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Entradas em March 2023

entry Mar 22 2023, 09:47 PM
BCE deve seguir com decisões dependentes de dados, diz membro de conselho

* por Estadão

Membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Fabio Panetta afirmou nesta quarta-feira, 22, que a instituição deverá seguir com decisões dependente de dados, evitando pré-compromissos nas próximas decisões. Porém, ele fez a ressalva de que o aperto monetário deve ser calibrado com prudência.

O dirigente participou de evento em Frankfurt e destacou que, diante das tensões financeiras do sistema bancário, é necessário adaptar a política monetária aos riscos financeiros e aos fatos geopolíticos, além de considerar a forma como os choques econômicos estão sendo transmitidos na economia.

De acordo com Panetta, o aperto global também pode ser amplificado pelas recentes tensões financeiras nos mercados bancários. "Além de seu impacto na confiança, essas tensões bancárias tornarão os bancos mais sensíveis a saídas de depósitos, induzindo-os a transferir os aumentos de juros mais rapidamente - e em maior medida - para seus clientes em ambos os lados do balanço."

Panetta ainda acrescentou que o BCE deve estar preparado para intervir em caso de disfunções do mercado.

Estabilidade de preços
O dirigente do BCE afirmou ainda que a instituição deverá manter o foco no mandato principal de garantir a estabilidade de preços e manter a postura desinflacionária até haver sinais concretos de que a inflação está retornando à meta de 2% ao ano.

Segundo o membro do Conselho do BCE, as expectativas da inflação segue ancoradas com a meta, mas a preocupação da persistência da inflação torna a projeção do núcleo mais desafiadora.

Para Panetta, há um movimento de empresas para aumentar a margem de lucro ao manter os preços altos, apesar da diminuição dos valores no atacado. "Precisamos monitorar os riscos de que a espiral de preço-lucro torne o núcleo da inflação mais rígido."

Ainda, apesar do crescimento dos salários nos próximos três anos estarem consistentes com as projeções, o BCE não pode eliminar o cenário de uma aceleração mais forte, segundo Panetta.

Fraqueza de demanda
O dirigente do BCE destaca que, apesar da demanda vir apresentando sinais de arrefecimento na zona do euro e nos Estados Unidos, as incertezas sobre as condições globais de oferta e demanda seguem elevadas.

Panetta aponta que a reabertura da China poderá ter um efeito ambíguo na inflação global, podendo reduzir os preços dos setores em que o país possui mercado de exportação, mas também podendo elevar valores de commodities ou em outros produtos nos quais a China é grande importadora.

entry Mar 21 2023, 09:35 PM
Movida vai comprar quase 20 milhões de ações em circulação

* por Fabrício de Castro | Reuters

(Reuters) - A Movida, que atua no setor de aluguel de veículos, informou na noite desta terça-feira, por meio de fato relevante, que pretende recomprar 19.967.633 ações ordinárias que estão em circulação no mercado, o que representa cerca de 15% do total de papeis nas mãos de investidores.

Segundo a Movida, o programa de recompra de ações terá duração de 18 meses, com previsão de encerramento em 21 de setembro de 2024. O objetivo, conforme a companhia, é maximizar o valor ao acionista.

A empresa informou ainda que existem atualmente 133.117.551 ações em circulação, além de 2.900.561 papéis em tesouraria.

Os recursos para o programa de recompra de ações virão do montante global das reservas de lucro e de capital disponíveis, constantes das últimas demonstrações financeiras.

entry Mar 21 2023, 09:12 PM
Compra do Credit alivia mas não afasta crise

* por Estadão | Nova York e São Paulo

O acordo para a compra do Credit Suisse pelo UBS trouxe algum alívio no mercado financeiro nesta segunda, 20, mas foi incapaz de eliminar por completo as preocupações com a saúde do sistema bancário global. Na Europa e nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam em alta, mas, na Ásia, houve queda. No Brasil, o Ibovespa recuou 1,04%. Em Zurique, a ação do Credit caiu 55,74% e a do UBS subiu 1,26%.

