Relatório mostra que Chile é o mais competitivo da AL * por Agência EFE O Chile se consolida como o país mais competitivo da América Latina, região onde se destacam melhoras do México e do Peru, além de quedas da Venezuela e da Argentina, segundo o último relatório do Fórum Econômico Mundial (FEM). Nesta pesquisa sobre o Índice de Competitividade Global (ICG) para 2006-2007, o Chile ocupa a 27ª posição mundial, acima de economias mais desenvolvidas, como Espanha (28ª) e Itália (42ª). O primeiro lugar ficou para a Suíça, e os Estados Unidos, que no ano passado lideravam a lista, caíram para a sexta posição. O Brasil ficou em 66º lugar no ranking de competitividade 2006-2007, após ter caído da 57ª posição. Atualmente, o Chile tem "instituições sólidas, com um nível de transparência e abertura maior do que a média da UE", e "presença em mercados eficientes e relativamente livres de distorções", disse Augusto López Claros, economista-chefe do FEM. O economista destaca o importante papel do Estado chileno ao criar um "regime regulador confiável e estável" e um sistema de gestão macroeconômica "extremamente competente", que foi "crucial" na redução da pobreza e na sustentabilidade do crescimento. Os responsáveis do fórum também reconhecem os esforços do governo para reduzir a dívida publica, assim como os investimentos em infra-estrutura, educação e saúde. O relatório também destaca a melhora do México, que subiu uma posição no ranking e agora ocupa o 58º lugar, assim como a evolução positiva de outras economias, como as da Costa Rica (53ª), Peru (74ª) e Guatemala (75ª). O documento destaca as contradições no México, país que mantém as "mesmas fragilidades institucionais" que predominam na América Latina, mas que, no entanto, obtém pontuação alta em saúde pública e educação, em eficiência do mercado de bens, em investimentos estrangeiros e em transferência de tecnologia. O relatório atribui esta última pontuação aos estreitos laços entre o mercado mexicano e o americano no contexto do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta). Segundo o FEM, a falta de instituições sólidas e confiáveis continua sendo um obstáculo significativo em muitos países latino-americanos, especialmente Bolívia (97º), Equador (90º), Guiana (111º), Honduras (93º), Nicarágua (95º) e Paraguai (106º), que tiveram as piores avaliações em matéria de abertura e transparência das instituições. Estes países "sofrem com direitos de propriedade mal definidos, influências indevidas, operações governamentais ineficientes, assim como um ambiente empresarial instável", afirma o relatório. "O favoritismo na tomada de decisões do governo, um Poder Judiciário que não é suficientemente independente e altas despesas de segurança associados aos altos níveis de criminalidade e corrupção impedem a comunidade empresarial de competir de forma eficiente", acrescenta. Como em ocasiões anteriores, o relatório destaca a queda da Venezuela (88ª), que perdeu quatro posições apesar do superávit orçamentário obtido com os altos preços do petróleo. O relatório constata que o maior obstáculo para a Venezuela é "a qualidade insuficiente das instituições, especialmente no combate à corrupção, aos abusos de poder na tomada de decisões e em reduzir a intervenção do governo". Apesar dos supostos êxitos da revolução iniciada pelo governo de Hugo Chávez, a Venezuela tem taxas de escolarização "medíocres ou ruins", e uma taxa de mortalidade infantil de 16 em cada 1000 crianças nascidas vivas, igual à da Albânia. Outro grande retrocesso foi registrado na Argentina, que caiu do 54º lugar para o 69º. O resultado ruim teria sido causado por uma "certa deterioração em diferentes indicadores", além do alto nível da dívida publica e da ineficácia do mercado. O relatório relembra também a "profunda preocupação" existente na comunidade empresarial argentina com os "direitos de propriedade, a independência do Poder Judiciário, o exagero no uso de recursos públicos e a falta de equilíbrio nas relações do governo com o setor privado". "Não existe nenhuma razão intrínseca que impeça que a Argentina continue crescendo a uma taxa anual de 6% a 8% no futuro próximo, desde que haja esforços para estabelecer um sólido marco político", disse López Claros.
| Últimas entradas
Japão: Ministro Diz Que Tomará
Crise Climática Derruba Safra De Cacau E Deixa Países Da União Europeia Aprovam Normas Ambientais Economista Do Bce Vê Progresso Na Inflação Que Preço Ainda Mantém Hidrogênio Verde Longe Do Mundo União Europeia Não Quer Acordo Entre Ita Airways E Presidente Do Eurogrupo Mostra Confiança Em Meta Bce: Inflação Segue Elevada, Mas Vai Retornar à Queda Do Cpi No Reino Unido 'abre Portas Para Bancos Centrais Desenvolvem Ia Para Avaliar Riscos Links do Blog
Últimos Comentários
|