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Entradas em April 2023

entry Apr 30 2023, 08:54 PM
Teles entram em guerra contra Netflix e outras bigtechs

* por Julio Wiziack | Folha de São Paulo
com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

As maiores teles do Brasil —Claro, Vivo e Tim— fazem lobby junto ao Congresso para forçar gigantes de tecnologia, como Netflix e Google, a pagarem uma taxa sempre que o consumo de dados nas redes das operadoras crescer mais do que o previsto pelo setor. Duas são as estratégias, segundo parlamentares ouvidos pelo Painel S.A.

Em uma frente, as operadoras buscam uma nova legislação, criando a possibilidade da cobrança. Hoje, a negociação é livre entre as partes.

Em outro campo, usam o 5G para mudar o Marco Civil da Internet de forma que fique explícito na lei o chamado gerenciamento de tráfego.

Com isso, querem, por exemplo, reduzir a banda da Netflix quando o consumo de seus filmes e séries extrapolar um teto a ser definido.

Banda é como uma faixa de rodovia por onde as teles transmitem dados. No caso em questão, se a rodovia tem quatro faixas, querem estreitar o escoamento dos dados da Netflix, por exemplo, para três ou duas faixas, deixando as outras livres para os demais usuários da rede.

Quando isso ocorre, no entanto, a qualidade da imagem dos vídeos pode ficar prejudicada.

Em outro campo, as operadoras defendem que, para garantir a estabilidade e a velocidade dos sinais de quinta geração em aplicações sensíveis, como carros autônomos e cirurgias à distância, não poderão correr o risco de "surpresas" em suas redes.

Hoje, a legislação diz que, dependendo do tipo de gerenciamento do tráfego, reduzir a banda de algum usuário (uma big tech, por exemplo) pode se configurar discriminação, o que viola o marco da internet.

As operadoras brasileiras encamparam essa ideia inspiradas nas teles da Coreia, que foram à Justiça contra a Netflix para garantir o direito de gerenciar o escoamento de seus filmes.

No Brasil, as bigtechs sempre foram resistentes a essa cobrança. Desta vez, em resposta ao lobby das teles, seus representantes dizem para os congressistas que as redes operam com folga de capacidade e que, portanto, seu conteúdo não é um risco.

Lembram ainda que o conteúdo por eles transmitido é o que movimenta o tráfego e os preços cobrados dos usuários finais nos pacotes de dados já bancam os custos totais.

entry Apr 29 2023, 08:38 PM
Ford conclui venda de fábrica fechada em Taubaté

* por Estadão

A Ford concluiu ontem, 28 de abril, a venda da fábrica de Taubaté, no interior paulista, para a construtora São José Desenvolvimento Imobiliário. O acordo foi anunciado um ano atrás, porém dependia de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além de um processo de diligência e outros trâmites, para ser finalizado.

Antes de decidir fechar, em janeiro de 2021, suas fábricas no Brasil por conta de muitos anos de prejuízo, a Ford produzia motores em Taubaté. Agora, segundo informação divulgada pela montadora, o imóvel de 830 mil metros quadrados será ocupado para atividades industriais do grupo Vicunha-CSN, que fechou acordo com a São José.

A Ford ainda negocia com a montadora chinesa BYD a venda da fábrica de Camaçari, na Bahia, onde produzia o utilitário esportivo EcoSport. Para a São José, a empresa já tinha vendido, três anos atrás, a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em que produzia caminhões.

