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entry Aug 13 2011, 07:58 PM
Alta provoca corrida ao ouro do Brasil

* por FolhaOnline | Brasília

A cotação elevada do ouro provoca uma corrida das mineradoras ao metal no Brasil. O número de requerimentos de pesquisa, etapa inicial da exploração do metal, já é recorde em 2011.

No primeiro semestre, empresas de mineração fizeram 892 solicitações desse tipo. No ano passado inteiro, foram 1.162 pedidos.

Nesta semana, a cotação do ouro passou de US$ 1.800 (R$ 2.900) a onça-troy (o equivalente a 31,1 gramas).

O interesse é tanto que a pilha de pedidos para pesquisa de ouro já é a maior no DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), entre todos os minérios.

Há mais fluxo de pedidos para ouro do que para ferro.

"O ouro é a substância mais procurada no Brasil hoje", afirma Antonio Lannes, gerente de dados econômicos do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).

Consequentemente, há o aumento de autorizações de pesquisa e concessões de lavra. Neste ano já foram dadas 746 autorizações. Em todo o ano passado foram 1.281.

Grande parte das empresas que obtêm a outorga, etapa posterior à autorização de pesquisa, são internacionais.

O principal foco delas é o mercado externo, principalmente o setor financeiro, que busca no ouro um ativo seguro e em valorização em tempos de instabilidade.

Segundo Lannes, 75% do ouro produzido no Brasil vai para exportação. Os maiores compradores são Reino Unido (45%), Suíça (32%), Emirados Árabes (12%) e Estados Unidos (9%).

SEGUNDO LUGAR
Em 2010, as exportações de ouro atingiram US$ 1,786 bilhão (R$ 2,9 bilhões), tomando a segunda colocação do nióbio, cuja exportação chegou a US$ 1,6 bilhão (R$ 2,6 bilhões). Foram cerca de 61 toneladas produzidas e 46 toneladas exportadas.

Com a cotação cada vez mais alta do ouro, a previsão é que em 2011 as exportações ultrapassem US$ 2,2 bilhões (R$ 3,6 bilhões).

O principal produto mineral da pauta de exportação continua sendo o imbatível ferro, que gerou US$ 29 bilhões (R$ 47,3 bilhões) de dividendos comerciais.

"A valorização do ouro, devido ao cenário de crise, deve garantir a permanência desse metal como segundo bem mineral mais exportado pelo Brasil", afirma Mathias Heider, especialista em recursos minerais do DNPM.

Segundo Heider, as jazidas brasileiras permitem níveis crescentes de produção para os próximos anos.

Algumas gigantes do setor, consultadas pela Folha, afirmaram ter interesse em ampliar o investimento na exploração de ouro no Brasil.

A Anglo Gold, que produziu e exportou 12,9 toneladas de ouro no ano passado, vai investir US$ 250 milhões (R$ 407 milhões) em 2011.

A Jaguar quer ampliar sua produção, que foi de 4,4 toneladas em 2010, para 5,6 toneladas em 2011. Para isso, prevê investir US$ 278 milhões (R$ 453 milhões).

A Yamana Gold planeja investir US$ 640 milhões (R$ 1,04 bilhão) na cons- trução de quatro novas minas, três delas no Brasil e uma no México.

Vai ainda dedicar US$ 105 milhões (R$ 171 milhões) à exploração em Brasil, Chile, Argentina e México.

entry Aug 13 2011, 07:44 PM
Unasul criará fundo financeiro para enfrentar crise mundial

* por ANP

BUENOS AIRES, 12 Ago 2011 (AFP) -A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) formará um fundo financeiro anticíclico regional para enfrentar a crise internacional, afirmou nesta sexta-feira o ministro argentino da Economia, Amado Boudou.

"Trabalha-se na constituição de um fundo anticíclico regional para enfrentar a crise financeira internacional", disse o ministro, que atuou como porta-voz do encontro realizado em Buenos Aires pelos titulares de Economia e da Fazenda do bloco nesta sexta-feira em Buenos Aires.

O fundo poderá se alimentar da liquidez das autoridades monetárias ou dos bancos centrais de cada país da região, cujas reservas globais são calculadas em cerca de 500 bilhões de dólares, segundo a Comissão Econômica para América Latina (Cepal).

entry Aug 11 2011, 06:54 PM
Secex:Volume de frango exportado cai 13,8%; receita sobe 3,8% em julho

* por Fernando Lopes | Valor

SÃO PAULO - As exportações de carne de frango do país somaram 310,8 mil toneladas e renderam US$ 669 milhões em julho, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef).
Em volume, houve queda de 13,8% em relação ao mesmo mês de 2010, influenciada pelo embargo adotado pela Rússia em junho a unidades produtivas brasileiras por conta de divergências sanitárias com o Brasil. Mas a receita obtida foi 3,8% superior, o que confirmou a tendência de elevação dos preços médios praticados.

