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Entradas em January 2020

entry Jan 31 2020, 09:45 PM
Dia do Brexit: Reino Unido deixa UE e entra em nebulosa zona de transição

* por Forbes
com Reuters

O Reino Unido deixa a União Europeia hoje (31) para um futuro incerto após o Brexit, a mudança mais significativa sobre o lugar do país no mundo desde a perda do império e um revés em 70 anos de esforços em busca de unidade na Europa a partir das ruínas da guerra.

O país deixará o grupo em que ingressou em 1973 uma hora antes da meia-noite, movendo-se para terra de ninguém de um período de transição que preserva a associação em tudo, exceto o nome, até o final deste ano.

De uma só vez, a UE será privada de 15% de sua economia, seu maior gastador militar e a capital financeira internacional do mundo, Londres. O divórcio moldará o destino do Reino Unido –e determinará sua riqueza– pelas próximas gerações.

“Este é o momento em que o amanhecer e a cortina se abrem para um novo ato”, dirá o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em um discurso na televisão, apesar de ter dado poucas pistas sobre seus planos pós-Brexit além de palavras.

“Este é o início de uma nova era”, afirmará Johnson, um dos principais líderes da campanha pelo “Leave” (sair) em 2016.

Além do simbolismo de dar as costas aos 47 anos de filiação, pouco mudará até o final de 2020, quando Johnson prometeu fechar um amplo acordo de livre comércio com a UE, o maior bloco comercial do mundo.

Para os apoiadores, o Brexit é um sonhado “dia da independência” para um Reino Unido que foge do que eles consideram como um projeto condenado de domínio alemão que está prejudicando a população de 500 milhões de habitantes.

Os opositores acreditam que o Brexit é uma loucura que vai enfraquecer o Ocidente, destruir o que resta da influência global do Reino Unido, minar sua economia e acabar por deixar o conjunto de ilhas mais insular e menos cosmopolita no norte do Atlântico.

No “Dia do Brexit”, alguns comemoram e outros choram – mas muitos britânicos não fazem nada. Muitos estão simplesmente felizes com o fim de mais de três anos de disputas políticas tortuosas sobre o divórcio.

Não está claro como o Brexit se sairá para o Reino Unido ou para a União Europeia.

Os Brexiteers esperam que a ‘independência’ anuncie reformas democráticas e econômicas que irão remodelar o Reino Unido, impulsionando-o à frente de seus rivais europeus, que eles dizem estar acorrentados ao euro.

Apoiadores pró-UE dizem que o Reino Unido se atrofiará e terá pouca opção a não ser se aproximar do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O jornal Times mostrou uma charge de Johnson pulando a frigideira da UE para o fogo dos cabelos alaranjados de Trump.

Johnson presidirá uma reunião de gabinete em Sunderland, a primeira cidade a declarar apoio à saída da UE no referendo de junho de 2016. Os Brexiteers vão comemorar na Praça do Parlamento, enquanto alguns oponentes do Brexit também devem se reunir.

entry Jan 30 2020, 09:02 PM
Não há prova irrefutável contra Huawei na Europa, diz França

* por Helene Fouquet | Bloomberg

(Bloomberg) -- O chefe de segurança cibernética da França disse que sua agência não descobriu nenhuma evidência de espionagem da Huawei Technologies através de redes de comunicações da Europa, apesar das suspeitas dos Estados Unidos e da Alemanha.

Guillaume Poupard, responsável pela agência nacional de segurança cibernética ANSSI, fez os comentários após relatos de um documento dos EUA transmitido à Alemanha, citando evidências de espionagem da Huawei por meio de seus equipamentos.

Atualmente, não há prova irrefutável contra a Huawei na Europa, disse Poupard em entrevista à Bloomberg News. "Não há nenhuma situação em que a Huawei esteja espionando amplamente a Europa. Em outros lugares, talvez seja diferente, mas não na Europa."

Agências de inteligência e empresas alertam sobre os perigos dos equipamentos da Huawei há quase uma década. A gigante de Shenzhen sempre negou que seus produtos apresentassem qualquer tipo de ameaça à segurança. Recentemente, o governo dos EUA pressionou aliados para evitar o uso de equipamentos da fabricante chinesa em sua infraestrutura 5G.

Poupard reconheceu que a Huawei teve conversas com o estado chinês, mas destacou que as leis de segurança da China exigem que todas as empresas locais cooperem com o serviço de inteligência nacional.