Hoje, os veículos da marca vendidos no mercado brasileiro são importados, principalmente, de fábricas da Argentina, que recebeu investimentos de US$ 660 milhões para o lançamento de uma nova geração da picape Ranger, e do México, além do Uruguai, onde uma linha terceirizada monta a van Transit. A montadora também fatura com serviços prestados por seu centro de tecnologia em Camaçari, perto de onde ficava a fábrica, no desenvolvimento dos carros produzidos pela marca no mundo. No ano passado, a Ford interrompeu uma longa sequência de perdas e voltou a ter lucro na América do Sul.

entry Apr 28 2023, 08:28 PM
Crescimento lento e inflação alta deixam BCE em situação difícil

* por Francesco Canepa e Belén Carreño | Reuters
reportagem adicional de Miranda Murray, Maria Martinez, Andrei Khalip, Geert de Clercq, Gavin Jones e Padraic Halpin

FRANKFURT/MADRI (Reuters) - A economia da zona do euro mal está crescendo, mas a inflação no bloco continua alta, deixando o Banco Central Europeu com pouca escolha a não ser infligir mais problemas financeiros às famílias e empresas para controlar os preços.

Já sofrendo há mais de um ano os impactos do aumento nos preços dos combustíveis que se seguiu à invasão da Ucrânia pela Rússia, os habitantes da zona do euro agora estão começando a sentir os efeitos do aumento maciço de juros pelo BCE.

A produção econômica na região aumentou apenas 0,1% nos primeiros três meses do ano, conforme o consumo doméstico estagnou em muitas economias, um sinal de que o aumento da inflação e a queda da renda real estão afetando os consumidores.

O crescimento veio principalmente das exportações, resultado de um renascimento no comércio global com a reabertura da China para negócios após a pandemia.

Mas os dados nacionais mostraram que o crescimento dos preços caiu lentamente, provavelmente deixando o BCE sem escolha a não ser continuar aumentando as taxas de juros.

"Os dados de inflação de cada país mantêm a pressão para o Banco Central Europeu permanecer agressivo na reunião da próxima semana, apesar de o crescimento em todo o euro não estar muito longe da estagnação", disse Charles Hepworth, diretor de investimentos da gestora de ativos GAM Investments.

Espera-se que o BCE eleve as taxas pela sétima reunião consecutiva em 4 de maio, com os formuladores de política monetária avaliando outro aumento de 0,50 ponto percentual contra os méritos de desacelerar o aperto para 0,25 ponto.

Os dados de inflação de sexta-feira mostraram que o progresso foi lento.

A inflação na Alemanha caiu para 7,6% em abril, de 7,8% no mês anterior. Enquanto Portugal e Irlanda registraram quedas mais acentuadas no crescimento dos preços, este manteve-se muito acima do objetivo de 2% do BCE.

A inflação aumentou também na França e na Espanha, em grande parte como resultado da redução ou eliminação gradual de alguns subsídios à energia. Mas em um vislumbre potencialmente positivo para o BCE, houve alguns sinais de que os preços dos alimentos estão diminuindo nos dois países, assim como na Alemanha.

O aumento das contas de supermercado tem sido um dos principais impulsionadores da inflação geral na zona do euro nos últimos meses, alavancadas por custos mais altos de combustível, clima desfavorável e alguma expansão de margem por parte das empresas.

Os dados de inflação para a zona do euro como um todo serão divulgados em 2 de maio, junto a uma pesquisa do BCE com os bancos que as autoridades monetárias considera críticos para a decisão.

FMI PEDE MAIOR AUMENTO DE JUROS
Os mercados monetários precificam atualmente 0,7 ponto percentual de aumento de juros do BCE até outubro, possivelmente seguidos por cortes já no início do próximo ano.

O Fundo Monetário Internacional desafiou essas expectativas na sexta-feira, pedindo ao BCE que continue aumentando as taxas de juros até meados de 2024.

A instituição também disse que os ministros das finanças da União Europeia devem apertar a política fiscal em uma ação para reduzir a inflação elevada, o que provavelmente reduzirá ainda mais o consumo.

"Na segunda metade do ano, os aumentos maciços das taxas pelos bancos centrais em todo o mundo devem frear o crescimento", disse o economista sênior do Commerzbank, Christoph Weil.

A maior economia da zona do euro, a Alemanha, já estava estagnada, pois uma queda no consumo do governo e das famílias compensou um aumento nas exportações e no investimento de capital.

