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With or Without Money

Mercado Reage Positivamente A Acordo Entre Vale

Mercado reage positivamente a acordo entre Vale e Inco

* por Reuters

O mercado financeiro reagiu positivamente na terça-feira ao anúncio da compra da mineradora canadense Inco pela Companhia Vale do Rio Doce, embora a agência de classificação de risco Standard & Poor's tenha reduzido o rating da brasileira.

Apesar de a notícia da aquisição ser esperada por investidores, as ações da Vale foram destaque tanto na Bolsa de Valores de São Paulo quanto na Bolsa de Valores de Nova York.

Na Bovespa, as preferenciais ganharam 3,35%, para R$ 45,99, enquanto as ordinárias saltaram 4,64%, para R$ 54,40. Foi a maior alta do Ibovespa, que avançou apenas 0,69% no fim da sessão.

Em Nova York, os ADRs da mineradora subiram 4,49%, para US$ 25,37, também a maior valorização do índice de principais ADRs brasileiros, que teve valorização de 0,64%.

"As ações da Vale já tinham incorporado o preço alto que foi pago, até de uma forma exagerada. Então, acho que a conclusão dessa operação, e dentro dos moldes do que foi programada, faz com que a ação a partir de agora só venha colher frutos dessa aquisição, frutos positivos", comentou a analista do setor na corretora Ágora Senior, Cristiane Viana.

A Vale informou pela manhã que adquiriu o controle da Inco por cerca de US$ 13,2 bilhões e se tornou a segunda maior mineradora diversificada do mundo.

A empresa obteve até agora 75,6% do capital da Inco, ou 174,6 milhões de ações ordinárias, e vai pagar 86 dólares canadenses em dinheiro por ação, mas o valor total do negócio deve ficar acima dos US$ 17 bilhões, quando a empresa conseguir comprar 100% das ações da companhia canadense, como pretende.

A analista da Ágora descarta problemas na compra das ações remanescentes e acredita que o fato de a Inco ser uma das líderes no segmento de níquel reduz o risco da Vale de entrar na operação.

O mercado minimizou a notícia de que a S&P reduziu a nota da Vale, de "BBB+" para "BBB", após o anúncio do acordo.

Segundo o analista da S&P, Reginaldo Takara, a medida "reflete o aumento significativo da alavancagem financeira da Vale para financiar a oferta, que será paga totalmente em dinheiro".

Os ratings da S&P continuam em observação com implicações negativas, onde foram colocados em 11 de agosto, motivados pela falta de definição do plano do empréstimo-ponte, que será utilizado para financiar a compra.

A concorrente Fitch, por sua vez, manteve o rating da Vale em moeda estrangeira em "BBB-", embora tenha reduzido a nota em moeda local para "BBB-". Ambas as notas estão com perspectiva estável e permanecem dentro do patamar de grau de investimento.

"A geração de caixa dela e a situação que o minério de ferro está hoje vivendo vão permitir que a empresa reduza gradualmente seu nível de endividamento", estimou Cristiane Viana, da Ágora.

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