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entry Jun 26 2011, 06:21 PM
Economias emergentes devem evitar cair na armadilha criada pela crise

* por EFE

Basileia (Suíça), 26 jun (EFE).- As economias emergentes, que crescem com vigor, devem evitar cair na mesma armadilha gerada pela crise financeira e econômica que atravessam atualmente as economias avançadas.

A recomendação consta no 81º relatório anual que o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) apresentou neste domingo na sede central na cidade suíça da Basileia, após a assembleia-geral anual.

"As economias de mercado emergentes escaparam da última crise. Precisam tomar nota da qual provavelmente seja a lição mais importante - que prevenir é melhor do remediar - poderão evitar sua própria crise", segundo o BIS.

As economias de mercado emergentes correm o risco de acumularem desequilíbrios financeiros similares aos observados pelas economias avançadas nos anos anteriores à crise.

Algumas economias de mercado emergentes dão demonstrações de uma nova acumulação de desequilíbrios financeiros.

O BIS pede às economias emergentes que endureçam suas políticas monetárias, ou seja, subam as taxas de juros e flexibilizem as taxas de câmbio de suas divisas.

Até agora em muitas delas o endurecimento da política monetária foi limitado, devido à preocupação sobre o aumento da entrada de capital e da apreciação de suas divisas.

Aplicaram medidas alternativas como maiores coeficientes de caixa (depósitos compulsórios) e controles de capitais impondo taxas às entradas de capital de curto prazo.

O Banco Popular da China exige atualmente aos bancos comerciais um depósito compulsório de 21,5%, enquanto o Banco de Reservas de Índia aplica uma taxa de refinanciamento de 6% e o Banco Central do Brasil situa sua taxa de referência Selic em 12,25%.

As taxas de juros reais, descontada a inflação, se mantiveram baixas ou inclusive negativas em algumas economias emergentes.

Inúmeras economias de mercado emergentes crescem com rapidez, experimentam fortes auges de seus mercados de habitação e aumento do endividamento do setor privado.

Por exemplo, Brasil, China e Índia registraram incrementos do crédito superiores a 20% anual entre 2006 e 2010, nível igual ou superior ao da Irlanda e Espanha antes da explosão da crise.

O crescimento do crédito no Brasil neste período foi de 24,7% e na China de 20,2%.

O crescimento do crédito entre 2002 e 2006 na Irlanda havia sido de 20,3% e na Espanha de 19,2%, contra 10,6% do Reino Unido e de 8,3% dos Estados Unidos.

Além disso, os preços imobiliários sobem em determinadas economias emergentes a ritmos que lembram os registrados em algumas economias avançadas também antes da crise.

O crescimento médio do preço da moradia entre 2006 e 2010 na China foi de 11,3%.

O preço da habitação subiu entre 2002 e 2006 uma média de 15% na Espanha, 11,1% no Reino Unido e 10,7% na Irlanda.

Ao mesmo tempo, a dívida do setor privado dessas economias emergentes cresce com força por isso que as autoridades deveriam aprender com as lições da crise financeira e perceber que as mesmas não se aplicam somente às economias avançadas.

O BIS, que fomenta a cooperação monetária, é a instituição financeira internacional mais antiga do mundo.

entry Jun 25 2011, 06:21 PM
China promete manter investimentos em bônus europeus

* por James Pomfret e Marton Dunai | Reuters

BUDAPESTE (Reuters) - O premiê chinês, Wen Jiabao, disse neste sábado que "ainda confia" que a Europa vai superar a crise da dívida, e afirmou que a China vai continuar como um investidor de longo prazo na dívida europeia.

O premiê chinês fez os comentários em uma entrevista coletiva junto com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, durante visita ao país.

"Tenho confiança no desenvolvimento econômico da Europa", disse. "A China é um investidor de longo prazo no mercado de dívida soberana da Europa. Nos últimos anos, nós aumentamos em uma margem grande nosso investimento em bônus em euros."

"No futuro, como fizemos no passado, nós vamos dar apoio à Europa e ao euro", acrescentou Wen.

Ele não deu cifras sobre quanto de dívida europeia a China estaria disposta a comprar. Ele afirmou que o país está disposto a comprar "uma certa quantidade" de dívida do governo da Hungria e que quer aumentar o comércio bilateral a 20 bilhões de dólares até 2015.

