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Entradas em September 2018

entry Sep 20 2018, 09:01 PM
FMI respalda projeto de orçamento do governo argentino

* por AFP

Washington, 20 Set 2018 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) respaldou nesta quinta-feira o projeto de orçamento apresentado pelo governo argentino ao Congresso esta semana, um plano austero que tem como meta principal o equilíbrio fiscal.

"O projeto de orçamento apresentado nesta segunda-feira representa uma parte fundamental do programa das autoridades para reforçar a política econômica e dinamizar a economia", disse à imprensa o porta-voz da instituição financeira multilateral, Gerry Rice.

"É muito importante já que protege os gastos relativos a benefícios sociais e saúde", disse Rice sobre o projeto que contempla levar a um equilíbrio das contas públicas após registrar um déficit de 3,9% em 2017.

"Nós pensamos que isso é um elemento-chave em um período de dificuldades financeiras", acrescentou.

Contudo, o orçamento austero foi recebido com preocupação na Argentina, onde o descontentamento social e os protestos crescem.

"A sustentabilidade das contas públicas é indispensável para ter uma economia ordenada (...). A solvência fiscal também é necessária para reduzir as vulnerabilidades da economia", destacou o ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, ao apresentar o projeto.

A principal central sindical argentina, a CGT, convocou uma greve nacional para o dia 25 deste mês.

O governo de centro-direita de Macri enfrenta pressões de distintos setores em um momento em que a inflação, que se estima em 42% para este ano, destrói o poder aquisitivo.

O governo não tem maioria própria no Congresso. Para aprovar o orçamento dependerá de alianças com outros setores.

Segundo um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado nesta quinta-feira, a economia argentina deve contrair 1,9% neste ano, uma degradação em relação às previsões anteriores feitas em maio.

No segundo trimestre, o PIB retraiu 4,2% em relação ao ano anterior e acumula queda de 0,5% nos primeiros seis meses do ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina.

'Progressos importantes'
Rice disse que não há um cronograma estabelecido para o diálogo e a apresentação de um novo programa a ser avaliado pelo FMI.

"Progressos significativos foram feitos. Estamos trabalhando duro para concluir (as negociações) em breve", disse o porta-voz do Fundo.

O FMI e o governo de Mauricio Macri acordaram em junho um programa de ajuda de US$ 50 bilhões por três anos, dos quais US$ 15 bilhões já foram entregues.

Mas isso não impediu a queda da taxa de câmbio: o peso já perdeu mais de 50% de seu valor só neste ano.

O governo espera que o FMI aprove o adiantamento dos desembolsos restantes para garantir o pagamento da dívida e prometeu levar seu déficit, que era de 3,9% em 2017, para zero em 2019.

O equilíbrio fiscal é o principal requisito do FMI.

entry Sep 19 2018, 08:55 PM
UE e Reino Unido têm dificuldade de desbloquear negociação do Brexit

* por AFP

Salzburgo, Áustria, 19 Set 2018 (AFP) - A União Europeia (UE) e o Reino Unido culparam um ao outro nesta quarta-feira pela estagnação da negociação do Brexit em temas como a fronteira irlandesa e a futura relação comercial.

"As negociações do Brexit entraram na fase decisiva", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para quem "as propostas do Reino Unido têm que ser revistas" em temas como "a questão irlandesa, ou no marco da cooperação econômica".

Tusk fez esse pedido antes de um jantar informal com mandatários europeus em Salzburgo, na Áustria, nesta quarta-feira (19).

Esses são os dois temas mais sensíveis na negociação da separação, que deve acontecer em março.

A resposta da primeira-ministra britânica, Theresa May, que deve pedir flexibilidade aos seus colegas europeus na complexa questão da Irlanda, segundo uma fonte de seu gabinete, foi rápida.

Para a inquilina de Downing Street, se quiserem concluir a negociação com sucesso, "assim como o Reino Unido modificou sua posição, a UE também terá que modificar a sua", disse May à imprensa após a sua chegada ao jantar. Assim, nenhuma das partes dá o braço a torcer.