"O fato de a Huawei conversar com o estado chinês é normal", disse. "É uma empresa chinesa, e a lei a obriga. Não adianta censurá-los por isso; só precisamos incluir isso como uma estrutura existente."

Representantes da Huawei na França não fizeram comentários imediatos.

O chefe do serviço de espionagem da Alemanha disse anteriormente que a Huawei "pode não ser totalmente confiável". Segundo reportagem do jornal Handelsblatt desta semana, citando uma nota confidencial do Ministério de Relações Exteriores da Alemanha, no ano passado o governo alemão teria recebido informações dos EUA de que a Huawei estaria cooperando com agências de segurança da China.

Nesta semana, a União Europeia e o Reino Unido divulgaram recomendações para a regulamentação de equipamentos para futuras redes de comunicação 5G. As regras francesas estipulam que empresas não europeias não serão aceitas nas redes principais e também em certas cidades, incluindo Paris. Os regulamentos franceses e europeus não mencionam a Huawei na documentação pública.

A Huawei atualmente processa críticos na França segundo os quais a empresa tem vínculos com o estado chinês. Em março do ano passado, a empresa registrou três denúncias de difamação em Paris por comentários feitos durante programas de televisão por um pesquisador francês, um jornalista e um especialista do setor de telecomunicações.

entry Jan 29 2020, 09:09 PM
Bancos de Wall Street se preparam para batalha do Brexit

* por Viren Vaghela, Silla Brush e Harry Wilson | Bloomberg
com a colaboração de Sridhar Natarajan

(Bloomberg) -- Os titãs de Wall Street passaram a dominar as finanças de Londres. Agora, são os que mais têm a perder diante do acerto de contas final do Brexit - e com menos influência do que estão acostumados.

Bancos como Goldman Sachs e JPMorgan Chase usam Londres como base para fazer negócios com clientes da União Europeia. E, neste momento, estão divididos entre o impulso de manter uma grande presença no centro financeiro e a frustração com a abordagem independente do Reino Unido enquanto o país se prepara para deixar o bloco na sexta-feira.

Grandes bancos dos EUA têm se reunido regularmente com autoridades do Tesouro do Reino Unido para enfatizar a importância de obter a chamada equivalência da UE, o que lhes permitiria manter grande parte de sua estrutura atual, de acordo com meia dúzia de banqueiros que falaram sob condição de anonimato. Mas o governo do Reino Unido se mostrou determinado em seguir seu próprio caminho.

Em um jantar oferecido pela BlackRock no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o ministro das Finanças do Reino Unido, Sajid Javid, disse que estava preparado para divergir das regras de serviços financeiros da UE, de acordo com pessoas presentes que não quiseram ser identificadas. Os banqueiros do evento incluíram o presidente do HSBC Holdings, Mark Tucker, e Douglas Flint, presidente do Standard Life Aberdeen. As empresas e a Blackrock não quiseram comentar sobre o jantar.

Empresas norte-americanas há décadas operam na Europa via Londres, que também é o centro mundial do mercado de câmbio, que movimenta US$ 6,6 trilhões por dia, e dos trilhões de dólares do mercado de swaps, entre outros. Instituições dos EUA aumentaram a participação da receita total de banco de investimento da Europa, Oriente Médio e África para 53% no terceiro trimestre de 2019 comparada a 44% há seis anos, enquanto a participação de seus pares europeus caiu para 47%, de acordo com dados da Coalition Development.

O Reino Unido tem sido um anfitrião do capital global. De acordo com dados da Autoridade de Regulação Prudencial de 2015, bancos estrangeiros administravam quase metade de todos os ativos bancários no Reino Unido.

Conversas
Um executivo de alto escalão de um banco, que falou sob anonimato, disse que Londres está rapidamente se tornando um dos piores lugares para fazer negócios devido ao regime regulatório. Alguns governos continentais estão seduzindo empresas dos EUA que atualmente negociam em Londres com incentivos fiscais e licenças rápidas para corretoras, disse.

Bancos dos EUA pressionam autoridades britânicas para uma relação muito mais estreita com a Europa, disseram duas pessoas a par das discussões. Alguns banqueiros não notam o progresso que esperavam. O presidente de um banco dos EUA, que falou sob condição de anonimato, disse que sua empresa poderia transferir centenas de empregos para a UE e para outros lugares, onde os governos são mais receptivos. Bancos dos EUA também dizem às autoridades do Reino Unido que transferirão mais ativos para o bloco de 27 países se a postura linha-dura continuar, disse uma das pessoas com conhecimento das discussões.