Anunciado no domingo, 19, o negócio de US$ 3,25 bilhões encampado pelo UBS marcou apenas mais um capítulo do abalo recente no sistema bancário, depois da quebra de dois bancos médios nos EUA - Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank - e da crise no First Republic Bank.

"Parece que o caso do Credit Suisse foi encaminhado, mas ninguém sabe se outras instituições terão problema. Tem uma preocupação com o contexto global", diz Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências.

Na defensiva
O economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani, acrescenta que as informações sobre a transação suíça são escassas, o que dificulta uma análise mais consolidada por parte dos agentes do mercado. "Todo mundo está sem muita informação e esperando. Quando o mercado está sem informações, o prêmio de risco aumenta."

Para Padovani, a sinalização dada pela presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, de que os principais BCs do mundo possam atuar de forma coordenada para conter a crise também deixa os investidores cautelosos. "Isso sugere que as autoridades estão preocupadas."

O dia também foi marcado por um outro temor. Na venda do Credit Suisse, os títulos de maior risco, que somavam cerca de US$ 17 bilhões, tiveram de ser eliminados para que a conta pudesse fechar para o UBS, o que catapultou uma nova onda de temor, com reflexos no mercado global de títulos de dívida (os chamados bonds). A principal preocupação de investidores é de que eles podem estar expostos a um risco maior do que previam em relação aos bancos.

Entre os títulos que os bancos usam para captar recursos e atender exigências regulatórias de capital, um dos mais comuns é AT1 ou 'Additional Tier 1 Bonds', um instrumento de dívida subordinada semelhante a um bônus perpétuo, ou seja, sem data de vencimento, sem garantia e não conversível. Nesse instrumento, o banco não paga o valor do principal captado, mas juros aos investidores que compram. Quando o capital de um banco cai abaixo de um determinado nível mínimo, o regulador pode forçar a conversão desses papéis ou simplesmente eliminá-los, o que ocorreu com o Credit Suisse.

Embora haja uma preocupação internacional com o setor bancário, os analistas dizem que o cenário atual é diferente do observado na crise financeira de 2008 e 2009. Nos últimos anos, a regulação ficou mais dura, os bancos centrais parecem agir agora de forma mais rápida do que fizeram no passado, e as instituições financeiras estão menos alavancadas.

Sobreposição com o UBS gera apreensão no escritório em SP
No escritório do Credit em São Paulo, a segunda-feira foi mais de perguntas do que de respostas. Um executivo, que pediu para não ter o seu nome revelado, descreveu o dia como "bastante agitado, cheio de dúvidas" e contou que havia recebido várias ligações de clientes em busca de entender o que estava acontecendo.

Entre as preocupações na equipe, estava o risco de demissões com a sobreposição dos negócios com o UBS na área de banco de investimento e a potencial venda de novas partes do negócio.

Os bancos ainda não detalharam como as operações brasileiras serão afetadas. No País, as duas instituições têm atividades parecidas, com o foco na gestão de grandes fortunas, em fusões e aquisições e na emissão de dívidas de companhias e ações. "Nenhum deles se envolveu no varejo quando houve uma onda de estrangeiros", disse Luis Miguel Santacreu, analista de risco da Austin Rating.

Os dados do BC mostram que em 2022 o Credit Suisse tinha cerca de R$ 42 bilhões em ativos e o UBS, R$ 1,2 bilhão.

entry Mar 20 2023, 09:35 PM
Bancos dos EUA pedem às autoridades proteção de todos os depósitos

* por AFP | San Francisco

Um grupo de bancos médios dos Estados Unidos pediu à autoridade reguladora federal que garanta, durante dois anos, todos os depósitos de seus clientes, mesmo acima do limite habitual de US$ 250 mil, para evitar um fenômeno de contágio após a falência do banco SVB (Silicon Valley Bank) –informou a agência Bloomberg .

