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entry Nov 15 2008, 07:37 PM
China, Japão e Coréia do Sul querem estabilização asiática

* por Lusa

Washington, 15 nov (Lusa) - China, Japão e Coréia do Sul firmaram um compromisso, na sexta-feira, em Washington, para reunir esforços com o objetivo de desempenhar "um papel central" na estabilização da economia asiática e combater o impacto da crise financeira mundial.

Os ministros das finanças japonês, sul-coreano e chinês mantiveram contatos paralelamente à cúpula do G-20, que reúne os principais países industrializados e emergentes para discutir a crise financeira internacional.

"Pensamos que a melhoria da colaboração entre os três países é crucial para responder eficazmente à crise econômica mundial", indicaram os ministros asiáticos em um comunicado conjunto.

No documento, pode ler-se que "os três países devem desempenhar um papel central para manter a estabilidade econômica e financeira da região, o que seria útil não apenas para a região asiática, mas contribuiria igualmente para a economia mundial".

Os três ministros pediram ainda um acordo rápido para aumento do capital do Banco Asiático de Desenvolvimento, a fim de assegurar que a instituição tenha um "um capital idôneo que lhe permita desempenhar o seu papel na Ásia".

A cooperação entre os três países deverá ser objeto de discussões posteriores, em uma reunião com seus dirigentes em dezembro.

entry Nov 14 2008, 10:13 PM
Economista do BM aconselha América Latina a se integrar mais

* por EFE

Bogotá, 14 nov (EFE) - O economista principal do Banco Mundial (BM), o americano William Maloney, convidou hoje os países latino-americanos a saírem de si mesmos e a se integrarem mais.

"Na região, continuamos muito encistados", afirmou Maloney, para quem no mundo "há tecnologias que podem ser criadas, há mercados que podem ser explorados".

Em entrevista à Agência Efe em Bogotá, o analista considerou que a América Latina deve se colocar "passo a passo" para aproveitar as oportunidades, em um contexto de abertura econômica e tratados de livre-comércio cujo "efeito líquido sobre o emprego não é muito óbvio".

No entanto, criticou que em muitas nações da região nem os empresários nem os sindicalistas pensem em como vão competir de forma séria com outras economias, como as asiáticas.

"É que aqui estamos dividindo as rendas que há na velha forma de fazer as coisas, mas não estamos pensando em como vamos tirar o suco das rendas que vêm da inovação", expressou Maloney.

A América Latina deve olhar isto com cautela e aprender a lição de economias que adotaram novas tecnologias e aumentaram sua produtividade, prosseguiu o analista, que participa em Bogotá de um seminário sobre políticas de emprego convocado pelo Departamento Nacional de Planejamento e o Ministério da Fazenda, além do BM.

O analista observou que os países devem se perguntar como adaptam novas tecnologias, como progridem tecnologicamente e qual é o papel da legislação trabalhista neste âmbito.

O problema do emprego na América Latina "é bastante complexo e largo", reconheceu o analista do BM, mas observou que a inovação, com a adoção de novas tecnologias, é a dimensão mais importante no momento de olhar o setor.

A competição é um dos impactos da abertura ou da liberdade comercial, assim como o maior acesso a bens intermediários, a novos mercados, disse Maloney, mas admitiu que os ajustes que devem fazer as empresas têm efeitos.

entry Nov 14 2008, 10:09 PM
Empresa brasileira Pettenati inaugura fábrica em El Salvador

* por EFE

San Salvador, 14 nov (EFE) - A empresa brasileira Pettenati instalou uma indústria têxtil no oeste de El Salvador com um investimento de US$ 50 milhões, confirmaram hoje fontes oficiais.

A empresa, que na quinta-feira fez um ato inaugural de início de operações, se instalou no país depois de várias gestões realizadas pela vice-presidente de El Salvador, Ana Vilma de Escobar, encarregada da atração de investimentos.

Pettenati, segundo disseram hoje fontes da Vice-Presidência, fez um investimento inicial de US$ 50 milhões, que poderia dobrar nos próximos quatro anos.

A funcionária explicou à imprensa que a Pettenati, empresa que exporta roupas a diferentes marcas dos Estados Unidos, "buscava um cenário idôneo para fazer a primeira expansão de sua fábrica fora do Brasil".

De Escobar assegurou que a estratégia expansiva da empresa consiste em aproveitar as vantagens do Tratado de Livre-Comércio entre América Central e Estados Unidos para a exportação de seus produtos a esse mercado.

Ele assegurou que os empresários brasileiros "avaliaram as vantagens que El Salvador prometia como destino de investimento" no marco desse acordo comercial.