Com a performance de julho, as exportações somaram 2,239 milhões de toneladas e atingiram US$ 4,669 bilhões entre janeiro e julho de 2011, conforme a Ubabef. O volume acumulado embarcado foi 3,4% superior ao de igual intervalo de 2010, enquanto o valor das vendas cresceu 24,3% na mesma comparação.

entry Aug 10 2011, 06:03 PM
Analistas acham que emergentes vão começar a cortar juros

* por Assis Moreira | Valor

GENEBRA - As turbulências nos mercados globais reforçam o cenário de crescente aperto nas políticas fiscais e sinalização de politicas monetárias bem mais relaxadas. Analistas na Europa acham que as turbulências dos últimos dias têm sido de tal dimensão que economias emergentes vão relaxar na luta contra a inflação. Para eles, onde hoje se vê ciclos de aperto monetário, devem ocorrer os próximos movimentos de redução de juros, começando por Índia, Brasil ou Chile.

Na Ásia, uma das razões que levaram a região a se recuperar mais rapidamente foi a onda de programas de estímulos. Somente a China teve um pacote de US$ 586 bilhões em 2008. Como resultado, Vietnã, Malásia, Filipinas, Taiwan e mesmo a Índia viram seus limites de dívidas crescer bastante desde a última crise. O poder de fogo fiscal para apoiar o crescimento é menor.

Analistas notam, no entanto, que bancos centrais na Ásia vêm aumentando os juros já há um bom tempo. Embora seus juros ainda estejam abaixo dos níveis anteriores à crise de 2008, eles têm muito espaço para reduzir as taxas no caso de nova onda global de desaceleração econômica. Um alívio momentâneo nos mercados foi o resultado da balança comercial chinesa, que atenuou os temores de que a segunda maior economia do mundo já teria sido atingida pela desaceleração global.

Os dados confirmam, até o momento, que a China evitou uma "aterrissagem forçada" de sua economia. Mas analistas notam que o tamanho do superávit chinês em julho, o maior em dois anos, mostra que não se pode esperar de Pequim que apoie o crescimento em todas as regiões.

A decisão do Federal Reserve, de manter os juros próximos de zero, não deve ter resultado na recuperação americana, porque a economia nos EUA não está enfraquecendo por conta de juros altos, nota Philip Marey, do Rabobank. Para ele, a decisão é boa noticia para carry trade, que usa o dólar americano como moeda de funding e "o real é uma das moedas alvos dessas operações".

Analistas do Barclays Capital começaram a sugerir mudança na alocação de ativos, levando em conta as turbulências. Basicamente, é reduzir a exposição de risco em ações, juros e crédito na Europa, e compensar com mais exposição nos EUA, Japão e emergentes selecionados.

entry Aug 10 2011, 06:02 PM
Risco Brasil fecha com alta, aos 217 pontos

* por ValorOnline

SÃO PAULO - Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores, o índice EMBI+ do Brasil, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, encerrou a terça-feira com alta de 2,36%, aos 217 pontos. Na segunda-feira, o indicador marcou 212 pontos.

Sobre o EMBI+ Brasil
O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo.

O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que, a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.

Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país.

Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como " arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.

entry Aug 8 2011, 08:08 PM
Confiante em demanda, agronegócio se vê menos afetado por crise

* por Roberto Samora | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - As empresas do agronegócio do Brasil avaliam que a demanda crescente por alimentos no mercado interno e no exterior, principalmente nos países emergentes, permitirá que o setor sofra menos os efeitos da crise financeira internacional, de acordo com executivos e analistas reunidos em evento em São Paulo nesta segunda-feira.

"Uma crise como essa, é difícil falar... Mas em alimentos, como falei (na apresentação), não tem morte súbida", disse o presidente da Brasil Foods, José Antônio Fay, em entrevista a jornalistas após participar de palestra no 10o Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Abag.

A afirmação foi feita com o executivo ciente das baixas dos mercados nesta segunda-feira, especialmente os acionários.