Essa medida "deteria, de imediato, o êxodo de clientes dos bancos menores, estabilizaria o setor bancário e reduziria, em grande medida, o risco de novas falências", argumentou a Mid-Size Bank Coalition of America em uma carta às autoridades, informou ontem a agência especializada em notícias econômicas.

As recentes falências do Silicon Valley Bank e do Signature Bank estão causando uma crise de confiança no setor.

Muitos clientes de bancos similares sacaram seu dinheiro para depositá-lo em bancos maiores, como JPMorgan Chase e Bank of America, considerados importantes demais para o Estado não resgatá-los em caso de crise.

Os depósitos nos Estados Unidos são protegidos pelo regulador bancário, a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), até um valor máximo de US$ 250 mil.

O valor de mercado das ações do First Republic Bank caiu 80% esta semana. Com sede em San Francisco, ele é o 14º maior banco dos Estados Unidos em volume de ativos.

"Independentemente da saúde geral do setor bancário, há uma erosão da confiança em todos, exceto nos maiores bancos", insistiu a coalizão, segundo a Bloomberg.

A Mid-Size Bank Coalition of America pediu ao FDIC, ao Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e à secretária do Tesouro, Janet Yellen, que "restaurem a confiança".

O grupo de bancos se propõe a financiar essa medida, mediante o aumento do valor das contribuições que pagam à FDIC para garantir os depósitos.

Na quinta-feira (16), 11 grandes bancos americanos se comprometeram a depositar um total de US$ 30 bilhões em contas do First Republic.

Bank of America, Citigroup, JPMorgan Chase e outras oito instituições esperam, com isso, mostrar sua "confiança no sistema bancário" do país, de acordo com um comunicado conjunto.

entry Mar 19 2023, 08:07 PM
Para membros do BCE, juros precisam continuar subindo na Europa para combater inflação

* por Reuters

O BCE (Banco Central Europeu) provavelmente precisará aumentar ainda mais as taxas de juros para conter a inflação, disseram neste sábado (18) os dois principais membros "hawks", isto é, mais inclinados às altas de juros, do Conselho do BCE, minimizando o risco de uma repetição da crise financeira de 2008.

Os comentários dos chefes dos bancos centrais da Áustria e da Bélgica apoiam as observações de dois colegas - seus pares eslovaco e lituano - feitas na última sexta-feira (17), e pressionam por aumentos de juros para domar a inflação, que acumula 8,5% em 12 meses na Zona do Euro.

O BCE elevou as taxas de juros, conforme prometido, em 0,50 ponto percentual na última quinta-feira (16), mantendo-se firme na sua luta contra a inflação e contrariando pedidos de alguns investidores para adiar a política de aperto monetário até que a turbulência no setor bancário diminua.

Robert Holzmann, da Áustria, e Pierre Wunsch, da Bélgica, disseram que provavelmente será necessário promover novas altas.

"A inflação está se provando ser muito mais resiliente do que se pensava", disse Holzmann a uma rádio na Áustria. "Eu espero mais aumentos de juros". Ele acrescentou que a extensão das altas futuras dependeria dos dados econômicos.

Desde julho do ano passado, o BCE já elevou os juros em 350 pontos-base, subindo sua taxa de refinanciamento de referência para 3,5% na quinta-feira

entry Mar 18 2023, 08:35 PM
UBS negocia compra do Credit Suisse, diz Financial Times

* por Stefania Spezzati e Oliver Hirt | Reuters
reportagem de Pete Schroeder, Jeff Mason e Costas Pitas | Washington
Shankar Ramakrishnan e Chuck Mikolajczak | Nova York
Sumeet Chatterjee, Joice Alves | Londres
Alexandra Hudson | Zurique
Francesco Canepa | Frankfurt
Medha Singh | Bengaluru
Noel Randewich | Oakland

(Reuters) - O UBS está em negociações para assumir o controle total ou parcial do Credit Suisse, informou o jornal Financial Times.

