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Entradas em March 2023

entry Mar 31 2023, 09:32 PM
Situação similar ao SVB 'dificilmente aconteceria na UE', diz presidente do BCE

* por Estadão

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que uma situação similar à quebra do Silicon Valley Bank (SVB) "dificilmente aconteceria na União Europeia". Segundo a dirigente, os bancos locais estão robustos, com alta liquidez e atendem aos requisitos dos testes de estresse bancário realizados por reguladores europeus.

Lagarde apontou que o problema do SVB ocorreu devido ao grande nível de capital e à retirada rápida de depósitos. "Temos poucos bancos com capital tão grande quanto o Silicon", observou.

A dirigente também avaliou que as regras de supervisão bancária da zona do euro são aplicadas de forma mais rígida do que nos Estados Unidos, além de abranger um número maior de bancos.

Questionada sobre os casos do Credit Suisse e Deutsche Bank, Lagarde afirmou que não vê qualquer associação entre ambos.

"Não colocaria Credit e Deutsche na mesma categoria", enfatizou a presidente do BCE.

entry Mar 30 2023, 08:34 PM
Mercado acionário europeu sobe com redução de temores sobre bancos

* por Sruthi Shankar e Shubham Batra e Bansari Mayur Kamdar | Reuters

(Reuters) - As ações europeias subiram para máximas em quase três semanas nesta quinta-feira, impulsionadas por resultados positivos da gigante do varejo H&M e pelo enfraquecimento das preocupações com o setor bancário global, que alimentaram um rali em Wall Street.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 1,03%, a 454,84 pontos, seu nível mais forte desde 10 de março, acompanhando a recuperação nos mercados globais.

"É uma combinação de alívio nos temores bancários e expectativa de que estamos muito próximos do pico das taxas, o que está elevando os índices", disse Susannah Streeter, diretora da Hargreaves Lansdown.

"Com o contágio aparentando estar contido por enquanto, isso proporciona alívio para as ações imobiliárias em meio à expectativa de que os aumentos das taxas de juros estejam quase chegando ao fim."

O setor imobiliário da Europa saltou 3,7%, depois que preocupações imediatas sobre as perspectivas para o setor altamente alavancado diminuíram depois que uma forte queda em março o arrastou para perto de mínimas em dez anos atingidas no ano passado.

Ações de bancos subiram 1,5%, para um pico em uma semana, com investidores animados com a venda dos ativos falidos do Silicon Valley Bank e a aquisição do banco suíço Credit Suisse.

A H&M subiu 16,3% para liderar os ganhos no STOXX 600 depois que a segunda maior varejista de moda do mundo divulgou um lucro operacional surpreendente no período de dezembro a fevereiro. O índice de varejo mais amplo avançou 3,7%.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,74%, a 7.620,43 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,26%, a 15.522,40 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,06%, a 7.263,37 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,05%, a 27.021,04 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,50%, a 9.207,10 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 2,10%, a 6.024,91 pontos.

entry Mar 29 2023, 09:41 PM
Novo vice do BC do Japão sinaliza chance de mudança na política de controle de rendimentos

* por Por Leika Kihara | Reuters
reportagem adicional de Tetsushi Kajimoto

TÓQUIO (Reuters) - O vice-presidente do Banco do Japão, Shinichi Uchida, disse nesta quarta-feira que um ajuste na política de controle de rendimento dos títulos do banco central "sem dúvida" se tornará uma opção se as condições econômicas e de preços justificarem a eliminação gradual do estímulo.

Em sua primeira aparição pública desde que assumiu o cargo no início deste mês, Uchida disse que o Banco do Japão pode considerar vários meios ou medidas, incluindo as que não foram tomadas agora, uma vez que aumentam as perspectivas de a inflação atingir sua meta de forma sustentável.

"Se várias condições ocorrerem, algum tipo de mudança no controle da curva de juros pode se tornar necessário. Se as condições se tornarem positivas, (um ajuste) sem dúvida se tornará uma possibilidade", disse Uchida ao Parlamento.

