EUA avaliam deslistar empresas chinesas das Bolsas americanas * por James Politi Peter Wells Colby Smith | Financial Times Washington O governo dos Estados Unidos está considerando a possibilidade de deslistar empresas chinesas das bolsas de valores americana, em uma decisão que poderia levar a guerra comercial contra a China a Wall Street. Assessores do presidente Donald Trump estão estudando medidas para limitar os investimentos entre os Estados Unidos e a China, de acordo com pessoas informadas sobre os planos. Outras opções incluiriam restringir a capacidade de fundos de pensões americanos de adquirir ações chinesas. Pequim está se preparando para celebrar o 70º aniversário da fundação da República Popular da China com uma celebração nacional na semana que vem, e deve iniciar novas negociações comerciais com os Estados Unidos em outubro. Uma ampliação do conflito econômico entre a China e os Estados Unidos para a arena dos mercados de capital vêm sendo defendida há muito tempo pela linha dura de Washington, especialmente o senador republicano Marco Rubio, da Flórida, e outros integrantes do governo que compartilham desse ponto de vista. Mas outros assessores de Trump resistem à ideia, temendo que ela seja um novo golpe contra os mercados e que solape a confiança dos investidores. Em fevereiro deste ano, a capitalização de mercado total das 156 empresas chinesas com ações cotadas nas maiores bolsas de valores dos Estados Unidos era de US$ 1,2 trilhão (R$ 4,9 trilhões), de acordo com a Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China, e pelo menos 11 delas eram empresas estatais. A proposta do governo americano, noticiada inicialmente pela Bloomberg, resultou em forte queda nas ações de companhias chinesas cotadas em Nova York, e em uma queda do yuan. Pouco depois da publicação da reportagem, as ações da Alibaba mostravam queda de 4% e as da Baidu haviam caído em 2%. Os ADRs da Tencent e do grupo de varejo online JD.com registravam quedas respectivas de 2% e 3%. O yuan chinês negociado em mercados de câmbio fora da China continental caiu em até 0,4%, um movimento considerável para a moeda, mas a queda se reduziu e sua cotação diante do dólar às 13h, horário de Nova York, estava em 7,14 yuan, mostrando queda de 0,2%. Depois que uma sucessão de escaladas na disputa tarifária abalou os mercados, em agosto, funcionários dos governos americano e chinês começaram a estudar maneiras de reduzir as tensões antes da nova rodada de negociações marcada para o mês que vem. As possíveis restrições dos Estados Unidos aos mercados de capitais viriam depois da decisão chinesa, este mês, de eliminar os limites para as aquisições de ações e títulos no país por investidores estrangeiros. A ação do governo Trump poderia desestimular o fluxo de capital internacional para o país asiático. "Se essa retaliação muito extrema acontecer, teremos potencial para uma nova escalada", disse Cesar Rojas, economista mundial do Citigroup; "É mais uma estratégia de negociação. Mostra qual seria o custo de não cooperar com os Estados Unidos e não fazer concessões". Se os Estados Unidos decidirem ir adiante, não será simples desenvolver medidas que restrinjam o acesso chinês aos mercados de capital dos Estados Unidos, e elas poderiam ser contestadas. "Não acho que seja simples como desligar uma torneira", disse Patrick Healy, presidente-executivo da Issuer Network, uma consultoria de abertura de capital. "A bolsa teria de explicar por que as ações da companhia estão sendo excluídas e a companhia teria a oportunidade de contestar a decisão".
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