Tanto Londres quanto Bruxelas tentam evitar a reintrodução de uma fronteira clássica entre os dois territórios para proteger o acordo de paz de 1998, mas ainda não encontraram uma solução válida para ambos.

Bruxelas defende a manutenção da Irlanda do Norte na união aduaneira e no mercado único europeu, na ausência de uma solução melhor. Mas Londres teme que isso comprometa a integridade territorial de seu país.

Para a primeira-ministra britânica, sua proposta de criar uma zona de livre-comércio dos dois lados do Canal da Mancha é a "proposta certa" para um "comércio sem atritos" no futuro e para evitar uma "fronteira dura" na Irlanda do Norte.

No entanto, ela entra em conflito com um princípio do mercado único europeu - não há circulação liberada de bens sem a de pessoas, capitais e serviços. A rejeição da presença de trabalhadores europeus no Reino Unido foi um dos catalisadores do Brexit.

Enquanto isso, o tempo corre. Os mandatários esperavam chegar a um acordo final sobre o divórcio e o futuro relacionamento em sua reunião de 18 de outubro em Bruxelas. Agora, porém, consideram convocar uma cúpula extraordinária em "meados de novembro", segundo Tusk.

O Reino Unido deixa o bloco no fim de março do ano que vem, mas a negociação do Brexit está estagnada nesses dois pontos. Ela deveria ser concluída até o fim de novembro para que os parlamentos europeu e britânico possam ratificar o acordo a tempo.

Embora a UE e o Reino Unido tenham concordado em dezembro passado em criar um "backstop", ou "rede de segurança", Londres contesta essa proposta agora.

Os líderes europeus escolheram Salzburgo para tentar chegar a um acordo sobre suas visões sobre a questão de uma política migratória comum.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, cuja proposta de fortalecer as fronteiras ganhou o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, nesta quarta, reiterou que a UE "precisa de solidariedade" e pediu para os países que não aceitam refugiados que colaborem de outras maneiras.

entry Sep 18 2018, 08:44 PM
Nestlé, Unilever e Coca-Cola disputam indiana Horlicks, dizem fontes

* por Martinne Geller e Pamela Barbaglia e Ben Hirschler | Reuters | Londres

Nestlé, Unilever e Coca-Cola estão entre os interessados na empresa indiana de nutrição Horlicks, da GlaxoSmithKline, operação que deve superar US$ 4 bilhões, disseram quatro fontes a par do assunto à Reuters.

Os lances iniciais estavam previstos para a véspera. As três gigantes são vistas como favoritas para um negócio que oferece presença significativa num mercado emergente em rápida expansão.

Embora a desvalorização cambial e impostos sobre bens e serviços estejam pressionando o consumo na Índia, a enorme população e o aumento da riqueza são atraentes para empresas que tentam compensar o fraco crescimento nos mercados maduros.

Não ficou claro quais outras empresas estavam interessadas, embora a Reckitt Benckiser, empresa ansiosa para construir sua operação de saúde ao consumidor, não tenha feito uma oferta, disseram duas fontes.

GSK, Nestlé, Reckitt e Unilever se recusaram a comentar. Representantes da Coca-Cola não estavam imediatamente disponíveis para se manifestar.

A Horlicks é uma bebida à base de malte que remonta a 1873, quando dois britânicos fundaram uma empresa em Chicago para fabricá-la. Foi levada para a Índia por soldados que lutaram com o exército britânico na Primeira Guerra Mundial.

Vendida como bebida no Reino Unido, a Horlicks se tornou uma marca muito maior na Índia. Mas a GSK começou uma revisão desse negócio e de alguns produtos menores, depois de comprar a Novartis, por US$ 13 bilhões, em março.

A presidente-executiva da GSK, Emma Walmsley, que assumiu o cargo no ano passado, quer melhorar o foco do que é uma das empresas farmacêuticas mais diversificadas do mundo.