"A equivalência continua sendo um mecanismo muito importante pelo qual os clientes da UE poderiam acessar os mercados de capitais de Londres", disse James Bardrick, CEO da divisão do Citigroup no Reino Unido. "Apoiamos há muito tempo o nível mais alto possível de acesso ao mercado, sustentado por uma forte cooperação regulatória e de supervisão, que visa minimizar as diferenças nas regras entre jurisdições."

entry Jan 28 2020, 08:44 PM
Kone oferece € 17 bi por negócio de elevadores da Thyssenkrupp

* por Forbes
com Reuters

O grupo finlandês Kone ofereceu cerca de € 17 bilhões pela divisão de elevadores da Thyssenkrupp, a maior oferta até agora recebida pelo conglomerado alemão.

A Kone, que há tempos defende as vantagens de uma aliança entre o terceiro e quarto maiores grupos de elevadores do mundo, anunciou hoje (28) a oferta não vinculante.

O grupo afirmou que vê “alta complementariedade geográfica entre as operações, substancial criação de valor por meio de sinergias e potencial de inovação conjunta em um ambiente operacional cada vez mais marcado pela digitalização”.

A oferta da Kone representa um prêmio de cerca de € 1 bilhão em relação às melhores propostas enviadas até agora por rivais na transação, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto.

“O tamanho da oferta apenas não é o suficiente”, disse o líder trabalhista Knut Giesler, vice-presidente do conselho de administração da unidade de elevadores da Thyssenkrupp e membro da poderosa central sindical IG Metall. Os trabalhadores temem que a venda dos negócios para a Kone poderá resultar em demissões substanciais. “Tem que ser um acordo seguro, uma transação segura para o restante da Thyssenkrupp e tem que prever garantias para os trabalhadores da divisão de elevadores”, disse Giesler.

Ele afirmou que todas as opções têm que continuar abertas sobre o futuro da unidade, incluindo a venda para um grupo estratégico, uma empresa de private equity ou a listagem das operações em bolsa de valores.

Outros interessados pelos negócios de elevadores da Thyssenkrupp incluem um consórcio das empresas de investimentos Advent e Cinven e a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi, que fez parceria com a alemã RAG Stiftung.

Há também um grupo com oferta vinculante formado por Blackstone, Carlyle e o fundo de pensão Canada Pension Plan Investment Board. Existe, ainda, um terceiro grupo formado pela canadense Brookfield e a Temasek, de Singapura, segundo reportagens da Reuters.

entry Jan 27 2020, 09:10 PM
Brexit e a ameaça de um 'choque elétrico' no Reino Unido

* por AFP

Londres, 27 Jan 2020 (AFP) - Medo de contas mais altas, oferta menor e obstáculos à transição energética. Será que o Brexit, que se materializa, enfim, na próxima sexta-feira (31), perturbará o mercado da eletricidade no Reino Unido?

Fluxo energético
O Reino Unido depende, em larga medida, da União Europeia para seu abastecimento. Em 2018, sua produção própria de energia elétrica caiu 1,6%, conforme os últimos dados disponíveis. Isso aconteceu, em parte, devido à eliminação gradual das centrais de carvão, que ainda não foi totalmente compensada com o aumento da energia eólica.

Como consequência, aumentaram as importações de eletricidade e de gás, principalmente da França, da Holanda e da Irlanda. Agora, representam quase 40% do consumo de energia do país.

Portanto, a iminente saída da UE e do mercado único de energia coloca, inevitavelmente, riscos para uma rede frágil, como demonstrou o gigantesco apagão de agosto.

Além disso, não está claro se a eletricidade faz parte das negociações com Bruxelas este ano, e um acordo sobre este setor pode atrasar.

As autoridades britânicas garantem que será necessário estabelecer "acordos comerciais alternativos", sem dar mais detalhes.

Assim como em outras áreas, como as finanças, precisarão obter equivalências para poder exportar, ou importar, energia. Uma possibilidade é, por exemplo, chegar a um acordo sobre normas e emissões de CO2, de modo que os países que produzem eletricidade mais limpa e mais cara não sejam prejudicados.

A autoridade elétrica do Reino Unido (OfGem) assegura que, mesmo se as conversas comerciais fracassarem, não haverá "nenhuma interrupção nos fluxos de eletricidade e gás".

