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Europeu Cobra Flexibilidade Para Que Haja Acordo

Europeu cobra flexibilidade para que haja acordo na OMC

por Doug Palmer

WASHINGTON (Reuters) - O comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, encerrou na sexta-feira uma discreta visita a Washington sugerindo que ambos os lados mostrem a "flexibilidade" necessária para a retomada das negociações da chamada Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Enfrentamos um duro desafio de trazer a Rodada Doha para uma conclusão bem-sucedida e no momento certo", disse Mandelson em uma rápida declaração ao final de três dias de reuniões particulares com representantes do Congresso, da iniciativa privada e do governo Bush.

"Espero que esta visita nos dê energia renovada para trabalharmos juntos para fazer (o acordo), mostrando nós mesmos flexibilidade e convencendo outros a fazerem o mesmo", disse Mandelson.

Foi a primeira viagem dele a Washington desde a suspensão da Rodada Doha, ocorrida em julho, em meio a acusações mútuas entre os EUA, a UE e os países em desenvolvimento. A maioria dos especialistas acha que ainda há uma pequena possibilidade de que haja acordo até março do ano que vem.

Depois disso, a rodada pode demorar anos, porque em julho de 2007 expira a autoridade do presidente norte-americano para negociar tratados comerciais sem interferência do Congresso.

Mas Mandelson disse acreditar que o governo Bush esteja disposto a obter um acordo. "E eu também estou", acrescentou.

Um porta-voz da representante comercial dos EUA, Susan Schwab, disse que ela manteve um encontro positivo com Mandelson na quinta-feira, embora não tenham novidades para anunciar.

Bob Stallman, presidente da Federação Americana da Agricultura, disse a jornalistas após reunião com Mandelson na sexta-feira que não viu sinal de solução nas negociações, que tropeçaram na questão agrícola desde seu início, em 2001. "Todo mundo meio que manteve as suas mesmas velhas posições", afirmou.

Mas John Engler, presidente da Associação Nacional da Indústria, saiu mais otimista nesta semana de reuniões com Schwab e Mandelson.

"Não há dúvida de que permanecem diferenças fundamentais nos dois lados do Atlântico e em outros lugares, mas acredito que o impasse possa ser rompido", declarou.

Mandelson manifestou a disposição de oferecer cortes mais profundos nas tarifas agrícolas européias, como querem os EUA, desde que os norte-americanos sejam mais generosos na redução dos subsídios a seus agricultores. Os EUA, por sua vez, se recusam a fazer isso se os seus produtos agrícolas não tiverem mais acesso a outros mercados mundiais.

Para Engler, as negociações vão continuar complicadas enquanto estiverem voltadas quase que exclusivamente para a agricultura.

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