O principal ativo do bloco é a fatia de 72,5% da GSK na subsidiária indiana GlaxoSmithKline Consumer Healthcare, famosa pela Horlicks, e que também fabrica produtos como o Boost, bebida à base de malte com sabor de chocolate.

Uma fonte disse que a Nestlé está particularmente bem preparada para comprar o negócio, já que a maior empresa de alimentos embalados do mundo já é dona da bebida rival Milo, e tem grande presença na Índia, um bom presságio para sinergias.

A Nestlé disse à GSK sobre seu interesse por Horlicks em várias ocasiões ao longo dos anos, disseram fontes a par do assunto à Reuters no início deste ano.

Para a Coca-Cola, a compra do negócio de Horlicks marcaria outra aquisição multibilionária, após um acordo para comprar a Costa Coffee por US$ 5,1 bilhões no mês passado.

A GSK está sendo assessorada por Morgan Stanley e Greenhill. A empresa vendeu um negócio menor da Horlicks no Reino Unido para a Aimia Foods no início do ano por um valor não revelado.

entry Sep 17 2018, 09:08 PM
Trump impõe tarifas sobre US$200 bi em produtos chineses e ameaça taxar outros US$267 bi

* por David Lawder | Reuters | Washington

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (17) que vai impor tarifas de 10% sobre cerca de US$ 200 bilhões em produtos chineses, mas deixou de lado relógios inteligentes da Apple e do Fitbit Inc e outros produtos de consumo, como capacetes de bicicleta e cadeirinhas infantis para automóveis.

Em um comunicado anunciando a nova rodada de tarifas, Trump alertou que se a China tomar medidas retaliatórias contra fazendeiros ou indústrias dos EUA, "nós vamos buscar imediatamente a fase 3, que são tarifas sobre aproximadamente US$ 267 bilhões em importações adicionais".

O recolhimento das tarifas sobre a aguardada lista vai começar no dia 24 de setembro, mas a alíquota vai subir para 25% no fim de 2018, permitindo às companhias dos EUA algum tempo para ajustar suas cadeias de fornecimento em outros países, disse uma autoridade do governo.

entry Sep 16 2018, 09:53 PM
BMG compra 65% da empresa Pago Cartões e entra no mercado de adquirência

* por Márcio Rodrigues, Aline Bronzati e Dayanne Sousa | UOLOnline | São Paulo

O banco BMG firmou acordo para comprar 65% da empresa Pago Cartões, que passa a se chamar Granito, e se torna mais um a entrar no mercado de adquirência. A instituição, em comunicado divulgado neste sábado, não informou o valor desembolsado pela aquisição mas disse que a compra da subadquirente Pago Cartões permitirá que o banco, por meio de uma atuação própria, atenda ao mercado de micros e pequenos varejistas, disponibilizando soluções customizadas aos clientes.

Segundo o BMG, a operação de compra e venda se encontra sob a aprovação do Banco Central. No comunicado, o BMG informou que a Pago Cartões foi fundada em 2015 e desenvolve produtos flexíveis e adaptados às demandas de cada setor. Atualmente, a empresa trabalha com mais de 20 bandeiras, possui mais de 20 parceiros, escritórios comerciais próprios, além de movimentar cerca de R$ 1 bilhão por ano em sua maquininha.

"O banco vinha estudando a melhor forma de entrar nesse mercado. A Pago, que agora passa a se chamar Granito, tem o know how em tecnologia. Essa expertise será aliada à força e singularidade da nossa rede de distribuição", destacou, em nota, o diretor financeiro do BMG, Flavio Guimarães Neto. Atualmente, a instituição financeira conta com, aproximadamente, 3 mil correspondentes bancários e cerca de 400 lojas help! em todo o País.

O CEO da Granito, Rodrigo Luiz Teixeira, fala em expandir o leque de produtos. "A Granito será mais que um meio de pagamento, expandindo o leque de soluções customizadas com serviços e gerando melhores resultados aos nossos clientes. Continuaremos trabalhando com tecnologia própria, diferentemente do que o mercado pratica hoje, e agregaremos a solidez e credibilidade do BMG", disse, em nota.