As economias do sul da Europa Itália, Espanha e, em menor medida, Portugal foram as principais beneficiárias de um impulso no comércio, crescendo 0,3% a 0,5% de janeiro a março em comparação com os últimos três meses de 2022.

Mas Espanha e Portugal, onde uma alta proporção de hipotecas de taxa flutuante torna o aumento das taxas de juros particularmente doloroso para as famílias, viram o consumo privado cair ou desacelerar.

"Todo o crescimento (espanhol) vem do setor externo devido a uma enorme recuperação nas exportações", disse Angel Talavera, economista da Oxford Economics.

entry Apr 27 2023, 08:55 PM
Toyota supera meta de produção de 9,1 mi de veículos e alerta falta de chips

* por Reuters

TÓQUIO (Reuters) - A Toyota estabeleceu um recorde global de produção anual no ano fiscal encerrado em março, superando a meta de 9,1 milhões de veículos. Mas a maior montadora do mundo em vendas alertou que continua a ver os impactos da longa escassez global de componentes eletrônicos, citando que ainda é difícil prever os efeitos futuros.

A Toyota disse na quinta-feira que produziu 9,13 milhões de veículos nos 12 meses até 31 de março, uma fração à frente do estimado, embora a meta tenha sido cortada duas vezes de uma média inicial para o ano de cerca de 9,7 milhões. No ano anterior, a produção de veículos foi de 8,57 milhões.

As vendas globais nos 12 meses encerrados em março subiram para 9,61 milhões de veículos ante 9,51 milhões no ano anterior, estabelecendo outro recorde anual para a empresa.

A Toyota não divulgou novas metas de vendas ou produção para o atual ano fiscal iniciado em abril.

A empresa divulgou que até agora vendeu 17.473 veículos elétricos em todo o mundo nos primeiros três meses de 2023, em comparação com 24.466 durante todo o ano de 2022.

entry Apr 26 2023, 09:28 PM
Microsoft, maior aquisição do setor de games

* por Paul Sandle | Reuters | Londres

O Reino Unido vai impedir a compra da produtora de videogames Activision Blizzard pela Microsoft, um negócio de US$ 69 bilhões (R$ 349,1 bilhões), por preocupações com a competição no mercado de streaming, um golpe inesperado na maior aquisição do setor de todos os tempos.

O regulador antitruste do país disse nesta quarta-feira (26) que o compromisso da Microsoft de oferecer acesso à franquia multibilionária "Call of Duty" da Activision para as principais plataformas de videogames não resolve efetivamente as preocupações.

A Microsoft disse em comunicado que continua totalmente comprometida com a aquisição da Activision e apelará da decisão, enquanto a produtora de videogames disse que "trabalhará agressivamente" com a empresa para revertê-la.

"Vamos reavaliar nossos planos de crescimento para o Reino Unido", disse a Activision. "Inovadores globais grandes e pequenos perceberão que, apesar de toda a retórica, o Reino Unido está claramente fechado para negócios."

As ações da Activision caíram mais de 10% no pré-mercado norte-americano.

A decisão do Reino Unido ocorreu depois que a CMA (Autoridade de Concorrência e Mercados) no mês passado deixou de lado suas preocupações sobre o impacto do negócio no mercado de consoles liderado atualmente pelo PlayStation, da Sony.

A decisão deixou os serviços de streaming como um obstáculo restante, que a Microsoft procurou superar com promessas de assinaturas de acordos de licenciamento com plataformas de empresas que incluem Valve, Nvidia e Boosteroid.

A Microsoft já havia oferecido à Sony, oponente vocal do acordo, uma licença de "Call of Duty" de dez anos no PlayStation.

A Europa decidirá sobre a compra da Activision pela Microsoft até 22 de maio. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos também é contra o negócio.

entry Apr 24 2023, 08:25 PM
Fundo de investimentos Trillium propõe comprar Getty Images por US$ 3,95 bilhões

* por AFP

O fundo de investimentos Trillium Capital propôs, nesta segunda-feira (24), comprar a agência de fotos americana Getty Images por US$ 3,95 bilhões (R$ 19,9 bilhões, na cotação atual).

