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Entradas em May 2019

entry May 21 2019, 09:00 PM
Scania vai investir R$1,4 bi em fábrica em SP entre 2021 e 2024

* por Alberto Alerigi Jr. | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de caminhões Scania anunciou nesta terça-feira investimento de 1,4 bilhão de reais para modernizar sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), informou o governo paulista.

Os recursos, a serem aplicados no período de 2021 a 2024, se somam a outros 2,6 bilhões de reais que vêm sendo investidos desde 2016 e estão previstos para até 2020, afirmou o governo paulista em comunicado.

O recurso tem como principal objetivo adaptar as fábricas para a maior mudança de linha de montagem já realizada em toda sua história e a introdução de uma nova geração de caminhões para a América Latina, segundo o governo estadual.

No primeiro quadrimestre de 2019, a Scania foi a quarta maior montadora de caminhões do Brasil, com vendas de 3.230 veículos, alta de 31% sobre um ano antes, segundo a associação de montadoras Anfavea. A empresa estava atrás de Mercedes-Benz, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Volvo.

entry May 20 2019, 09:24 PM
Ford elimina 7 mil empregos globais para economizar US$ 600 milhões

* por EFE

Washington, 20 mai (EFE).- O Grupo Ford anunciou nesta segunda-feira a eliminação de 7 mil postos de trabalho nos próximos meses, ou seja, 10% de seu quadro global de funcionários, a fim de economizar um total de US$ 600 milhões anuais.

O anúncio foi confirmado pelo executivo-chefe da Ford, Jim Hackett, em uma carta enviada aos funcionários na qual justificou os cortes.

"Para ter sucesso em nosso setor, devemos reduzir a burocracia, empoderar os gerentes, acelerar a tomada de decisões, concentrar-nos no trabalho mais valioso e cortar custos", escreveu Hackett na carta.

Cerca de 2,3 mil trabalhadores norte-americanos serão afetados e começarão a receber amanhã as notificações sobre as demissões e seguirão na empresa até 24 de maio.

A reestruturação continuará "na Europa, na China, na América do Sul e no Grupo de Mercados Internacionais. Esperamos concluir o processo nesses mercados até o fim de agosto", acrescentou Hackett.

O executivo afirmou que, com a eliminação de empregos, a multinacional terá reduzido "a estrutura de gestão em cerca de 20%", o que representará uma economia de US$ 600 milhões por ano.

Hackett explicou que os trabalhadores demitidos terão alguns dias para se despedir dos companheiros.

"Mudamos as práticas anteriores em algumas regiões onde os trabalhadores que eram demitidos tinham que deixar imediatamente seus postos e estamos dando às pessoas a possibilidade de ficarem por alguns dias para recolher suas coisas e dizer adeus", disse o executivo.

A eliminação de 7 mil postos de trabalho será concluída com demissões voluntárias e forçadas.

Hackett assumiu inesperadamente a direção da Ford em maio de 2017 em substituição a Mark Fields com o objetivo principal de melhorar a cotação das ações da companhia nos mercados.

Depois de três anos no comando da Ford, Fields foi destituído após receber críticas por parte de acionistas e membros do Conselho de Administração devido à queda no valor das ações da Ford.

O presidente do Conselho de Administração e bisneto do fundador da companhia, Bill Ford, justificou então a demissão de Fields na necessidade de a empresa "ter uma visão mais clara do futuro" para tomar "decisões com grande rapidez".

entry May 19 2019, 09:12 PM
Google suspende alguns negócios com Huawei após lista negra de Trump, diz fonte

* por Reportagem de Angela Moon | Reuters
reportagem adicional Georgina Prodhan | Londres
David Shepardson e Karen Freifeld | Washington

NOVA YORK (Reuters) - O Google suspendeu negócios com a Huawei que exigem a transferência de produtos de hardware e software, exceto aqueles cobertos por licenças de código aberto, disse uma fonte próxima à Reuters, em um golpe à empresa de tecnologia chinesa que o governo dos Estados Unidos tem empurrado para a margem em todo o mundo.