O BMG afirmou ser o sexto maior banco emissor de cartões no Brasil e, com a Granito, "a expectativa é ampliar essa participação". Além disso, a instituição aprimora o atendimento aos clientes e, ainda, trabalhará com o chamado "varejo de meios de pagamento", disponibilizando a máquina de cartões para compra ou troca nas lojas help! e demais correspondentes.

Recentemente, o Broadcast publicou matéria mostrando que a ofensiva de grandes bancos e o ingresso de novos players no mercado de adquirência têm impulsionado o segmento e aquecido a concorrência, mas também têm gerado escassez do seu principal motor: as maquininhas. O boom na demanda exigiu reforço na produção e ainda assim alguns empreendedores tiveram de esperar pelo seu terminal (POS, na sigla em inglês). Com mais de quatro milhões de maquininhas, segundo o Banco Central, o Brasil chama a atenção de mais fabricantes, principalmente as chinesas, que enxergam em quem já está aqui uma vitrine para potenciais negócios fora de seus mercados de origem.

E o mercado realmente continua atraindo novos players. No começo deste mês, a rede de atacarejo do Grupo Pão de Açúcar (GPA), o Assaí, anunciou a entrada no mercado de maquininhas de cartão. A companhia vai vender os equipamentos (POS, na sigla em inglês) a pequenos empreendedores, competindo diretamente num mercado que vem crescendo desde as primeiras apostas, capitaneadas pela PagSeguro, do Uol.

Batizada de "Maquininha Passaí", a novidade começa nas lojas da rede em São Paulo e deve ser levada a todos os 130 pontos de venda até meados de novembro. O modelo de negócios do Assaí no setor será parecido com o de outros competidores que já miram os micro e pequenos empreendedores. A maquininha será vendida, diferente do modelo tradicional do setor de adquirência, que cobra aluguel do terminal.

Além da PagSeguro, foram nesta direção a Cielo por meio da aquisição da irmã Stelo, Itaú Unibanco com a família Credicard/Pop e ainda o gaúcho Banrisul.

entry Sep 15 2018, 09:02 PM
Trump deve anunciar tarifas sobre US$ 200 bi em importação chinesa, dizem fontes

* por Dow Jones Newswires | Nova York

O presidente norte-americano Donald Trump planeja anunciar novas tarifas sobre cerca de US$ 200 bilhões em importações chinesas, de acordo com fontes familiares ao assunto. Ao mesmo tempo, o governo se prepara para uma reunião de alta cúpula com autoridades chinesas para tentar diminuir as tensões comerciais.

O porcentual de tarifa vai provavelmente ficar em cerca de 10%, segundo as fontes, patamar inferior aos 25% anunciados quando o governo norte-americanos falou pela primeira vez que considerava a imposição de tarifas.

A redução no porcentual tem o objetivo de diminuir o impacto para o consumidor norte-americano no período de compras que antecede as festividades de final de ano. Há também a intenção de minimizar o impacto nas eleições parlamentares, num momento em que o partido Republicano tenta retomar o controle do Congresso. Trump deve manter a opção de elevar as tarifas como uma forma de pressionar Pequim.

Autoridades do governo agendaram encontros em Washington entre a equipe dos Estados Unidos liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e uma delegação comandada pelo vice-primeiro-ministro chinês, Liu He. O encontro foi marcado para os dias 27 e 28 de setembro em meio a esforços para contornar as tenções.

Os chineses tem esperado que qualquer decisão final sobre a nova rodada de tarifas seja adiada até a próxima conversa. Não ficou claro se a visita de Liu será mantida após a divulgação da imposição de tarifas.

As fontes afirmam ainda que os detalhes sobre as tarifas ainda vão ser acertados ao longo do final de semana e que alguns elementos podem mudar. Segundo as fontes, um anúncio formal pode ser feito na segunda-feira ou na terça-feira.

