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entry Jul 16 2009, 07:03 PM
Aracruz projeta alta para preços da celulose nos próximos meses

* por Murillo Camarotto | Valor Online

SÃO PAULO - Principal responsável pela piora na performance operacional da Aracruz no segundo trimestre deste ano, o preço da celulose no mercado internacional tende a crescer nos próximos meses. A expectativa é do diretor de Relações com Investidores da companhia, Marcos Grodetzky, e foi manifestada hoje durante teleconferência com jornalistas.

Na avaliação do executivo, o avanço nos preços será puxado pela demanda internacional crescente por celulose branqueada de eucalipto, em especial por parte da China. "O mercado propício para alta de preços continua", disse Grodetzky, que preferiu não arriscar palpites para o potencial de aumento dos preços. Durante o segundo trimestre deste ano, a Aracruz bateu recorde de vendas de celulose, com 832 mil toneladas, 8% a mais do que no mesmo período de 2008. No entanto, os preços ainda baixos da celulose impediram um crescimento condizente da receita líquida, que no mesmo intervalo de comparação caiu 12%, para R$ 780,4 milhões. Com receita menor e custos maiores, a Aracruz registrou uma queda de 72,7%, para R$ 75 milhões, em seu resultado bruto, que nada mais é do que receita líquida menos custos. Apesar disso, a empresa conseguiu reduzir o custo caixa de produção de celulose, que passou de R$ 470 por tonelada no segundo trimestre de 2008 para R$ 423 por tonelada no mesmo período deste ano. A queda foi possibilitada, segundo a Aracruz, pelo programa de redução de custos anunciado no ano passado e pelo menor custo com insumos, principalmente químicos e madeira.

Questionado sobre a tendência deste indicador, Grodetzky afirmou que "o grosso" da redução já foi capturado e que, se houver, novas quedas serão pequenas. A Aracruz encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 595,5 milhões, o que representa um crescimento de 127,2% em relação ao mesmo período de 2008. O ganho maior foi possibilitado pela valorização do real ante o dólar, que ajudou a reduzir o valor em moeda local da dívida da companhia.

entry Jul 15 2009, 07:46 PM
Moçambique desafia brasileiros a diversificar cooperação

* por Lusa

Maputo, 15 jul (Lusa) - O ministro moçambicano da Indústria e Comércio, António Fernando, apontou a instalação de empresas brasileiras em Moçambique como o principal desafio na cooperação entre os dois países, considerando "insuficiente o mero intercâmbio comercial".

Ultimamente, as visitas de missões empresariais entre os dois países têm se multiplicado, como aconteceu na semana passada, quando um grupo de cerca de 20 empresários brasileiros visitou Moçambique, para a prospecção de oportunidade de negócios.

O intercâmbio empresarial e comercial entre Brasil e Moçambique estará na agenda da visita do presidente de Moçambique, Armando Guebuza, ao Brasil, em finais deste mês.

Vantagens
Durante a cerimônia de posse dos novos órgãos diretivos da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), o ministro da Indústria e Comércio disse que o objetivo do Governo é "estimular os empresários brasileiros, dos Estados Unidos da América e de outros parceiros a ficarem" no país.

"Não basta apenas que exportem para Moçambique. Seria ótimo se instalassem as suas empresas cá, pelas inúmeras vantagens que isso representa", afirmou António Fernando.

Além de poder aproveitar os recursos naturais de que Moçambique dispõe, os empresários brasileiros terão a vantagem de produzir para o mercado da União Europeia (UE), EUA e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), blocos com os quais Moçambique tem acordos de comércio preferencial.

"Produzir em Moçambique representa o acesso a um mercado interno de 20 milhões de pessoas, a um mercado regional da África Austral com mais de 200 milhões de pessoas e a outros milhões dos EUA e da União Europa, livre de taxas", ressaltou António Fernando.

entry Jul 14 2009, 06:04 PM
Alemães preveem produzir energia solar em deserto africano

* por Lusa

Lisboa, 14 jul (Lusa) - Doze empresas alemãs assinaram um acordo de entendimento para analisar e desenvolver uma estrutura para a produção de energia solar nos desertos do Norte de África nas próximas décadas.

O projeto é apoiado pela Comissão Europeia e pela Alemanha e visa criar, num futuro próximo, a fundação Desertec, um agrupamento de entidades públicas e privadas que tem à frente o Clube de Roma.