A Huawei Technologies perderá imediatamente o acesso a atualizações do sistema operacional Android, e a próxima versão de seus smartphones fora da China também deixará de ter acesso a aplicativos e serviços populares, incluindo o aplicativo Google Play Store e o Gmail.

Os detalhes dos serviços específicos ainda estão sendo discutidos internamente no Google, de acordo com a fonte. Os advogados da Huawei também estão estudando o impacto das ações do Departamento de Comércio dos EUA, disse um porta-voz da Huawei na sexta-feira.

A Huawei não estava imediatamente disponível para mais comentários. Representantes do Departamento de Comércio dos EUA não fizeram comentários imediatos.

A Huawei continuará a ter acesso à versão do sistema operacional Android disponível através da licença de código aberto que é livremente aberta a qualquer um que deseje usá-la.

Mas o Google deixará de fornecer suporte técnico e colaboração para os serviços do Android e do Google para a Huawei, disse a fonte.

Na quinta-feira, o governo Trump oficialmente adicionou a Huawei a uma lista negra de comércio, imediatamente aprovando restrições que tornarão extremamente difícil para a gigante de tecnologia fazer negócios com empresas norte-americanas.

entry May 18 2019, 09:28 PM
Facebook cria fintech na Suíça com foco em pagamentos

* por Forbes
com Reuters

O Facebook criou uma nova empresa de tecnologia financeira na Suíça, com foco em blockchain e pagamentos, além de análise de dados e investimentos.

A Libra Networks, com o Facebook como acionista, foi registrada em Genebra em 2 de maio para fornecer serviços financeiros e de tecnologia e desenvolver hardware relacionado e software, segundo os planos apresentados no registro suíço.

O Facebook, cuja rede social tem mais de 2 bilhões usuários, não comentou imediatamente sobre a Libra Networks, que tem foco em “investimentos, pagamentos, financiamento, gerenciamento de identidade, análise, big data, blockchain e outras tecnologias.”

entry May 17 2019, 08:38 PM
EUA suspende tarifas de Canadá e México e abre caminho para ratificar T-MEC

* por AFP

Washington, 17 Mai 2019 (AFP) - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira o fim das tarifas de aço e alumínio para o Canadá e o México, abrindo caminho à ratificação do T-MEC, o acordo de livre comércio renegociado entre os três países.

"Tenho o prazer de anunciar que acabamos de chegar a um acordo com o Canadá e o México e venderemos nossos produtos nesses países sem a imposição de tarifas", disse Trump em um fórum em Washington.

Os Estados Unidos e o Canadá emitiram pouco antes, de Ottawa, uma declaração conjunta sobre o acordo para eliminar as tarifas dos EUA sobre aço e alumínio e a retaliação do Canadá.

O México anunciou em outra declaração "um acordo benéfico para ambas as partes", que estabelece a supressão das cotas dos Estados Unidos e a consequente suspensão das medidas mexicanas.

As relações comerciais entre os três países foram marcadas por atrito desde que Trump chegou ao poder em 2017, determinado a cumprir sua promessa eleitoral de "os Estados Unidos primeiro".

Para isso, impôs aos seus vizinhos a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em vigor desde 1994, acusando-o de destruir milhares de empregos industriais, principalmente no setor automotivo, transferidos para o México.

Em meio às árduas negociações trilaterais, a Casa Branca decidiu aplicar, em 1º de junho de 2018, tarifas adicionais de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio para seus vizinhos, inicialmente isentos desses impostos. Canadá e México responderam com tarifas sobre um grande número de produtos dos EUA.

Após treze meses de negociações, Washington, Ottawa e Cidade do México conseguiram chegar a um novo Tratado (T-MEC), assinado no dia 30 de novembro.

O texto, entretanto, ainda precisa ser aprovado pelos parlamentos dos três países para entrar em vigor. E tanto o Canadá quanto o México colocaram a suspensão das tarifas sobre metais como condição fundamental para garantir a aprovação do novo acordo.