As ações da Getty subiram 45% na abertura de Wall Street e subiram mais de 30% no fechamento de sexta-feira (21), por volta de 12h00 (horário de Brasília), após o anúncio desta oferta.

A Trillium Capital, um fundo que está envolvido na administração de seus ativos, afirmou que possui "centenas de milhares" de ações da Getty das 395 milhões existentes.

Há duas semanas, em 11 de abril, a Trillium Capital enviou uma carta aberta à diretoria da agência pedindo que melhorasse o valor da empresa para os acionistas. Também aconselhou-a a contratar banqueiros de investimento, exigiu um assento na diretoria e propôs sua própria estratégia de desenvolvimento.

Nesta segunda-feira, a Trillum propôs comprar, à vista, todas as ações da Getty por US$ 10 cada (R$ 50,4).

O fundo permitiria que os principais acionistas da empresa –família Getty, Koch Industries e Neuberger Berman, que possuem 80% da empresa– integrassem suas ações na operação.

A Trillium destaca que sua oferta inclui condições, como o início das negociações com a diretoria e a análise das contas da agência.

Contatada pela AFP, a Getty não respondeu até a publicação deste texto.

Maior provedora mundial de fotos, a Getty Images foi fundada em 1995 por Mark Getty, neto do magnata do petróleo J. Paul Getty. Entrou na bolsa pela primeira vez em 1996, antes de sair do painel em 2008 para ficar a cargo da empresa de investimentos Hellman & Friedman e depois do Carlyle Group.

A família Getty comprou em 2018 os 51% que Carlyle tinha no capital da firma, fortemente endividada.

A Getty tem acordos comerciais com a Agence France Presse para a divulgação de fotos.

entry Apr 23 2023, 09:17 PM
Balanço dos bancos deve refletir piora da economia no 1º trimestre

* poe Lucas Bombana | Folha de São Paulo

Os balanços dos bancos do primeiro trimestre de 2023 devem refletir um cenário de desaceleração da economia e da concessão do crédito após o caso Americanas e com os juros ainda em patamares elevados reduzindo a demanda dos clientes. Também é esperada a manutenção da tendência de alta dos índices de inadimplência já vista nos resultados anteriores.

Analistas de mercado preveem, contudo, resultados mistos para os quatro grandes bancos brasileiros, com uma expectativa mais positiva relacionada a BB (Banco do Brasil) e Itaú, com Bradesco e Santander voltando a figurar novamente como os piores números do grupo.

O Santander Brasil abre os trabalhos nesta terça (25), seguido por Bradesco (4 de maio), Itaú (8 de maio) e BB (15 de maio).

Juros elevados, maior seletividade na concessão dos empréstimos, perda de renda do consumidor, inadimplência em alta e atividade patinando formaram o cenário complexo da economia brasileira no primeiro trimestre, o que deve se refletir nos resultados dos grandes bancos, afirma João Frota Salles, analista da Senso Investimentos.

"Devemos ver uma desaceleração nas concessões de crédito como efeito da política monetária no apetite dos bancos em dar crédito", diz Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Rating.

Os juros altos também devem contribuir para manter os níveis de inadimplência em alta, principalmente entre as pessoas físicas e as PMEs (pequenas e médias empresas), com um aumento do nível de provisionamento de créditos de liquidação duvidosa que traz um efeito negativo para os resultados dos bancos, acrescenta Santacreu.

Pelo lado dos ganhos de receitas de serviços, a expectativa também não é muito boa, já que o Pix drenou boa parte dos ganhos com tarifas, diz Salles, da Senso.

Na avaliação dos analistas do Itaú BBA Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli, os bancos podem sofrer uma rodada adicional de deterioração das expectativas de lucro para o ano de 2023 após os balanços do primeiro trimestre.