A fábrica, onde trabalharão inicialmente 400 pessoas, está instalada no município de Coatepeque, no departamento de Santa Ana (oeste).

entry Nov 12 2008, 09:32 PM
EUA não são os únicos responsáveis pela crise, diz Paulson

* por Valor Online

SÃO PAULO - Se preparando para possíveis e prováveis ataques durante a reunião do G-20, marcada para o próximo final de semana em Washington, o secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, tentou hoje tirar a responsabilidade total a crise dos Estados Unidos. Presidentes das 20 maiores economias do mundo estarão nos EUA neste sábado para tratar da atual crise financeira internacional.

"Durante alguns anos, os persistentes e crescentes desequilíbrios globais serviram de combustível para o crescimento dramático dos fluxos de capital, para taxas de juros baixas, tomada excessiva de risco e uma busca global por retorno. Esses excessos não podem ser atribuídos a uma única nação", disse Paulson.

Na visão dele, não há dúvida de que o "baixo nível de poupança nos EUA é um fator significativo" para o problema, "mas a falta de consumo e a acumulação de reservas na Ásia e nos países exportadores de petróleo, e questões estruturais na Europa também alimentaram os desequilíbrios".
Para Paulson, os chefes de estado que se reunirão ao longo do final de semana em Washington devem não apenas atentar para questões regulatórias sobre o mercado de derivativos e sobre a maior troca de informação entre os agentes reguladores nacionais sobre transações globais, mas também precisam se preocupar com o que ele considera como a raíz do problema atual, que seriam esse desequilíbrios financeiros entre os países.

"Se nós apenas cuidarmos de questões regulatórias específicas - ainda que sejam críticas -, mas sem atentar para os desequilíbrios globais que alimentaram os recentes excessos, estaremos perdendo uma oportunidade de melhorar dramaticamente as bases para a vitalidade do mercado global e da economia para o futuro", diz ele. Se isso não for feito, acredita, a crise pode se repetir no futuro.

entry Nov 10 2008, 06:31 PM
Internet será o meio preferido para marketing em 2009, diz Ibope

* por Redação | São Paulo

A Internet lidera a preferência para investimento em marketing no próximo ano entre as empresas associadas à Amcham (Câmara Americana de Comércio).

Segundo pesquisa Ibope, 56% das empresas preferem a Internet, seguida por e-mail (39%), mídia impressa (24%), mala direta (23%), TV aberta (16%), celular (13%) e rádio (10%).

De acordo com a pesquisa, pretendem aumentar a parcela do orçamento destinada às ações de marketing em cerca de 13% em 2009 em relação a este ano.

O levantamento mostra que, neste ano, as companhias investiram 7,6% de seus orçamentos em marketing e, para 2009, a projeção é 8,6%.

O Ibope também mostrou que as principais preocupações dessas empresas para o ano que vem são relacionadas à desaceleração da economia nacional, carga tributária, recessão mundial e retração na economia americana.

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 20 de outubro envolvendo uma amostra de 211 empresas associadas à Amcham, sendo que a maioria dos entrevistados ocupava cargos de chefia.

entry Nov 9 2008, 10:24 PM
China anuncia pacote de US$ 586 bilhões contra a crise

* por AFP

PEQUIM, 9 Nov 2008 (AFP) - A China anunciou neste domingo um plano de retomada econômica de 4 trilhões de yuans (US$ 586 bilhões) até o fim de 2010, para estimular a demanda interna diante da desaceleração do crescimento do PIB e da estagnação das exportações, devido à crise financeira mundial.

Estas medidas, publicadas no site do gabinete do primeiro-ministro Wen Jiabao, foram adotadas na quarta-feira e estão incluídas no aumento das despesas do Estado, principalmente no setor de infra-estrutura, indicou.

"A China decidiu adotar uma política orçamentária ativa e flexibilizar moderadamente sua política monetária para encorajar um crescimento econômico rápido, mas sustentado, reforçando a demanda interna", disse o comunicado publicado no site oficial.

Este plano responde à queda da demanda mundial de bens manufaturados chineses, motor do crescimento nacional, devido à crise financeira mundial.

A China, cujo setor financeiro é relativamente protegido, está sendo no entanto muito afetada pela crise com um nítido desaquecimento de suas exportações, o que já provocou o fechamento de fábricas no sul e a perda de milhares de empregos.

O crescimento caiu para 9% no terceiro trimestre, seu mais baixo nível em cinco anos. As autoridades disseram diversas vezes que pretendem estimular o consumo interno para manter um crescimento sustentado.

"Apesar de estarmos enfrentando inúmeras dificuldades, o consumo interno continua forte", afirmou o comunicado do governo.