A medida vem após um financiamento de emergência junto ao banco central suíço dar um alívio apenas temporário ao Credit Suisse, cujas ações voltaram a despencar no pregão desta sexta-feira.

Os conselhos dos dois maiores bancos da Suíça devem se reunir separadamente no fim de semana para discutir um acordo, disse o Financial Times, citando várias pessoas informadas sobre as negociações.

As ações do Credit Suisse saltaram 9% nas negociações pós-mercado depois da reportagem do jornal.

O Credit Suisse, instituição de 167 anos, é o banco global mais impactado pela turbulência no mercado desencadeada pelos colapsos do Silicon Valley Bank e do Signature Bank durante a última semana, forçando-o a captar 54 bilhões de dólares com o banco central da Suíça.

Os executivos do Credit Suisse devem realizar reuniões no fim de semana para traçar um caminho a seguir para o banco, disseram pessoas familiarizadas com o assunto anteriormente.

No último sinal de problemas crescentes, pelo menos quatro grandes bancos, incluindo o Societe Generale e o Deutsche Bank, impuseram restrições às negociações envolvendo o Credit Suisse ou seus títulos, de acordo com cinco fontes com conhecimento direto do assunto.

O Credit Suisse não comentou as ações dos bancos.

"O Credit Suisse é um caso muito especial", disse Frédérique Carrier, chefe de estratégia de investimento do RBC Wealth Management. "A intervenção do banco central suíço foi uma medida necessária para acalmar as chamas, mas pode não ser suficiente para restaurar a confiança no Credit Suisse, então se fala em mais medidas."

Os esforços frenéticos para fortalecer o Credit Suisse ocorrem em um momento em que formuladores de políticas, incluindo o Banco Central Europeu e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, procuram tranquilizar investidores e depositantes de que o sistema bancário global é seguro. Porém, persistem os temores de problemas mais amplos no setor.

Já nesta semana, grandes bancos dos EUA tiveram que investir 30 bilhões de dólares para salvar o banco de menor porte First Republic.

Bancos norte-americano também buscaram um recorde de 153 bilhões de dólares em liquidez de emergência junto ao Federal Reserve nos últimos dias. O movimento superou a máxima anterior registrada durante a fase mais aguda da crise financeira, há cerca de 15 anos.

entry Mar 17 2023, 11:09 PM
UE anuncia planos para liderar revolução industrial verde

* por Philip Blenkinsop | Reuters
reportagem adicional de Kate Abnett e Eric Onstad

BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia apresentou as peças centrais de uma estratégia nesta quinta-feira para garantir que sua indústria possa competir com os Estados Unidos e a China na fabricação de produtos de tecnologia limpa e no acesso às matérias-primas necessárias para a transição verde.

A Lei da Indústria de Emissão Líquida Zero do executivo do bloco e a Lei de Matérias-Primas Críticas, parte do Plano de Negócios Industriais Verdes, são projetadas para garantir que o bloco não seja apenas um pioneiro no corte de emissões de carbono, mas também fique à frente na tecnologia necessária para fazê-lo. Há, no entanto, sinais de que isso está se atrasando.

O investimento global na transição verde deve triplicar até 2030, de 1 trilhão de dólares no ano passado, diz a Comissão.

"O ponto principal é que queremos ser líderes nas indústrias verdes do futuro", disse o vice-presidente Valdis Dombrovksis em entrevista coletiva.

O executivo da União Europeia estabeleceu metas para a região extrair 10% das matérias-primas críticas que consome, como lítio, cobre e níquel, com a reciclagem adicionando mais 15%. Também pretende aumentar o processamento para 40% de suas necessidades até 2030.

O fornecimento de minerais vitais para a transição verde é um desafio, com a China processando quase 90% das terras raras e 60% do lítio, um elemento-chave para as baterias.

A Comissão disse que não mais do que 65% de qualquer matéria-prima crítica deve vir de um único país terceiro.

