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entry Mar 24 2024, 09:24 PM
Preço ainda mantém hidrogênio verde longe do mundo real

* por Estadão

A distância entre a sustentabilidade energética e o mundo real ainda é muito grande, e a substituição pelo hidrogênio verde será mais lenta do que se imagina, principalmente no Brasil, onde o marco regulatório do combustível não foi aprovado. A grande barreira ainda é o preço, avalia o presidente e um dos fundadores da Associação Brasileira de Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis (Abhic), Sergio Costa, que mesmo assim destaca que o País não está parado, e tem sim potencial para ser grande exportador do "novo petróleo".

De acordo com levantamento da McKinsey & Company, nos próximos 20 anos o Brasil deve receber US$ 200 bilhões em projetos de hidrogênio verde. Costa aponta pelo menos 10 empreendimentos em andamento que somam mais de US$ 20 bilhões, a maioria no Nordeste, atraídos pela geração de energia elétrica renovável. A gigante Petrobras entrou agora nessa corrida, o que poderá acelerar o processo. Mas, assim como outras petroleiras, tem mais observado do que investido, destaca Costa.

"As 'big oil companies' não estão com a estratégia de correr com a transição energética, como as europeias Shell, BP, e TotalEnergies. As grandes empresas americanas, que são a Exxon e a Chevron, basicamente têm uma estratégia de sentar e esperar para ver", disse Costa ao Broadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Assim como o petróleo, o hidrogênio verde é usado para produzir derivados, como amônia e metanol, que podem ser utilizados em várias indústrias, como a de fertilizantes e transporte. Somente no Ceará, os projetos de hidrogênio verde têm previsão de gerar 10 gigawatts (GW) de energia para fazer a eletrólise (processo que separa o hidrogênio do oxigênio da água), alguns já levando em conta a instalação de usinas eólicas "offshore".

Uma das preocupações de Costa, porém, é a energia intermitente das renováveis do Nordeste, o que pode encarecer o custo de produção do hidrogênio verde.

"Em projetos de energias renováveis eólicas e solar, o custo caiu muito e é por esse motivo que teve entrada tão grande dessas fontes. Só que na indústria foi feito um desacoplamento da operação. A galera lastreia essas fontes pelo custo de implantação, mas sem o custo de operação. Quanto custa para implantar e operar? Toda vez que você entra em fontes renováveis, você tem que ter um custo para cobrir com outra fonte de geração para não faltar energia", explica o executivo.

Azul
Por produzir muito gás natural, os Estados Unidos têm se dedicado mais à produção do hidrogênio azul, que consiste na captura do carbono do hidrogênio produzido com o combustível fóssil. "Eles estão avançando, mas lá tem uma visão diferente, eles estão focados no hidrogênio azul, porque eles têm muito gás natural e eles capturam o carbono e fazem o hidrogênio azul para substituir o hidrogênio cinza (de petróleo)", informa, ressaltando que nos EUA, mesmo os fundos de investimento ditos "green" (verdes), têm ativos de petroleiras para garantir a rentabilidade.

Costa informa que o quilo do hidrogênio cinza custa hoje de US$ 1,50 a U$ 2,00, enquanto o hidrogênio verde está na faixa de US$ 5,00 a US$ 6,00 o quilo, dependendo do método. "O preço é quatro vezes maior, e como podemos tirar esse 'gap'? Com o avanço tecnológico e com a melhoria da produção do hidrogênio, como aconteceu com a eólica e a solar", diz.

Regulação
Para ele, é fundamental que o Brasil aprove o marco regulatório do setor até meados deste ano, para que os projetos comecem a sair do papel, e que, além disso, o governo consiga dar um tratamento tributário diferenciado para estimular o crescimento do novo combustível.

"Você cria o marco regulatório, mas tem que criar as condições para se desenvolver. Tem a possibilidade do Brasil se tornar um grande exportador, os derivados do hidrogênio virarem uma commodity, já que você vai produzir uma série de combustíveis a partir do hidrogênio", afirma. "Como tributar uma indústria que não existe? É melhor ganhar menos e deixar a indústria crescer e aumentar o tributo no futuro", sugere.

