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Entradas em February 2020

entry Feb 9 2020, 08:35 PM
Novo plano da Uber para se tornar rentável atrai elogios de Wall Street

* por Neha Malara, Aakash Jagadeesh Babu e Jasmine IS | Reuters

(Reuters) - A ação da Uber subia nesta sexta-feira após a empresa divulgar um ambicioso plano para se tornar rentável até o fim do ano, um ano antes da meta anterior, na tentativa de acabar com as dúvidas de Wall Street sobre sua viabilidade a longo prazo.

As ações da Uber, que caíram quase 50% no final do ano passado em relação ao valor de estreia na bolsa, saltavam mais de 7% nesta tarde, conforme investidores se animavam pelo agressivo plano da empresa de cortar custos.

O presidente-executivo Dara Khosrowshahi também tem como objetivo atrair mais clientes leais e tentar aumentar o uso de serviços premium.

“Damos à Uber (e seu conselho) um grande crédito por finalmente ouvir os investidores e acabar com seus hábitos de consumo iguais aos de um roqueiro dos anos 80”, disse a corretora Wedbush Securities.

Khosrowshahi tenta mudar a imagem da empresa desde que substituiu o co-fundador Travis Kalanick em 2017, depois de uma série de reclamações sobre seu comportamento.

“Acreditamos que o foco em corridas de qualidade mostra disciplina, como a Uber enfatizou, e a era do crescimento a todo custo acabou”, disseram analistas do JP Morgan.

Pelo menos 10 corretoras aumentaram o preço-alvo dos papéis da empresa depois que a Uber divulgou resultados trimestrais que superaram as estimativas.

Ainda assim, alguns analistas permaneceram céticos sobre os investimentos da Uber no mercado altamente competitivo de entrega de alimentos, no qual entrou apenas alguns anos atrás.

Eric Ross, analista da Cascend Securities, disse que preferia a ação da concorrente menor Lyft porque a empresa não investe em caros projetos paralelos.

A Uber também enfrenta investigações regulatórias sobre a categorização de seus motoristas como terceirizados, quando trabalham efetivamente em tempo integral na empresa.

A Uber espera um prejuízo de mais de 1 bilhão de dólares este ano.

entry Feb 8 2020, 10:06 PM
Via Varejo exerce opção e passa a ter 100% da fintech BanQi

* por Por Aluísio Alves | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - A Via Varejo, dona das rede Casas Bahia e Ponto Frio, anunciou nesta sexta-feira que exerceu a opção de compra de 80% das ações da fintech norte-americana banQi, por valor não revelado.

Com a exercício das opções, a Via Varejo passará a deter até 100% do capital do banQi.

Segundo a Via Varejo, a operação do banQi une uma fintech de soluções de inovação digital em crédito, meios de pagamento e serviços digitais.

O negócio também envolve a Airfox, centro de desenvolvimento tecnológico e de inovação em serviços digitais, com potencial para aplicação em diferentes áreas de negócio, além de varejo e serviços financeiros.

entry Feb 7 2020, 09:32 PM
Usinas eólicas e solares ampliam aposta em contratos privados de energia no Brasil

* por Luciano Costa | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - Investidores em energia eólica e solar no Brasil têm ampliado fortemente as apostas na viabilização de projetos por meio de contratos privados, no chamado mercado livre de eletricidade, em tendência que marca mudança importante para a indústria no país, mostraram estudos de consultorias do setor.

Se antes as empresas de energia aguardavam com enorme ansiedade os leilões promovidos pelo governo para contratar novos empreendimentos, que oferecem contratos de longo prazo para compra da produção das usinas, agora multinacionais como Enel, EDP Renováveis, Iberdrola, Engie e EDF encontram outros caminhos para colocar em pé seus investimentos no Brasil.

No ano passado, outorgas emitidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para novos projetos de geração somaram 10,8 gigawatts em capacidade, dos quais um recorde de 82,8% foram para usinas que venderão energia no mercado livre. Em 2018, de 6,35 gigawatts em outorgas, apenas 5% buscavam contratos privados, segundo estudo da consultoria ePowerBay.

As outorgas para usinas solares ainda saltaram para 5,8 gigawats em 2019, de 1,33 gigawatt em 2018, com apenas 3,6% delas direcionadas ao mercado regulado, para atender distribuidoras de energia por meio dos leilões, de acordo com o levantamento.