"Não somos um continente rico em recursos", disse Dombrovskis, acrescentando que, para muitos materiais, a Europa conta com um pequeno número de parceiros. "Esta não é uma maneira estável nem confiável de construir as indústrias do futuro. Portanto, precisamos urgentemente diversificar."

EQUIPAMENTOS DE ENERGIA LIMPA
A União Europeia também estabeleceu uma meta de produzir até 2030 pelo menos 40% dos produtos necessários para tecnologias "de emissão líquida zero", como energia solar, em parte simplificando a concessão de licenças para projetos verdes.

O bloco também anunciou uma meta de sequestro de carbono de 50 milhões de toneladas até 2030. A captura de carbono faz parte de uma lista de tecnologias "de emissão líquida zero" que a União Europeia reconhece. Controversamente, os planos também incluem processos nucleares avançados.

O grupo industrial WindEurope disse que as propostas não explicam que tipo de apoio financeiro a União Europeia oferecerá para aumentar a produção de turbinas ou como os governos usarão as novas regras flexíveis para apoiar isso.

Colin Mackey, chefe de operações europeias da mineradora Rio Tinto, disse que recebeu bem a lei de matérias-primas críticas, mas que ainda há um longo caminho a percorrer para atender à demanda prevista.

O grupo sueco de mineração e fundição Boliden disse que a Europa precisa de muito trabalho para melhorar de um ponto de partida ruim e que grandes projetos de cobre e níquel são uma prioridade.

entry Mar 16 2023, 08:55 PM
Europa: medo de contágio testa força dos bancos

* por Estadão | Londres

A queda acentuada recente nas ações do Credit Suisse está colocando as regulações bancárias da Europa à prova. Os problemas no banco suíço levaram funcionários do Banco Central Europeu (BCE) a ligar para as instituições que supervisionam para perguntar sobre sua exposição ao Credit Suisse, segundo fontes.

Depois que as ações do Credit Suisse desabaram mais de 30% ontem, os temores dos investidores sobre contágio levaram a uma derrocada no mercado que eliminou quase US$ 75 bilhões no valor das ações de bancos europeus, de acordo com uma análise da Dow Jones Market Data.

Investidores estão preocupados com o fato de os bancos europeus serem intimamente interligados, disse o diretor de investimentos do Bank Syz, Charles-Henry Monchau. Isso amplia o risco de que o colapso de uma instituição possa derrubar outras. "Sempre há alguns efeitos cascata", afirmou Monchau. "Vimos crises financeiras no passado. Começa com um player mais fraco afetando um player grande, e um player grande afetando todos os outros. Acho que essa é uma das razões pelas quais o mercado está em pânico."

Bancos são obrigados a ter ativos líquidos suficientes para cobrir 100% das necessidades de caixa estimadas por um mês durante uma crise - como uma onda de clientes repentinamente sacando seus depósitos. Só assim os bancos atendem o padrão legal de ter o chamado índice de cobertura de liquidez (LCR, da sigla em inglês) de pelo menos 100%.

Os índices de cobertura de liquidez dos bancos da Europa também são muito mais que os americanos, segundo a Autonomous Research. O grupo analisou os dados do terceiro e quarto trimestres de 11 grandes bancos americanos - entre eles JPMorgan Chase, Bank of America e Citigroup - e 33 bancos europeus, incluindo HSBC, Barclays e UBS. Os bancos da Europa tiveram um índice médio de 165%, enquanto o grupo dos EUA teve um índice médio de 118%, disse a Autonomous em nota esta semana.

Além disso, alguns bancos regionais dos EUA estão protegidos da regra de liquidez, devido a uma mudança de 2018 pelos reguladores implementada pelo Federal Reserve que se aplica a credores com ativos abaixo de US$ 250 bilhões. O Silicon Valley Bank (SVB) foi um deles.