As reservas internacionais da China somam 3,05 trilhões de dólares, e boa parte desse montante está investido em títulos emitidos na Europa.

entry Jun 24 2011, 07:15 PM
União Europeia aprova adesão da Croácia

* por Juliana Cardoso | Valor
com agências internacionais

SÃO PAULO - A União Europeia (UE) deu sinal verde para a Croácia terminar as negociações no fim deste mês e firmar acordo de acesso ao bloco no encerramento deste ano. O aval foi concedido em reunião ocorrida nesta sexta-feira em Bruxelas.

As conversas para aderir à UE começaram em 2005. Se não houver atrasos, o país deve tornar-se integrante pleno do bloco europeu em 2013. "Espero que tudo esteja pronto para congratular a Croácia como o 28º integrante da União Europeia em 1º de julho de 2013", afirmou o comissário europeu José Manuel Barroso.


entry Jun 23 2011, 07:20 PM
Grécia pede oficialmente novo resgate financeiro internacional

* por AFP

BRUSELAS, Bélgica, 23 Jun 2011 (AFP) -O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, solicitou nesta quinta-feira oficialmente à Europa e ao FMI o segundo plano de ajuda financeira em um ano para tentar evitar a bancarrota de seu país, anunciou a União Europeia (UE) em um comunicado.

"Após o pedido do governo grego anunciado pelo primeiro-ministro", será possível "lançar as bases" de um "novo programa (financeiro) apoiado pelos sócios europeus e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI)", afirmaram os líderes da União Europeia (UE) reunidos em uma cúpula em Bruxelas.

Fontes diplomáticas confirmaram que Papandreou solicitou o segundo resgate financeiro durante a reunião com seus homólogos europeus.

Atenas encontra-se à beira da bancarrota, apesar de um primeiro plano "salva-vidas" aprovado no ano passado pela Europa e FMI de 110 bilhões de euros.

"Obtivemos o apoio de nossos sócios", o que supõe "um sinal positivo para o futuro da Grécia", declarou Papandreou ao término do primeiro dos dias da cúpula dos 27.

entry Jun 23 2011, 07:19 PM
Economia global fraca indica desaceleração mais ampla

* por Jonathan Cable e Alexandra Alper | Reuters

LONDRES/NOVA YORK (Reuters) - A desaceleração do crescimento do setor privado na China e Europa suscitou novos temores de que a recuperação da economia global esteja em risco, enquanto os Estados Unidos e outros grandes países consumidores de petróleo anunciam um plano-surpresa para puxar os preços da commodity para baixo e incentivar o crescimento.

O setor privado na zona do euro cresceu apenas modestamente em junho e teria encolhido sem o apoio da Alemanha e França, enquanto o setor fabril da China mal cresceu, mostraram índices (PMIs) na quinta-feira.

Numa tentativa de incentivar a recuperação da economia global, a Agência Internacional de Energia, com 28 membros, anunciou na quinta-feira que liberaria 60 milhões de barris de petróleo no mercado global, com os EUA respondendo por metade desse total.

A AIE não mediu palavras para explicar suas intenções: "O aperto maior no mercado de petróleo ameaça enfraquecer a frágil recuperação econômica global".

Intensificando o pessimismo das perspectivas econômicas, os novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA aumentaram acima do previsto na semana passada, apontando para o enfraquecimento do mercado de trabalho na maior economia do mundo e renovando as expectativas de um relatório decepcionante de folhas salariais em junho. O relatório do governo sobre empregos será divulgado em 8 de julho.

O anúncio da AIE sobre esforços para reduzir os preços do óleo foi feito um dia depois de o Federal Reserve americano dizer que a recuperação nos EUA está acontecendo mais lentamente do que se previa, mas não ter prometido nova ajuda para a economia depois do término de seu programa de compra de título de dívidas, este mês.

Os preços do petróleo caíram para o ponto mais baixo em quatro meses após o anúncio da AIE. As ações mundiais também tiveram baixa, e o dólar e os preços da dívida do Tesouro americano subiram, na medida em que os investidores buscaram lugares mais seguros.

PREOCUPAÇÕES NA EUROPA; CHINA CRESCE MENOS
Outro fator que está influindo sobre as perspectivas econômicas é o fato de a Europa estar tentando preparar um segundo pacote de resgate para a Grécia e de haver receios de que a crise de dívida soberana possa novamente atingir outros países na periferia da zona do euro.

