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Entradas em December 2018

entry Dec 21 2018, 07:45 PM
China nega rumor de que conferência teria decidido contra corte de impostos

* por Dow Jones Newswires | Pequim

A China negou hoje rumores de que a Conferência de Trabalho Econômico Central, que está sendo realizada esta semana no país, teria decidido contra cortes de impostos no próximo ano.

Os rumores "contrariam a realidade", segundo comunicado divulgado no site do banco central chinês (PBoC), citando o Comitê de Estabilidade Financeira e Desenvolvimento, órgão do Conselho Estatal, como é conhecido o gabinete da China.

Separadamente, líderes que participam da conferência anual, que estabelece as prioridades do governo chinês para o ano seguinte, reiteraram mensagem de que "moradias" são lugares para se viver, e não para especulação, de acordo com a mídia oficial estatal.

entry Dec 20 2018, 08:36 PM
Trigo argentino sobe em plena colheita por dinâmica de preços

* por Jonathan Gilbert e Megan Durisin | Bloomberg

(Bloomberg) -- Os preços do trigo na Argentina estão subindo em uma época em que costumam cair.

O preço à vista livre a bordo (ou FOB, de free-on-board) subiram para US$ 235 a tonelada, contra US$ 219 no começo do mês, bem no auge da colheita.

Os preços geralmente caem durante a colheita devido ao aumento da oferta. Essa lógica não está se repetindo na temporada atual porque os estoques globais estão encolhendo pela primeira vez em seis anos. A oferta mundial limitada gera uma demanda crescente na Argentina de países que normalmente compram grãos de outras fontes, especialmente a Indonésia, disse Eugenio Irazuegui, chefe de pesquisa da corretora de grãos Enrique Zeni.

"Isso é muito raro: é um mercado de demanda com uma espiral ascendente de preços", disse Gustavo Passerini, gerente comercial da corretora de grãos Intagro, de Rosário, por telefone. "Quem espera ganha, por isso ninguém está correndo para vender."

A Indonésia normalmente compra a maior parte de seu trigo da Austrália, mas essa safra foi devastada pela seca. Doze navios com destino à Indonésia deverão embarcar trigo nos portos argentinos nos próximos dias, segundo a agência de navegação Nabsa.

Após safras ruins de soja e milho, muitos produtores argentinos se financiaram vendendo trigo neste ano por meio de contratos futuros. Consequentemente, no momento há pouca pressão para venda no mercado à vista, disse Irazuegui, da Enrique Zeni.

A alta da Argentina pode fazer a França ressurgir como fornecedora preferida da Argélia. Ao mesmo tempo, os preços vêm subindo também na Rússia, maior exportadora do mundo.

entry Dec 19 2018, 08:19 PM
FMI dá sinal verde para empréstimo de US$ 7,6 bilhões à Argentina

* por EFE

Washington, 19 dez (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) deu sinal verde nesta quarta-feira a um empréstimo de US$ 7,6 bilhões à Argentina como parte de um acordo firmado em junho, o que eleva o total da ajuda recebida pelo país desde então para US$ 28,09 bilhões.

A concessão do pacote anunciado hoje em comunicado pelo vice-diretor-gerente do FMI, David Lipton, já tinha sido aprovada em novembro, mas ainda era necessário que a direção da entidade ratificasse o acordo, o que ocorreu hoje.

Na nota, Lipton afirmou que há indícios de melhora na economia argentina, mas que a recuperação só deve se concretizar, de fato, a partir do segundo trimestre de 2019.

"Há primeiros indícios de que o programa de reforma econômica elaborado pelas autoridades argentinas, incluindo o novo marco de política monetária, está dando resultados", ressaltou.

O vice-diretor-gerente disse que, graças à aplicação do programa econômico, o peso se estabilizou e a inflação começou a diminuir, mas destacou que ela "continua elevada".

No final de outubro, o FMI aprovou a ampliação da assistência financeira solicitada pelo governo do presidente Mauricio Macri para US$ 56,3 bilhões (dos US$ 50 bilhões aprovados em junho).

O novo pacto, negociado depois do agravamento da desvalorização do peso, fortalece o acordo "stand by" acertado entre as partes em junho e que exige uma forte intervenção da instituição nas políticas econômicas nacionais.