Costa avalia que por falta de estrutura de gasodutos no País, é possível que ao contrário da Europa, que está adaptando seus gasodutos para receber hidrogênio, os projetos no Brasil se mantenham nas regiões portuárias, com as exportações ajudando a criar um mercado interno de hidrogênio verde.

"A nossa estrutura no Brasil de gasoduto é muito fraca. No Brasil deve acontecer por 'hubs'. As fábricas de hidrogênio vão estar muito próximas aos que vão consumir ou exportar o combustível. Por isso os estudos nos portos que Ceará, Piauí, Bahia e Pernambuco estão fazendo. Para quando sair a regulação [do hidrogênio verde], poderem prosseguir sem perder o 'timing'", conclui.

entry Mar 23 2024, 09:05 PM
União Europeia não quer acordo entre ITA Airways e Lufthansa, diz ministro italiano

* por Giuseppe Fonte | Reuters

ROMA (Reuters) - As autoridades da União Europeia estão relutantes em apoiar uma parceria entre as companhias aéreas ITA Airways e Lufthansa e a Itália tem “lutado” contra a posição do bloco há 10 meses, disse o ministro italiano da Economia, Giancarlo Giorgetti, neste sábado.

A companhia aérea alemã está buscando uma participação de 41% na rival estatal italiana por 325 milhões de euros como parte de um aumento de capital e espera este mês uma declaração de objeções da Comissão Europeia expondo preocupações.

"Estamos lutando há cerca de 10 meses contra a UE, que não quer ou permite que façamos este acordo", disse o ministro em um evento em Roma.

O regulador da concorrência na Europa alertou no início deste ano que as concessões inicialmente oferecidas pela Lufthansa, que havia dito estar preparada para oferecer soluções específicas, eram insuficientes em termos de abrangência e eficácia para abordar as preocupações com a concorrência.

"A Europa só é capaz de produzir uma montanha de regras que sufocam o espírito empreendedor e a criação de sinergias", acrescentou Giorgetti.

entry Mar 22 2024, 08:28 PM
Presidente do Eurogrupo mostra confiança em meta de inflação e avalia BCE com decisões corretas

* por Estadão

O presidente do grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo), Paschal Donohoe, e também ministro de Finanças da Irlanda, afirmou nesta sexta-feira, 22, que a zona do euro deve ter crescimento econômico neste ano, embora "não tão elevado quanto gostaríamos", enquanto a inflação continuará a cair.

Donohoe demonstrou confiança de que a meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE) será atingida, e avaliou que decisões corretas têm sido tomadas para atingir esse objetivo.

entry Mar 21 2024, 08:59 PM
BCE: Inflação segue elevada, mas vai retornar à meta após esfriamento da alta de salários

* por Estadão

A inflação vai continuar sua tendência descendente nos próximos meses, afirma o Banco Central Europeu (BCE) em boletim econômico divulgado quinta-feira, 21,. Segundo a instituição, a inflação deve retornar à meta conforme os custos de trabalho fiquem mais moderados e os efeitos do choque energético na Europa continuem se dissipando.

De acordo com o texto, porém, atualmente as pressões internas sobre preços continuam excessivamente elevadas, em parte devido ao crescimento ainda robusto dos salários, e também pela queda da produtividade do trabalho no bloco econômico. Os dados recentes começam a dar os primeiros sinais de abrandamento no crescimento dos salários, diz o BCE, o que pode ser positivo.

O boletim destaca também que a economia do bloco econômico continua excessivamente fraca, e agora deve entrar em período de recuperação gradual, até o fim de 2024. À medida que a inflação diminui e os salários continuam a crescer, os rendimentos reais irão recuperar, apoiando o crescimento, espera o BCE.