"A ideia subjacente à Iniciativa Industrial Desertec (DII), liderada pelo Clube de Roma, visa dar a conhecer as perspectivas para uma oferta energética sustentável para todas as regiões do mundo proveniente do potencial energético dos desertos", cita em comunicado o conglomerado liderado pelo Clube de Roma e a seguradora Munich Re.

As companhias fundadoras do DDI, cujo foco regional se situa na Europa, Oriente Médio e Norte de África são a ABB, ABENGOA Solar, Cevital, Deutsche Bank, E.ON, HSH Nordbank, Man Solar Millennium, Muniche Re, M+W Zander, RWE, SCOTT Solar e a Siemens.

O acordo de entendimento foi assinado na quarta-feira na presença de altos representantes das empresas alemãs e de personalidades políticas internacionais.

O memorando de entendimento visa formar a DII e ter pronto um plano de investimento em 2012.

O projeto permitirá responder a 15% da procura energética europeia em 2050.

entry Jul 13 2009, 08:06 PM
Odebrecht deseja participar de licitação viária na Colômbia

* por Javier Mozzo Peña | Reuters

BOGOTÁ (Reuters) - A Odebrecht, maior grupo de construção do Brasil, integrará um consórcio para participar da licitação do projeto viário mais importante da Colômbia, a Rota do Sol, que exigirá investimentos de cerca de 2,5 bilhões de dólares, disse nesta segunda-feira sua sócia local Corficolombiana.

A financeira assegurou que, junto com a Odebrecht, cumpre com todas as exigências do governo para participar na licitação do projeto.

"A Corficolombiana, junto com a maior empresa de engenharia da América Latina, a Odebrecht, formou um grupo que realizará todos os estudos técnicos e avaliações necessárias para participar da licitação do projeto viário da Rota do Sol", disse comunicado da Corficolombiana.

A Odebrecht obtém cerca de 70 por cento da receita de seus projetos no exterior e o restante no Brasil.

A licitação pública, cujo processo foi iniciado em 24 de março, exige que os interessados apresentem suas propostas até 30 de setembro.

O projeto inclui a reforma e a expansão de 993 quilômetros de uma rodovia que liga o centro do país à Costa Atlântica e um novo trecho de aproximadamente 78 quilômetros.

A Odebrecht possui projetos em 15 países, incluindo Venezuela, Portugal e Angola.

entry Jul 12 2009, 06:41 PM
Novo perfil de exportações fragiliza país

* por Juliana Rocha | Folha de S.Paulo | Brasília

A comemoração do governo federal pelo aumento do superávit comercial do país não é compartilhada pelos exportadores. Segundo a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), neste ano o país venderá mais produtos básicos do que manufaturados ao exterior. Se a previsão se confirmar, será a primeira inversão na pauta de exportações desde 1978.

Produtos básicos são as commodities agrícolas, metálicas ou energéticas que não passaram por processo industrial --soja, minério de ferro e petróleo bruto, por exemplo.

A maior participação de básicos na pauta de exportações do Brasil pode trazer problemas. O país fica exposto às oscilações do mercado internacional das commodities, além de ser um desestímulo a investimentos das empresas industriais, que geram mais empregos.

"A pauta de exportações está péssima. É um problema crítico porque, ao exportar mais básicos, não temos o menor controle sobre preços e quantidades exportadas", disse o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro.

Neste ano, de janeiro a junho, as exportações de básicos representaram 42% do total exportado pelo país. No ano passado, respondiam por 35%.

As vendas de manufaturados seguem o movimento contrário. No primeiro semestre do ano passado, respondiam por 48% das vendas internacionais, mas neste ano caíram para 43%. O restante das vendas é de produtos semimanufaturados -commodities que passaram por algum processo de beneficiamento, como ferro, óleo de soja e açúcar.

No mês passado, as vendas de manufaturados mostraram recuperação de 10%. Mesmo assim, as vendas foram menores que as de produtos básicos.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, nega "conformismo" com a piora na pauta de exportações do país. Mas ele argumenta que o aumento das vendas de commodities ao exterior está segurando a balança comercial.

Não fosse por esses produtos, as exportações poderiam ser menores que as importações.

"Também queremos exportar industrializados. Mas a demanda por manufaturados caiu no mundo todo", disse Barral.

Francisco Pessoa, economista da consultoria LCA, lembra que o aumento das vendas de commodities pode representar um grande risco para as contas externas no longo prazo, se os preços caírem. Ele pondera que, neste ano, o aumento da venda de básicos é consequência da crise e não representa uma tendência por enquanto.

