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entry May 18 2008, 08:02 PM
Paraguai quer comprar gás diretamente da Bolívia

* por EFE

La Paz, 18 mai (EFE) - O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, disse ao chefe de Estado boliviano, Evo Morales, que tem interesse de comprar diretamente da Bolívia gás natural, e não através da Argentina, informou hoje o porta-voz do Governo boliviano, Ivan Canelas.

"O presidente Fernando Lugo tem muito interesse em realizar conversas para a possibilidade de que o Paraguai também possa comprar de maneira direta" o gás, declarou Canelas na rádio e televisão estatal.

O porta-voz esclareceu que o Paraguai "se abastece de gás pela via da Argentina" e que o interesse de Lugo é poder comprar "esse recurso tão importante" diretamente da Bolívia.

Ele esclareceu que Lugo fez estas declarações a Morales durante a 5ª Cúpula América Latina-Caribe-União Européia (EU-LAC, em inglês).

Segundo o Governo da Bolívia, o país produz 41 milhões de metros cúbicos de gás por dia, frente a uma demanda do mercado externo e interno de quase 46 milhões.

Entre 27 e 30 milhões de metros cúbicos são enviados diariamente ao Brasil, enquanto há um acordo para exportar à Argentina até 7,7 milhões de metros cúbicos por dia, embora atualmente o fluxo se limite a três milhões.

entry May 17 2008, 09:03 PM
Teste revela problemas em banda larga da Telefônica, Net e TVA

* por Simone Cunha | Colaboração para a Folha de S.Paulo

A banda larga, internet rápida, pode não ser tão veloz e estável quanto o esperado e prometido ao consumidor, segundo teste feito pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Velocidade abaixo da contratada, instabilidade na conexão e instalação fora do prazo foram os principais problemas dos serviços da Net (Vírtua), Telefônica (Speedy) e TVA (Ajato).

A banda larga das três foi analisada pelo Idec com a ajuda do Núcleo de Informação e Coordenação do Comitê Gestor da Internet no Brasil (NIC.br/CGI.br) por meio da contratação dos serviços de cada empresa em duas residências para avaliar o tempo de atendimento na contratação e no cancelamento, instalação na data programada, velocidade e estabilidade de conexão.

Apesar de não ter valor estatístico --foram seis locais--, o teste mostra desrespeito aos direitos do consumidor, diz o advogado-consultor do Idec, Luiz Fernando Moncau. "É mais indício do que fato, mas não foi preciso testar nem dez para encontrar problemas."

As dificuldades começaram na instalação: uma das conexões da Telefônica nem entrou no teste porque os equipamentos chegaram dois meses após a solicitação em um dos locais. Instalar o serviço no dia marcado também foi uma dificuldade para as outras duas empresas.

A contratação do serviço demorou até 36 minutos (Telefônica) e foram pedidas informações que o Idec considerou invasão à privacidade do consumidor, como dados eleitorais.

Outro problema em relação ao atendimento foi a ausência de telefones gratuitos ao consumidor para contatar a TVA, o que é obrigatório, segundo resolução da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

A conexão também apresentou problemas. O principal na Net foi a velocidade abaixo de 40% da contratada "principalmente entre meio-dia e meia-noite". No contrato, a empresa avisa ao consumidor que garante a entrega de 10%, no mínimo.

As três empresas têm cláusulas restritivas de velocidade, mas o Código de Defesa do Consumidor (artigo 51) diz que elas não têm validade. Além disso, diz Moncau, a velocidade garantida é muito abaixo da prometida pela operadora.

A Anatel, por meio da assessoria de imprensa, defendeu a redução: "A empresa está vendendo a garantia mínima, não há possibilidade de entrega do máximo em tempo integral".

O teste também verificou instabilidade na conexão (a do Speedy funcionou em 60,5% dos testes) e venda casada, proibida pelo direito do consumidor. Telefônica e Net obrigaram o cliente a comprar outros serviços com a banda larga (linha telefônica e TV a cabo, respectivamente). Também não houve entrega dos contratos.

entry May 16 2008, 07:34 PM
Redução de jornada também beneficia empresa, diz especialista

* por CanalExecutivo

Os trabalhadores químicos na indústria farmacêutica do Estado de São Paulo conseguiram a diminuição de quatro horas na jornada de trabalho. A convenção coletiva assinada por representantes da categoria e das empresas do setor farmacêutico garante, entre outras cláusulas, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais a partir de 2009, sem redução dos salários, beneficiando 37 mil trabalhadores ligados a centrais sindicais.