Otimismo sobre a ratificação
Agora, o otimismo sobre um novo T-MEC reina entre os três países da América do Norte.

"Recebemos com grande entusiasmo a decisão" dos Estados Unidos. "Esta ação prepara o caminho para avançar para a ratificação do T-MEC", escreveu no Twitter o subsecretário mexicano para a América do Norte, Jesus Seade, principal negociador do tratado para substituir o Nafta.

De Ottawa, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também celebrou o acordo alcançado com Washington sobre tarifas "que não faziam muito sentido", e se disse "muito otimista" em relação à ratificação do T-MEC.

"Para nós e para os Estados Unidos, essas tarifas sobre aço e alumínio foram a maior barreira ao novo acordo do Nafta", disse Trudeau. "Demos um grande passo" em direção à ratificação, o que poderá acontecer "nas próximas semanas", disse a jornalistas.

Alguns membros importantes do Congresso dos EUA também disseram que não aceitariam o T-MEC se as tarifas dos EUA ainda estivessem em vigor.

"Esse acordo será fantástico para nosso país. E, com sorte, o Congresso o aprovará rapidamente", disse Trump nesta sexta-feira.

México e Canadá apontaram que, segundo o acordo, os dois governos retirarão todas os litígios pendentes na Organização Mundial de Comércio (OMC) por este tema.

Além disso, ambos os países implementarão medidas com os Estados Unidos para prevenir a importação de alumínio e aço a preços de 'dumping' (abaixo do custo de produção), assim como a compra ou o envio desses metais pelo México ou pelo Canadá.

Os dois países também monitorarão o comércio de alumínio e aço entre eles e os Estados Unidos, estabelecendo um sistema de consultas em caso de aumentos significativos.

Canadá e México haviam formado esta semana uma frente comum contra as tarifas americanas.

"É hora de abolir as tarifas, pensamos que seria benéfico para a competitividade de todo o continente e para nos aproximarmos de um verdadeiro livre comércio", disse a ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, ao receber na terça-feira em Toronto uma delegação do governo mexicano.

entry May 16 2019, 10:14 PM
Microsoft e Sony fazem parceria em streaming de jogos, inteligência artificial e chips

* por Stephen Nellis | Reuters | São Francisco

Microsoft e Sony anunciaram nesta quinta-feira (16) uma parceria estratégica em que a Sony vai usar a infraestrutura de computação em nuvem da Microsoft para streaming de jogos e mídia e as duas empresas vão trabalhar juntas para desenvolvimento de novos sensores de imagem.

O acordo está em seus estágios iniciais, com muitos detalhes ainda a serem determinados. Mas os donos de duas grandes franquias de entretenimento interativo –a plataforma Xbox, da Microsoft, e o PlayStation, da Sony– vão colaborar para transmitirem jogos e conteúdo e oferecer novas ferramentas de desenvolvimento aos criadores de jogos.

“Por muitos anos, a Microsoft tem sido uma das principais parceiras de negócios para nós, embora, é claro, as duas empresas também estejam competindo em algumas áreas”, disse o presidente-executivo da Sony, Kenichiro Yoshida, em comunicado. “Acredito que nosso desenvolvimento conjunto de futuras soluções em nuvem contribuirá muito para o avanço do conteúdo interativo.”

O acordo reforça os negócios de computação em nuvem Azure, da Microsoft, que ajudou a impulsionar o valor de mercado da empresa para mais de 1 trilhão de dólares no mês passado. Ele também ajuda a Microsoft a enfrentar a líder do mercado de computação em nuvem, a Amazon.

A Sony também é uma importante fornecedora de chips para câmeras para smartphones e outros dispositivos. Sony e Microsoft disseram que desenvolverão novos chips sensores de imagem que usam a tecnologia de inteligência artificial da Microsoft para clientes corporativos. As duas empresas não especificaram como os chips serão usados.