"Daqui a alguns anos, o Brasil vai exportar o petróleo do pré-sal. Aí sim as exportações de básicos vão aumentar", disse.

A explicação para a mudança na pauta comercial brasileira é regional. Neste ano, com a crise, aumentaram as vendas para a China, que importa principalmente commodities do Brasil. Caíram as vendas para os dois principais compradores de produtos industrializados: Estados Unidos e América Latina.

Castro avalia que antes da crise o governo foi descuidado com a pauta de exportações do Brasil. Ele cita que, em 2000, os manufaturados representavam 73% do total exportado para os norte-americanos. No ano passado, respondiam por 58% do total. Esse espaço foi ocupado pelo aumento na venda de commodities.

Vizinhos
Para a América Latina, a venda de manufaturados manteve a mesma proporção durante esta década. Do total exportado para a Argentina, por exemplo, responderam por 92% tanto em 2000 como em 2008.

O problema é que as vendas de manufaturados para a América Latina já caíram 37% neste ano, embora os industrializados representem quase toda a pauta da exportação brasileira para a região (90%). Os embarques do Brasil para a América Latina caíram 38,1% neste ano.

Além da crise, que reduziu a demanda de industrializados, o Brasil enfrenta a concorrência da China. Para Barral, o governo tem estratégia de aumentar a competitividade na América Latina para recuperar o espaço perdido nesses mercados.

São três as ações previstas: 1) tomar medidas que agilizem as exportações brasileiras, como a regulamentação do drawback unificado (que amplia o benefício pelo qual as empresas importam insumos de produtos que serão exportados, sem pagar impostos); 2) revisar acordos de livre comércio para garantir maior acesso aos mercados; e 3) nas reuniões bilaterais, tentar derrubar qualquer barreira comercial dos vizinhos.

O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, lidera uma missão comercial para a América Latina (Peru, Venezuela e Panamá) em agosto.

entry Jul 11 2009, 06:40 PM
Trabalhadores de subsidiária da Vale no Canadá decidem por greve

* por Euan Rocha | Reuters

TORONTO (Reuters) - Os trabalhadores da mineradora de níquel Sudbury, da Vale Inco, no Canadá, recusaram neste sábado uma proposta de contrato feita pela companhia e decretaram greve a partir da meia-noite de domingo. O sindicato da categoria afirmou que o objetivo é forçar a empresa a retornar à mesa de negociações.

As negociações entre a Vale Inco --divisão de mineração e processamento de níquel da brasileira Vale-- e o sindicato não obtiveram êxito nesta semana, já que os dois lados não chegaram a um acordo sobre bônus, pensões e outros assuntos.

A votação, que começou na sexta-feira, terminou no final da tarde de sábado. O comitê de negociações do sindicato havia recomendado aos seus membros para rejeitarem a oferta.

"Nossos membros têm negociado com visão de futuro e de contratos de longo prazo, o que tem sido positivo para os nossos membros, para a comunidade e para a empresa. É simplesmente errado a Vale agora tentar eliminar isso tudo" disse Wayne Fraser, membro do comitê de negociações do sindicato, em um comunicado.

Oitenta e cinco por cento dos mineiros que votaram rejeitaram a proposta da empresa, informou o sindicato.

"Nós achamos o resultado infeliz e decepcionante, mas não inteiramente surpreendente", disse o porta-voz da Vale Inco, Cory McPhee, acrescentando que não há planos imediatos para regressar à mesa de negociações nesse momento.

Trabalhadores que atuam nas operações de níquel e cobre da Voisey's Bay já votaram a favor da greve.

Contudo, a greve deve ter impacto limitado, tendo em vista que a maior parte das operações foi reduzida pela metade até o final de julho devido à fraca demanda por níquel. A crise já obrigou a Vale a demitir quase duas mil pessoas das suas operações no mundo.

Analistas disseram que a greve não deve afetar muito o preço da commodity --metal frequentemente utilizado na fabricação de aço inoxidável--, uma vez que a crise econômica levou a um excesso de oferta nos mercados globais.

"Nós temos estoques (de níquel) estáveis no momento, mas perto dos níveis de alta recorde", afirmou Catherine Virga, analista sênior de metais de base da CPM Group, em Nova York, antes da decisão dos empregados.

"De onde o mercado está agora, eu não acho que necessariamente veremos muita reação de preço imediatamente".

A companhia e o sindicato United Steelworkers Local 6500, que representa cerca de 3.300 trabalhadores nas operações de níquel da Sudbury, concordaram no final de maio em estender o atual contrato em mais de um mês, até 12 de julho, concedendo mais tempo para a definição de um novo acordo.