No caso argentino, o acordo inclui, entre outras medidas, um compromisso de conseguir o equilíbrio fiscal primário no próximo ano - para isso, será preciso um profundo ajuste econômico previsto no orçamento nacional de 2019, já aprovado pelo Congresso.

entry Dec 18 2018, 08:46 PM
Itália entra em acordo com UE sobre orçamento, diz ministério

* por Giuseppe Fonte e Crispian Balmer | Reuters

ROMA (Reuters) - A Itália fez um acordo com a Comissão Europeia para o orçamento de 2019, disse nesta terça-feira uma porta-voz do Ministério da Economia, sinalizando um fim para semanas de disputa que balançaram os mercados financeiros.

Contudo, uma fonte no gabinete do primeiro-ministro Giuseppe Conte pediu cautela, dizendo que Roma havia somente recebido garantias verbais de Bruxelas. Ele acrescentou que um acordo não deveria ser formalizado até a reunião da comissão da União Europeia na quarta-feira.

"Há uma expectativa razoável de que a proposta de orçamento seja levada para o exame da comissão amanhã, e isso será positivo para a Itália", afirmou a fonte. "Mas é necessário esperar o procedimento ser finalizado para considerar a negociação definitivamente concluída."

Um porta-voz da comissão confirmou que o orçamento italiano seria discutido na quarta, mas não quis entrar em detalhes. O Ministério da Economia também não deu mais informações.

Conte, que comandou as negociações com Bruxelas, falará ao Parlamento ao meio-dia desta quarta, disse o seu gabinete.

Os líderes do governo italiano apresentaram inicialmente um orçamento para a terceira maior economia da zona do euro que previa um déficit equivalente a 2,4 por cento do produto interno bruto em 2019, acima do 1,8 por cento deste ano.

Eles disseram que a Itália precisa de medidas expansionistas para elevar o lento crescimento econômico. A comissão rejeitou o projeto, dizendo que ele não reduziria a dívida italiana e declarando que ele quebrava as regras do bloco.

Depois de inicialmente se recusar a abrir mão e lançar ataques verbais contra integrantes da comissão, o governo italiano finalmente cedeu na semana passada e submeteu um plano revisado, incluindo uma meta de déficit de 2,04 por cento.

entry Dec 17 2018, 08:06 PM
Goldman e Morgan Stanley ganham força no Brasil com crescimento de IPOs em NY

* por Tatiana Bautzer e Carolina Mandl | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - Goldman Sachs, Morgan Stanley e Bank of America Merrill Lynch estão recuperando influência no Brasil, uma vez que mais empresas do país têm preferido listar ações em Nova York em vez de na bolsa paulista.

Bancos dos EUA assessoram 56 por cento das ofertas de ações do Brasil neste ano, após terem ficado apenas 29,7 por cento no ano passado, segundo a Refinitiv. Isso significa que os bancos americanos captaram uma parcela muito maior dos 280 milhões de dólares em taxas pagas pelas empresas até o momento este ano.

Cerca de 27 por cento disso foi para o Goldman Sachs, que liderou os dois maiores IPOs do ano do país: os das empresas de pagamentos PagSeguro e Stone, listadas na New York Stock Exchange e Nasdaq, respectivamente.

A operação da PagSeguro Digital, em particular, foi essencial para convencer mais empresas brasileiras de que podem obter melhores avaliações no exterior, dizem executivos.

A PagSeguro é avaliada em 6,8 bilhões de dólares, à frente da líder do mercado Cielo.

Mesmo com a queda após balanço do terceiro trimestre, a PagSeguro continua sendo negociada a 24 vezes o lucro esperado, mais do que o triplo do múltiplo da Cielo.

A oferta mostrou o benefício dos EUA para listagem de empresas com forte componente de tecnologia. As bolsas oferecem preços mais comparáveis, como o PayPal, para ajudar a definir o preço das ações e o acesso de investidores a empresas de tecnologia, dizem os executivos.

"Estamos começando a ver as empresas do Brasil buscarem Nyse ou Nasdaq para seus IPOs, especialmente as empresas ligadas à tecnologia. Por isso é que os bancos norte-americanos levam transações com mais freqüência", disse Pedro Juliano, chefe de banco de investimento do JPMorgan no Brasil.