Entre parques eólicos também houve forte crescimento nas outorgas, para 4,1 gigawatts, de 2,35 gigawatts em 2018, com 70% delas prevendo negociar a energia no mercado livre.

"Foi uma saída, uma alternativa que as empresas acabaram encontrando, porque elas eram muito dependentes dos leilões de energia (do governo). Como os leilões não estavam atendendo à demanda delas, acabaram encontrando um caminho novo", disse à Reuters o sócio-diretor da ePowerBay, Afonso Lugo.

A mudança de foco, lembrou ele, começou em meio à crise econômica que atingiu o Brasil entre meados de 2014 e o final de 2016 e reduziu significativamente o ritmo de contratação de empreendimentos nos leilões governamentais mesmo nos anos seguintes.

Ao mesmo tempo, uma disparada das tarifas das distribuidoras a partir de 2015 levou a uma grande migração de indústrias e outras empresas para o mercado livre de eletricidade, em busca de energia mais competitiva.

O movimento dos investidores em geração antes mirava a venda de parte da energia dos projetos no mercado livre, como um complemento à receita obtida nos leilões regulados, mas hoje muitas elétricas já viabilizam os projetos apenas com os contratos privados, apontou Lugo.

A portuguesa EDP Renováveis, por exemplo, já anunciou um projeto eólico e um solar no Brasil com vendas apenas no mercado livre, para clientes não revelados, enquanto a francesa Engie tem viabilizado complexos eólicos com venda da produção para empresas como o grupo de telefonia Claro.

O levantamento da ePowerBay mostra que companhias como as espanholas Solatio e Elecnor, a italiana Enel, a EDP Renováveis, a canadense Canadian Solar e até a petroleira britânica BP estão entre os principais agentes que obtiveram outorgas para projetos solares no mercado livre.

Nos empreendimentos eólicos, a Enel, a Neoenergia, controlada pelos espanhóis da Iberdrola, e as francesas Voltalia, Engie e EDF estão entre os principais investidores mirando contratos privados, assim como a CPFL, da chinesa State Grid, e as locais Casa dos Ventos e Omega Geração.

MOVIMENTO GLOBAL
Segundo a consultoria em energia renovável Bloomberg New Energy Finance (BNEF), o volume de contratos corporativos de compra de energia limpa disparou no Brasil no ano passado, com salto de 384%. Foram 640 megawatts em negócios, contra 132 megawatts em 2018.

"Nós estamos otimistas com o mercado de contratos corporativos (PPAs) brasileiro devido aos fortes recursos eólicos do país e aos crescentes compromissos de sustentabilidade das empresas... ambos fatores abrem caminho para o mercado no Brasil continuar a crescer", disse à Reuters o analista da Kyle Harrison, autor de estudo da BNEF sobre o tema.

Em âmbito global, a indústria de contratos privados também teve forte crescimento, embora em ritmo bastante abaixo do verificado no Brasil.

Em 2019, mais de 100 empresas em 23 países assinaram contratos para viabilizar 19,5 gigawatts em usinas de energia renovável, com expansão de 40% frente ao ano anterior e triplicando as atividades frente a 2017, segundo a BNEF.

entry Feb 6 2020, 10:07 PM
BCE tem pouco espaço para enfrentar ameaças globais, diz Lagarde

* por John Ainger e Fergal O'Brien | Bloomberg
com a colaboração de Catherine Bosley,
Jana Randow,
Anna Edwards,
Jeannette Neumann,
Piotr Skolimowski e
William Horobin.

(Bloomberg) -- A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que uma década de combate à crise deixou os bancos centrais com poucas opções para mais estímulos monetários, justo quando surgem novas preocupações como o surto do coronavírus.

Lagarde disse que, embora a economia da zona do euro ainda se mostre "resiliente", as ameaças globais podem minar a recente estabilização da atividade, e as incertezas permanecem elevadas. O alerta veio poucas horas depois que dados mostraram uma enorme queda dos pedidos às fábricas na Alemanha, indicando que a recessão industrial na maior economia da Europa está longe de terminar.

Tendências econômicas fundamentais e "o legado da crise financeira reduziram as taxas de juros", disse Lagarde ao Parlamento Europeu na quinta-feira. "Esse ambiente de baixas taxas de juros e baixa inflação reduziu significativamente o escopo para o BCE e outros bancos centrais em todo o mundo afrouxarem a política monetária diante de uma desaceleração econômica."