As câmeras inteligentes estão sendo usadas atualmente em aplicações como a detecção de itens defeituosos que saem das linhas de fabricação com maior precisão do que os inspetores humanos.

Sony e Microsoft disseram que vão explorar como usar as ferramentas de inteligência artificial da Microsoft nos produtos de consumo da Sony, “para fornecer experiências de inteligência artificial altamente intuitivas e fáceis de usar”.

entry May 15 2019, 09:31 PM
Atividade econômica da zona do euro acelera no 1º tri com recuperação da Alemanha

* por Jan Strupczewski | Reuters

BRUXELAS (Reuters) - A economia da zona do euro acelerou no primeiro trimestre sobre os três meses anteriores, confirmou nesta quarta-feira a agência de estatísticas da União Europeia, graças a uma recuperação da Alemanha e ao fim da recessão técnica na Itália.

A Eurostat informou que a economia dos 19 países que usam o euro expandiu 0,4% no período de janeiro a março sobre os três meses anteriores, confirmando estimativa inicial, após crescimento de 0,2% no último trimestre de 2018.

Na comparação anual, a zona do euro cresceu 1,2% no primeiro trimestre, também como estimado anteriormente, mesma taxa no final do ano passado.

A aceleração na base trimestral se deveu principalmente à Alemanha, que passou a crescer 0,4% no primeiro trimestre depois de ter estagnado nos três meses anteriores.

A Itália também ajudou ao sair de uma recessão técnica de dois trimestres consecutivos, quando sua economia contraiu 0,1% em cada um dos períodos. A Itália registrou expansão de 0,2% no primeiro trimestre de 2019.

entry May 14 2019, 10:11 PM
Disney assume o controle total do Hulu

* por Forbes
com Reuters

A Walt Disney disse que vai assumir o controle total do serviço Hulu em acordo com a Comcast, à medida que busca uma fatia maior do mercado global de streaming de vídeo dominado por empresas como a Netflix.

O acordo, que atribui valor patrimonial mínimo de US$ 27,5 bilhões ao Hulu, permite a qualquer empresa acionar uma venda ou compra da participação de 33% da Comcast para a Disney a partir de janeiro de 2024.

Ao estabelecer uma data de vencimento de cinco anos a partir de agora, a Comcast aposta que o valor de sua participação vai, pelo menos, dobrar sem quaisquer obrigações financeiras adicionais.

A saída da Comcast do Hulu vai deixar a Disney sem impedimentos para expandir o escopo e o alcance do serviço e, assim, combater concorrentes como Netflix, Amazon e Apple.

“É importante para a Disney ter controle total sobre a direção e o conteúdo do Hulu”, disse Trip Miller, sócio-gerente do fundo de hedge Gullane Capital, cujos fundos incluem ações da Disney. “Adiar o fechamento por mais cinco anos permite que a Disney não assuma mais dívidas após fechar a compra da Fox, ao mesmo tempo em que oferece a Comcast uma opção positiva se/quando a avaliação do Hulu aumentar nesse período.”

A Disney está se preparando para lançar seu próprio serviço de streaming chamado Disney + em 12 de novembro. Em conferência com investidores realizada hoje (14), o presidente-executivo da Disney, Bob Iger, disse que o serviço será lançado na Índia.

O Hulu, que compete com a Netflix e o Prime Video, da Amazon.com, tem mais de 26,8 milhões de assinantes pagos.

entry May 13 2019, 08:38 PM
Guerra comercial entre EUA e China ganha força e mercados oscilam

* por Don Weinland, James Politi, Joe Rennison e Richard Henderson
Pequim , Washington e Nova York | Financial Times

A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos registrou uma forte escalada na segunda-feira (13), quando Pequim anunciou que imporia tarifas a US$ 60 bilhões em produtos americanos, desafiando as ameaças de Donald Trump e causando uma onda de vendas nos mercados financeiros mundiais.