“Ao contrário do que se pensa, essa redução não trará vantagens somente para os trabalhadores. As empresas também podem ser beneficiadas com o acordo”, diz a advogada de Direito Trabalhista empresarial Rachel Elisa Dourado Vaz Pereira, do escritório Correia da Silva Advogados.

“A nova jornada resultará em maior produtividade. Os empregados estarão mais satisfeitos, menos exaustos e mais concentrados para operarem as máquinas – o que reduz os riscos de danos a equipamentos e os índices de acidentes de trabalho, minimizando a ocorrência de passivos trabalhistas”, explica Rachel.

Ela lembra que o tempo a mais que os empregados terão fora do expediente poderá ser bem investido e trazer retorno, direta ou indiretamente, para a empresa. “O funcionário poderá se dedicar à melhoria de sua qualificação profissional ou mesmo ao seu lazer, ambos positivos para manter a qualidade de vida e a saúde física e mental.”

Para especialistas, a redução na carga horária deveria vir acompanhada de outras medidas, como o fim da hora extra e a regulamentação do banco de horas, para impedir as empresas de compensar os efeitos da medida de outra maneira que não com a contratação de trabalhadores.

Mas, segundo Rachel, não haverá necessidade de se estabelecer outro turno nem de contratação de mais pessoal, caso a empresa introduza novas tecnologias, otimizando o tempo e agilizando a produção. “Dessa forma, mesmo as horas extraordinárias, que pesam bastante nas folhas de pagamento, não serão necessárias”, comenta.

entry May 15 2008, 06:55 PM
Alta dos preços industriais ainda não mostra generalização da inflação, diz FGV

* por Rafael Rosas | Valor Online

RIO - O avanço dos preços industriais no atacado em maio - de 2,01%, segundo os dados do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) divulgados hoje pela Fundação Getulio Vargas (FGV) - não demonstra ainda uma generalização de alta entre os diversos níveis da indústria. Para Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, a elevação dos industriais, que contribuiu com 1,45 ponto percentual dos 1,91% registrados pelo Índice de Preços por Atacado (IPA), foi concentrada em cinco setores.

"No IPA, a alta não está mais concentrada nos alimentos, mas também não dá para dizer que ela é generalizada, porque o avanço está concentrado em alguns setores", frisou Quadros, acrescentando que o acréscimo de 2,01% nos produtos industriais no atacado foi o maior desde os 2,34% de novembro de 2004.

De acordo com Quadros, a indústria no atacado foi responsável por 75% do IPA, o que significa um peso de 45% no resultado fechado do IGP-10, que subiu 1,52%, no maior resultado para um mês de maio desde o 1,54% de maio de 1995.

Segundo o economista, o minério de ferro aumentou 15,51% no atacado em maio e contribuiu com 0,23 ponto percentual para o impacto de 1,45 ponto percentual dos industriais no IPA. No IGP-10 de abril, o minério havia recuado 0,18%.

As outras elevações importantes aconteceram nos seguintes itens: produtos alimentícios, que subiram 2,45%, contra 0,94% em abril, e contribuíram com 0,34 ponto percentual; derivados do petróleo, que avançaram 2,80%, ante 0,83% em abril e contribuíram com 0,17 ponto percentual; químicos, que tiveram incremento de 2,76%, o mesmo patamar de abril, e impacto de 0,29 ponto percentual; e metalurgia básica, que pulou de 1,85% em abril para 3,76% em maio, com contribuição de 0,26 ponto percentual.

Salomão Quadros destacou que, dentro dos produtos alimentícios industrializados, as maiores pressões vieram de carne bovina, que avançou 4,87%; produtos industrializados de carne (+1,40%); carne de aves (+5,03%).

Entre os derivados do petróleo, Quadros ressaltou que apenas um terço do aumento do diesel cobrado pela Petrobras a partir de 2 de maio foi captado pelo IGP-10 de maio. Mesmo assim, o produto subiu 3,68% dentro de derivados do petróleo, grupo em que o querosene de aviação aumentou 8,38% em maio.

