Ministros britânicos negam plano de enfraquecer direitos trabalhistas após Brexit * por David Milliken | Reuters LONDRES (Reuters) - O governo britânico negou a reportagem de um jornal, neste sábado, de que buscará enfraquecer os direitos dos trabalhadores depois que o Reino Unido sair da União Europeia, com um ministro descrevendo a ideia como “completamente louca”. O Financial Times publicou extratos de documentos vazados do ministério do Brexit que diziam que o chamado compromisso de “equilibrar as condições” com a UE “abre espaço para interpretação”. A União Europeia está preocupada que o Reino Unido tente afrouxar regulamentações, inclusive de direitos dos trabalhadores, após sair do bloco, e diz que é provável que barreiras comerciais sejam impostas, a menos que as regras permaneçam similares, para evitar o que vê como competição injusta. Em curto prazo, o governo britânico também precisa do apoio de pelo menos alguns membros rebeldes do opositor Partido Trabalhista para passar a legislação do Brexit, e eles disseram que seus votos dependerão da preservação das existentes proteções aos trabalhadores. No acordo de transição do Brexit que o primeiro-ministro Boris Johnson negociou com Bruxelas, a declaração política que determina os parâmetros para discussões comerciais diz que “a futura relação precisa garantir competição aberta e justa, abrangendo compromissos robustos para garantir condições equilibradas”. Segundo o FT, oficiais do ministério do Brexit escreveram que as interpretações do Reino Unido e da UE “desses compromissos pode ser bem diferente” e que o texto representa “um ponto de partida muito mais aberto para futuras negociações”. Ministros do governo rejeitaram a sugestão do FT de que isso significa que os padrões de trabalho do Reino Unido serão significativamente relevantes daqueles da UE. “Essa história não está correta. O Reino Unido permanecerá com os maiores padrões para direitos dos trabalhadores e do meio-ambiente quando sair da UE”, disse o ministro dos negócios Andrea Leadsom, no Twitter, em resposta à reportagem do FT.
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