos e tem mais de 4,2 mil lojas em todo o Brasil, sempre teve como foco o produto chocolate. Mas, partir de agora, a intenção é direcionar cada vez mais para o "show". Porém, incluindo as vendas de chocolates como parte do negócio.

Segundo ele, a transação é um passo significativo na jornada da marca.

Por quase 40 anos, o Playcenter foi um parque de diversões que ocupou um terreno às margens da Marginal Tietê. Visitar o parque foi o sonho de consumo de uma geração, pois ele reproduzia as atrações dos grandes parques dos Estados Unidos e da Europa. Em 2012, a parque encerrou as atividades.

A empresa, no entanto, continuou suas operações de lazer indoor. Atualmente há dois modelos de negócio em shoppings centers, os Playlands e o Playcenter Family - espécie de mini parques de diversões para a família.

Segundo o CEO da Cacau Show, ainda estão sendo avaliadas maneiras de unir as operações. Por enquanto, produtos da Cacau Show serão mais ofertados nos Playlands.

A decisão da venda do Grupo Playcenter exclusivamente para a Cacau Show ocorreu devido a identificação de valores e propósitos compartilhados entre as duas empresas.

"Ao longo do tempo, percebi em Alê Costa uma conexão especial em relação à visão de negócios e ao compromisso em proporcionar experiências memoráveis. Logo, tivemos a certeza de que seria a pessoa ideal para se tornar o sucessor do legado edo pioneirismo do Playcenter no segmento de Parques de Diversões do Brasil", afirma Marcelo Gutglas, fundador do Grupo Playcenter, em nota.

entry Feb 19 2024, 08:37 PM
Capital One está em negociações avançadas para comprar Discover Financial, dizem fontes

* por Anirban Sen e Juveria Tabassum | Reuters
reportagem adicional de Michelle Price

NOVA YORK/WASHINGTON (Reuters) - O Capital One, um credor de consumo dos Estados Unidos apoiado por Warren Buffett, está em negociações avançadas para comprar a emissora de cartões de crédito Discover Financial Services, disseram fontes familiarizadas com o assunto.

O acordo que combinaria duas das maiores emissoras de cartões de crédito dos EUA pode ser anunciado já nesta terça-feira, segundo as fontes.

A Discover tem uma capitalização de mercado de 27,6 bilhões de dólares, enquanto o Capital One é avaliado em 52,2 bilhões de dólares, de acordo com dados da LSEG.

Embora a dimensão exata da união não esteja imediatamente clara, ela tem o potencial de ser a maior aquisição no setor bancário dos EUA desde que o Bank of America assumiu o controle do Merrill Lynch por 50 bilhões de dólares em 2009. O acordo combinaria quarto e sexto maiores players no mercado de cartões de crédito dos EUA em volume até 2022, segundo a Nilson Report.

Os bancos não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. A Bloomberg News noticiou primeiro as negociações.

"Prevejo que este acordo, caso se materialize, provocará uma reação significativa e receberá um escrutínio regulatório reforçado", escreveu o professor Jeremy Kress, da Universidade de Michigan, que trabalhou anteriormente na supervisão de fusões bancárias no Federal Reserve, em email à Reuters.

"Será o primeiro grande teste da regulação de fusões bancárias desde a ordem executiva do governo Biden sobre a promoção da concorrência em 2021."

"Prevejo que este acordo, caso se materialize, provocará uma reação significativa e receberá um escrutínio regulatório reforçado", escreveu o professor Jeremy Kress, da Universidade de Michigan, que trabalhou anteriormente na supervisão de fusões bancárias no Federal Reserve, em email à Reuters.

"Será o primeiro grande teste da regulação de fusões bancárias desde a ordem executiva do governo Biden sobre a promoção da concorrência em 2021."

Por ativos, a Discover era o 27º maior banco dos EUA, com quase 150 bilhões de dólares em ativos, segundo dados de dezembro do Fed que classificam os bancos dos EUA segurados, enquanto o Capital One era o nono maior, com 476 bilhões de dólares.

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