"Não descartaremos nenhuma opção, se considerarmos necessário para a economia do Japão e para alcançar a estabilidade de preços", disse Uchida quando questionado por um parlamentar da oposição se o banco central pode aumentar sua meta de rendimento de longo prazo, mantendo os juros de curto prazo muito baixos.

Uchida disse que a tendência de inflação é "extremamente importante" para julgar se o Japão atingirá de forma sustentável a meta de 2% do banco central.

Em vez de se concentrar em um determinado conjunto de indicadores, no entanto, o banco central analisará de forma abrangente vários dados ao definir a política monetária, acrescentou Uchida.

Uchida é um dos dois vice-presidentes do Banco do Japão. Ele e o outro vice, Ryozo Himino, assumiram seus cargos em 20 de março.

Sob o controle da curva de rendimento, o banco central orienta os juros de curto prazo a -0,1% e o rendimento do título de dez anos em torno de 0% como parte dos esforços para elevar o crescimento e atingir de forma sustentável sua meta de inflação de 2%.

A enorme compra de títulos do Banco do Japão para defender sua meta de rendimento atraiu críticas de analistas e alguns parlamentares por causar disfunções no mercado e distorcer o formato da curva de rendimento.

entry Mar 28 2023, 08:32 PM
Espanhola Nabiax vende operações na América Latina para a Actis por US$500 milhões

* por Matteo Allievi | Reuters

(Reuters) - A Nabiax, um grupo espanhol especializado em centros de processamento de dados, vendeu seu negócio na América Latina para a empresa britânica de private equity Actis por cerca de 500 milhões de dólares para se concentrar no crescimento na Espanha, disse a empresa nesta terça-feira.

O portfólio inclui 11 centros de dados no Brasil, Chile, México, Peru, Argentina e uma pequena exposição no Estado norte-americano da Flórida, disse a Actis em um comunicado separado. A Nabiax continuará a ser proprietária e operar seus ativos na Europa.

"Vamos nos concentrar principalmente no crescimento orgânico de nossos centros de dados, embora não descartemos o crescimento inorgânico", disse o presidente-executivo da Nabiax, Emilio Díaz, acrescentando que os principais objetivos são atrair talentos, melhorar a sustentabilidade e garantir o acesso à energia para projetos futuros.

A Nabiax começou a operar em 2019 e desde então expandiu sua capacidade na Espanha em 230% para 26 megawatts para o processamento de dados. A empresa é controlada em 80% pela Asterion Industrial e 20% pela Telefónica.

A Actis disse que o mercado de centros de dados na América Latina deve crescer 2,5 vezes nos próximos cinco anos, impulsionado pela expansão da criação de dados e da inteligência artificial.

entry Mar 27 2023, 09:17 PM
BCE analisa estrutura de liquidez do BC britânico à medida que pondera mudanças, diz Schnabel

* por Michael Derby | Reuters

NOVA YORK (Reuters) - O balanço do Banco Central Europeu encolherá rapidamente nos próximos anos, mas é improvável que volte ao nível anterior à crise financeira global, portanto, é necessária uma nova abordagem para a gestão da liquidez, disse Isabel Schnabel, integrante do conselho do BCE.

Entre as alternativas, a abordagem utilizada pelo Banco da Inglaterra, na qual os próprios bancos determinam o montante de liquidez que desejam manter, pode ser adequada, pois alivia as desvantagens de outros sistemas.