A Casa Branca não quis comentar detalhes, mas a porta-voz Lindsay Walters fez referência a uma declaração dada por ela mesma na sexta-feira: "O presidente já deixou claro que sua administração vai continuar a tomar ação contra as práticas injustas de comércio da China. Encorajamos a China a endereçar as preocupações levantadas pelos Estados Unidos".

entry Sep 14 2018, 09:04 PM
Reino Unido publica documentos sobre preparativos para Brexit


* por Alex Morales | Bloomberg
com a colaboração de Kitty Donaldson.

(Bloomberg) -- O Reino Unido detalhará seus planos para padrões de veículos, taxas de roaming para celulares e normas ambientais para depois do Brexit em uma série de documentos nesta quinta-feira que esboçarão os preparativos do país para sair da União Europeia sem um acordo.

A primeira-ministra Theresa May está pisando na corda bamba no começo da etapa final de negociação pelo Brexit. Ela quer demonstrar ao seu país e aos seus colegas da UE que o Reino Unido está preparado caso as negociações fracassem, mas ela também deve enfatizar que "nenhum acordo" não é uma opção desejável.

"Chegar a um acordo com a União Europeia ainda é de longe o resultado mais provável, e eu vou continuar defendendo" nossas propostas, disse o secretário do Brexit, Dominic Raab, em comunicado. "Estas notificações técnicas fazem parte da nossa abordagem sensata e pragmática de preparação para todos os resultados."

Os detratores pró-Brexit no Partido Conservador de May se opõem ao seu chamado "plano Chequers" para o Brexit e estariam prontos para aceitar uma saída da UE sem acordo. Na segunda-feira, Jacob Rees-Mogg, que dirige o European Research Group, formado por 60 conservadores pró-Brexit, e o ex-secretário das Relações Exteriores Boris Johnson, que pediu demissão do Gabinete por causa do plano Chequers, defenderam um Brexit sem acordo, que segundo eles enriqueceria o Reino Unido.

'Pato moribundo'
"Chequers é um pato moribundo em uma tempestade, se não um pato morto", disse Rees-Mogg na quarta-feira em entrevista ao Channel 4 News. "Até onde se sabe, ele não conta com qualquer apoio fora do Gabinete."

May deve fazer com que seu acordo final - incluindo uma solução para manter uma fronteira sem fricções com a Irlanda - seja aprovado pelo Parlamento, onde ela depende do apoio do Partido Unionista Democrático, da Irlanda do Norte. Isso significa que qualquer objeção dentro de seu próprio partido ameaça arruinar seus planos.

As notificações técnicas serão publicadas pela "tarde", após uma reunião de três horas do Gabinete de manhã para revisar os preparativos do governo caso não haja um acordo, afirmou o Departamento para a Saída da União Europeia em comunicado.

Raab disse que 28 documentos serão publicados, depois dos 25 publicados no mês passado. O departamento do Brexit disse que alguns dos assuntos discutidos serão a manutenção dos padrões ambientais, planos para padrões de veículos e taxas de roaming para celulares. Grupos de lobby empresarial foram convidados a lê-los em uma sala de leitura das 13h às 15h, e indicam que esperam ter documentos sobre assuntos como a aviação, o espaço, a mudança climática e fundos estruturais. Questões controversas como a energia e os serviços foram deixadas para uma terceira série de documentos que será publicada neste mês.

O Reino Unido e a UE devem planejar a realização de uma cúpula especial para assinar o acordo pelo Brexit em novembro, após um encontro informal de líderes em Salzburgo, Áustria, na próxima quarta-feira, e uma cúpula de funcionários que começa em 18 de outubro.

entry Sep 13 2018, 08:23 PM
Crise de países emergentes é restrita enquanto China se mantiver forte

* por AFP

Paris, 13 Set 2018 (AFP) - Da Argentina à Turquia e, mais recentemente, o Brasil, as turbulências financeiras afetam sucessivamente os países emergentes, embora sem se estender à economia global, pelo menos até que a China comece a demonstrar sinais de fraqueza.