O cenário de melhoria do IPO reflete um otimismo mais amplo de recuperação dos mercados de capital no Brasil, o que tem levado os bancos a contratarem novamente após terem reduzido pessoal durante a recessão mais profunda do país.

O Goldman abriu escritório no Rio de Janeiro em outubro e contratou 15 executivos seniores em São Paulo nos últimos 18 meses.

As listagens têm taxas mais altas -geralmente mais de 4 por cento do IPO- que as brasileiras, que raramente superam esse percentual. A empresa de software educacional Arco pagou aos bancos 6 por cento do IPO na Nasdaq em setembro.

A mudança é um sinal de que também têm crescido empresas brasileiras menos dependentes dos bancos locais, que no passado.

"As empresas não precisam de tanto crédito e estão menos inclinadas a escolher os bancos para suas transações de ações com base em empréstimos", disse Hans Lin, diretor de banco de investimentos do Bank of America no Brasil.

Mas alguns bancos domésticos estão reagindo.

O Itaú Unibanco, coordenador global do IPO de 220 milhões de dólares da Arco, está trabalhando para ampliar a atuação com empresas de tecnologia no Brasil.

"É contra-intuitivo pensar que um banco brasileiro levará uma oferta de ações fora do país, mas é o caso de ofertas no Brasil que são vendidas mais a estrangeiros", disse Roderick Greenlees, diretor de banco de investimento do Itaú BBA.

Mas bancos locais podem ter mais dificuldade para acessarem grandes investidores, como a Berkshire de Warren Buffett e a filial do Alibaba Ant Financial, que participaram do IPO da Stone em outubro.

Um atrativo dos EUA para certas startups brasileiras são as estruturas de capital que permitem aos acionistas controladores manter a maior parte do poder de voto. PagSeguro, Stone e Arco usaram essas estruturas, que são barradas localmente.

entry Dec 16 2018, 08:04 PM
Alemanha endurece regulação para afastar China de tecnologia estratégica

* por Dow Jones Newswires | Frankfurt

A Alemanha está tornando regras mais rigorosas para tornar mais difícil para companhias não europeias comprar fatias de empresas alemãs sem a aprovação do Estado, sinalizando uma preocupação crescente em Berlim sobre o avanço da China para adquirir tecnologia e know-how cruciais globalmente.

Os planos agressivos da China para comprar ativos ao redor do mundo forçou uma série de países a adotar medidas para escrutinar os investimentos, muitas vezes os bloqueando. A União Europeia recentemente concordou em estabelecer um quadro comum para combater nessa frente. Nos Estados Unidos, o Congresso avançou no fortalecimento dos procedimentos de sabatina para transações envolvendo tecnologia nativa.

Apesar disso, autoridades de segurança nacional americanas alertaram sobre como Pequim continua explorando tecnologia dos EUA para desenvolver a sua economia, elevando tensões entre os dois países em torno do comércio.

O gabinete de governo em Berlim deve aprovar na quarta-feira regras declarando que qualquer empresa estrangeira não europeia planejando comprar mais de 10% de uma companhia alemã envolvida em áreas como defesa, tecnologia ou mídia será sabatinada por autoridades do país, de acordo com pessoas familiarizadas com o plano. Desde 2017, o gatilho para esse escrutínio vinha sendo menos restrito, acionado pela aquisição de uma parcela de 25% ou mais.

A China não foi mencionada diretamente pela Alemanha como o alvo dessas regulações, mas, recentemente, Berlim bloqueou dois negócios de firmas da potência asiática. Em julho, o banco alemão KFW adquiriu uma fatia de 20% da holing do operador de sistemas de transmissão 50Hertz Transmission GmbH para afastar esforços da State Grid Corporation da China. No caso, "fundos de segurança nacional" foram citados.

entry Dec 15 2018, 08:17 PM
Desaceleração forte da China cria desafio para Xi Jinping

* por The New York Times | Dongguan | China

Consumidores e empresas da China estão perdendo a confiança. As vendas de carros despencaram. O mercado da habitação está tropeçando. Algumas fábricas estão antecipando a licença para o feriado do Ano-Novo lunar em dois meses.