Eles dizem que, embora o evento da Americanas tenha sido quase totalmente contabilizado durante o quarto trimestre, a demanda por crédito foi menor nos três primeiros meses do ano devido às condições econômicas mais difíceis e a maior aversão ao risco por parte dos credores.

"Esperamos uma expansão modesta dos empréstimos, com aumento, ainda que moderado, da inadimplência", apontam os analistas Thiago Batista e Olavo Arthuzo, do UBS BB, lembrando que os três primeiros meses do ano foram marcados por aumento nas taxas de spread (diferença entre o custo do banco captar o dinheiro e o cobrado do cliente final) e das provisões para eventuais perdas.

Já o Goldman Sachs destaca que, se por um lado, os bancos brasileiros parecem se aproximar do fim de um ciclo desafiador de crédito ao consumidor em razão do patamar dos juros, por outro, provavelmente entrarão em um terreno mais difícil para o crédito corporativo. "Esperamos ouvir mais sobre a disposição dos bancos em rolar dívidas e sobre o mercado de dívida corporativa pós-Americanas", diz o time de análise do Goldman Sachs liderado por Tito Labarta.

Segundo Salles, da Senso, o que poderá salvar os resultados do setor financeiro são os ganhos com eficiência e produtividade, frente ao investimento pesado em tecnologia e a redução de custos com agências e pessoal.

O analista acrescenta que a Selic em 13,75% também acaba trazendo alguma contribuição positiva, à medida que os recursos mantidos em caixa acompanham o rendimento da taxa básica de juros.

Os analistas do Goldman Sachs lembram que serão os primeiros resultados após o estresse no setor bancário global. Eles avaliam que, no geral, os bancos da América Latina estão bem posicionados para atravessar a crise financeira global.

BB E ITAÚ DEVEM SER OS DESTAQUES POSITIVOS; BRADESCO E SANTANDER, OS NEGATIVOS
Os analistas do Itaú BBA dizem esperar por um trimestre de "divergência relevante" nos lucros dos bancos, levando em conta principalmente a qualidade das carteiras de crédito e o trabalho de gerenciamento de ativos e passivos.

Estimativa média consolidada dos analistas do Goldman Sachs, Itaú BBA, UBS BB e Genial Investimentos indica um lucro em torno de R$ 2,1 bilhões do Santander no primeiro trimestre, o que representaria uma queda de aproximadamente 47,5% em bases anuais.

Para o Bradesco, as projeções indicam lucro de R$ 3,5 bilhões, recuo de 48,5%. Já para Itaú e BB, os lucros esperados são de R$ 8,27 bilhões e R$ 8,46 bilhões, crescimento de 12,3% e 27%, respectivamente.

Entre os grandes bancos, o BB, que já mostrou números fortes nos últimos trimestres de 2022, desponta como o preferido dos analistas do BBA, que esperam a entrega de resultados resilientes e com a possibilidade de surpresas positivas.

"O Banco do Brasil cresce muito por conta do financiamento das safras agrícolas, com liderança no agronegócio, setor que tem carregado nossa economia", diz Santacreu, da Austin.

Já os analistas do UBS BB veem espaço para um resultado do Itaú acima dos pares, com incremento da rentabilidade operacional e uma melhor qualidade da base de ativos, com avanço apenas marginal da inadimplência.

"Com um melhor posicionamento entre seus pares privados e sem exposição direta a potenciais risco políticos, estimamos um crescimento de lucro interessante de 15% [do Itaú] para 2023, contrastando com seus rivais privados que provavelmente ainda sofrerão com compressão de lucro", diz a equipe de análise do setor financeiro da Genial liderada por Eduardo Nishio.

Segundo os especialistas da Genial, o Itaú tem um mix da carteira de crédito mais favorável nesse momento do ciclo econômico, com maior participação em pessoa física alta renda e grandes empresas.