Membros sindicais na Sudbury também votaram em maio para autorização de uma greve, caso as negociações trabalhistas não tivessem êxito.

A Vale assumiu as operações canadenses por meio da aquisição da Inco, em 2006. O presidente-executivo da mineradora brasileira, Roger Agnelli, afirmou recentemente que a Sudbury é a operação mais cara da companhia e que não é sustentável.

entry Jul 10 2009, 05:55 PM
Relação de troca para minoritários da Sadia é aprovada por comitês

* por Murillo Camarotto e Fernando Torres | Valor Online

SÃO PAULO - Pela segunda vez em pouco mais de um mês, a determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que comitês independentes avaliem a relação de troca em operações de incorporação de controladas não trouxe resultados efetivos para os minoritários. Agora, os tais comitês aprovaram a relação pela qual a BRF Brasil Foods, antiga Perdigão, irá incorporar as ações dos minoritários da Sadia, agora uma controlada indireta.

De acordo com o Parecer nº 35 da CVM, editado no ano passado, os comitês especiais independentes devem ser nomeados para negociar a relação de troca visando proteger o interesse dos minoritários. Em comunicado, a Sadia informou que, após avaliação feita com "total liberdade", o comitê formado por membros independentes de seu conselho de administração avaliou com "adequada" a relação de troca pela qual seus minoritários recebessem entre 0,13 e 0,141 ação da BRF para cada papel da Sadia.

Já o comitê da antiga Perdigão - formado por dois conselheiros independentes e por um diretor "desvinculado dos acionistas signatários do acordo de acionistas" - considerou "adequado" um intervalo um pouco maior, de 0,120867 a 0,146254 ação da Sadia para cada uma da BRF. De qualquer forma, os valores aprovados pelos comitês independentes acabaram ficando dentro da relação estabelecida no anunciar da operação: 0,132998 ação ON da BRF para cada ação PN ou ON dos minoritários da Sadia. Diante isso, este valor acabou permanecendo.

Situação semelhante foi observada no dia 2 de junho último, quando comitês independentes também referendaram a relação de troca definida na incorporação da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel (VCP). No entanto, diferente do que ocorreu com as fabricantes de celulose, Sadia e Perdigão não divulgaram os nomes dos membros dos comitês independentes que analisaram a questão. A BRF publicou nesta sexta-feira os termos de uma oferta de ações que pode ultrapassar os R$ 5 bilhões. A distribuição primária faz parte do processo de unificação de suas operações com a Sadia e os recursos obtidos serão utilizados especialmente no pagamento de dívidas da Sadia.

entry Jul 9 2009, 06:49 PM
Para FMI, mais estímulo pode ser necesário

* por Daniel Flynn

L'AQUILA (Reuters) - A economia mundial está a caminho da recuperação no início do próximo ano, mas medidas adicionais de estímulo podem ser necessárias em alguns países antes que saiam da crise, disse à Reuters o diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Strauss-Kahn.

Falando na cúpula do grupo das 8 nações mais industrializadas do mundo (G8), Strauss-Kahn afirmou que as altas dívidas serão um dos principais problemas, à medida que os governos criam estratégias de saída da crise financeira, mas é também muito cedo para apertar os cintos.

"Nós não estamos fora da crise, mas no caminho correto para sair dela. Nós temos previsões dizendo que a recuperação virá no primeiro semestre de 2010, mas isso não significa que tudo tem sido feito", afirmou numa entrevista.

"Nós ainda temos que trabalhar e às vezes, dependendo da situação do país, mais estímulos podem ser necessários", afirmou, sem citar um caso específico.

O FMI elevou na véspera sua previsão para o crescimento da economia mundial no próximo ano para 2,5 por cento, ante a previsão de abril de avanço de 1,9 por cento, mas afirmou que a recuperação global deve ser hesitante.

O G8, reunido na cidade de L'Aquila, região central da Itália, concordou na quarta-feira que a economia mundial ainda enfrenta "riscos significativos" e disse que é muito cedo para abrir mão de medidas de estímulo postas em prática para acabar com a mais profunda recessão da história recente.

"Se nós... começarmos agora a apertar a política fiscal, haverá o risco de acabar com o início da recuperação", disse Strauss-Kahn.

Entre as ameaças para a recuperação global, ele citou a possibilidade de uma forte alta nos preços do petróleo e das commodities e a situação do setor financeiro em muitas partes do mundo.