A crise dos emergentes até agora era atribuída a um cenário clássico: o aumento dos juros americanos, que complica os países endividados em dólares e provoca a queda de liquidez dos países em risco em relação à maior economia do mundo.

Desta vez, um novo elemento poderá agravar ainda mais a situação: "as incertezas vinculadas ao presidente americano", Donald Trump, reconheceu Járôme Marcilly, economista-chefe da seguradora de créditos Coface, entrevistado pelo canal francês BFM Business.

Trump, que com um tuíte raivoso fez a lira turca sofrer uma desvalorização de mais de 20% em 10 de agosto, poderá colocar mais lenha na fogueira caso imponha tarifas suplementares sobre as importações chinesas, além dos 50 bilhões de dólares de produtos já taxados.

O governo Trump ameaça impor tarifas alfandegárias punitivas que somam 200 bilhões de dólares sobre importações chinesas adicionais.

Lagarde: risco de 'choque'
Para a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em uma entrevista publicada na quarta-feira pelo Financial Times, "a incerteza e a falta de confiança produzidas pelas ameaças sobre o comércio, mesmo antes de se concretizarem", representam uma séria ameaça para os mercados emergentes.

Um novo aumento das tarifas aduaneiras dos EUA teria "um impacto quantificável no crescimento da China", com consequências para os outros países asiáticos, o que "acrescentaria um 'choque' a uma situação em que não há contágio, e sim vulnerabilidades fragmentadas".

Julien-Pierre Nouen, diretor de estudos econômicos em Lazard Frères Gestion, também teme as consequências de uma desaceleração da economia chinesa.

"Embora na primeira parte do ano tenha havido dados de crescimento muito bem orientadas para a China, nos últimos meses observamos uma desaceleração, de forma mais notável e particular sobre o investimento em infraestruturas", comentou.

Até o momento, "a Ásia se mantém muito bem", assegurou, sendo a Indonésia até agora o único país asiático que sofreu nos últimos meses pressões sobre sua divisa, assim como Argentina, Turquia, África do Sul e Brasil.

"Se tivéssemos uma desaceleração mais significativa do crescimento da China, isso seria muito mais complicado para o mercado asiático e, portanto, para a área emergente em todo o seu conjunto", advertiu Nouen, lembrando que Pequim "sempre foi capaz" de relançar sua atividade econômica até agora.

Casos separados
A confiança nas autoridades chinesas talvez explique o motivo pelo qual muitos economistas ainda não enxergam uma crise dos emergentes se propagando no mundo todo, derrubando a economia global 10 anos após a quebra do Lehman Brothers.

"Não prevemos uma grande crise nos mercados emergentes", disse à AFP Joydeep Mukherji, analista da agência de classificação de risco S&P Global.

"Haverá, certamente, problemas em países que têm um importante déficit em conta corrente, o que significa que estão pedindo empréstimos ao exterior, mas nem todos os mercados emergentes são vulneráveis", acrescentou.

"Sim, é certo que há riscos e uma vigilância que se reforça", explicou à AFP um especialista nos mercados emergentes que pediu anonimato.

"Entretanto, não vemos um risco emergente no sentido de que haja uma onda de países que entrem em crise, como é o caso de Argentina e Turquia", assegurou.

Em um esforço por acalmar os mercados, o Banco Central da Turquia elevou nesta quinta-feira sua taxa de juros para 24%, provocando imediatamente uma revalorização da lira.

entry Sep 12 2018, 08:41 PM
G20 debate na Argentina sobre desafios do sistema multilateral de comércio

* por EFE

Buenos Aires, 12 set (EFE).- Funcionários técnicos dos países do G20, assim como de Estados convidados e membros de organizações internacionais, discutem entre esta quarta-feira e amanhã na Argentina os desafios do sistema multilateral de comércio, uma reunião que precede o encontro que acontecerá na próxima sexta-feira entre os ministros do setor.