A referência ao espaço "significativamente" reduzido foi mais forte do que a declaração do BCE no fim do mês passado, quando a instituição anunciou uma revisão estratégica para entender os motivos da inflação baixa e como enfrentá-la. Em parte, é um reconhecimento da crescente preocupação de que a política de afrouxamento monetário ameace a estabilidade financeira, pressionando as margens dos bancos e levando os preços dos ativos - como ações e imóveis - a níveis insustentáveis.

O vice-presidente do BCE, Luis De Guindos, disse em evento em Madri que os efeitos colaterais de políticas como juros negativos e flexibilização quantitativa estão se tornando "mais tangíveis".

A mensagem de Lagarde também foi direcionada aos governos, sinalizando que precisam intervir com apoio fiscal.

"Indicamos claramente que, onde houver espaço fiscal, seria apropriado que os formuladores de políticas usassem esse espaço fiscal para apoiar a economia da zona do euro", disse Lagarde, que não quis mencionar países específicos.

Lagarde disse que mudanças estruturais na economia global - envelhecimento da população e tendência de desaceleração do crescimento - significam que é o momento certo para o BCE iniciar sua revisão. Embora a meta de inflação "abaixo, mas próxima de 2%" seja o foco principal, a presidente do BCE também disse que as mudanças climáticas, tecnologia e finanças afetarão os preços.

O surto de coronavírus se tornou a preocupação mais imediata para alguns bancos centrais. Na quarta-feira, o Banco da Tailândia reduziu a taxa de juros para nível recorde, e o presidente do banco central das Filipinas deu a entender que um movimento semelhante era iminente no país. A Autoridade Monetária de Cingapura disse que há "espaço suficiente" para sua moeda se depreciar se o vírus enfraquecer a economia.

Lagarde disse na quarta-feira que o surto aumentou a incerteza econômica, opinião compartilhada pelo membro do Conselho Executivo do BCE, Philip Lane, economista-chefe da instituição. O antecessor de Lane, Peter Praet, disse à Bloomberg Television na quinta-feira que o BCE deve ser cauteloso para não tomar uma medida apressada.

entry Feb 5 2020, 10:02 PM
Brasileiros já pagaram R$ 300 bilhões em impostos desde o início do ano

* por UOL Economia

Os brasileiros já pagaram R$ 300 bilhões em impostos desde o início de 2020. O valor foi atingido hoje (5), às 13h50, de acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O montante corresponde ao total pago para a União, estados e municípios na forma de impostos, taxas, multas e contribuições. A arrecadação de R$ 300 bilhões foi alcançada dois dias antes em relação a 2019 (7 de fevereiro).

Para o economista da ACSP Marcel Solimeo, o resultado indica que a economia do país mostra sinais de recuperação. "Ao contrário do que as pessoas pensam, o aumento na arrecadação do governo com impostos não é algo ruim, quando isso acontece sem mudanças de alíquota", explicou.

De acordo com Solimeo, os números contribuem para o aumento da arrecadação sobre o consumo. "Agora vamos aguardar que o governo continue reduzindo os gastos e melhorando o uso dos recursos públicos para que a economia cresça de forma mais acentuada", disse.

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela associação com o objetivo de conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária no país e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade. No portal www.impostometro.com.br é possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria.

entry Feb 4 2020, 09:42 PM
LVMH tem aval de acionistas e deve comprar Tiffany por US$ 16,2 bilhões

* por AFP

Paris, 4 Fev 2020 (AFP) - Os acionistas da Tiffany aprovaram nesta terça-feira (4) a compra da famosa joalheria americana por parte da gigante de luxo, LVMH, pelo valor recorde de US$ 16,2 bilhões, informou em um comunicado à imprensa o grupo do bilionário francês Bernard Arnault.

"Esta aprovação representa um passo significativo no processo de aquisição da Tiffany", que "goza de uma herança e um posicionamento únicos no mundo da alta joalheria, símbolo de amor no mundo todo", celebrou Arnault.

Em uma reunião extraordinária, nesta terça, os acionistas da casa nova-iorquina "votaram em grande maioria a favor" da operação, segundo o comunicado à imprensa do grupo francês.

A LVMH destaca que a concretização definitiva da transação está programada para meados de 2020, "sob reserva da obtenção das aprovações regulatórias e outras condições que são habituais".

A joalheria emprega mais de 14 mil pessoas e conta com uma rede de mais de 320 lojas, que administra diretamente, sem passar pelas multimarcas do varejo.