Mesmo assim, os riscos para o crescimento econômico estão voltados para o sentido descendente. "O crescimento econômico pode ser menor se os efeitos da política monetária se revelarem mais fortes do que o esperado", escreve o boletim, conforme os aumentos de taxas anteriores pelo BCE continuam a ser transmitidos à economia. Além disso, uma economia mundial mais fraca ou impactos maiores na geopolítica global podem pesar sobre o processo desinflacionário, diz a instituição.

entry Mar 20 2024, 08:31 PM
Queda do CPI no Reino Unido 'abre portas para cortes de juros pelo BoE', afirma ministro

* por Estadão

O ministro de Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, disse nesta quarta-feira, 20, que a queda da inflação do Reino Unido mostrada por dados publicados mais cedo "abre as portas para cortes de juros pelo Banco da Inglaterra" (BoE, pela sigla em inglês), segundo a mídia britânica.

Em fevereiro, a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) britânico desacelerou para 3,4%, ante 4% no mês anterior, atingindo o menor nível desde setembro de 2021.

Hunt afirmou que o plano do governo britânico "está funcionando" e que a inflação se encaminha para voltar à meta oficial de 2% do BoE "em questão de meses".

Ele destacou também o acentuado recuo da inflação desde que Rishi Sunak assumiu como primeiro-ministro do Reino Unido, em outubro de 2022, quando o CPI anual estava em 11%.

Analistas da Capital Economics e do ING preveem que a inflação britânica diminuirá para menos de 2% nos próximos meses, mas acreditam que o BoE aguardará mais dados antes de considerar eventuais cortes de juros.

Para o ING, a hipótese mais provável é que a primeira redução do juro britânico virá em agosto.

Para a reunião da quinta-feira, 21, o consenso dos analistas é de que o BoE deixará seu juro básico inalterado em 5,25% pela quinta vez consecutiva.

entry Mar 19 2024, 08:21 PM
Bancos centrais desenvolvem IA para avaliar riscos relacionados ao clima

* por Huw Jones | Reuters | Londres

Chefes de bancos centrais disseram nesta terça-feira (19) que novos caminhos foram abertos para usar a inteligência artificial para coletar dados e avaliar os riscos financeiros relacionados ao clima.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS), um fórum de bancos centrais, mais o Banco da Espanha, o Bundesbank da Alemanha e o Banco Central Europeu disseram que seu projeto experimental de IA batizado de Gaia foi usado para analisar as divulgações das empresas sobre emissões de carbono, emissão de títulos verdes e compromissos de neutralidade de carbono.

Os bancos centrais, que regulam bancos comerciais, seguradoras e gestores de ativos, precisam de dados de alta qualidade para avaliar o impacto das mudanças climáticas sobre as instituições financeiras.

No entanto, a ausência de um único padrão de relatório os deixa com uma colcha de retalhos de informações públicas espalhadas por textos, tabelas e notas de rodapé nos relatórios anuais.

A ferramenta Gaia conseguiu superar diferenças nas definições e estruturas de divulgação entre as jurisdições para oferecer a tão necessária transparência e facilitar a comparação de indicadores sobre riscos financeiros relacionados ao clima, afirmaram os bancos centrais em uma declaração conjunta.

Apesar das variações na forma como os mesmos dados são informados pelas empresas, o Gaia se concentra na definição de cada indicador, e não na forma como os dados são rotulados.

Além disso, com a abordagem tradicional, cada indicador-chave de desempenho adicional, ou KPI, e cada nova instituição exige que o analista busque as informações em relatórios corporativos públicos ou entre em contato com a instituição para obter informações.

"Com o Gaia, adicionar novos KPIs ou novas instituições é rápido e fácil. Isso possibilita extrair e analisar uma infinidade de KPIs de inúmeros instituições, abrindo a possibilidade de análise de risco climático em uma escala que antes era inimaginável."

As empresas listadas, incluindo bancos e seguradoras, enfrentam novas divulgações obrigatórias relacionadas ao clima conforme as novas regras globais, dos EUA e da União Europeia, o que levará a informações mais detalhadas, em comparação com as abordagens voluntárias até o momento.

O Gaia analisou 20 indicadores-chave de 187 instituições financeiras ao longo de cinco anos a partir de documentos em inglês e um pequeno número em espanhol e alemão.

Os resultados mostraram que mais empresas financeiras estão se comprometendo com metas de zero emissões líquidas e emitindo títulos verdes, mas não de maneira uniforme em todo o mundo.