A economia da China desacelerou acentuadamente nos dois últimos meses e talvez esteja oferecendo o maior desafio já encontrado pelo líder do país, Xi Jinping, em seis anos de governo.

Em casa, ele enfrenta escolhas difíceis que podem reanimar o crescimento mas agravar os problemas do país em longo prazo, como endividamento. No cenário mundial, ele se viu forçado a fazer concessões aos Estados Unidos com a intensificação da guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump.

Determinar o quanto isso pode prejudicá-lo vai depender de que trabalhadores chineses como Yu Hong mantenham empregos. Há alguns dias, Yu, 46, estava embarcando no trem para sua província de origem, Hubei, no centro da China, para quase três meses de licença não remunerada. A fábrica de lâmpadas em que trabalha em Dongguan reduziu drasticamente sua jornada de trabalho e seu pagamento.

"Todo o ambiente mudou", disse Yu. "Para trabalhadores migrantes como nós, o que importa é ganhar mais dinheiro."

Avaliar a magnitude da desaceleração é difícil, dada a baixa confiabilidade das estatísticas econômicas chinesas. Mas existem sinais de que os problemas estão se agravando.

Nesta sexta (14), a China anunciou crescimento surpreendentemente fraco nas vendas do varejo --menor ritmo em 15 anos-- e na produção industrial --o mais fraco em três anos, em novembro.

Muitos economistas dizem que a desaceleração é a pior desde a crise financeira mundial de uma década atrás, quando Pequim injetou trilhões de dólares na economia para impedir que o crescimento saísse dos trilhos.

"Xi Jinping comparou a China a um oceano que nenhuma tempestade pode abalar, mas a tempestade que surgiu agora é a maior" em muitos anos, disse Diana Choyleva, economista-chefe da Enodo Economics. Ela estima que o crescimento chinês tenha caído ainda mais que durante a crise.

Desde que a China iniciou seu processo de adesão à OMC (Organização Mundial do Comércio) e sediou a Olimpíada de 2008, não precisou recorrer à assistência de Washington ou de outras grandes capitais mundiais. Por muito tempo uma fonte de crescimento e uma influência estabilizadora durante a crise, a China se acostumou a negociar de uma posição de força.

Embora a guerra comercial com os EUA ofereça um bode expiatório cômodo, a culpa por qualquer desaceleração econômica prolongada recairia sobre ele.

Xi agora tem de lidar também com um ato de equilibrismo diplomático. As autoridades chinesas detiveram dois cidadãos canadenses, em aparente retaliação pela detenção de uma importante executiva chinesa de telecomunicações no Canadá, a pedido do governo americano. Mas a China adotou tom mais brando com Trump quanto à detenção e acusações separadas de hacking, porque uma escalada forte da guerra comercial poderia prejudicar o país.

Trump já está se sentindo em vantagem.

"A economia da China, se estiver com problemas, está com problemas só por minha causa", disse a Fox News na quinta (13), mencionando as tarifas impostas por seu governo.

A desaceleração começou antes da imposição de tarifas, mas elas prejudicaram a confiança de consumidores e empresas, e provavelmente incomodarão ainda mais.

Graças ao controle firme do governo sobre setores importantes, especialmente o financeiro, as autoridades têm mais botões a apertar do que praticamente qualquer outro país, em caso de desaceleração.

Os esforços de Pequim no segundo trimestre para reduzir a dependência das empresas chinesas quanto a empréstimos, uma grande causa da desaceleração econômica, estão sendo revertidos agora.

As autoridades regulatórias também ordenaram que os bancos façam mais empréstimos a empresas privadas. Ministros prometeram compensar as empresas que não demitam trabalhadores. Os controles ambientais estão sendo aplicados com menos severidade, o que facilita manter abertas as fábricas poluentes.

Economistas acreditam que o crescimento vá melhorar, pela metade do ano que vem. E a China até o momento parece ter evitado grandes cortes de emprego como os vistos durante a crise financeira.