Fundada em 1837, a casa nova-iorquina buscou por anos modernizar sua imagem e, desta forma, atrair uma clientela mais jovem.

Graças à Tiffany, a LVMH - que tem, entre suas marcas de joias, a Bulgari e a Chaumet - poderá competir melhor no setor de luxo, o único no qual não ocupa o primeiro posto, diante de sua suíça Richemont, proprietária das marcas Cartier e Van Cleef & Arpels.

Entre todas suas atividades, a número um mundial do luxo bateu um recorde, totalizando faturamento de 53,7 bilhões de euros e um lucro líquido de 7,17 bilhões.

entry Feb 3 2020, 09:50 PM
Johnson quer acordo similar ao do Canadá, sem submissão às regras da UE

* por Judith Mora | EFE

Londres, 3 fev (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, revelou nesta segunda-feira cartas trocadas durante as negociações com a União Europeia (UE), ao pedir um acordo comercial semelhante ao CETA (entre Canadá e UE), sem a obrigação de cumprir regras e padrões do mercado único do bloco europeu.

Em discurso para empresários e embaixadores em Londres, o político conservador advertiu que se não conseguir esse acordo, o comércio bilateral será baseado no acordo de saída assinado em 2019, sob o amparo da Organização Mundial do Comércio (OMC), ou em um tratado semelhante ao que o bloco está negociando com a Austrália.

O chefe do governo britânico definiu a sua posição de negociação depois que o país deixou formalmente a UE em 31 de janeiro, após 47 anos de adesão, o que abre um período de negociação até 31 de dezembro no que diz respeito à nova relação comercial.

"Muitas vezes nos disseram que temos de escolher entre o acesso total ao mercado da UE, aceitando as suas regras e cortes no modelo da Noruega, ou um ambicioso acordo de livre-comércio, que abre mercados e evita todos os regulamentos da UE, seguindo o exemplo do Canadá", disse Johnson.

"Decidimos: queremos um acordo de livre-comércio semelhante ao do Canadá, mas, no caso improvável de não termos sucesso, então o nosso comércio terá de se basear no atual acordo de saída da UE", argumentou.

Johnson disse que esta não é uma escolha entre "um acordo ou um não acordo" ao término do período de transição, como afirma a oposição, mas entre uma relação comercial com a UE comparável à do Canadá "ou mais parecida com a da Austrália".

Em Bruxelas, o negociador da UE, Michel Barnier ofereceu ao Reino Unido a negociação de um pacto "altamente ambicioso" sem tarifas ou cotas para as mercadorias que entram no mercado único, desde que a concorrência seja "aberta e justa" e que seja incluído um acordo de pesca.

Sobre a questão da pesca, Johnson disse que serão necessárias "negociações anuais" sobre cotas, pois a prioridade é garantir o acesso dos pescadores britânicos às águas destas ilhas.

A respeito das regras de concorrência, disse que o Reino Unido não pretende "minar os padrões da UE" ou ser um feroz concorrente do bloco, mas observou que "manterá seus altos padrões" nessas áreas sem "uma obrigação de tratado".

O Acordo Econômico e Comercial Global (CETA, na sigla em inglês) de 2016 permite o comércio da maioria dos bens sem tarifas, mas apenas cobre os serviços, que são o motor da economia britânica, e mantém os controles da alfândega e do imposto sobre valor agregado (IVA).

Devido à proximidade física, a UE teme que o Reino Unido se torne um concorrente se não concordar em cumprir as suas normas ambientais, alimentares e trabalhistas.

Quanto à segurança, Johnson, que governa com maioria absoluta no Reino Unido, disse que buscará "um acordo pragmático" que proteja os cidadãos "sem transgredir a autonomia dos respectivos sistemas legais".

O premiê disse que, enquanto negocia com os 27 Estados-membros do bloco sobre as futuras relações comerciais, o governo britânico iniciará conversas com Estados Unidos, Japão, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e a Commonwealth.

entry Feb 2 2020, 08:48 PM
Scania começa a produzir caminhão movido a gás natural na fábrica do ABC

* por Cleide Silva | São Paulo

A Scania iniciou nesta semana na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a produção de caminhões movidos a GNV (gás natural), GNL (gás liquefeito) e biometano (obtido de resíduos orgânicos). Além de países europeus, o Brasil é o único a produzir essa linha de veículos. A fábrica local iniciará nos próximos dias a exportação dos veículos, começando com a Argentina.