O plano de retomada complementa várias outras medidas adotadas recentemente contra os efeitos da crise mundial.

O Banco central reduziu em outubro suas principais taxas de juros para sustentar o crescimento econômico, pela terceira vez em seis semanas.

O Conselho de estado (governo) também aprovou recentemente um plano de 2 trilhões de yuans para construir novas estradas de ferro daqui a 2020.

Durante a crise asiática de 1997, Pequim adotou uma política similar até 2004, emitindo um montante importante de bônus do Tesouro e aumentando os investimentos públicos.

"A situação econômica que a China enfrenta hoje é bem mais grave do que a de 1998", destacou à AFP Xing Ziqiang, da China International Capital Corp.

"Em 1998, tratava-se apenas de países asiáticos, entre eles rivais da China. Mas desta vez, trata-se de mercados de exportação da China, entre eles EUA e Europa", acrescentou o economista de Pequim.

entry Nov 8 2008, 09:08 PM
Presidente do BM prevê para 2009 primeira retração do comércio desde 1982

* por EFE

São Paulo, 8 nov (EFE) - O Banco Mundial (BM) prevê para 2009 a primeira retração do comércio global desde 1982 em decorrência da crise internacional, afirmou hoje em São Paulo o presidente do organismo, Robert Zoellick.

Após participar do primeiro dia de debate da reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do Grupo dos Vinte (G20), Zoellick afirmou em entrevista coletiva que "os países em desenvolvimento estão recebendo o impacto de uma situação pouco comum".

"Há uma impressionante retração" do comércio, a pior nos últimos 27 anos, afirmou.

Ele acrescentou que o mundo tem problemas de liquidez. "Há uma lacuna no crédito", disse.

Para reduzir esse impacto, o BM pretende liberar US$ 1,5 bilhão nos próximos dias, ressaltou.

A queda do comércio e a diminuição do crédito não serão as únicas conseqüências da crise, pois "o processo de ajuste (que os Governos terão que fazer) significará redução de empregos em muitos países", afirmou.

Zoellick destacou que o encontro de São Paulo, antes da cúpula presidencial do G20 em Washington, "permitirá estabelecer um sistema multilateral mais forte".

entry Nov 7 2008, 07:27 PM
Pequena empresa usa pouco a web para gerar negócios

* por CanalExecutivo

De acordo com pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 81% das microempresas possuem acesso ao computador e um percentual ainda menor (69%) tem conexão à rede, enquanto estabelecimentos de maior porte apresentam uso de computador e internet acima dos 90%. Quanto ao uso da rede para otimizar negócios, detectou-se que 74% das empresas com até nove funcionários não possuem website e 36% não realizaram nenhum tipo de substituição do correio postal por meios eletrônicos.

"De maneira geral, os números da TIC Microempresas 2007 mostram que o potencial de desenvolvimento oferecido pela internet ainda não é devidamente explorado pelas pequenas organizações", comenta Mariana Balboni, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br).

Mesmo que o uso das TICs em microempresas seja menor, o percentual de funcionários com acesso à rede em corporações desse porte é significativamente maior. Nas microempresas, 77% dos profissionais em média acessam a web, enquanto nas empresas com 10 funcionários ou mais esse percentual é de apenas 43%. "Essa diferença significativa provavelmente reflete o fato de que nas pequenas companhias um funcionário exerce múltiplas tarefas e dentre elas, atividades realizadas via internet. Já nas de maior porte, há maior diversidade de funções e muitas delas não exigem o uso da rede", diz Mariana.

A pesquisa mostra que 74% das microempresas brasileiras utilizam serviços de governo eletrônico, o que parece ser resultado de um esforço das políticas públicas na implantação da infra-estrutura necessária e no desenvolvimento desta modalidade. Entretanto, essas iniciativas ainda não se mostram suficientes, pois o contato com órgãos públicos pela Internet ainda é consideravelmente maior em estabelecimentos com mais de 10 funcionários (89%).

"Muitas deles deixam de aproveitar ótimas oportunidades de negócio com seus clientes ou até mesmo com órgãos públicos", diz Mariana. "Leilões do Governo e outros serviços de Governo Eletrônico, assim como o comércio eletrônico, são ótimas opções não somente para o cidadão, mas também para o microempresário, que pode tornar boa parte de seus contatos mais produtivos", ressalta.