O crescimento no setor de serviços, dominante no bloco de 17 países, foi muito mais lento em junho que nos meses recentes, e as indústrias também tiraram o pé do acelerador, na medida em que os novos pedidos diminuíram pela primeira vez quase dois anos, mostraram os PMIs Markit.

Na China, que vem movendo o crescimento mundial, o setor fabril mal cresceu em junho, enquanto as medidas de endurecimento tomadas pelo banco central para controlar a inflação freiam uma economia em crescimento.

O PMI HSBC, da China, primeiro indicador disponível da atividade industrial no país no mês, caiu para 50,1 em junho, apenas uma fração acima do nível de 50 pontos que diferencia a expansão da contração. A compiladora de dados Markit disse que a leitura é consistente com um crescimento econômico de cerca de 9,1-9,3 por cento no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre o crescimento foi de 9,7 por cento.

"Neste nível, o PMI ainda é consistente com um crescimento de 8-9 por cento do PIB", disse Mark Williams, economista sênior especializado na China na Capital Economics, de Londres. "O tamanho do declínio mais recente é alarmante, mas ainda há boas razões para acreditar que a China faça uma aterrissagem suave."

Uma pesquisa da Reuters mostrou que os sinais claros de desaquecimento da economia global levaram analistas a reduzir suas previsões para os maiores mercados acionários do mundo.

POLÍTICA ECONÔMICA MAIS DURA SENTIDA NA ÁSIA
Os sinais de desaquecimento em algumas das economias mais importantes do mundo coincidem com a retirada de estímulos.

Na quarta-feira o Fed reduziu suas previsões de crescimento econômico dos EUA mas não deu indícios sobre outros apoios monetários, dizendo apenas que a recuperação deve ganhar ímpeto aos poucos a caminho de 2012.

O banco central americano confirmou que vai encerrar em junho, conforme o previsto, seu programa de 600 bilhões de dólares de compra de títulos de dívida, fechando seu apoio total em 2,3 trilhões de dólares.

Soma-se às preocupações com o fim do estímulo do Fed a perspectiva de cortes nos gastos dos EUA buscados por republicanos no Congresso como seu preço para elevar o teto da dívida americana.

O Banco Central Europeu foi o primeiro dos quatro grandes bancos centrais a elevar juros em abril, e a expectativa é que os eleve novamente em julho, em uma luta para controlar a inflação, a despeito da recuperação cambaleante e da crise da dívida grega.

O PMI de Serviços na Zona do Euro Flash Markit caiu de 56,0 em maio para 54,2 em junho, o nível mais baixo desde dezembro.

Mas foi o 22o mês em que o índice --que mede as atividades de empresas que vão desde bancos até hotéis-- está acima do marco de 50 pontos que separa o crescimento da contração.

Economistas entrevistados pela Reuters em pesquisa este mês previram crescimento de apenas 0,3 por cento neste trimestre.

entry Jun 22 2011, 05:48 PM
Arrecadação atinge R$ 700 bi quase um mês antes que em 2010

* por CanalExecutivo

Até a próxima segunda-feira (27), por volta de 14h, o brasileiro já terá desembolsado R$ 700 bilhões para pagar tributos aos cofres públicos, nas esferas federal, estadual e municipal. É o que constata o Impostômetro, ferramenta criada há mais de seis anos pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, e mantida pela Associação Comercial de São Paulo - ACSP.

Este ano, a marca de R$ 700 bilhões será atingida 25 dias antes que no ano passado, o que ocorreu em 22 de julho. Tanto em 2008 quanto em 2009, o valor foi registrado pelo Impostômetro no dia 03 de setembro. A previsão do IBPT é de que até o final deste ano, seja arrecadado R$ 1,4 trilhão em tributos.
"A marca demostra que novamente, este ano, vamos bater mais um recorde, já que o crescimento da arrecadação é constante. O lamentável é que essa montanha de dinheiro não está sendo revertida para o bem da sociedade", diz o presidente do IBPT, João Eloi Olenike.