As versões a GNV e GNL são aptas a usarem também o biometano, em qualquer proporção, ou seja, são veículos flex. No Brasil já ocorreram importações de caminhões a gás natural, mas a produção local é inédita, diz a empresa. A matriz sueca do grupo produz esse tipo de veículo desde 2014. Para a produção no País foram feitas adaptações, como reforços para uso em terrenos mais severos.

Com esse projeto, que consumiu boa parcela do plano de investimento da Scania de R$ 2,6 bilhões entre 2016 e 2020, a marca dá início ao plano de ter a maior parte de seus produtos movidos a combustíveis alternativos. Os próximos passos incluem a produção de veículos híbridos - previstos para serem inseridos no novo programa de investimentos de 2021 a 2024, de R$ 1,4 bilhão - e, em mais longo prazo, de elétricos.

O presidente da Scania Latin America, Christopher Podgorski, explica que a companhia queria uma "solução de transporte mais limpa aqui e agora, e o gás é uma grande oportunidade devido sua abundância no País". Segundo ele, o GNV emite de 10% a 15% menos CO² (dióxido de carbono) em relação ao diesel. A conta é feita com base em todo o processo de produção até o que sai do escapamento do veículo.

O executivo informa que, se for medido só o que sai do escapamento, a nova linha de caminhões da Scania já atenderia a norma Euro 6 - regulamento de controle de emissões que vigoram atualmente na Europa e entrarão em vigor no Brasil em 2022 para novos veículos e no ano seguinte para caminhões e ônibus já em produção.

As entregas dos novos caminhões de grande porte aos clientes ocorrerá em março, mas o executivo não informa quantas unidades já foram vendidas pois há negócios a serem fechados a partir de agora. Por ainda ter baixa escala produtiva, os preços dos novos veículos são entre 30% e 40% acima das versões a diesel, que custam a partir de R$ 400 mil.

A Ambev já testa dois caminhões a GNL da Scania, para entregas de longa distância, e também dois caminhões elétricos da Volkswagen, para entregas dentro das cidades.

Antes dos elétricos
Podgorski ressalta que o uso do gás é uma ponte até que veículos híbridos e elétricos sejam mais acessíveis. "Hoje a conta (dos elétricos) não fecha, e isso deve ocorrer no futuro", diz.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus, que no fim do ano iniciará a produção de caminhões elétricos de pequeno porte na fábrica de Resende (RJ), calcula que, inicialmente, os modelos que não emitem nenhum tipo de poluição vão custar mais que o dobro de um convencional.

O presidente da Scania, assim como o da Volkswagen, Roberto Cortes, defendem incentivos governamentais para atrair consumidores de veículos movidos a combustíveis renováveis, como isenção ou redução de IPVA ou ICMS. Podgorski cita, por exemplo, que na Alemanha os caminhões a gás são isentos de pedágio. Há cidades europeias que vão proibir a circulação de veículos a diesel nos centros urbanos, que também terão os impostos sobre a compra aumentados.

O Brasil precisa ampliar as redes de abastecimento, tanto de gás quanto de energia elétrica. Para ajudar no abastecimento, a Scania inaugurou um posto de GNV dentro do complexo produtivo para abastecer os caminhões que saem da fábrica para serem entregues aos clientes.

Expansão no ABC
A fábrica da Scania em São Bernardo é a segunda maior do grupo sueco em capacidade produtiva, de 30 mil unidades ao ano. Hoje, a unidade opera com cerca de 75% de sua capacidade e emprega 4 mil funcionários. O aumento de capacidade ocorrerá se a demanda por produtos crescer, informa Podgorski. O encerramento de operações da Ford não altera os negócios da Scania pois ela só produz veículos de grande porte.

A empresa exporta 40% de sua produção. Em 2019, o grupo vendeu 12,7 mil caminhões pesados, alta de 57,8% em relação ao ano anterior. As vendas totais do segmento cresceram 48,7%, para 51,7 mil unidades. A líder dessa categoria é a Mercedes-Benz, com vendas de 14,1 mil veículos no ano passado, volume 41,8% maior ante o de 2018.