Já os produtos químicos continuaram a mostrar o aquecimento do setor agrícola, com a alta de 9,43% dos adubos e fertilizantes compostos e com o crescimento de 21,58% do fosfato monoamônico.

"O fertilizante é destaque todo o mês, refletindo a demanda mundial por alimentos", ponderou Quadros.

Embora a indústria tenha respondido pelo maior peso na alta do IPA, Quadros considerou que a agricultura foi a principal razão para a aceleração dos preços no atacado em maio. Segundo ele, o comportamento da soja, que havia caído 9,56% em abril e subiu 1,37% em maio, foi o motor da aceleração dos produtos agrícolas, que saíram de uma queda de 1,31% para uma alta de 1,64%. Sozinha, a soja pesa 5,39% no IPA.

entry May 14 2008, 06:20 PM
Indicadores da OCDE apontam desaceleração da economia do Brasil

* por EFE

Paris, 14 mai (EFE) - Os indicadores mensais de conjuntura da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicados hoje apontam uma desaceleração da economia nos países-membros, e uma inflexão em três dos grandes Estados emergentes: Brasil, China e Índia.

O indicador composto avançado da organização, que alerta antecipadamente para a evolução da economia - em particular inflexões na conjuntura - diminuiu 1,9 ponto no Brasil, até 103 pontos, o que significa que perdeu 1,4 ponto em doze meses.

No total da OCDE, o indicador composto diminuiu cinco décimos em março, até 98,1 pontos, abaixo da média a longo prazo de 100 pontos.

Em doze meses, esse índice caiu 3,2 pontos no conjunto dos 30 membros daquele que é conhecido como o "Clube dos países desenvolvidos", queda que chegou a 4,3 pontos no Japão (para 96,4 pontos), 3,6 pontos nos Estados Unidos (para 97,9 pontos) e 3,3 pontos (para 96,8 pontos) na zona do euro.

A maior redução em março dos países do Grupo dos Sete (G7, sete nações mais desenvolvidas) foi a dos Estados Unidos (nove décimos).

Apesar disso, também houve grandes retrocessos na Itália (oito décimos, até 94,8 pontos), no Reino Unido (sete décimos, até 98,3 pontos), França (cinco décimos, até 96,3 pontos) e Alemanha (cinco décimos, até 99,8 pontos).

Na China, apesar da alta de um décimo em março, até 103,3 pontos, em um ano diminuiu 1,6 ponto.

Na Índia houve uma redução de 1,3 ponto no último mês do qual há dados disponíveis (fevereiro), com o que os 102,2 pontos do indicador representam uma baixa de 1,6 ponto em doze meses.

A Rússia escapa da tendência de "inflexão moderada" da conjuntura e se mantém em "lenta expansão" em virtude de um aumento de um décimo em março e de 3,2 pontos em um ano, até 102,1 pontos.

entry May 13 2008, 10:07 PM
Paralisação de agricultores argentinos põe em risco exportações de cereais

* por France Presse | Buenos Aires

A paralisação de produtores e empresários agrícolas na Argentina, que chega ao sétimo dia nesta terça-feira, põe em risco o cumprimento dos embarques de cereais, segundo a Bolsa de Comércio de Rosário.

Ao porto de Rosário, o principal centro de exportação de grãos do país, chegaram até a madrugada de terça-feira apenas dois caminhões com cereais, o que representa uma redução de 78%, anunciou a entidade em comunicado.

Segundo a nota da Bolsa, no mesmo período em 2007, chegaram aos portos 5.969 caminhões, o que evidencia a crise comercial vivida pelo país.

Segundo informação oficial, a média diária de entrada de caminhões no porto nos últimos cinco dias foi de 1.399 unidades, quando no mesmo período do ano passado o número chegou a 5.241.

"Há US$ 15 bilhões de grãos, de todos os tipos, sem vender. A operação diária normal era de no mínimo 100.000 toneladas, mas depois da greve não supera as 20.000 toneladas", disse Víctor Barbarito, da empresa agropecuária Talensur.

Os produtores agropecuários se revoltaram contra a política fiscal do governo da presidente Cristina Kirchner, que em março passado decretou impostos sobre as exportações cuja taxa cresce proporcionalmente aos preços internacionais.