Se não houver um acordo setorial ao fim das negociações comerciais no final de 2020, a UE poderá, no entanto, dar preferência a seus países-membros em caso de picos de demanda, ondas de calor, ou frio extremo, disse à AFP Weijie Mak, gerente de projetos da empresa de pesquisa Aurora.

Risco de contas elevadas
Com a incerteza em relação às equivalências, o possível retorno às cotas, ou a eventuais direitos tarifários, se as negociações comerciais fracassarem, o comércio de energia com a Europa pode encarecer, com o risco de "contas mais altas para os consumidores", explica Joseph Dutton, do "think tank" E3G.

O comércio de energia elétrica entre a UE e o Reino Unido se baseia em um sistema de leilões, e não se descarta que no futuro se instale algum tipo de preferência para os países-membros.

Sem se esquecer do impacto que uma nova queda da libra teria nas faturas.

A associação de promoção da energia verde Eurelectric descreve o Brexit como uma situação em que "todos perdem" - tanto o Reino Unido quanto a UE.

A transição energética
Devido às incertezas sobre a futura equivalência e o comércio transeuropeu, questiona-se o futuro de alguns projetos de parceria energética sob o canal da Mancha, ou sob o mar do Norte, especialmente com a França.

Estas conexões elétricas são vitais para a segurança energética do Reino Unido.

"Proporcionam menos de 10% da oferta, mas permitem equilibrar a demanda e a oferta", afirma Dutton.

Com o auge das energias renováveis e, em particular, da energia eólica marinha, será necessário poder contar com um abastecimento externo, se não houver vento e, do mesmo modo, poder exportar o excedente que não possa ser armazenado em massa, diferentemente dos hidrocarbonetos.

Nesse sentido, ter menos interconexões pode atrasar a transição energética do Reino Unido, que se comprometeu a alcançar a neutralidade em matéria de carbono até 2050. O país pode ter de adiar o fechamento de suas centrais elétricas de gás para que funcionem como o "plano B" energético.

Além disso, afirma Mak, o Reino Unido aplica um imposto sobre o carbono em relação aos preços da eletricidade para financiar sua transição energética e poderá decidir retirá-lo, se as contas dispararem.

entry Jan 26 2020, 08:47 PM
Mercado Pago prevê superar PagSeguro e ter adquirência integral em 2020

* por Aluisio Alves | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - O Mercado Pago planeja superar a rival PagSeguro e ter uma operação integral de adquirência de cartões em 2020, enquanto avança para se tornar o principal motor de crescimento da empresa de comércio eletrônico Mercado Livre.

Operando como subadquirente no Brasil desde 2015, o Mercado Pago tinha uma base de cerca de 3,3 milhões de terminais ativos em setembro passado, último número disponível, considerando toda a América Latina. A rival PagSeguro fechou o terceiro trimestre de 2019 com 5 milhões de dispositivos ativos.

“É minha meta para esse ano”, disse nesta sexta-feira a diretora de pagamentos do Mercado Pago, Gabriela Szprinc, sobre a expectativa de superar a base de maquininhas do PagSeguro. “Existem várias regiões no Brasil que ainda estão subatendidas.”

Consultado, o PagSeguro não pode se manifestar de imediato sobre os comentários do Mercado Pago.

Maior portal de comércio eletrônico da América Latina, o Mercado Livre vem nos últimos anos ampliando a aposta no Mercado Pago como principal vetor de crescimento do grupo.

Com cerca de 8 milhões de contas de pagamentos, a empresa lançou há pouco mais de dois anos uma operação de crédito, tendo já emprestado 1,4 bilhão de reais a vendedores e 350 milhões de reais a consumidores.

No ano passado, o Mercado Pago lançou uma central de descontos em parceria com lojistas, incluindo marcas como McDonald’s e Drogasil, dentro dos esforços para dar escala ao uso de seu aplicativo, num mercado em que as operações de bancos digitais e ecommerce estão rapidamente se integrando e ampliando o número de concorrentes.

Atualmente, há mais de 100 instituições de pagamentos em atividade no Brasil, segundo dados do Banco Central.

Entre os próximos passos previstos do Mercado Pago para 2020 estão obter as licenças de instituição financeira e para operação integral de adquirente de cartões.

Com isso “podemos passar a fazer coisas que hoje só podemos fazer por meio de parceiros”, disse o vice-presidente do Mercado Pago, Tulio Oliveira.

entry Jan 25 2020, 08:26 PM
União Europeia planeja regras antitruste protecionistas em reforma de política industrial

* por Forbes
com Reuters

A União Europeia planeja adotar regras antitruste mais protecionistas e encorajar empresas a compartilhar seus dados como parte de uma reforma de políticas industriais com o objetivo de garantir às firmas europeias um perfil mais competitivo nos mercados globais, segundo um documento visto pela Reuters.