Além das mudanças na fábrica para a produção de novos caminhões e ônibus, o grupo está construindo um centro logístico para estocar as peças usadas na linha de montagem em local mais próximo. Hoje, o depósito fica no município de Mauá, a 37 km de distância. O novo ficará a 4 quilômetros.

entry Feb 2 2020, 08:37 PM
Visa e Mastercard podem ser próximas empresas de US$1 tri

* por Lewis Krauskopf | Reuters

NOVA YORK (Reuters) - Os titãs de tecnologia e internet foram os primeiros a atingir 1 trilhão de dólares em valor de mercado, mas as próximas empresas norte-americanas que podem alcançar tal feito são mais conhecidas por seus cartões plásticos.

A tendência positiva no mercado acionário está impulsionando as ações das empresas de cartões de crédito e débito Visa e Mastercard a subirem nos gráficos de valor de mercado, onde atualmente ocupam o 7º e o 11º lugares entre as empresas no índice de referência S&P 500. Os preços das ações da Visa e da Mastercard avançaram aproximadamente 50% no ano passado.

Embora as ações possam não acompanhar esse ritmo acelerado, a Visa e a Mastercard valerão mais de 1 trilhão de dólares em 2023 se os ganhos médios anuais dos últimos três anos continuarem, superando Facebook e Berkshire Hathaway , se elas também mantiverem o ritmo recente.

Alimentando sua ascensão está uma mudança em direção a transações financeiras sem dinheiro, impulsionada por um aumento nas compras online.

"Tudo viaja nos trilhos deles", disse Sandy Villere, gestora de portfólio do Villere Balanced Fund, que detém ações da Visa. "Eles literalmente ficam no meio dos bancos, consumidores e comerciantes e esse é um lugar realmente invejável."

A Visa tinha um valor de mercado de 449 bilhões de dólares e a Mastercard estava com cerca de 324 bilhões de dólares no fechamento de quinta-feira. Atualmente, o clube de 1 trilhão de dólares inclui Apple , Microsoft e Alphabet , dona do Google.

A Amazon.com está em 927 bilhões de dólares, embora as ações do líder de comércio eletrônico tenham se valorizado na esteira do seu balanço trimestral na quinta-feira após o fechamento do pregão, colocando-a em posição de quebrar a barreira de 1 trilhão de dólares, como ocorreu brevemente em setembro de 2018.

As receitas da Visa e da Mastercard quase dobraram nos últimos cinco anos fiscais, para quase 23 bilhões de dólares para a Visa e cerca de 17 bilhões de dólares para a Mastercard, segundo dados da Refinitiv. O lucro por ação ajustado mais do que dobrou para as duas empresas nesse período.

A Visa divulgou receita trimestral na quinta-feira que ficou um pouco aquém das estimativas dos analistas, um dia depois que a Mastercard superou as projeções trimestrais de lucro.

Cerca de 43% das compras de consumidores em todo o mundo, exceto a China, são feitas usando uma forma de pagamento digital, acima dos 28% em 2010, de acordo com Lisa Ellis, analista sênior da Moffett Nathanson.

"Globalmente, ainda temos cinco a 10 anos, pelo menos, para penetrar", disse Ellis.

A Visa detém uma participação de 60% no mercado de cartões de crédito e débito, seguida pela Mastercard com 30%, de acordo com Ellis, com a American Express muito atrás, com 8,5%.

Apesar de sua importância em finanças, Visa e Mastercard são categorizados como parte do setor de tecnologia da informação do S&P 500. Enquanto a Apple, a Microsoft e empresas de chips como a Intel muitas vezes recebem a maior parte da atenção, a Visa e a Mastercard foram as principais contribuintes para a recuperação das ações de tecnologia.

As cotações subiram para máximas em pelo menos uma década. A Visa negocia cerca de 31 vezes as estimativas de ganhos de 12 meses, enquanto a Mastercard negocia 35 vezes, de acordo com o Refinitiv Datastream. Ambas as ações estão sendo negociadas com um prêmio maior ao mercado do que em média nos últimos cinco anos.

Ellis disse que os riscos para as empresas incluem maior concorrência no setor de pagamentos por parte de grandes empresas de tecnologia, além de regulamentações mais rígidas de governos ao redor do mundo que podem dificultar o acesso.

As empresas não estão paradas. No início deste mês, a Visa concordou em comprar a Plaid em um acordo de 5,3 bilhões de dólares para aumentar o acesso à tecnologia financeira, e em agosto a Mastercard concordou em comprar a maioria dos negócios de serviços corporativos do grupo de pagamentos escandinavo Nets por cerca de 3,19 bilhões de dólares.

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