Entre as pequenas empresas que utilizam Internet, o comércio eletrônico é uma ferramenta de grande relevância: companhias com até nove funcionários, que já fizeram compras online, são 43% do total de entrevistadas e 27% declararam ter recebido pedidos nos últimos 12 meses. Entre as maiores, os percentuais são 64% e 45% para cada uma das modalidades de e-commerce. Porém, apesar de haver um percentual menor de microempresas que realizam compras pela internet, naquelas que o fazem, as compras on-line representam um percentual médio maior do total de compras efetuadas (31%) do que nas maiores (24%).

"Isso sugere que se considerarmos as microempresas que fazem compras e que recebem pedidos online, os negócios via internet representam um percentual médio maior do total comercializado em comparação com as grandes, mostrando que, especialmente para as corporações de pequeno porte, esse instrumento é poderoso para as transações comerciais", diz Mariana.

A pesquisa indica ainda que a atenção dada aos aspectos envolvendo a segurança na rede é baixa e cai conforme diminui o porte da companhia. Quase 70% dos entrevistados relataram que suas organizações não adotam quaisquer medidas de apoio à segurança na rede. Entre as tecnologias utilizadas pelas microempresas, somente o antivírus é praticamente universal, apresentando indicadores semelhantes aos das grandes empresas.

"Uma vez que todas as outras ferramentas de segurança apresentam índices de uso significativamente menores nas micro, notamos que pode haver menor nível de conhecimento com relação aos problemas de segurança entre profissionais ligados ao uso do computador e da internet em companhias pequenas", afirma Mariana. "Daí a menor taxa de respostas sobre ataques de vírus, em comparação às grandes empresas", completa.

O uso de softwares livres foi apontado por 13% das pequenas organizações, sendo que 52% declararam que o mesmo estava instalado no servidor, 26% no cliente e 17% em ambos. Nos estabelecimentos maiores esse indicador é de 28%. "Ainda que o uso de software livre signifique, especialmente para as microempresas, economia financeira considerável, a falta de hábito no uso do programa não-proprietário e o receio relacionado à manutenção são obstáculos ao uso, principalmente nesse grupo em que o investimento em treinamento tende a ser menor", detalha Mariana.

Nos doze meses que antecederam o estudo, 13% das microempresas declararam ter contratado especialistas em TI (Tecnologia da Informação), porém 18% apontaram dificuldades na seleção desses funcionários. Entre as maiores, o percentual de contratação foi de 20%. A principal dificuldade apontada foi a falta de estudos e treinamentos específicos em TI, com índice de 84% nas micro e 79% nas maiores. Em seguida, o obstáculo mais citado foi a falta de experiência, apontado em 75% das micro e 69% naquelas de maior porte.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) demonstram a importância das microempresas para a economia brasileira, uma vez que representam 73% das empresas formais contabilizadas ou 1,99 milhão de estabelecimentos em um universo de 2,72 milhões. Já os estabelecimentos com dez ou mais funcionários geram 83% dos empregos formais. De acordo com Mariana, "a análise comparativa desses dois universos nos ajuda a compreender o estágio de desenvolvimento tecnológico do país, permitindo o aprofundamento na discussão sobre o uso corporativo das TICs no Brasil".

O Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br (http://www.cgi.br), por meio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br (http://www.nic.br) realizou a primeira edição da TIC Microempresas, referente ao ano de 2007. O estudo contempla companhias com até nove funcionários, baseado em critérios de classificação utilizados pela Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD) e pelo Gabinete de Estatísticas da União Européia (Eurostat).

O objetivo é traçar o perfil tecnológico das empresas brasileiras com 1 a 9 funcionários, bem como identificar as principais diferenças no uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) em relação aos estabelecimentos maiores.

Serviço:
O estudo completo pode ser encontrado em: http://www.cetic.br/empresas/2007/tic-microempresas-2007.pdf.

entry Nov 6 2008, 05:36 PM
Câmbio pressiona inflação no atacado, diz FGV

* por Rafael Rosas | Valor Online

SÃO PAULO - A pressão cambial chegou com força ao Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que avançou 1,09% em outubro, depois de subir 0,36% em setembro, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os produtos que mais sofreram com a alta do dólar no mês passado foram os negociados no atacado. O Índice de Preços do Atacado subiu 1,36%, depois de uma alta de 0,44% em setembro, em grande parte devido aos bens intermediários, que pularam de um avanço de 0,95% em setembro para 1,38% em outubro.

Entre os exemplos de altas motivadas pelo câmbio estão a celulose, com 13,49% em outubro e 8,52% em setembro; o hidróxido de sódio, com 15,38% em outubro e 6,43% em setembro; e o poliestireno, com 8,64% em outubro e 0,39% em setembro.