"Sob essa abordagem, o banco central oferece operações regulares de empréstimos garantidos para garantir que qualquer déficit na demanda dos bancos por reservas seja reabastecido com o aperto quantitativo", disse Schnabel, responsável pelas operações de mercado do BCE, em um discurso.

entry Mar 26 2023, 09:11 PM
Guindos, do BCE, ameniza crise de bancos no exterior, mas admite riscos

* por Estadão

Em entrevista ao Business Post, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, atenuou a crise dos bancos internacionais, em especial os europeus, num momento que julga "bem diferente" à quebradeira de instituições ocorrida entre 2008 e 2009. Na sua avaliação, os bancos têm posições de capital e liquidez "muito melhores" e "bem acima dos requisitos mínimos". "A sua situação é globalmente mais sólida, também devido a uma regulamentação mais exigente", explicou.

Segundo a autoridade monetária, a questão agora é qual o impacto dos eventos no sistema bancário dos Estados Unidos e no Credit Suisse na economia da zona do euro. "Ao longo das próximas semanas e meses, temos de avaliar se vão dar origem a um aperto adicional nas condições de financiamento", pondera, admitindo que esses tipos de eventos "aumentam a incerteza".

"Nossa impressão é que eles levarão a um aperto adicional dos padrões de crédito na zona do euro. E talvez isso repercuta na economia em termos de menor crescimento e menor inflação. Mas temos que avaliar a intensidade desse fator. Ainda é muito cedo para dizer agora", disse.

Do ponto de vista macroeconômico, Guindos acrescenta que não há problemas de competitividade das economias europeias, tendo como exemplo o balanço de pagamentos na Espanha, Grécia, Irlanda ou Portugal.

"A abordagem da política econômica é diferente em comparação com 2010, 2011 e 2012. Tivemos quatro anos de regras fiscais mais frouxas. Essa foi a resposta correta para a crise durante a pandemia. Foi uma espécie de tudo o que é preciso na política fiscal, enquanto a política monetária também foi muito favorável. Temos outras dificuldades agora", diz.

Sobre as perspectivas econômicas da Europa em relação ao segundo semestre de 2022, Guindos avalia que as projeções em dezembro previam uma recessão técnica, com dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. "As projeções divulgadas na semana passada foram mais otimistas sobre crescimento e inflação. No entanto, os números do crescimento não foram grandes, girando em torno de 1%, enquanto a inflação foi claramente mais positiva, especialmente a inflação plena".

Cerco contra a inflação
Para o vice-presidente do BCE, a política monetária tem um papel a desempenhar, assim como a política fiscal, que, na sua opinião, deve ser temporária, direcionada e seletiva. Simultaneamente, a moderação salarial é necessária e, nesse sentido, a política fiscal pode ajudar.

Subimos as taxas em 50 pontos base em março e estamos de mente aberta em relação ao futuro. Somos dependentes de dados. Existe agora esse elemento adicional de incerteza decorrente dos problemas do setor financeiro nos Estados Unidos e na Suíça. E faremos uma abordagem reunião a reunião", destaca.

Em relação aos testes de estresse, segundo ele, o exercício de 2023 liderado pela Autoridade Bancária Europeia já estava em andamento, e os resultados serão publicados em julho. "Mas, de modo geral, a situação do sistema bancário da área do euro é muito melhor do que há uma década em termos de liquidez, capital e supervisão. Portanto, acreditamos que o setor como um todo é resiliente, sólido e seguro. Mas não devemos ser complacentes".

Socorro ao Credit Suisse
Para Guindos, a solução de socorro para o Credit Suisse foi "rápida e isso é bom". "Na área do euro, esclarecemos que não seria possível a ordem de senioridade seguida neste caso em termos de absorção de perdas", pontua, afirmando que o BCE respeita a ordem estabelecida pela Diretiva de Recuperação e Resolução Bancária.

Sobre a abordagem suíça de impor perdas aos detentores de títulos primeiro era arriscada e poderia haver consequências para os bancos da zona do euro, ele não vê muito contágio. "É claro que nossa hierarquia é primeiro o patrimônio e só depois a dívida júnior. Esclarecemos isso e reduzimos qualquer incerteza potencial que a decisão das autoridades suíças poderia ter criado", afirmou.

