Sony enfrenta rivais endinheirados em guerra dos videogames * por Sam Nussey | Tóquio | Reuters A Sony está enfrentando um novo desafio de rivais com amplos recursos que estão apostando em crescimento acelerado de uma nova geração de videogames online ao mesmo tempo em que o conglomerado japonês busca expansão em várias frentes, incluindo carros elétricos. A Microsoft deu um grande passo para se posicionar para o "metaverso" com anúncio na véspera de compra da produtora de "Call of Duty", Activision Blizzard, por US$ 69 bilhões (R$ 379 bilhões). As ações da Sony caíram 13% nesta quarta-feira (19) em meio à preocupação de que os jogos a Activision sejam retirados dos consoles PlayStation. "Eles estão basicamente tentando construir um monstro", disse Serkan Toto, fundador da consultoria Kantan Games em Tóquio. "Não acho que a Microsoft esteja gastando US$ 70 bilhões para se tornar um fornecedor de software para plataformas da Sony." A estratégia da Microsoft contrasta com a da Sony, que fez acordos incrementais e ganhou elogios por construir uma rede de estúdios de videogames que produziram sucessos como "Homem-Aranha" e "God of War". Analistas dizem que a empresa, e outras do setor, agora podem sentir pressão para fazerem mais acordos em resposta ao avanço da Microsoft. Nesta quarta-feira, ações de produtoras de videogames como Square Enix e Capcom subiram em meio a especulações de investidores de que o anúncio da compra da Activision pode gerar mais consolidação no setor. O acordo provavelmente ajudará a expansão agressiva do serviço de assinatura Game Pass, da Microsoft, o que levanta preocupações de que a Sony será forçada a seguir o exemplo. Oferecer jogos por uma taxa fixa pode prejudicar as vendas e corroer as margens. A companhia japonesa tem uma programação de games muito aguardados, incluindo "Gran Turismo 7" e "Horizon Forbidden West". A Microsoft se apoiou fortemente na série "Halo", cuja última versão foi adiada antes do lançamento em dezembro. A Sony, que planeja lançar um headset de realidade virtual de próxima geração, também está considerando entrar no negócio de carros elétricos para aproveitar sua vantagem em áreas como entretenimento e chips. "A Sony pode estar sob pressão para fazer mais aquisições", escreveu o analista Atul Goyal, da Jefferies, acrescentando que "se não houver gargalos regulatórios, a Microsoft poderá perseguir outro alvo em um futuro não muito distante".
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