A segunda reunião do grupo de trabalho de Comércio e Investimentos do G20 - a primeira aconteceu em maio em Buenos Aires - será em Mar del Plata e tem como fim principal debater a construção de um sistema internacional de comércio "mais justo e inclusivo", informou a organização.

Durante duas sessões, técnicos dos governos dos países que integram o grupo - os 19 Estados mais desenvolvidos e em desenvolvimento e a União Europeia (UE) -, e de nações convidadas, assim como representantes de organizações internacionais, abordarão assuntos como as cadeias globais de valor agroalimentar e a nova revolução industrial.

Também estão previstas discussões sobre a incorporação de pequenos e médios produtores às cadeias globais de valor agroalimentar.

A reunião tem como objetivo alinhar políticas para um futuro alimentício "sustentável", uma das prioridades definidas pela Argentina para o G20, e facilitar a participação de novos produtores no sistema internacional a fim de melhorar suas condições de desenvolvimento econômico e favorecer a produção de mais e melhores alimentos.

A chamada "nova revolução industrial" também estará sobre a mesa, principalmente pelos efeitos que esta pode ter sobre o emprego.

Esta reunião será uma prévia do encontro ministerial de Comércio e Investimentos, que acontecerá na mesma cidade na próxima sexta-feira.

Os membros do G20 - grupo que nasceu em 1999 - representam três quartos do comércio global, a metade dos fluxos de investimento externo direto e a metade dos fluxos para o exterior.

entry Sep 11 2018, 08:28 PM
Tradings enfrentam risco milionário na batalha do frete

* por Tatiana Freitas | Bloomberg

(Bloomberg) -- Tradings de soja e de milho estão enfrentando dificuldades para operar em meio às incertezas nas regras de frete, que podem trazer perdas adicionais com indenizações num cenário de custos já elevados.

O governo brasileiro elevou os preços de frete rodoviário com a criação de uma tabela de preços mínimos há cerca de três meses, mas algumas empresas não estão cumprindo os valores estabelecidos em algumas rotas, disse Andre Nassar, presidente da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) está contestando a tabela no Supremo Tribunal Federal.

No sábado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu início à fiscalização do cumprimento do piso mínimo para os fretes. Segundo a agência, 101 veículos foram fiscalizados e 31 empresas foram flagradas pagando valores menores do que o mínimo do estabelecido pelo governo.

Se a regra que estabeleceu preço mínimo para os fretes permanecer inalterada, as tradings podem enfrentar ações movidas pelos caminhoneiros, que podem apelar à Justiça para reaver valores que possam ter sido perdidos. O passivo potencial é estimado em R$ 870 milhões, segundo Nassar. Trata-se da diferença entre entre os valores da tabela e os efetivamente praticados nas exportações de soja e de milho de setembro a dezembro deste ano, estimadas em 29 milhões de toneladas. Considerando as exportações realizadas desde a implementação da tabela, esse passivo pode ser ainda maior.

"Como a lei que implementa os preços mínimos de frete é inconstitucional e a regulamentação é ilegal, isso dá conforto para o embarcador operar a preços de mercado", disse Nassar, acrescentando que as empresas têm argumentos para se defender.

Em 5 de setembro, o governo elevou os preços de frete rodoviário pela segunda vez, agora em 5% em média, numa decisão que "aumenta as incertezas para os exportadores", disse Nassar. Segundo ele, nenhum associado da Abiove está comprando soja antecipadamente porque não sabe quais serão os preços de frete no próximo ano.

A Abiove representa tradings e processadoras de soja no País, incluindo ADM, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus e Cofco.

A Dreyfus afirmou, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa, que está revendo os impactos da nova tabela de fretes para a empresa e como a companhia irá responder após a publicação de novos valores na quarta-feira passada. Cargill, ADM e Cofco não quiseram comentar o assunto. A Bunge não respondeu a um pedido de comentário até a publicação desta reportagem.

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