Em estudo divulgado nesta semana, sobre a Carga Tributária/PIB x IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o IBPT apurou que, entre os 30 países pesquisados, o Brasil ocupa o último lugar no ranking que avalia o retorno dos valores arrecadados com tributos em proporção aos serviços públicos prestados à sociedade.

"Nunca antes neste País tivemos um crescimento tão grande da arrecadação, além de continuarmos em primeiro lugar nas taxas de juros mais altas do mundo", disse Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

No painel eletrônico do Impostômetro, afixado na sede da ACSP, na capital paulista, o contribuinte pode acompanhar a movimentação de arrecadação de impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária, desde o primeiro dia do ano de 2011.

entry Jun 21 2011, 08:03 PM
Novos domínios podem gerar mais tráfego em sites de busca

* por France Presse | San Francisco

A decisão de permitir que os domínios da internet tenham qualquer sufixo, de nomes de empresas a de movimentos sociais, pode ser uma bênção para os mecanismos de busca.

A entidade que regula os domínios na internet autorizou na segunda-feira a criação de endereços na web que terminem em qualquer palavra, uma das maiores mudanças desde o início do funcionamento da rede de redes.

O conselho de administração da ICANN (Corporação de Internet para a Atribuição de Nomes e Números) aprovou em uma reunião em Cingapura essa decisão por ampla maioria, descartando temores de que a introdução massiva de novos sufixos semeie confusão na rede e favoreça as grandes empresas.

A modificação não deve tornar mais difíceis as buscas na internet, de acordo com o gigante Google e o seu rival Bing.

O Google assegurou à AFP ter experiência em classificar páginas de internet e devolvê-las ao usuário, "independente do domínio de nível superior (TLD)", isto é, o sufixo dos domínios web, como.com,.gov e.org.

Se o melhor resultado estiver em um domínio não tradicional, assim indicaremos a página aos nossos usuários, disse a empresa com sede na Califórnia.

A Microsoft, por sua vez, afirmou que a medida tampouco terá "muito" impacto no Bing, seu motor de busca.

"Quando observa-se a forma na qual a busca é feita, os domínios não têm um grande impacto. (...) Do lado do consumidor, as pessoas buscam por meio de palavras-chave ou nomes, não domínios", indicou.

No momento de indexar, os serviços de busca examinam conteúdo, links e outros "sinais" para classificar as páginas dos resultados de busca.

Os novos nomes de domínio podem gerar mais tráfego nos mecanismos de busca, na medida em que mais usuários confiarão neles para navegar.

"Acreditamos que a decisão de permitir que qualquer pessoa abra seu próprio domínio de nível superior tem o potencial de causar uma confusão generalizada nos usuários", disse o Google.

"Para solucionar esta confusão, os TLDs na realidade podem fazer com que os usuários recorram aos motores de busca com mais frequência."

Os US$ 185 mil que empresas e organizações deverão pagar para solicitar TLDs genéricos podem reduzir a explosão dos domínios da internet.

No entanto, as companhias serão pressionadas a comprar os nomes de domínio apenas para garantir que controlem os endereços relacionados a suas marcas ou imagens.

O presidente do ICANN, Peter Thrush, afirmou aos jornalistas que o novo sistema de denominação será uma "grande oportunidade para que as pessoas tomem o controle desse aspecto de sua marca e o desenvolvam à sua maneira".

Observadores da indústria dizem que as grandes empresas mundiais, como Apple, Toyota e BMW, podem estar na vanguarda do lançamento de sites com seus próprios nomes de domínio:.apple,.toyota,.bmw. As cidades ou as grandes marcas também.

"Em poucas palavras: os novos nomes quase certamente não significam nada em especial para os motores de busca", disse Danny Sullivan, do blog Search Engine Land. "Não terão nenhum superpoder de ranking."

entry Jun 20 2011, 07:18 PM
UE adia liberação de ajuda à Grécia até aprovação de plano de austeridade

* por EFE

Luxemburgo, 20 jun (EFE).- Os países da zona do euro adiaram em duas semanas a liberação do quinto lote de ajuda financeira à Grécia, à espera de que as autoridades de Atenas aprovem o programa de consolidação fiscal exigido pelos parceiros da União Europeia (UE).

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, convocou nesta segunda-feira uma nova reunião de ministros de Finanças da zona do euro para o dia 3 de julho, na qual espera atingir a meta não conseguida no domingo: destravar o quinto lote do programa de resgate, avaliado em 12 bilhões de euros.