As ações da BRF operavam em baixa de 6 por cento, por volta das 16h40. Na mesma hora, as ações do JBS, outra empresa produtora de proteína animal listada na Bovespa, caía 5,7 por cento, enquanto os papéis da Marfrig despencavam mais de 20 por cento.

O executivo justificou a sua confiança no setor lembrando que "difícil haver um bloqueio de consumo" e que "as pessoas precisam continuar comendo três vezes ao dia".

Por outro lado, ele acrescentou que a crise pode trazer preocupações do ponto de vista do crédito e de outras questões relacionadas a problemas financeiros.

Foi durante a última turbulência financeira global, em 2008, que a Sadia registrou perdas expressivas em derivativos cambiais, prejuízo esse só sanado após a Perdigão comprar a companhia, operação que resultou na Brasil Foods.

Mas Fay ressaltou que a BRF não tem posições especulativas em câmbio.

O executivo observou também que a volatilidade dos mercados pode trazer mais custos para as indústrias.

José Roberto Mendonça de Barros, fundador da consultoria MB Associados, concorda com Fay.

"A crise altera o quadro (de demanda)? Acho que não. No curto prazo, pode haver alguma queda (de preços), mas as condições de demanda vão se manter. Talvez tenha mais volatilidade", afirmou Mendonça de Barros durante sua palestra no congresso da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio).

Se a volatilidade poderia trazer mais custos, especialmente nas operações de mercados futuros de commodities agrícolas, por outro lado a cadeia produtora poderia se beneficiar de menores despesas com transportes e fertilizantes, pela redução do valor do petróleo.

A afirmação do consultor foi feita durante palestra em que ele discorreu sobre como a demanda deverá comandar os mercados de commodities agrícolas nos próximos dez anos, ao contrário do que ocorreu no passado, quando a oferta determinava os preços.

CÂMBIO
O agronegócio do Brasil tem contado com preços elevados das commodities para compensar um dólar fraco frente ao real, o que aumenta a preocupação do setor no caso de haver redução nas cotações.

"Evidentemente, em um processo de desvalorização de commodities, se não tiver uma contrapartida de valorização do dólar frente ao real, alguma coisa a gente pode sofrer", afirmou Alexandre Figliolino, diretor da Abag, ao ser questionado sobre o impacto da crise para o setor.

Na crise de 2008, quando os preços de commodities despencaram no mercado global, o dólar se fortaleceu frente ao real e evitou um encolhimento maior da renda do setor na moeda nacional.

As exportações caíram acentuadamente em dólares, mas com a inversão do câmbio houve uma compensação na receita em real.

entry Aug 7 2011, 06:18 PM
Maiores economias do mundo tentam evitar "2ª feira negra"

* por EFE

Redação Central, 7 ago (EFE).- Responsáveis de finanças das principais economias do mundo mantiveram neste fim de semana intensos contatos telefônicos para tentar evitar uma profunda crise nos mercados na segunda-feira, após o rebaixamento histórico da qualificação da dívida dos Estados Unidos e dos temores de uma recessão.

Os Governos temem que a degradação da nota da dívida dos EUA anunciada na sexta-feira passada, após o fechamento dos mercados, pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) atue como estopim para um "segunda-feira negra" nos mercados, cuja queda estaria motivada, segundo os especialistas, pela incerteza sobre a recuperação da economia mundial.

S&P rebaixou a qualificação da economia dos EUA de AAA para AA+ e se trata da primeira e única vez que foi degradada a nota da dívida da primeira economia mundial, enquanto os contatos telefônicos entre os líderes europeus e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, começaram já na sexta-feira pela noite, após uma semana péssima nos mercados financeiros.

Por sua vez, o conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) realizou neste domingo uma teleconferência de caráter extraordinário para discutir sobre a compra de dívida soberana da Espanha e Itália, que sofreram ataques especulativos nas últimas semanas, disseram à Efe fontes financeiras em Frankfurt.

Enquanto isso, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, divulgaram um comunicado conjunto reforçando a importância de uma aplicação "rápida e completa" das medidas anunciadas pela Espanha e Itália para endireitar suas finanças e melhorar sua competitividade. Sarkozy e Merkel defenderam também uma aplicação "rápida" dos acordos da cúpula europeia de 21 de julho sobre o segundo resgate grego e a ampliação do fundo europeu de resgate.

