Versão para Impressão

Clique aqui para ver no formato original

With or Without Money

Jpmorgan Diz Que Europa Nem Sempre Pode Ser

JPMorgan diz que Europa nem sempre pode ser comparada ao Japão

* por Ksenia Galouchko | Bloomberg
com a colaboração de Michael Msika

(Bloomberg) -- Investidores costumam comparar a Europa ao Japão hoje em dia, mas, de acordo com o JPMorgan, seus ativos enviam sinais muito diferentes, na maioria das vezes.

Embora a queda dos rendimentos dos títulos de dívida da Alemanha, o encolhimento da população europeia e o desempenho das ações do setor financeiro na Europa sejam semelhantes à situação no Japão, o JPMorgan diz que outros indicadores - de ações a níveis de endividamento - colocam o continente europeu em uma posição mais favorável.

John Normand, chefe de estratégia de ativos cruzados do JPMorgan, destaca que a expansão econômica e a inflação da zona do euro podem estar desaceleradas, mas o crescimento nominal e o núcleo da inflação superam a deflação do Japão. Após uma década da crise de dívida europeia, os níveis de alavancagem no setor privado da região se estabilizaram. Por outro lado, famílias e empresas japonesas passaram 20 anos a partir de meados da década de 1990 reduzindo suas dívidas, alimentando o que o JPMorgan chama de recessão de balanço.

Em nota, Normand disse que, embora a zona do euro muitas vezes seja citada como exemplo de japanização, "este termo só se ajusta à região em alguns critérios". "A posição da Europa parece mais favorável do que a do Japão em estágios semelhantes."

E, considerando que a Europa lembra o Japão devido aos baixos rendimentos dos títulos, as ações da região não poderiam ser diferentes, já que "nunca" enfrentaram a recessão de vários anos do Japão ou a forte queda do índice preço-lucro, disse o estrategista.

"A depreciação do P/L de ações do Japão foi única porque a sobrevalorização pré-crise era muito extrema", disse Normand.

O Índice Stoxx Europe 600 subiu 33% em dólares nos últimos 20 anos, comparado à alta de 12% do Topix no período.

Mas Normand alerta que embora a região tenha conseguido escapar do destino do Japão, mais indicadores europeus ainda podem começar a espelhar o desempenho japonês devido ao crescimento lento, à baixa probabilidade de estímulos fiscais significativos em países como a Alemanha e menores retornos em compras de ativos realizadas pelo Banco Central Europeu.

Powered by Invision Community Blog
© Invision Power Services