Mas, abaixo da superfície, uma desaceleração forte está ganhando impulso. O investimento estrangeiro despencou, no mês passado. As vendas de automóveis caíram de forma recorde nos últimos três meses. A área residencial total construída, um indicador da saúde do mercado de habitação, despencou neste ano. E a confiança está em baixa entre os executivos de compras chineses.

entry Dec 14 2018, 08:28 PM
Drama do Brexit volta ao ponto de partida após cúpula intensa com May

* por AFP

Bruxelas, 14 dez 2018 (AFP) - O futuro do acordo do Brexit está em suspenso após o fim de uma reunião de cúpula agitada em Bruxelas, onde a União Europeia (UE) reiterou sua oposição a renegociá-lo à primeira-ministra britânica, Theresa May, que pediu "garantias" para conseguir sua difícil aprovação em Westminster.

Pedidos de "confiança", "conversa acalorada", declarações conjuntas modificadas na última hora... A reunião dos líderes da UE, com o Brexit como tema dominante, terminou sem uma mudança de posições e com a bola no campo britânico.

"Ainda há muito trabalho a fazer e vamos ter conversas nos próximos dias sobre como obter garantias adicionais que o Parlamento britânico precisa para aprovar o negócio", disse a premiê ao fim da reunião.

Seus parceiros europeus excluíram novamente "qualquer renegociação do acordo de saída", nas palavras do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e salientou que o problema está no Reino Unido, onde o acordo enfrenta uma maioria hostil de deputados de todos os grupos.

"Isto já não corresponde à UE, mas ao governo britânico e ao Parlamento britânico", disse primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que espera conhecer "em breve" quais "garantias" May precisa para garantir apoio do Parlamento.

Apesar da vitória de May em Londres para evitar a moção de censura, a rejeição em Westminster ao acordo de divórcio ainda é possível, especialmente por conta do mecanismo de último recurso acordado para evitar uma fronteira de bens entre Irlanda e Irlanda do Norte, conhecido como 'backstop'.

Os partidários do Brexit temem que país fique atrelado a um "território alfandegário comum" com a UE e nunca recupere sua liberdade comercial, caso o mecanismo entre em vigor pela falta de uma alternativa melhor nas negociações da futura relação comercial.

'Confusão' de May
Em um gesto a Theresa May, os 27 reiteram nesta quinta-feira sua promessa de trabalhar com rapidez em um acordo durante o período de transição para evitar a entrada em vigor do 'backstop' e que, caso seja utilizado, um "empenho máximo" para substituí-lo por outro pacto.

Os sócios europeus decidiram, no entanto, retirar da declaração um parágrafo sobre a disposição de conceder novas garantias, ante a "confusão" das palavras da 'premier' em seu discurso da véspera, antes do jantar dos mandatários, afirmou à AFP uma fonte diplomática.

A inquilina do número 10 da Downing Street defendeu nesta sexta-feira a declaração dos 27, que ressalta que o "backstop" será aplicado "apenas temporariamente", e defendeu seu "valor jurídico" por ser a conclusão de uma cúpula.

Suas palavras tentam convencer um Parlamento britânico hostil ao acordo Brexit, embora o partido sindicalista DUP, do qual ela depende para ter maioria na Câmara, tenha criticado a resposta da UE e pediu para May "confrontar" o bloco.

"A primeira-ministra prometeu mudanças juridicamente vinculantes", disse sua líder, Arlene Foster, que lembrou que o acordo que o bloco se recusou a reabrir, não tem o apoio do Parlamento britânico.

A chave para conseguir o primeiro acordo de divórcio de um país em seis décadas de projeto europeu está de fato entre os muros deste palácio de estilo neogótico, sede do Parlamento britânico às margens do Tâmisa.

"O fato é que, por razões políticas internas no Reino Unido, algumas pessoas tentam colocar em perigo a futura relação com a UE", afirmou o primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, para quem o problema está nos deputados britânicos.

'Conversa acalorada'
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, com quem a premiê britânica admitiu ter tido uma "conversa acalorada", capturada por fotógrafos, pediu para "esfriar o jogo", já que "há um texto de Westminster que vai contra a UE".

Diante de uma possível derrota, May adiou a votação, inicialmente prevista para a terça-feira, para janeiro (dia 21 no mais tardar) e iniciou uma ofensiva diplomática para tentar obter as "garantias corretas" dos sócios europeus de que o 'backstop' não será utilizado.