Na sexta-feira passada o prêmio de risco da Espanha e Itália voltou a disparar acima dos 400 pontos básicos antes de fechar abaixo dos 375. O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, anunciou na mesma sexta-feira uma aceleração das medidas de austeridade e reformas econômicas no país, e disse que em sua conversa com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi acordado a realização de uma cúpula urgente do Grupo dos Sete (G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo) de Finanças, que a princípio estava prevista para 9 e 10 de setembro em Marselha.

O Ministério das Finanças da Coreia do Sul informou que no Grupo dos Vinte (G20, que reúne os ministros e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia) se buscava um consenso, enquanto um funcionário do mesmo explicou à agência local "Yonhap" que "se a declaração se emite de modo que aumente a confiança dos investidores em direção rumo aos bônus americanos, isso poderia contribuir para a estabilização do mercado".

Os telefonemas ocorrem após uma péssima semana nas principais bolsas europeias com quedas de 13,12% na de Milão; 12,89% na de Frankfurt, 10,73% na de Paris e 10% na de Madri, além de 7,75% do Dow Jones no mercado de Nova York, perante a crescente incerteza sobre a recuperação da economia global.

O representante na Europa da S&P, Jean-Michel Six, declarou à emissora "France Info" que a agência não prevê uma "reação ruidosa" a sua decisão, ao justificá-la alegando que "a fraqueza da recuperação econômica" e "fatores políticos" que põem em dúvida a eficácia da tomada de decisões nos EUA.

O chefe global de S&P, David Beers, em declarações à rede de televisão "Fox", tentou minimizar a importância do impacto nos mercados da degradação da nota dos EUA, e assegurou que o que mais preocupa os mercados é "a percepção global que a economia mundial poderia estar desacelerando".

Por sua parte, o diretor-geral de S&P, John Chambers, lembrou em declarações à emissora "ABC" que a agência de qualificação poderia anunciar uma segunda degradação da dívida dos EUA nos próximos seis a 24 meses se piorar a situação fiscal do país.

Enquanto isso, a primeira reação ocorreu na sessão deste domingo, na Bolsa de Tel Aviv, que perdeu cerca de 7% e teve que suspender o pregão para amortecer a queda, antecipando a tensão que pode atingir os principais mercados do mundo na segunda-feira.

entry Aug 6 2011, 05:58 PM
BCE vai discutir no domingo medidas contra a crise, dizem fontes

* por Paul Taylor

PARIS, 6 de agosto - O Banco Central Europeu (BCE) vai realizar uma rara teleconferência para analisar os desdobramentos da crise da dívida na zona do euro e a possibilidade de comprar títulos soberanos italianos, disseram fontes da instituição neste sábado.

As fontes afirmaram que o Conselho de Governança do banco permanece dividido sobre se compra títulos italianos, e mesmo alguns membros favoráveis à iniciativa dizem que a Itália deveria fazer mais e apresentar primeiro medidas de austeridade.

Três fontes confidenciaram que o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, convocou para a tarde de domingo uma teleconferência do Conselho, responsável pela fixação das políticas da instituição, para analisar a continuidade da turbulência nos mercados financeiros e como reagir às recentes promessas de reformas feitas pela Itália.

"Amanhã à tarde, o BCE vai realizar uma teleconferência para analisar a situação geral e possíveis medidas que o BCE poderá adotar", declarou uma fonte da área monetária.

A decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's de rebaixar na sexta-feira a nota dos Estados Unidos de "AAA" para "AA+" parece propensa a agravar a turbulência quando os mercados reabrirem na segunda-feira.

Segundo uma fonte europeia de alto escalão, ministros das Finanças e bancos centrais do grupo das sete maiores nações industrializadas do mundo (G7), incluindo Trichet, vão participar da teleconferência sobre a agitação nos mercados no final deste sábado ou no domingo.

entry Aug 5 2011, 07:11 PM
Exportações de café brasileiro aumentam em julho

* por EFE

São Paulo, 5 ago (EFE).- As exportações de café do Brasil, o maior produtor mundial do grão, atingiram em julho R$ 532 milhões, que representam 34,9% mais que no mesmo mês de 2010, segundo divulgou nesta sexta-feira a patronal do setor.

Apesar do aumento do faturamento, o volume foi reduzido em 17,5% na mesma comparação ao totalizar no sétimo mês do ano dois milhões de sacos de 60 quilogramas.

O Conselho de Exportadores de Café (CeCafé) apontou que a diminuição do volume foi "ocasionada principalmente pela redução do 19,1% das exportações de café verde", que representa 87% do grão vendido ao exterior.