Enquanto isso, os bancos europeus possuem menos títulos do que os bancos dos EUA e, portanto, não são tão vulneráveis às oscilações das taxas de juros, disse a Moody's. Um aumento historicamente acentuado nas taxas de juros - adotado pelo Fed e por outros bancos centrais para domar a inflação - desvalorizou títulos no ano passado, um fator que desencadeou preocupações dos investidores sobre o valor dos ativos do SVB.

entry Mar 15 2023, 08:34 PM
BC da Suíça diz que pode dar apoio financeiro ao Credit Suisse

* por Gustavo Soares | Folha de São Paulo

O BC da Suíça disse nesta quarta-feira (15) que, se for necessário, fornecerá apoio financeiro ao Credit Suisse e que a instituição atende aos requisitos para ser considerada sistematicamente importante.

Referindo-se ao recente colapso do Silicon Valley Bank, o Swiss National Bank (SNB) afirmou, em nota, que os problemas de alguns bancos nos EUA não representam um risco direto de contágio para o mercado financeiro suíço.

As ações do banco Credit Suisse chegaram a cair até 30% nesta quarta, após a recusa de seu principal acionista, o Banco Nacional Saudita, a ampliar sua participação no capital.

O SNB ainda afirmou que requisitos rigorosos de capital e liquidez do país garantem a estabilidade de suas instituições financeiras.

"O SNB e a FINMA [Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro] atestam que não há indicações de um risco direto de contágio para instituições suíças devido à atual turbulência no setor bancário dos EUA mercado", disse o BC suíço em comunicado.

As ações do banco Credit Suisse chegaram a cair até 30% nesta quarta-feira (15), apesar das tentativas do presidente do segundo maior banco da Suíça de tranquilizar os investidores em um mercado febril ante as instabilidades do setor bancário.

A ação da instituição, considerada o ponto frágil da rede bancária na Suíça, chegou a perder 30% e atingiu um mínimo histórico de 1,55 franco suíço.

O SNB ainda afirmou que requisitos rigorosos de capital e liquidez do país garantem a estabilidade de suas instituições financeiras.

"O SNB e a FINMA [Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro] atestam que não há indicações de um risco direto de contágio para instituições suíças devido à atual turbulência no setor bancário dos EUA mercado", disse o BC suíço em comunicado.

As ações do banco Credit Suisse chegaram a cair até 30% nesta quarta-feira (15), apesar das tentativas do presidente do segundo maior banco da Suíça de tranquilizar os investidores em um mercado febril ante as instabilidades do setor bancário.

A ação da instituição, considerada o ponto frágil da rede bancária na Suíça, chegou a perder 30% e atingiu um mínimo histórico de 1,55 franco suíço.

No fechamento da Bolsa de Zurique, a queda foi de 24,24%, com uma capitalização de pouco menos de 6,7 bilhões de francos suíços (em torno de US$ 7,2 bilhões).

O presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, descartou que o estabelecimento precise de ajuda governamental, mas suas declarações não conseguiram acalmar os mercados.

"Não é um tema", afirmou ele, durante uma conferência do setor bancário na Arábia Saudita. "Temos índices financeiros sólidos, um balanço sólido".

entry Mar 15 2023, 08:31 PM
Casino vende 12,9% de sua participação na marca brasileira Assaí

* por AFP

O grupo francês Casino anunciou nesta terça-feira (14) a venda de 12,9% do capital de sua marca atacadista brasileira Assaí para acelerar a redução de sua dívida.

"Casino anuncia hoje o início da venda de parte de sua participação no Assaí por até 174 milhões de ações", afirma a empresa em um comunicado.

"Este número pode aumentar a no máximo 80 milhões de ações, que representariam 5,9% do capital do Assaí", acrescenta a nota.

Na semana passada, o grupo Casino anunciou que estudava um novo projeto de venda de parte de sua participação no Assaí, com a esperança de obter US$ 600 milhões (R$ 3 bilhões).

No fim de novembro, o grupo anunciou uma primeira venda de parte de sua participação por quase US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões).

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