BCE a postos para nova crise
Sobre um possível contágio nos bancos europeus em uma eventual nova crise, Guindos afirma que a estabilidade financeira "é essencial" e que "estamos monitorando de perto". "Os instrumentos de liquidez em nossa caixa de ferramentas estão prontos para serem usados novamente. O kit de ferramentas está disponível caso seja necessário", disse.

entry Mar 25 2023, 08:52 PM
Sob pressão da Alemanha, UE flexibiliza proibição de motores de combustão

* por Daniel Aronssohn | AFP | Bruxelas

A Comissão Europeia e a Alemanha anunciaram neste sábado (25) que chegaram a um acordo para desbloquear um texto-chave do plano climático europeu sobre emissões de CO2, graças à flexibilização da proibição de motores térmicos a partir de 2035.

A Alemanha surpreendeu seus parceiros europeus no início de março ao bloquear no último minuto um texto que pedia a redução a zero das emissões de CO2 dos veículos novos.

O texto, que foi aprovado pelo Parlamento Europeu em fevereiro, impôs então uma motorização 100% elétrica para carros novos vendidos a partir de 2035 no bloco.

Para justificar essa mudança, Berlim pediu à Comissão uma proposta para abrir caminho para veículos movidos a combustíveis sintéticos.

Essa tecnologia, ainda em desenvolvimento, consistiria na produção de combustível a partir do CO2 procedente de atividades industriais utilizando eletricidade de baixo carbono.

O sistema, defendido por alguns fabricantes alemães e italianos, permitiria prolongar o uso de motores de combustão a partir de 2035.

Nas últimas semanas, a Comissão negociou com a Alemanha para sair do bloqueio.

"Chegamos a um acordo com a Alemanha sobre o futuro uso de combustíveis sintéticos em carros", anunciou o comissário europeu para o Meio Ambiente, Frans Timmermans, no Twitter neste sábado.

"Vamos trabalhar a partir de agora para que o regulamento padrão de CO2 para carros seja adotado o mais rápido possível", acrescentou.

Por sua vez, o ministro alemão dos Transportes, Volker Wissing, informou que "os veículos equipados com motor de combustão poderão ser registrados a partir de 2035 se utilizarem exclusivamente combustíveis neutros em termos de emissões de CO2".

A presidência sueca da UE indicou pouco depois que o regulamento sobre as emissões de CO2 dos automóveis será submetido aos embaixadores dos 27 países do bloco na segunda-feira, em Bruxelas, para que o texto seja aprovado em definitivo numa reunião de ministros da Energia na terça-feira.

SOLUÇÃO QUESTIONADA POR AMBIENTALISTAS
Os combustíveis sintéticos são questionados por ONGs ambientalistas que os consideram caros, grandes consumidores de energia elétrica para sua produção e poluentes, por não eliminarem as emissões de óxido de nitrogênio (NOx).

"Que raiva! A Comissão cede à Alemanha", protestou a eurodeputada ambientalista Karima Delli.

O presidente da Comissão do Meio Ambiente do Parlamento Europeu, o liberal Pascal Canfin, disse que o texto não altera "a regra de 100% dos carros com emissões zero até 2035". Mas alertou que estará vigilante com a neutralidade carbônica dos motores térmicos autorizados.

Muitos especialistas duvidam que essa solução possa prevalecer no mercado frente aos carros elétricos, cujo preço deve cair, segundo as previsões para os próximos anos.

Além disso, o setor antecipou-se amplamente às regulamentações europeias e investiu maciçamente na fabricação de veículos elétricos.

E mesmo que os combustíveis sintéticos, que ainda não existem, funcionem bem, "não terão um papel importante a médio prazo no segmento de veículos particulares", disse Markus Duesmann, presidente da Audi (parte do grupo Volkswagen), ao semanário alemão Spiegel.