O Ministério das Finanças chinês anunciou que elevaria tarifas sobre bens que variam de gás natural liquefeito a espinafre congelado e creme dental, em resposta "ao unilateralismo e ao protecionismo comercial dos Estados Unidos" —adjetivos usados pelas autoridades chinesas à decisão do governo Trump, na sexta-feira, de elevar a 25% a tarifa incidente sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses.

O governo Trump planejava revelar mais detalhes na segunda-feira sobre seu plano de impor tarifas de 25% a mais US$ 300 bilhões em produtos chineses —medida sinalizada na semana passada depois que as negociações comerciais entre representantes dos Estados Unidos e China, em Washington, não resultaram em acordo. No entanto, o presidente americano Donald Trump disse a repórteres na segunda-feira que ainda não havia decisão final sobre a nova rodada de tarifas.

Trump disse que retaliações eram esperadas, da parte de Pequim, e confirmou que se encontraria com o presidente da China, Xi Jinping, em uma conferência de cúpula do Grupo dos 20 no Japão, no mês que vem.

"Amo a posição em que estamos", ele disse a repórteres na Casa Branca, segunda-feira. "Acho que as coisas estão indo muito bem".

Anteriormente, na segunda-feira, Trump havia advertido a China contra novas retaliações. "A China não deveria retaliar —vai só piorar as coisas", tuitou Trump pouco antes do anúncio chinês, ameaçando Pequim de que a China "sofreria muito" se o conflito comercial continuasse. "Vocês tinham um ótimo acordo, quase concluído, & deram para trás!", escreveu.

As ações caíram em resposta à decisão chinesa, e os investidores correram para ativos mais seguros, entre os quais títulos de dívida pública. Todos os índices de mercado americanos caíram, com o S&P 500 mostrando baixa de 2,3% e o Nasdaq, no qual a tecnologia tem peso mais alto, mostrando 3,2% de queda no final da manhã, em Nova York. As ações internacionais caíram à sua posição mais baixa desde março, com o índice FTSE All World recuando em 1,8%, sua maior queda diária desde dezembro.

O aumento de tarifas anunciado por Pequim na segunda-feira vai prejudicar setores que variam da indústria pesada aos bens domiciliares. As ações da Apple registravam queda de 6% no final da manhã, e as da Caterpillar caíram em 5%.

"Empresas como a Apple e a Caterpillar têm exposição de receita considerável fora dos Estados Unidos —e ondas de vendas imediatas afetarão empresas desse tipo", disse Kristina Hooper, estrategista chefe de mercados mundiais na Invesco. "Não é uma história sobre um setor específico, e sim uma história sobre ações de alta capitalização".

No mercado, cresceram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, reagisse com um corte nas taxas de juros. A probabilidade de um corte antes do final do ano, calculada com base nos preços futuros, era de 74%, ante 58% uma semana atrás. O título de dois anos do Tesouro dos Estados Unidos caiu em quase nove pontos básicos, para 2,18%, sua menor cotação desde fevereiro de 2018.

A tensão crescente derrubou a moeda chinesa, e as moedas de países de mercado emergente, em termos mais amplos, O yuan recuou em 0,9% diante do dólar nos mercados offshore, tendo caído abaixo da cotação de 6,90 yuan por dólar pela primeira vez este ano. O índice MSCI, que acompanha o câmbio das moedas emergentes, caiu em 0,7%, o que o coloca no caminho de seu maior recuo em 2019.

"O confronto agora se tornou uma batalha de testosterona entre dois líderes que acreditam ter muito a provar ao seu público. Mas quanto mais tempo durar essa exibição de força bruta, maior a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos, e talvez no mundo", disse Bernard Baumohl, do Economic Outlook Group, de Nova Jersey.

Pequim anunciou que 2.493 itens vindos dos Estados Unidos teriam sua tarifa elevada a 25% a partir de 1º de junho. Eles incluem gás natural liquefeito; produtos agrícolas como mel natural; compostos como sulfato de potássio, usado em fertilizantes; e diversos produtos industrializados, tais como lâmpadas de LED.