"O design flexível pode servir de modelo para aplicativos habilitados para IA em uma gama mais ampla de casos de uso para bancos centrais e o setor financeiro."

Os bancos centrais disseram que um possível próximo passo seria tornar o Gaia disponível publicamente como um serviço aberto baseado na Web para analistas.

entry Mar 18 2024, 08:20 PM
Nvidia anuncia novo superchip para consolidar liderança em IA

* por Camilla Hodgson e Michael Acton | Financial Times | San Jose

A Nvidia anunciou nesta segunda-feira (18) chips voltados para inteligência artificial mais poderosos do que seus antecessores, que já lideram o mercado, enquanto busca estender sua liderança em um setor ainda nascente.

O CEO da empresa, Jensen Huang, disse que as unidades de processamento gráfico (GPU, na sigla em inglês) da linha Blackwell aumentarão expressivamente o poder de computação por trás dos grandes modelos de linguagem (LLMs).

A GPU Blackwell tem 208 bilhões de transistores, mais que o dobro dos 80 bilhões do H100 do ano passado.

"Gostaria de apresentar a vocês uma GPU muito, muito grande", disse Huang para uma plateia lotada no SAP Center em San Jose, na Califórnia, onde a Nvidia realiza sua conferência anual para desenvolvedores.

Huang disse que o chip é duas vezes mais poderoso no treinamento de modelos de IA do que a geração atual de GPUs, e tem cinco vezes mais capacidade de "inferência" —a velocidade com que modelos de IA como o ChatGPT podem responder a perguntas.

Os principais provedores de serviços em nuvem, Google, Amazon e Microsoft, estão "na fila como consumidores" para o que será "o lançamento mais bem-sucedido de nossa história", disse Huang. "Todo o setor está se preparando para o Blackwell."

A chegada da arquitetura Blackwell —nomeada em homenagem a David Blackwell, o primeiro acadêmico negro a ser eleito para a Academia Nacional de Ciências dos EUA— é cercada de expectativas. Seu antecessor, Hopper, impulsionou as receitas da Nvidia ao desenvolver o campo de chips aceleradores de IA.

O produto principal dessa linha, o H100, tornou-se um dos itens mais valorizados no mundo da tecnologia —custando dezenas de milhares de dólares por chip.

Os chips da Nvidia se tornaram a matéria-prima que sustentou a revolução da IA generativa, e a alta das ações da empresa impulsionou Bolsas do mundo todo nos últimos meses.

Empresas como a OpenAI, financiada pela Microsoft, entre outras, gastaram bilhões de dólares para adquirir os chips da Nvidia, que oferecem o poder de computação necessário para fazer funcionar a IA generativa, aquela que pode criar textos, vídeos e códigos de programação em segundos.

O valor de mercado da empresa atingiu US$ 2,2 trilhões, ultrapassando Google e Amazon e se tornando a terceira empresa mais valiosa dos EUA, atrás da Microsoft e da Apple. As ações da Nvidia tiveram pouca variação no pós-mercado.

entry Mar 17 2024, 08:45 PM
Avon International enquanto estuda cisão

* por Estadão

Como consequência das medidas de otimização operacional nos últimos dois anos, a Avon International mostrou evolução das margens. A margem Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada da unidade de negócios ficou em 11,3% no quarto trimestre de 2023, um aumento de 550 pontos porcentuais em relação ao mesmo período de 2022. A margem Ebitda é um indicador da rentabilidade operacional de uma empresa.

A potencial cisão da unidade de negócios da Natura &Co, para uma eventual listagem em separado, porém, não tem relação com a melhora das margens. A Natura &Co anunciou a possibilidade de uma cisão da Avon no começo de fevereiro. Os estudos estão em fases iniciais, explicou a companhia em coletiva, após a divulgação do balanço do último trimestre do ano passado.