"O que determinou a elevação do IGP foi o atacado, basicamente movido pela pressão cambial sobre os industriais", frisou Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

Ainda no atacado, as matérias-primas brutas pularam de 0,51% para 1,82% entre setembro e outubro, enquanto os bens finais passaram de -0,29% para 0,93% no período. Um dos principais destaques de alta no atacado foi o minério de ferro, que subiu 16,11% em outubro, contra 5,02% em setembro.

"O minério de ferro tem o preço estável em dólar, e como o dólar subiu, o produto ficou mais caro em reais no país", detalhou Quadros.

No varejo, os impactos do câmbio foram menores. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de -0,09% me setembro para 0,47% em outubro, principalmente devido à alimentação. Entre os fatores de aceleração, destaque para as frutas, que passaram de 2,11% em setembro para 4,20% em outubro, e para os alimentos processados, que subiram 0,90%, depois de registrar -0,50% em setembro.

Entre os produtos cujos preços aceleraram entre setembro e outubro, destaque para a batata inglesa, que caiu 18,73% em setembro e subiu 0,38% no mês passado; o tomate, com -14,41% em setembro e 1,37% em outubro; e a carne bovina, que foi de 0,71% para 3,97% no período.

Outro destaque de alta no varejo ficou por conta dos bens duráveis, que subiram 0,23% em outubro, depois de avançar apenas 0,02% no mês anterior. Entre os produtos do grupo, equipamentos eletrônicos subiram 0,35%, depois de retração de 0,39% em setembro; e os computadores e periféricos cresceram 2,40% em outubro, contra 0,29% em setembro.

"Normalmente no varejo os efeitos do câmbio são bem menores. Mas esse produtos são exemplos de como a variação cambial vai chegando, mesmo que mais lentamente, ao varejo", ressaltou Quadros, acrescentando que a tendência é de uma pressão menor nos dois últimos meses do ano, caso o dólar se mantenha estável nos atuais patamares.

entry Nov 5 2008, 06:48 PM
Maioria das fusões e aquisições não agrega valor

* por CanalExecutivo

Uma pesquisa desenvolvida pela Hay Group, empresa especializada em desenvolvimento profissional, mostra um dado inesperado no que diz respeito a fusões e aquisições de empresas no Brasil e no mundo. Segundo Vicente Gomes, diretor da empresa no Brasil, a maioria das fusões é promovida visando ampliar vendas, mas seu resultado mais significativo é a conquista de propriedade intelectual.

"A principal razão apontada por cerca de 300 executivos de vários países do mundo para se promover uma fusão ou aquisição diz respeito a melhorar o crescimento da empresa, com cerca de 70% das indicações. Mas quando analisam o resultado dessas fusões e aquisições, os executivos se decepcionam, pois pouco mais de 50% acreditam que os objetivos foram alcançados. No entanto, quando o assunto é "propriedade intelectual", 40% acreditam que o melhor resultado de fusões e aquisições é justamente o de incorporar patentes, conhecimento e pessoal que a empresa não tinha antes", assinala Gomes.

Intangíveis
A pesquisa promovida pela Hay evidenciou um dado alarmante: nada menos do 60% das fusões e aquisições investigadas pela empresa não geraram valor algum para as empresas e em pelo menos 10% dos casos totais estima-se que as fusões e aquisições destruíram valor, pois as empresas não conseguiram recuperar sequer 50% do que investiram na compra de outra empresa.

"O que nosso estudo evidenciou é que as empresas que se preocuparam em administrar os fatores intangíveis da fusão, como as culturas das empresas que estão se integrando, alcançaram índices de sucesso muito mais significativos. Um dado interessante é que quando os gerentes ou chefes não são informados sobre o que está ocorrendo e são apenas orientados a cumprir determinações, eles irão atuar como em uma guerra de trincheiras, defendendo seus espaços e equipes e trabalhando contra a fusão ou aquisição", assinala.

De acordo com Gomes, a maioria das fusões e aquisições começa por integração de sistemas, passa pelo aproveitamento das sinergias que existem entre as empresas e terminam com os intangíveis, ou seja, a integração das culturas empresariais. "De modo geral, os executivos assinalam que há uma excessiva preocupação com a integração de sistemas de TI e pouca preocupação com a integração de pessoas. Isso certamente explica o fato, apontado por nossa pesquisa, de que somente 15% das fusões e aquisições resultam em algum grau de sucesso para as empresas", comenta.

Segundo Ralph Arcanjo Chelotti, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, a pesquisa evidencia que mais do que máquinas, infra-estrutura ou promessas de redução de custos, o grande ganho das empresas em processos de fusão e aquisição, como o anunciado entre Itaú e Unibanco, diz respeito às pessoas, daí porque as empresas precisam planejar, também, a integração das equipes, buscando preservar os talentos.

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