"A queda no volume exportado está relacionado com as baixas da reserva de passagem (o que sobra da colheita anterior) e com o início de uma colheita do ciclo de baixa produção", explicou Guilherme Braga, diretor-geral do CeCafé.

O maior comprador de café brasileiro em julho foram os Estados Unidos, com 3,7 milhões de sacos, número superior em 18,28% ao do mesmo mês de 2010.

Atrás do Brasil apareceram Alemanha, com 3,5 milhões de sacos, o que representa um aumento de 11,07% frente a julho de 2010, e Itália, com 1,5 milhão e um crescimento de 9,59%.

entry Aug 4 2011, 07:56 PM
Novos temores de crise na Europa e nos EUA derrubam mercados

As novas medidas do Banco Central Europeu e o alerta de contágio da crise feito pela Comissão Europeia convulsionaram as bolsas de valores nesta quinta-feira. A turbulência chegou ao Brasil, onde a Bovespa fechou em baixa de 5,72%, a maior desde novembro de 2008.

O alerta feito pela Comissão Europeia ocorreu dois dias depois que o governo dos Estados Unidos chegou a um acordo de última hora com o Congresso para aumentar o teto de endividamento do país, evitando um calote na sua dívida.

Para o professor Armando Castelar, da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, ainda é difícil precisar se a queda foi pontual ou se vai continuar nos próximos dias.

"O quase calote dos Estados Unidos e o acordo da Grécia que ainda não foi implementado dão uma percepção de maior risco político", diz Castelar.

Nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central europeu, Jean-Claude Trichet, disse que a instituição deve comprar títulos de países com dificuldades. Além de Grécia, Portugal e Irlanda, que já receberam pacotes de resgate, Itália e Espanha vem aumentar o nível de desconfiança em relação aos seus papéis.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, também admitiu que as medidas adotadas pela União Europeia têm se mostrado insuficientes para conter a crise, que segundo ele já não está mais localizada apenas na periferia da zona do euro.

Ao fim do dia, a bolsa de Frankfurt fechou em baixa de 3,4%, enquanto a de Londres caiu 3,43%. Em Nova York, o índice Dow Jones chegou a operar a menos de 4% durante o pregão. Em São Paulo, a Bovespa fechou em -5,72%, a 52.811 pontos.

Para Castelar, o mercado financeiro pode estar se ajustando à realidade de outros setores da economia.

"A recuperação das bolsas após a contração econômica (a partir da crise de 2008) foi muito maior que o restante da economia. As bolsas se recuperaram quase ao nível pré-crise, enquanto o crescimento econômico foi muito baixo e o desemprego continua em alta (nos EUA e na Europa)", diz.

"Parece haver um realismo por parte dos investidores. E agora há um reconhecimento de que deve haver um ajuste nas contas dos países ricos", diz.

Contágio
Vitória Saddi, professora do Insper (Insituto de Ensino e Pesquisa), de São Paulo, diz que "a Europa não está nada bem e os Estados Unidos acabaram de ter a ameaça de calote".

"Apesar das agências ainda avaliarem bem os títulos americanos, em outubro haverá uma reavaliação", diz.

Para Vitória, "o que ocorreu hoje é um exemplo de contágio" do qual o Brasil não está livre, segundo ela.

"Em 2008, também se dizia que o Brasil não seria afetado. Isso inexiste no mundo de hoje. Os fluxos financeiros determinam o ritmo de crescimento ou queda. Se nós temos a quarta maior bolsa do mundo, o Brasil pode ser afetado mais que qualquer economia da América do Sul", diz.

Consequências
Para ambos os analistas, há dois cenários prováveis pela frente. Caso essa tenha sido uma queda pontual, sem se estender pelos próximos dias e semanas, trata-se apenas de um ajuste no mercado financeiro.

Caso a queda se acentue, a tensão nas bolsas terá graves consequências em outros setores da economia.

"O câmbio pode desvalorizar, pode haver fuga de capitais com a repatriação de investimentos que estão no Brasil. Além disso, a crise pode reduzir a demanda por exportações brasileiras", diz Saddi.

"O mercado interno também pode reduzir a importação de produtos dos países ricos. Isso retarda o crescimento do mundo e do Brasil."

Para Castelar, aparentemente a queda nas bolsas de hoje é parte de um "fenômeno global, não local". Caso a crise nas bolsas se prolongue, "o Brasil irá sentir porque não está isolado do mundo, sobretudo porque as commodities têm um peso grande na bolsa brasileira".

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