Elaborado pela Comissão Europeia e com data de emissão prevista pra março, a estratégia também inclui o uso mais agressivo de instrumentos de defesa contra empresas que sejam consideradas como beneficiárias injustas de subsídios internacionais.

“Nossa visão não tem objetivo proteger indústrias não-competitivas ou de incentivar políticas protecionistas (…) No entanto, a UE não pode ser complacente sobre países terceiros ou empresas que dificultem a competição justa no mercado único nos mercados globais”, diz o documento.

“Esta estratégia estabelece os contornos de uma nova e mais assertiva política industrial que permitirá que a UE continue sendo um poder econômico global”, acrescenta.

Vários países e empresas da UE pediram que Bruxelas adotasse uma política industrial mais ambiciosa e estratégica, reclamando que outros possam tirar vantagem do mercado europeu aberto sem estarem submetidos às mesmas regras.

O argumento foi citado pelo conglomerado alemão Siemens e por sua rival francesa Alstom em suas iniciativas fracassadas de obter aprovação antitruste da UE para criar uma gigante do setor ferroviário no ano passado.

Sob as novas diretrizes, a Comissão irá avaliar e revisar as regras de competição da UE para garantir que elas estejam de acordo com o propósito de contribuir para fortalecer a indústria europeia internamente e no mundo.

entry Jan 24 2020, 08:54 PM
A uma semana do Brexit, UE assina divórcio com Reino Unido

* por AFP

Bruxelas, 24 Jan 2020 (AFP) - Os líderes das instituições europeias assinaram, nesta sexta-feira (24), o acordo do Brexit antes da ratificação por parte da Eurocâmara, a uma semana da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) após quase meio século de uma relação conflituosa.

"O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e eu acabamos de assinar o Acordo de Retirada do Reino Unido da UE, abrindo caminho para sua ratificação pela Eurocâmara", tuitou a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Nas imagens oficiais da cerimônia, ambos aparecem sérios, acompanhados em segundo plano pelo negociador europeu para o Brexit, Michel Barnier. O texto agora deve viajar para Londres para sua assinatura pelo primeiro-ministro Boris Johnson.

Johnson assinou o acordo nesta tarde, antes de retornar para Bruxelas.

"Hoje assinei o Acordo de Retirada para o Reino Unido deixar a UE em 31 de janeiro, honrando assim o mandato democrático do povo britânico", anunciou Johnson no Twitter.

O documento original será mantido nos arquivos das instituições, juntamente com outros tratados internacionais. Uma cópia será enviada para Londres.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, nomeou nesta sexta-feira o diplomata português João Vale de Almeida como o próximo embaixador do bloco no Reino Unido, a partir de 1 de fevereiro.

O Reino Unido deixará o bloco em 31 de janeiro, conforme decidido pelos britânicos em um referendo em 2016 e após mais de três anos de negociações e de duas eleições legislativas britânicas para tentar levar o acordo adiante.

Na quinta-feira, a rainha Elizabeth II deu seu consentimento real ao projeto de lei que regula os termos do Brexit, elaborado pelo governo Johnson, após sua aprovação pelo Parlamento britânico.

A bola está agora do lado europeu. A sessão plenária da Eurocâmara ratifica o acordo na quarta-feira. Este procedimento deve acontecer sem dificuldade, depois que a comissão parlamentar competente o aprovou na quinta-feira por 23 votos contra 3.

"É um momento histórico, embora não seja agradável, ou bom para nós", disse o presidente do Comitê de Assuntos Constitucionais, Antonio Tajani, durante o debate na quinta-feira com os eurodeputados britânicos divididos entre a alegria e a tristeza.

O trabalhista Richard Corbett denunciou que "o Brexit não é mais a vontade do povo britânico", enquanto Rupert Lowe, do Partido do Brexit, instou a UE a "se comportar de maneira justa" com os britânicos ao negociar o relacionamento futuro.

O Reino Unido encerrará 47 anos de participação no bloco, protagonizando o primeiro divórcio de um país em mais de seis décadas de projeto europeu, enquanto deverá continuar a cumprir suas regras até o final do ano sem participar das decisões.

Durante esse período de transição, que busca evitar uma ruptura abrupta e que pode ser prorrogado, Londres e Bruxelas deverão chegar a um acordo sobre o futuro relacionamento, principalmente no aspecto comercial.