Devido ao seu custo, esses combustíveis só farão sentido quando aplicados em carros de luxo "como o Porsche 911 ou a Ferrari", afirmou Ferdinand Dudenhöffer, especialista do Center Automotive Research da Alemanha, que não vê nesta modificação "um mudança importante" para a transição energética na UE.

A virada de Berlim deveu-se a uma iniciativa dos liberais do FDP, um pequeno partido que perdeu cinco eleições regionais consecutivas.

O FDP espera afirmar-se perante os ambientalistas, apresentando-se como o defensor do automóvel e apostando na hostilidade de grande parte da população à proibição dos motores de combustão.

Para preservar a unidade de sua coalizão, o chefe do governo alemão, o social-democrata Olaf Scholz, preferiu alinhar-se à reivindicação do FDP.

entry Mar 24 2023, 08:30 PM
Ações do Deutsche Bank desabam em novo dia de tensão

* por Estadão

Um novo foco de tensão mantém o setor bancário global nos holofotes. Desta vez, o temor vem da Alemanha, com o Deutsche Bank reacendendo as preocupações de investidores na esteira da venda do Credit Suisse ao UBS e do colapso de três bancos nos Estados Unidos. Agora, a piora começou com investidores do mercado financeiro elevando em muito o custo dos instrumentos financeiros que protegem contra calotes do maior banco alemão, o que fez suas ações desabarem em Frankfurt. A tensão contaminou os papéis de outros bancos europeus e em Wall Street, como JPMorgan Chase e Citigroup.

As ações do Deutsche chegaram a cair 14% ontem com temores sobre a saúde financeira da instituição. O CDS (credit default swap, uma espécie de seguro contra calotes) do banco subiu de 142 pontos na última quarta-feira para mais de 200 pontos ontem, o maior nível em quatro anos, realimentando os temores globais sobre a saúde do sistema financeiro mundial. Os papéis se recuperaram um pouco no decorrer do dia e fecharam em queda de 8,5% na Bolsa de Frankfurt.

Com a piora da percepção sobre o banco, o chanceler alemão Olaf Scholz disse à imprensa europeia que o banco, após uma reestruturação e modernização de seus negócios, passou a ser "muito lucrativo e não há razão para preocupação". De fato, o Deutsche tem dado lucros nos últimos dez trimestres, segundo a CNBC.

Os papéis do Deutsche Bank foram impactados por um anúncio do banco de que planeja resgatar US$ 1,5 bilhão em dívida subordinada no próximo dia 24 de maio, bem antes do vencimento, que é só em 2028. Em geral, o resgate antecipado de títulos de dívida é feito como uma indicação de boa saúde financeira. Mas, no caso do Deutsche, o efeito acabou sendo o contrário.

O banco afirmou que tem "todas as aprovações regulatórias necessárias" para esta decisão, mas causou um profundo impacto no setor bancário, que entrou no vermelho depois da divulgação da notícia. O Deutsche Bank especificou que vai reembolsar as obrigações a 100% do seu valor nominal "com juros corridos até a data de amortização".

Banco perdeu só este mês quase 8 bi de euros em valor de mercado
Só este mês, o Deutsche Bank perdeu perto de 8 bilhões de euros em valor de mercado, com sua ação acumulando queda de 30% na Bolsa de Frankfurt. Ontem, o banco alemão era avaliado em 19 bilhões de euros. Em Wall Street, ações de grandes bancos sofrem com a nova onda de preocupação com o setor.

Para o diretor da TS Lombard para Europa, Davide Oneglia, a contínua turbulência bancária nos EUA estimula uma busca de investidores por elos fracos na Europa. O fato de o Deutsche Bank ser o próximo da linha de fogo "não surpreende" uma vez que o banco foi associado ao Credit Suisse no passado diversas vezes devido a falhas de estratégia e envolvimento em escândalos financeiros, na sua visão. "Depois de uma longa e dolorosa reestruturação, agora o Deutsche Bank não é o mesmo de 2016 e, ironicamente, até registrou lucros recordes em 2022, mas é conhecido por ter uma exposição relativamente grande, de 16,8 bilhões de euros, ao setor imobiliário comercial dos EUA", diz Oneglia, da TS Lombard.