No processo recente de mudanças na empresa, cada vertical ganhou mais autonomia, diz o CEO Fábio Barbosa. "Com isso, passamos a pensar que, se as unidades já estão independentes, por que elas não podem ter ações diferentes? Tem o investidor que quer investir na América Latina, mas na ação de Natura ele também tem exposição à Europa, Turquia. O estudo atual é pela ótica de conveniência ao investidor", afirma. Ele aponta que o processo é ainda incipiente e ainda não há ideia de prazos. De qualquer maneira, o executivo afirma categoricamente que não há nenhum interesse em se desfazer da Avon.

O diretor financeiro Guilherme Castellan aponta que, ainda que as margens de Avon tenham melhorado, é muito difícil que a marca chegue ao patamar da marca Natura. "Vemos com bons olhos o trabalho que foi feito. Há grande potencial para maior extração de margem. Mas a Natura opera em segmento mais alto, vende produtos mais caros com margem bruta muito maior."

Barbosa indica que, com uma condição um pouco mais confortável, a partir de agora haverá mais investimento em marketing para as marcas. "No caso da Avon International, isto será em alguns países, naqueles em que há maior potencial", diz.

O plano de transformação na Natura começou há dois anos com a busca por maior eficiência. Esse objetivo vem sendo materializado, de acordo com a gestão, e o resultado do quarto trimestre de 2023 mostra isso. O processo está na chamada "Onda 2" de integração das marcas, após a aquisição da Avon em 2020. A companhia apresentou avanço sequencial na rentabilidade.

A margem Ebitda consolidada da Natura&Co ficou em 10,1% no trimestre passado, alta de 370 p.p. (ou +510 p.p. se excluído o efeito contábil da hiperinflação argentina). A melhora veio devido ao avanço da margem bruta e menores despesas gerais e administrativas, aponta o release de resultados da companhia.

Estrutura de capital
Castellan indica que a companhia vislumbra um ponto ótimo para estrutura de capital, que colocaria a alavancagem de uma vez a 1,5 vez de dívida líquida por Ebitda. "Não vamos chegar nisso da noite para o dia. As ações que tomamos no passado nos deram uma posição de caixa forte no final do ano. Temos prognóstico de geração de caixa no futuro. Isto já permite começar devagar a entrar na estrutura ótima de capital", afirma.

Em linha com isto, a empresa anunciou dividendos referentes ao exercício social de 2023 no total de R$ 979,176 milhões.

Barbosa indica também que, com a condição um pouco mais confortável, a partir de agora haverá mais investimento em marketing para as marcas. "No caso da Avon Internacional, isso será em alguns países, naqueles em que há maior potencial", diz.

entry Mar 15 2024, 09:31 PM
Montadoras dos EUA buscam fabricar mais híbridos à medida que vendas de veículos elétricos desaceleram

* por Joseph White | Reuters

DETROIT (Reuters) - Com o aumento das vendas de veículos híbridos gasolina/elétricos nos Estados Unidos e o arrefecimento das vendas de veículos elétricos, as montadoras e os fornecedores estão apostando que a demanda dos consumidores por um meio-termo entre o carro totalmente a combustão e o totalmente elétrico é uma tendência duradoura.

As montadoras e os fornecedores estão elevando a capacidade de fabricação de veículos híbridos gasolina/elétricos e híbridos plug-in para o mercado dos EUA, respondendo ao aumento da demanda dos consumidores pela tecnologia que a General Motors e outras montadoras planejavam eliminar gradualmente em favor de frotas totalmente elétricas, disseram executivos e analistas do setor.

As vendas de híbridos nos EUA cresceram cinco vezes mais rápido do que as vendas de veículos elétricos em fevereiro, segundo Morgan Stanley. Uma versão híbrida plug-in do SUV Jeep Wrangler foi responsável por metade das vendas totais de Wrangler nos EUA no segundo semestre de 2023, em comparação com 37% no primeiro semestre do ano, disse a Stellantis.

As vendas de híbridos da Ford Motor aumentaram quase 37% nos dois primeiros meses do ano, impulsionadas pela demanda pelo caminhão compacto Maverick híbrido, que custa a partir de 25.315 dólares.

"O carro mais badalado em nosso estacionamento no momento é o Maverick híbrido", disse Scott Simmers, gerente geral da Palm Springs Motors em Cathedral City, Califórnia.