A decisão afeta principalmente a soja, com colheita em 2008 avaliada em US$ 24 bilhões.

A disputa pelo lucro da soja traz conseqüências à atividade econômica geral da Argentina, uma potência agrícola cuja economia global cresce em média 8% ao ano, desde 2003.

A Argentina é o primeiro exportador mundial de óleo de soja e girassol, além de ser o segundo exportador de milho e trigo, com uma capacidade de fornecer alimentos para 300 milhões de pessoas, de acordo com a secretaria governamental de Agricultura.

entry May 12 2008, 06:56 PM
Chile e Peru são países que mais crescem na emissão de turistas ao Brasil

* por CanalExecutivo

Em 2007, exatos 5.025.834 visitantes internacionais escolheram o Brasil como destino turístico. Desses, Chile e Peru tiveram um crescimento expressivo em relação a 2006. Os chilenos saltaram de 176.357 visitantes para 260.430 no ano passado, 47,67% mais. Já os peruanos registraram um incremento de 50,52% ao atingir, em 2007, 96.336 pessoas, frente a 64.002, no ano anterior.

Os dados fazem parte do Anuário Estatístico da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), levantamento que detalha origem e meio de acesso dos turistas estrangeiros no Brasil, publicado no Portal Brasileiro do Turismo, na área "Dados e Fatos".

Para a presidente da Embratur, Jeanine Pires, o desempenho dos mercados vizinhos se explica pela acessibilidade aérea. "Houve um reforço importante na oferta de vôos internacionais entre esses países e o Brasil no ano passado", avalia. E acrescenta um contexto próprio da atividade: "No turismo, os países vizinhos são os principais clientes e a América do Sul foi o nosso maior mercado ao longo de décadas".

Outro dado revelado pelo anuário mostra que América do Sul e Europa praticamente empataram no envio de turistas estrangeiros no ano passado. Enquanto os sul-americanos lideraram o ranking, com 1.906.451 pessoas, os europeus registraram 1.906.078 - uma diferença de apenas 373 turistas. Juntos, os dois blocos foram responsáveis por 75,85% dos visitantes internacionais no País em 2007.

"Ocorre que, desde 2003, a Europa se tornou um importante emissor de turistas para o Brasil com o estabelecimento de novos vôos diretos, especialmente para o Nordeste, que passou a ser um grande portão de entrada internacional", comenta José Francisco de Salles Lopes, diretor de Estudos e Pesquisas da Embratur.

A divisão entre os dois blocos se reflete no ranking dos dez países que mais enviaram turistas ao país. São quatro sul-americanos (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai) e cinco europeus (Portugal, Itália, Alemanha, França e Espanha). A exceção fica por conta dos Estados Unidos, que, atrás dos 920.210 turistas da Argentina em 2007, historicamente se mantém como o segundo maior emissor, com 699.169.

Já no bloco europeu, destacaram-se Inglaterra, que enviou 176.948 visitantes (4,3% superior a 2006) e França, com 254.367 turistas (2,1% mais que no ano anterior).

Mesmo com um fluxo estável de estrangeiros no país em 2007, com pouco mais de oito mil visitantes em relação ao ano anterior, o país registrou uma receita turística recorde de US$ 4,953 bilhões, 14,75% mais que os US$ 4,316 bilhões desembolsados em 2006, de acordo com o Banco Central.

Para a presidente da Embratur, o desempenho indica que o Brasil está recebendo um turista que permanece mais tempo, visita mais destinos e, portanto, tem um gasto mais elevado. "A receita gerada pelo turismo é o principal item na balança de serviços", diz.

Os 10 principais emissores de turistas para o Brasil em 2007

País/ Turistas/ Participação %

1. Argentina / 920.210 / 18,31

2. Estados Unidos / 699.169 / 13,91

3. Portugal / 280.438/ 5,58

4. Itália / 268.685 / 5,35

5. Chile / 260.430 / 5,18

6. Alemanha / 257.719 / 5,13

7. França / 254.367 / 5,06

8. Uruguai / 226.111 / 4,50

9. Espanha / 216.373 / 4,31

10. Paraguai / 206.323 / 4,11

entry May 11 2008, 08:54 PM
Nova lei dá direitos a operário chinês e encarece trabalho

Raul Juste Lores | Folha de S.Paulo | Pequim

Apenas um mês depois de começar a trabalhar em uma empresa de construção, o operário Huang Yugang, 40, quebrou o braço ao cair com um tronco que carregava em um jardim do bairro mais caro de Pequim.