"As coisas mudarão inevitavelmente, mas nossa amizade permanecerá. Começamos um novo capítulo como parceiros e aliados", tuitou o chefe do Conselho, que expressou seu "desejo" de escrever com o Reino Unido "esta nova página".

A Comissão Europeia espera ter seu mandato de negociação em fevereiro, mas, considerando-se o tempo necessário para a ratificação de um acordo, Londres e Bruxelas terão oito meses - de março a outubro - para alcançá-lo.

"Uma missão impossível", avalia um diplomata europeu.

O dia 1º de julho será chave para a nova etapa do Brexit. UE e Reino Unido deverão, então, decidir se prolongam a transição - ou seja, as negociações comerciais - por um ou dois anos. O primeiro-ministro britânico já antecipou que rejeita essa opção.

entry Jan 23 2020, 09:38 PM
EUA veem como prioridade fechar acordo comercial com o Reino Unido este ano

* por EFE

Davos (Suíça) 23 jan (EFE).- O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse nesta quinta-feira, no Fórum Econômico Mundial de Davos, que fechar um acordo comercial com o Reino Unido este ano é "uma prioridade absoluta" para o governo americano.

Durante uma entrevista coletiva realizada ao lado do secretário de Comércio, Mnuchin, que ontem ameaçou com taxas de 25% sobre produtos europeus caso o continente persista em magnetizar uma taxa para as empresas de serviços digitais, revelou que o presidente Donald Trump discutiu sobre essa taxa digital com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Da mesma forma, avaliou de maneira muito positiva a intenção do governo francês de adiar a aplicação dessa taxa, sobre a qual a OCDE pretende chegar a algum tipo de consenso a nível europeu.

Mnuchin também disse que se encontrará com o ministro das Finanças do Reino Unido, Sajid Javid, com quem conversará sobre o uso da tecnologia chinesa, especificamente da Huawei, em redes 5G.

Os EUA têm um conflito aberto com a empresa chinesa de telecomunicações, que acusa de ter violado as sanções comerciais impostas ao Irã.

Por esse motivo, a filha do fundador da Huawei, Meng Wanzhou, aguarda extradição do Canadá para os Estados Unidos.

entry Jan 22 2020, 09:36 PM
Carrefour Brasil tem alta de 11,4% nas vendas brutas do 4º tri

* por Alberto Alerigi Jr. | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - O Carrefour Brasil teve alta de 11,4% nas vendas brutas do quarto trimestre ante mesma etapa de 2018, para 16,84 bilhões de reais, informou a rede de varejo nesta quarta-feira.

Os números excluem vendas de combustíveis. A companhia afirmou que as vendas em lojas abertas há pelo menos um ano cresceram 7,6% no período, impulsionadas por avanço de 12,7% da bandeira Carrefour. Já a divisão de atacarejo, maior do grupo no país e representada pela bandeira Atacadão, teve crescimento de vendas mesmas lojas de 5,5%.

Os dados foram divulgados alguns dias depois que o rival GPA publicou relatório de vendas apontando alta de 4,3% nas vendas mesmas lojas da bandeira de atacarejo Assaí no quarto trimestre, enquanto nas outras frentes de supermercados do grupo houve queda de 0,9%. Não ficou imediatamente claro se os dados são comparáveis.

Segundo o relatório do Carrefour Brasil, o desempenho de vendas mesmas lojas do grupo no quarto trimestre foi o melhor para o período dos últimos cinco anos, apesar da "tendência de volatilidade de inflação em diversas categorias, principalmente a carne". A empresa abriu 20 lojas Atacadão em 2019, dentro da meta, das quais 8 no quarto trimestre.

A companhia afirmou que obteve ganho de participação em hipermercados, de 2,2 pontos, no quarto trimestre e no varejo de "multi-formato". As vendas no período da Black Friday, no fim de novembro, subiram 40%.

Já as vendas de comércio eletrônico tiveram incremento de 40%, para 802 milhões de reais, avançando quase 52% no ano, a 2,15 bilhões.

O Carrefour Brasil terminou 2019 com 692 lojas no país, das quais 186 do Atacadão. Além das 20 aberturas de lojas de atacarejo, o grupo inaugurou três supermercados, cinco lojas de conveniência e dois postos de combustíveis.

As ações da companhia fecharam esta quarta-feira com alta de 1,35%, enquanto o Ibovespa mostrou valorização 1,17%.

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