No ano passado, o Deutsche reportou lucro antes de impostos 65% maior ante 2021, para 5,6 bilhões de euros, o maior em 15 anos. "Nos últimos três anos e meio, transformamos com sucesso o Deutsche Bank", disse o CEO do banco, Christian Sewing, ao anunciar os resultados, há cerca de um mês.

Na visão de especialistas, ainda é cedo para saber se o novo foco de tensão com os bancos tem por trás mais problemas à frente ou é apenas mais um capítulo de nervosismo dos investidores. Para Oneglia, da TS Lombard, parece ter mais relação com "falta de confiança" do que com os fundamentos do setor na Europa.

A preocupação de investidores com o setor bancário persiste a despeito do coro uníssono de órgãos reguladores para assegurar a segurança do sistema financeiro internacional.

entry Mar 23 2023, 08:53 PM
Toshiba anuncia plano de US$ 15,2 bilhões para fechar capital da companhia

* por Dow Jones Newswires | Tóquio

O conglomerado industrial japonês Toshiba disse nesta quinta-feira, 23, que fechou um acordo no valor de 2 trilhões de ienes (cerca de US$ 15,2 bilhões) para fechar o capital da empresa.

A Toshiba disse que a compra seria liderada pela Japan Industrial Partners, um fundo de investimento com sede em Tóquio. Ele disse que os compradores estavam oferecendo 4.620 (US$ 35,2) ienes por ação, cerca de 10% acima do preço de fechamento de 4.213 ienes (US$ 32,1) na Bolsa de Valores de Tóquio nesta quinta. Isso avalia a empresa em cerca de 2 trilhões de ienes.

Se o acordo tiver o apoio de acionistas e reguladores, marcará o fim de anos de turbulência na Toshiba, ex-líder do mundo corporativo do Japão que já se desfez de muitos de seus negócios conhecidos, como de notebooks e equipamentos médicos.

Em março de 2022, os acionistas da Toshiba rejeitaram um plano de gestão para dividir a empresa em duas partes, refletindo a oposição de acionistas estrangeiros, incluindo alguns que queriam que a empresa fosse leiloada pelo maior lance.

No mês seguinte, a Toshiba se colocou em leilão, solicitando opções para se reorganizar estrategicamente, incluindo a privatização.

entry Mar 23 2023, 08:53 PM
Toshiba anuncia plano de US$ 15,2 bilhões para fechar capital da companhia

* por Dow Jones Newswires | Tóquio

O conglomerado industrial japonês Toshiba disse nesta quinta-feira, 23, que fechou um acordo no valor de 2 trilhões de ienes (cerca de US$ 15,2 bilhões) para fechar o capital da empresa.

A Toshiba disse que a compra seria liderada pela Japan Industrial Partners, um fundo de investimento com sede em Tóquio. Ele disse que os compradores estavam oferecendo 4.620 (US$ 35,2) ienes por ação, cerca de 10% acima do preço de fechamento de 4.213 ienes (US$ 32,1) na Bolsa de Valores de Tóquio nesta quinta. Isso avalia a empresa em cerca de 2 trilhões de ienes.

Se o acordo tiver o apoio de acionistas e reguladores, marcará o fim de anos de turbulência na Toshiba, ex-líder do mundo corporativo do Japão que já se desfez de muitos de seus negócios conhecidos, como de notebooks e equipamentos médicos.

Em março de 2022, os acionistas da Toshiba rejeitaram um plano de gestão para dividir a empresa em duas partes, refletindo a oposição de acionistas estrangeiros, incluindo alguns que queriam que a empresa fosse leiloada pelo maior lance.

No mês seguinte, a Toshiba se colocou em leilão, solicitando opções para se reorganizar estrategicamente, incluindo a privatização.

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