"O patrão disse que meu contrato de trabalho não previa nenhuma compensação por acidente de trabalho e fiquei desempregado", disse Huang à Folha. Mas, apenas um mês depois, a central sindical estatal chinesa pressionou a empresa e conseguiu uma indenização de US$ 200 e o pagamento do tratamento de Huang.

Tal feito é novidade na China. Diversos trabalhadores estão conseguindo indenizações e pagamentos atrasados de finais de semana e horas extras nunca pagos. Uma nova legislação trabalhista, que entrou em vigor em 1º de janeiro, é considerada revolucionária no relacionamento entre patrões e empregados.

Mas a nova lei, que também determina estabilidade no emprego, depois de dois contratos temporários, foi criticada pelas câmaras de comércio da União Européia e dos Estados Unidos em Xangai. Os empresários dizem que o "custo China" está crescendo e que fazer contratações ficará mais difícil a partir de agora.

A China precisa criar 10 milhões de empregos por ano para saciar sua população de 1,4 bilhão de habitantes. Nas últimas duas décadas, o governo chinês adotou uma permissividade quase irrestrita para atrair investimentos e empregar uma enorme massa de trabalhadores com pouca qualificação.

"A nova lei tem procedimentos que preenchem antigas brechas legais. A maioria das ações trata de ausência de contratos, pagamento por horas extras ou seguros e compensações por acidentes de trabalho", diz o advogado chinês Jeff Ren, do escritório Deheng. "Em 90% dos casos, os empregados vencem as ações trabalhistas."

Jornada de 70 horas
Há milhões de trabalhadores sem contrato no país. Não há férias remuneradas, greves são reprimidas e os sindicatos pertencem ao governo. Há salários mínimos regionais, comumente desrespeitados. As jornadas de trabalho podem chegar a 70 horas semanais.

Em Pequim, onde a situação é bem melhor do que no interior do país, 44% da mão-de-obra trabalha 6,9 dias por semana, em média 56 horas. Em Guangzhou, capital da mais rica província chinesa, o antigo Cantão, é comum achar funcionárias que trabalham 80 horas por semana, em turnos de até 12 horas.

Há 210 milhões de chineses nascidos no campo, mas que trabalham como migrantes nas grandes cidades chinesas, principalmente na construção e nas fábricas.

Com tamanha mão-de-obra querendo escapar da pobreza, os abusos são generalizados.

Milhares moram em alojamentos precários ao lado das obras e fábricas em que trabalham, com apenas algumas horas livres para dormir. A legislação, aprovada no ano passado, depois de dois anos de discussões, revela a preocupação do governo sobre as crescentes disparidades sociais na China.

Custos em alta
"Na teoria, as regras de mercado são as melhores, mas na China há um enorme desequilíbrio entre a força dos empregadores e a dos empregados. O governo precisava tomar responsabilidade", diz Ren.

As queixas do empresariado contra a nova legislação coincidem com um momento considerado crítico pela indústria exportadora do país. Além da queda da demanda dos Estados Unidos, principal importador, a moeda chinesa não pára de se valorizar diante do dólar, encarecendo os custos chineses. O yuan se valorizou em 20% em apenas dois anos.

Cerca de 80 empresas coreanas mudaram parte de suas linhas de montagem no último ano para países como Vietnã e Camboja, atrás de custos de produção menores.

"A nova lei não aumenta custos trabalhistas, mas provocou uma onda de maior fiscalização das autoridades. Como muitas fábricas e construtoras não pagavam horas extras ou finais de semana, agora esse custo terá de ser acrescentado", diz à Folha o advogado americano Steve Dickinson, de Xangai.

"Antes, sem demanda, você demitia. A nova lei dificulta isso e complica a vida de quem tem necessidades sazonais, da agricultura à construção. Depois do prédio pronto, o que se faz com o funcionário? Há regras um tanto inapropriadas para um país que muda todo dia."

entry May 10 2008, 07:34 PM
Petrobras mostra interesse em investir em unidade de processamento hondurenha

* por EFE

Tegucigalpa, 10 mai (EFE).- A Petrobras ofereceu ao Governo de Honduras um investimento de US$ 50 milhões nesse país para processar óleos e outros lubrificantes de primeira qualidade, informou hoje uma fonte oficial em Tegucigalpa.