Para isso, o Governo grego deverá primeiro mostrar sua legitimidade como interlocutor, ao ganhar o voto de confiança do Parlamento previsto para ser votado nesta terça-feira, mas também conseguir o envolvimento de todos os partidos gregos com a estratégia de consolidação fiscal a médio prazo e o programa de privatizações, em um voto parlamentar programado para o fim do mês.

"Decidi convocar uma reunião extraordinária do Eurogrupo para o domingo 3 de julho. Isto significa que, de hoje até o dia da reunião, as autoridades gregas, o Governo e o Parlamento terão feito todo o necessário", explicou Juncker em entrevista coletiva convocada por ocasião das reuniões de ministros de Finanças europeus realizadas em Luxemburgo.

Uma nova missão da chamada "troika" - formada pela Comissão Europeia (órgão executivo da UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - viajará a Atenas nos próximos dois dias para verificar se o programa que o Governo pretende submeter a aprovação parlamentar cumprirá suas exigências.

O presidente do Eurogrupo evitou responder claramente a uma pergunta sobre o que aconteceria se o Parlamento grego não aprovasse o plano de ajuste fiscal, mas deixou entender que as consequências não seriam boas.

"Isto deve ser feito, caso contrário...", comentou Juncker, que compreendeu a impopularidade do duro programa de ajustes e a dificuldade de um programa de privatizações com um calendário que inclui a venda de uma grande companhia estatal quase a cada dez dias.

"A Grécia sabe o que deve fazer. Não se trata de obrigações impostas, mas de compromissos que devem ser levados sobre os ombros", destacou Juncker. "Estou convencido, de acordo com o que me contou o ministro de Finanças e o primeiro-ministro grego, que a Grécia fará todo o necessário para nos permitir tomar as decisões".

No entanto, não parece que o único obstáculo à aprovação do próximo lote de ajuda seja a falta de consenso entre os políticos gregos.

Segundo a ministra de Economia e Fazenda da Espanha, Elena Salgado, o FMI deseja que sejam discutidas as necessidades da Grécia a médio prazo, antes de emprestar os 3,3 bilhões de euros correspondentes ao próximo lote de ajuda.

O Fundo parece querer compromissos da zona do euro para cobrir as necessidades da Grécia durante um ano, mediante um segundo programa de ajuda, cuja quantia ainda não está definida.

Além disso, o FMI criticou nesta segunda-feira a gestão da crise grega, ao reivindicar um fim imediato ao "debate improdutivo" sobre a reestruturação da dívida do país, assunto que constitui a terceira incógnita que pesa sobre o resgate.

Durante a primeira sessão do encontro, concluído na noite deste domingo, sem acordo sobre o quinto lote após sete horas de negociações, os ministros realizaram um avanço neste sentido, ao aceitar uma contribuição "voluntária" do setor privado, como tinham acordado previamente França e Alemanha na cúpula bilateral realizada na sexta-feira passada em Berlim.

As fontes consultadas reconheceram a necessidade de avançar mais sobre este aspecto durante as reuniões de ministros previstas para ocorrerem entre os dias 3 e 11 de julho.

O objetivo vai além de evitar a quebra da Grécia pois, como avisou o ministros das Finanças belga, Didier Reynders, uma eventual saída da Grécia da zona do euro "seria uma catástrofe" para o país e o conjunto da zona do euro, com consequências muito piores que a queda do banco americano Lehman Brothers, em 2008.

entry Jun 19 2011, 07:21 PM
Ministro grego promete à UE cumprir metas de austeridade

* por France Press | Luxemburgo
FolhaOnline | São Paulo

O novo ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, afirmou neste domingo que seu governo cumprirá as promessas de austeridade e de redução do déficit público, ao chegar a uma reunião dos ministros da área da zona do euro, em Luxemburgo, para tentar tirar o país da bancarrota.

"Reafirmo o compromisso do governo e a vontade do povo grego de pôr em execução o programa" previsto para sanear as finanças públicas, declarou o ministro, que assumiu o cargo esta semana depois de uma reforma do gabinete, forçada pela crise.