Já Bradesco e Santander, que já foram as decepções do quarto trimestre do ano passado, devem novamente apresentar os números mais fracos, segundo os analistas do Itaú BBA.

A avaliação do UBS BB é a de que o balanço dos dois bancos pode ser afetado negativamente pelos níveis mais elevados de provisão para proteção contra inadimplência que os pares e por resultados mais fracos das mesas de negociações (trading).

"Bradesco e Santander Brasil têm espaço limitado para crescimento de lucros trimestrais, com a rentabilidade das operações abaixo do custo de capital", endossam os analistas do Goldman Sachs.

Reflexo da percepção média do mercado sobre os resultados recentes e os que serão divulgados, no acumulado de 2023, até 20 de abril, as ações de Bradesco e Santander desvalorizam 10,8% e 4,3% na B3, respectivamente, segundo dados da Bloomberg. Já Itaú sobe 2,4% no período e BB tem alta de 24%.

entry Apr 22 2023, 07:17 PM
Nova atualização de protocolo vai retirar poder dos pools de mineração do Bitcoin

* por Decrypt

Será que os pools de mineração de Bitcoin são muito poderosos? Será que eles tornam o Bitcoin muito centralizado? O protocolo Stratum v2, uma revisão do sistema de mineração de Bitcoin, pretende tornar esses questionamentos coias do passado.

No último lançamento da versão de código aberto do Protocolo Stratum v2 (SV2), os desenvolvedores anunciaram que concluíram a “negociação de trabalho”, uma característica importante para a indústria Bitcoin mais ampla, porque dá aos pools de mineração menos poder sobre a seleção de transações.

A mineração é um componente-chave que faz o Bitcoin funcionar. Mineradores de todo o mundo colhem recompensas de Bitcoin em troca do poder de computação que usam para proteger a rede.

Mas, mesmo que qualquer pessoa com o hardware correto seja livre para minerar, os mineradores individuais provavelmente perderão dinheiro se operarem sozinhos. Os mineradores geralmente se inscrevem nos conhecidos “pools de mineração” para combinar seus recursos e aumentar suas chances de obter recompensas de Bitcoin.

Desde 2018, os desenvolvedores de Bitcoin têm trabalhado no SV2, que conecta mineradores com pools de mineração de uma forma mais perfeita, tornando a mineração mais eficiente e segura. Mas a “negociação de trabalho”, que aconteceu com a atualização mais recente, é a parte mais importante dela.

O Stratum v1 — que o SV2 está substituindo — tem os seus problemas. “Na mineração combinada, a rede inteira é propensa à censura, uma vez que os pools de mineração são um único ponto de falha — um terceiro confiável”, explicou Pavlenex, gerente pseudônimo do programa Bitcoin que trabalha com a equipe Stratum.

“Os reguladores poderiam forçar certos pools de mineração a não incluir certas transações em um bloco, por exemplo”

Essa atualização pode impedir isso.

Resistência à censura?
A razão do Bitcoin é ser um dinheiro que nenhuma empresa ou governo pode controlar. Mas a centralização tem uma tendência implacável de se infiltrar no cenário.

Muitos Bitcoiners se preocupam com os pools de mineração como uma força centralizadora. Hoje, por exemplo, apenas dois pools de mineração representam cerca de 60% da rede.

Quando os pools de mineração usam o protocolo Stratum v1, quem controla o pool de mineração tem o poder de interromper certas transações.

Os governos poderiam potencialmente usar pools de mineração como um ponto de estrangulamento para impedir transações que não gostam, por exemplo.

Este não é um medo imaginativo. Já sabemos que os pools de mineração censuram transações ao longo dos anos, inclusive anunciando este fato para fazer os reguladores felizes.

Mas com a atualização mais recente do Stratum, a tarefa de seleção de transações é dada a mineradores individuais, tornando os pools de mineração menos perseguidos.

O que isso significa é que, em vez de simplesmente ir direto para a Foundry USA e exigir que bloqueassem certas transações, um governo (ou outra entidade de censura) precisaria ir individualmente a todas as centenas de mineradores que compõem a Foundry para fazer tal pedido.