A unidade poderia ser instalada nos departamentos de Cortés ou Colón, disse a jornalistas um responsável da Embaixada de Honduras no Brasil.

A fonte acrescentou que a oferta foi feita ontem ao presidente de Honduras, Manuel Zelaya, por um executivo da Petrobras.

A mesma fonte disse que a unidade deve que a Petrobras planeja construir em Honduras, devido à privilegiada localização geográfica do país centro-americano, processaria óleos para carros de Fórmula 1.

O mercado dos produtos processados seria os Estados Unidos e a América Central.

Os executivos da Petrobras esperam que Honduras garanta o clima propício para seu projeto, que seria uma nova fonte geradora de divisas para o país, disse a fonte diplomática hondurenha, que não precisou o que as autoridades de Tegucigalpa responderam à proposta brasileira.

entry May 9 2008, 06:57 PM
Portugal e Venezuela firmam acordo sobre exportações

* por Lusa

Lisboa, 9 mai (Lusa) - Portugal e Venezuela assinam terça-feira um acordo em que Lisboa pagará importações no valor de 10 mil barris de petróleo por dia com exportações de empresas portuguesas, disse fonte diplomática à Agência Lusa.

O acordo complementar à cooperação entre Portugal e Venezuela, datada de 2004, será assinado terça-feira, em Caracas, no início de uma visita de três dias do primeiro-ministro luso, José Sócrates, à Venezuela.

A cerimônia de assinatura do documento será presidida pelo líder venezuelano, Hugo Chavez, e por José Sócrates, após um encontro entre os dois no Palácio Miraflores.

Segundo fonte diplomática, o acordo prevê a constituição de uma comissão mista, em que cada parte será representada por cinco pessoas e que envolverá a presença de membros dos ministérios da Economia dos dois países.

A comissão mista vai acompanhar a evolução das trocas comerciais entre os dois países e a evolução dos preços nos mercados internacionais dos produtos negociados. Além disso, vai identificar as necessidades de importação bilaterais.

Negociações
Segundo o acordo entre a portuguesa Galp e venezuelana PDVSA, Portugal deve receber da Venezuela cerca de 30 mil barris de petróleo por dia.

O valor desses barris de petróleo será em parte pago pela Galp à petrolífera estatal venezuelana em uma conta da Caixa Geral de Depósitos (CGD, o maior banco português).

A partir dessa mesma conta da CGD, serão feitos os pagamentos às empresas nacionais que exportarem para o mercado venezuelano.

Segundo fonte do Executivo de Lisboa, a solução "dá uma grande margem de segurança às empresas portuguesas que exportarem para a Venezuela, ultrapassando os problemas que sentiam em relação ao pagamento".

Em termos de potencial de exportações para o mercado venezuelano, o Estado português se mostra otimista. Nos últimos anos, foram certificadas pelas centrais de compras da Venezuela "dezenas de empresas nacionais".

De acordo com as estimativas de Lisboa, as importações de hidrocarbonetos a partir da Venezuela serão pagas em cerca de um terço por produtos exportados por Portugal para o país sul-americano.

Exportações portuguesas
A Venezuela mostrou interesse em exportações nacionais nos ramos agro-pecuário, farmacêutico, saúde, indústria naval, construção civil, tecnológico e materiais de construção.

Segundo os dados disponibilizados pelo governo de José Sócrates, Portugal exporta para a Venezuela produtos na ordem dos 17 milhões de euros (R$ 44,3 milhões) anuais, valor que contrasta com o da Espanha, que atinge 400 milhões de euros (R$ 1 bilhão).

O valor das exportações portuguesas é considerado "extraordinariamente baixo", até porque a Venezuela "é um mercado em acelerada expansão", que tem registrado taxas de crescimento econômico na ordem de 8%.

Na comitiva da visita do primeiro-ministro português à Venezuela estão cerca de 80 empresários, na sua maioria em representação de pequenas e médias empresas nacionais.

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