"Podemos alcançar os objetivos previstos graças ao esforço de nossos cidadãos, com a cooperação e ajuda de nossos parceiros" europeus, acrescentou Venizelos, antes do encontro com os representantes que vão decidir como ajudar a Grécia a cobrir suas necessidades financeiras imediatas.

De concreto, a Zona do Euro estudará desbloquear a quinta parcela dos empréstimos prevista no primeiro plano de ajuda ao país, equivalente a 12 bilhões de euros, dos quais 3,3 bilhões ficarão por conta do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Grécia, uma das mais afetadas pela crise da dívida europeia, já recebeu em maio de 2010 um pacote de resgate de US$ 160 bilhões da União Europeia e do FMI. O país, contudo, não conseguiu cumprir as metas fiscais previstas e alerta que, se não receber uma nova ajuda, vai quebrar.

Papandreou disse neste domingo que está em negociação por um pacote de valor "basicamente igual" ao de 2010 --e que a Grécia teria que pagar até 2014.

Em troca do dinheiro, o premiê grego tenta aprovar um segundo pacote de austeridade, com 6,5 bilhões de euros em aumentos de impostos e cortes de gastos estatais neste ano. A oposição, contudo, resiste, diante de manifestações populares e greve geral.

Papandreou ofereceu renunciar e formar um novo governo para tentar acalmar a oposição, depois da renúncia de três deputados que ameaçou a votação as medidas de austeridade no Parlamento. Ele enfrentará um voto de confiança na noite de terça-feira, depois de três dias de debates no Parlamento.

Neste domingo, ele voltou a pedir apoio dos gregos ao impopular pacote de austeridade e disse que a imagem de uma divisão nacional não está ajudando o país a sobreviver.

MERCADO SALVO
Os ministros das Finanças das 17 nações da zona do euro vão debater como fazer os credores privados partilharem o custo do segundo plano de ajuda à Grécia sem gerar turbulências ainda piores nos mercados financeiros. Eles buscam fechar um acordo na cúpula da União Europeia, nos dias 23 e 24.

Um documento da Comissão Europeia, publicado recentemente pelo "Financial Times", sobre as opções para o envolvimento do setor privado, mostrou as dificuldades que a zona do euro enfrenta para evitar a instauração de um caos nos mercados.

Uma rolagem voluntária de bônus gregos perto do vencimento, defendida pela França, Alemanha e pelo BCE, oferece o menor risco causar um rebaixamento de rating para a Grécia, mas seria impossível quantificar a contribuição do setor privado antecipadamente.

Isso significaria que os países da zona do euro e o FMI teriam de entrar com mais capital para inteirar os 120 bilhões de euros necessários em empréstimos, com 30 bilhões vindos de privatizações.

Uma troca de bônus, envolvendo o adiamento do prazo dos títulos em sete anos, é favorecida pela Holanda. Isso levantaria a maior parte do capital exigido, mas teria o maior risco de contágio, com investidores de outros bônus soberanos tomando ações de prevenção para evitar medidas similares em outros países, segundo o jornal.

Uma outra opção, a rolagem voluntária de dívida com incentivos limitados positivos, atrairia uma participação maior e tornaria possível antecipar a contribuição do setor privado, mas elevaria o risco de rebaixamento da Grécia e contágio de outros países.

entry Jun 18 2011, 08:52 PM
Merkel insiste que contribuição privada à Grécia dever ser "substancial"

* por EFE

Berlim, 18 jun (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, insistiu neste sábado que a participação dos credores privados no segundo pacote de ajuda à Grécia deve ser "substancial" e que as negociações feitas pela União Europeia (UE) devem apontar para isso.

"Nas negociações é preciso apontar para que haja uma participação substancial dos credores privados, mas isso é algo que não se pode discutir em público", disse Merkel a um grupo de líderes da base de seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU).

Merkel defendeu ainda o princípio de acordo alcançado nesta sexta-feira com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, segundo o qual a contribuição dos credores privados deve ser voluntária.

"Não há base jurídica para uma contribuição obrigatória", ressaltou a chanceler alemã, que afirmou que nesse ponto não há divergência alguma entre ela e o ministro das Finanças de seu país, Wolfgang Schäuble.

Entre das fileiras da CDU e do Partido Liberal (FDP), membro minoritário da coalizão presidida por Merkel, existe a convicção de que a participação privada deve ser uma condição para o segundo pacote de ajuda à Grécia.

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