O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, que detém a presidência pro tempore da UE, abriu as portas para uma nova "discussão comum em janeiro" se a votação não for realizada na Câmara dos Comuns ou se seu resultado não for positivo.

"Politicamente, a bola está no campo britânico", disse o primeiro-ministro belga, Charles Michel, dizendo que "não foi decidido realizar uma reunião excepcional [dos presidentes] em janeiro".

Theresa May enfrenta críticas constantes à sua estratégia no Brexit tanto do grupo anti-UE, quanto da oposição trabalhista.

entry Dec 13 2018, 09:03 PM
Itália e UE se aproximam de acordo sobre Orçamento para evitar medidas disciplinares

* por Gavin Jones & Francesco Guarascio | Reuters

BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia e a Itália estão trabalhando para alcançar um acordo rapidamente sobre o Orçamento de 2019 do país, disseram ambos os lados nesta quinta-feira, após Roma se oferecer para cortar a meta de déficit para evitar a imposição de medidas disciplinares por Bruxelas.

A Comissão Europeia havia rejeitado a proposta anterior de Orçamento, que estabelecia a meta de déficit em 2,4 por cento do produto interno bruto anual da Itália, mas após semanas de ataques recíprocos, o primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou na véspera que está reduzindo a meta para 2,04 por cento.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos Pierre Moscovici disse que teve uma "reunião extremamente construtiva" em Bruxelas com o ministro da Economia italiano, Giovanni Tria, nesta quinta-feira.

"Estamos trabalhando com o objetivo de alcançar uma posição comum... quero fazer isso rapidamente", disse Moscovici a repórteres, acrescentando que a Itália havia feito um esforço "significativo" em direção a um meio termo.

As reuniões continuarão nos próximos dias, uma vez que Tria e sua equipe de especialistas planejam ficar em Bruxelas até que um acordo seja acertado, possivelmente até segunda-feira para permitir que o parlamento em Roma adote um Orçamento revisado antes do fim do ano, disseram autoridades da UE e italianas.

Os comentários de Moscovici ocorrem um dia após Conte apresentar o Orçamento revisado ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o que o executivo da UE considerou como "bom progresso".

A Comissão já havia dado os primeiros passos em direção à abertura de um procedimento disciplinar contra Roma que poderia manter a Itália sob pressão do mercado por um período prolongado e também levar a sanções financeiras.

"Há um desejo comum de alcançar uma solução", disse a porta-voz de Tria a repórteres após a reunião com Moscovici.

entry Dec 12 2018, 08:26 PM
Indiana Sterlite obtém empréstimo do Banco do Nordeste para linhas de transmissão

* por Luciano Costa | Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - A indiana Sterlite Power Grid assinou contrato com o estatal Banco do Nordeste (BNB) para obter financiamento para um empreendimento de transmissão de energia em Pernambuco, informou a companhia em nota nesta quarta-feira.

A operação, em um valor não revelado, financiará a construção de instalações orçadas em aproximadamente 164 milhões de reais, para as quais a elétrica assinou contrato após vencer um leilão de concessões para novos projetos de transmissão realizado pelo governo brasileiro em abril de 2017.

O projeto da Sterlite, chamado pela companhia de "Arcoverde", prevê a implementação de cerca de 130 quilômetros de linhas de energia e duas subestações e já tem obras em andamento.

"As torres já estão sendo erguidas e temos uma série de outras torres sendo montadas. Nossa previsão é que essa obra tenha uma antecipação importante em relação ao prazo original, dado os avanços que temos conseguido", disse o CEO da Sterlite no Brasil, Rui Chammas, em nota.

A companhia também não divulgou os termos do financiamento assinado junto ao BNB, controlado pelo governo federal e voltado a financiar projetos que fomentem o desenvolvimento na região Nordeste.

Pelo contrato de concessão, o projeto precisaria entrar em operação comercial em agosto de 2021.

A Sterlite já assinou contratos para nove empreendimentos de transmissão de energia no Brasil, que deverão demandar cerca de 7 bilhões de reais nos próximos anos.

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