Sobre duas outras listas com 1.098 e 974 itens, a tarifa subiria a 20% e 10%, respectivamente. Elas incluem muitos produtos de uso doméstico, tais como alvejante e creme dental, e diversos tipos de roupas e equipamentos industriais correlatos, como trajes de banho masculinos e máquinas para produzir sapatos.

Uma lista menor, com 595 produtos, não teria tarifas elevadas para além dos 5% vigentes atualmente.

Entre os itens estão produtos químicos e materiais industriais como formol e lítio. Componentes eletrônicos e mecânicos, como motores de partida para automóveis, aviões e barcos, e impressoras 3D, também ficariam isentos do aumento.

As tarifas chinesas vigorarão a partir de 1º de junho, e o aumento da alíquota americana também só se fará sentir depois dessa data, o que dá algum tempo aos negociadores para que cheguem a um acordo.

Bens chineses que já estavam em trânsito antes da sexta-feira ficarão sujeitos à tarifa de 10%, desde que cheguem aos Estados Unidos antes de 1º de junho.

"A China está mantendo sua estratégia de retaliação proporcional e direcionada, contra as tarifas americanas. A mensagem do governo chinês é clara - as autoridades querem uma solução para a disputa comercial mas não evitarão um confronto, se Trump escolher esse caminho", disse Eswar Prasad, professor de comércio internacional na Universidade Cornell.

A Casa Branca e o representante do governo dos Estados Unidos para assuntos de comércio internacional se recusaram a comentar sobre a retaliação chinesa. Os dois países afirmaram que as conversações entre eles continuariam apesar da escalada.

entry May 12 2019, 09:18 PM
Paquistão faz acordo de US$6 bi com FMI

* por James Mackenzie e Syed Raza Khan | Reuters

ISLAMABAD (Reuters) - O Paquistão chegou a um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um pacote de resgate de 6 bilhões de dólares, com duração de três anos, destinado a reforçar as finanças públicas e fortalecer a economia, disseram autoridades neste domingo.

O ministro das Finanças do Paquistão, Hafeez Shaikh, disse à TV PTV que espera que o acordo, que ainda precisa ser aprovado pelo conselho do FMI em Washington, seja o último para o Paquistão, que tem repetido resgates nas últimas três décadas.

“O Paquistão está enfrentando um ambiente econômico desafiador, com crescimento fraco, inflação elevada, alto endividamento e uma posição externa fraca”, disse o FMI em um comunicado destacando a estrutura de um acordo fechado após meses de negociações.

O governo do primeiro-ministro Imran Khan chegou ao poder no ano passado relutante em buscar o que agora é esperado para ser o 13º resgate do FMI desde o final dos anos 1980.

Herdando uma economia com orçamentos escassos e déficits em conta corrente, seu governo inicialmente buscou bilhões de dólares em financiamento de países amigos, incluindo China, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Mas com a inflação subindo para mais de 8 por cento, a rupia paquistanesa perdendo um terço de seu valor no ano passado e as reservas cambiais mal suficientes para cobrir mais de dois meses de exportações, o governo foi forçado a recorrer ao FMI.

O pacote incluirá “uma agenda ambiciosa de reformas estruturais” para impulsionar o crescimento, que o FMI vê desacelerar para 2,9 por cento este ano, ante 5,2 por cento no ano passado.

Também prevê reformas tributárias para melhorar as finanças públicas e reduzir a dívida pública, bem como um “plano abrangente de recuperação de custos” nos setores de energia, onde a acumulação de atrasos de dívidas agiu como um dreno crescente dos recursos do governo.

O orçamento para o próximo ano fiscal de 2019/20 terá como objetivo um déficit primário, não incluindo pagamentos de dívidas, de 0,6 por cento do produto interno bruto.

O FMI disse que o Banco do Estado do Paquistão se concentrará em reduzir a inflação e salvaguardar a estabilidade financeira. O fundo disse que uma taxa de câmbio “determinada pelo mercado” ajudará o funcionamento do setor financeiro.

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