O Maverick híbrido responde agora por cerca de metade das vendas do modelo e os revendedores disseram que poderiam vender mais se a Ford pudesse fabricá-los.

"Tivemos que nos apressar para aumentar a capacidade do Maverick", afirmou à Reuters Jim Baumbick, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Ford. "Adicionamos um terceiro turno inteiro para responder à demanda."

A mudança do setor em direção aos híbridos desafia as políticas climáticas pró-veículos elétricos do governo Biden e os grupos ambientais que querem que as montadoras eliminem os motores de combustão interna, emissores de CO2, o mais rápido possível.

A Casa Branca deve emitir este mês padrões de emissões de CO2 para veículos para forçar os fabricantes de automóveis a aumentar a parcela de veículos totalmente elétricos que vendem para até 60% até 2030.

No entanto, as eleições presidenciais de novembro nos EUA colocam em risco os subsídios para veículos elétricos e as normas de emissões da Casa Branca. A maioria das montadoras antigas perde dinheiro com VEs e os híbridos são um caminho mais lucrativo para reduzir as emissões de CO2 se um futuro governo mudar de rumo, disseram analistas.

"Os híbridos são uma grande proteção contra uma mudança administrativa que esfrie o impulso do ponto de vista regulatório", disse Mark Wakefield, chefe de prática automotiva global da AlixPartners.

Liderada por Toyota, Ford e Honda, a produção norte-americana de híbridos pode chegar a 20% da produção total de veículos leves até 2025, em comparação com 14% para veículos elétricos, de acordo com dados fornecidos à Reuters pela AutoForecast Solutions.

"Embora a perspectiva de veículos elétricos tenha sido reduzida em cerca de um milhão de unidades no último ano, os modelos híbridos aumentaram aproximadamente o mesmo volume", disse o vice-presidente da AFS, Sam Fiorani, à Reuters.

INVESTINDO NA DEMANDA DE HÍBRIDOS
Fornecedores como Schaeffler estão fazendo investimentos de longo prazo para expandir a capacidade de produção de híbridos.

A empresa alemã planeja investir 230 milhões de dólares em uma nova fábrica em Dover, Ohio, para aumentar a produção de eixos elétricos usados em sistemas de acionamento híbrido. Atualmente, a Schaeffler fornece componentes-chave para os sistemas híbridos oferecidos nas picapes Ford F-150.

A Ford afirmou que planeja dobrar a participação das F-150 híbridas para 20% das vendas. Marc McGrath, chefe das operações da Schaeffler nos Estados Unidos, disse à Reuters que espera uma adoção ainda mais ampla de sistemas de propulsão híbridos para picapes pesadas e grandes veículos utilitários esportivos.

"Estamos discutindo com todas as principais montadoras desse segmento", afirmou McGrath.

A Toyota, há muito tempo líder no mercado de híbridos dos EUA, planeja aumentos significativos no número de modelos híbridos e nas vendas gerais de híbridos, disse o chefe da marca Toyota, David Christ, à Reuters.

"No ano passado, 29% das vendas foram de híbridos. No acumulado do ano, são 37%. Esperamos que este ano chegue perto de 45% de nosso volume total", declarou Christ.

entry Mar 14 2024, 08:13 PM
Adobe lucra acima da expectativa no 1º tri fiscal, mas reduz projeções



A Adobe, empresa de software de mídia digital e marketing, superou as expectativas para o primeiro trimestre fiscal, mas deu uma previsão fraca para o trimestre atual. A empresa sediada em San Jose, Califórnia, teve lucro ajustado por ação de US$ 4,48, e vendas de US$ 5,18 bilhões no trimestre encerrado em 1º de março.

Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro da Adobe de US$ 4,38 por ação e vendas de US$ 5,14 bilhões.

No mesmo trimestre do ano anterior, a Adobe lucrou US$ 3,80 ajustados por ação, e teve vendas de US$ 4,66 bilhões.

Junto do balanço, a companhia também atualizou para baixo sua projeção de lucro para o trimestre atual.

No after hours de Nova York, os papéis da Adobe caíam 10,51% às 17h50 (de Brasília).

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