“Para toda a rede, a capacidade das mineradoras de selecionar transações significa que o poder volta de um punhado de entidades poderosas para milhares de mineradores individuais”, disse Pavlenex.

“Uma grande responsabilidade”
Mas, para ser claro, o SV2 ainda não foi adotado pelos pools de mineração. O SRI ainda está em desenvolvimento. Pavlenex também analisou que eles estão buscando os “early adopters” para testar o software como está hoje. “Gostaríamos de convidar mineradores, pools e fabricantes de firmware para nos ajudar a testar nossa última atualização, fornecer feedback e influenciar diretamente a direção de nosso desenvolvimento”, disse ele.

A Pavlenex acredita que os pools de mineração estarão ansiosos para adotar o novo protocolo SV2, não apenas pelos ganhos de eficiência, mas porque muitos deles não querem a responsabilidade de bloquear transações.

“Os Pools provavelmente adotarão o SV2 porque também não querem ser um ponto central de falha. É uma grande responsabilidade, e nossa última atualização os ajuda a se livrar dessa pressão e risco”, disse ele.

entry Apr 21 2023, 07:15 PM
Parlamento Europeu adota regulamentação para mercado de criptomoedas

* por AFP

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (20) o primeiro conjunto de regras abrangentes em nível global para regular o mercado de criptomoedas, buscando oferecer aos consumidores proteção contra abusos e manipulações.

A nova regulamentação, denominada MiCA (Mercados em Criptoativos, em inglês), também visa a garantir a rastreabilidade das transferências para melhor detectar atividades suspeitas, incluindo lavagem de dinheiro.

Até agora, as transferências virtuais de ativos estão fora do escopo da lei europeia de serviços financeiros.

As novas regras entrarão em vigor progressivamente a partir de julho de 2024, e os textos devem ser formalmente aprovados pelo Conselho Europeu antes de entrarem em vigor.

O legislador relator da proposta, o eurodeputado conservador alemão Stefan Berger, destacou que, com esta regulamentação, a indústria europeia de criptoativos tem a clareza regulatória que falta a países como os Estados Unidos.

O eurodeputado ambientalista espanhol Ernest Urtasun, um dos principais promotores da iniciativa no plenário legislativo, disse que o regulamento marcará o fim da era do 'faroeste' no mundo não regulamentado dos criptoativos".

"Por mais de uma década, a falta de regulamentação resultou em perdas maciças para muitos investidores e forneceu um porto seguro para fraudadores e redes criminosas internacionais", acrescentou.

A comissária europeia para Serviços Financeiros, a irlandesa Mairead McGuinness, expressou sua convicção sobre a importância da regulamentação no desenvolvimento de um ambiente seguro para a indústria.

A responsável manifestou também sua esperança de que este regulamento se torne um modelo para outros países.

entry Apr 20 2023, 09:16 PM
BCE: inflação começou a cair, mas inflação subjacente se mostra firme, diz Isabel Schnabel

* por Estadão

Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel apontou que, ao passo que o índice cheio da inflação começou a desacelerar na zona do euro, a inflação subjacente tem se mostrado persistente.

Schnabel falou nesta quarta-feira, 19, sobre os desafios para a política monetária em tempos de inflação elevada, em palestra no Centro Leibniz de Pesquisa Econômica Europeia (ZEW), na Alemanha. A observação consta em slide apresentado na palestra, divulgado pelo BCE.

Schnabel também disse que choques na oferta relacionados a gargalos e a preços de energia continuam a diminuir. Ela apresentou gráficos que mostram que o índice de pressão da cadeia de suprimentos global do Federal Reserve (GSCPI), o banco central americano, o efeito da interrupção da cadeia de suprimentos na zona do euro e os custos de envio global estão em tendência de queda, apontando para um alívio nas pressões na cadeia de suprimentos.

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