"Muito tem sido feito (aqui), mas ainda há muito a fazer. Ainda existem perdas que não foram reveladas e o mercado de crédito ainda não voltou ao normal", afirmou.

entry Jul 8 2009, 07:16 PM
FMI prevê melhora na economia brasileira de 2009 para 2010

* por César Muñoz Acebes.

Washington, 8 jul (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve hoje as previsões sobre o desempenho da economia brasileira este ano, quando deve sofrer uma contração de 1,3%, mas revisou para cima a expectativa de crescimento para 2010, que passou de 2,2% para 2,5%.

Segundo a entidade, a recessão na América Latina será maior que a prevista inicialmente, devido, principalmente, à queda do comércio internacional, o que fará o PIB regional sofrer uma contração de 2,6% em 2009.

Quem mais vai sofrer é o México, já que a economia local deverá encolher 7,3% este ano, quase o dobro do previsto em abril (3,7%), quando surgiu o foco de gripe suína no país.

No entanto, o Fundo está mais otimista em relação ao ano que vem, quando crê que o México crescerá 3%, dois pontos percentuais a mais que o previsto há três meses.

Ainda de acordo com os dados do FMI, a América Latina está se beneficiando de uma alta nos preços das matérias-primas. Por isso, o organismo elevou em 0,7 ponto percentual, para 2,3%, suas previsões de crescimento para 2010.

Na comparação com o resto do mundo, no entanto, a recuperação da região será mais lenta, haja vista que as previsões são de que a economia mundial sofrerá uma expansão de 2,5% no ano que vem, bem maior que a calculada em abril (1,9%).

Os cálculos referentes aos Estados Unidos também são animadores. Em vez de um crescimento zero no ano que vem, a economia americana deverá crescer 0,8%.

"Passamos pelo pior e a recuperação está chegando", disse em entrevista coletiva Olivier Blanchard, o economista-chefe do FMI. O especialista, porém, destacou que a volta ao crescimento positivo será "frágil".

A razão para o tom mais otimista do organismo é a melhora do sistema financeiro, decorrente das intervenções públicas nos países desenvolvidos, que ajudaram a salvar bancos que estavam na corda bamba.

Ainda assim, a crise fará o PIB global encolher 1,4% este ano, a maior recessão já registrada desde a Segunda Guerra Mundial.

Para a América Latina, 2009 será um ano especialmente difícil. Em abril, o FMI tinha previsto que a economia regional sofreria uma contração de 1,5%. Mas, nos últimos nove meses, a produção regional foi muito afetada pela queda de 20% nas exportações.

A contração de 2,6% prevista para este ano pelo FMI é bem mais pessimista que a apresentada há um mês pela Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), que prevê uma redução de 1,7% no PIB.

No entanto, em relação a 2010, o Fundo se mostrou mais otimista. No que diz respeito ao México, os cálculos indicam uma expansão de 3% no PIB, que será puxada pela melhora da situação nos EUA.

O México também sentirá o impacto positivo da alta do preço do petróleo, que subirá 23% em 2010, segundo as previsões apresentadas.

Para este ano, no entanto, o FMI prevê que o preço do barril despencará 38% na comparação com 2008, quando atingiu níveis recordes.

As outras matérias-primas perderão quase 24% de seu valor em 2009, mas subirão 2,2% em 2010, de acordo com as novas estimativas.

entry Jul 7 2009, 07:57 PM
Seca e geada reduzem produção de grãos

* por Agência Brasil

A redução na colheita de 377,5 mil toneladas de grãos por conta das geadas ocorridas em junho no Paraná e em Mato Grosso do Sul e da seca na Região Sul e em parte do Centro-Oeste em abril e maio baixou a estimativa da safra 2008/2009 para 133,78 milhões de toneladas. O levantamento, o décimo feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), trouxe um valor 0,3% inferior ao do mês passado e 7,2% a menos do que o ciclo anterior.

A projeção é a menor desde outubro do ano passado, quando começou o acompanhamento desta safra, e se aproxima da queda de até 8% prevista pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, no início do ano. De acordo com a Conab, a área plantada se manteve em 47,6 milhões de hectares. O clima ruim somado à queda de produtividade e aos baixos preços no mercado, entretanto, levaram a safrinha de milho a cair 13,4% em relação ao ciclo passado, produzindo 16,9 milhões de toneladas.

Para se ter uma idéia da queda no rendimento, o estudo da estatal mostra que, em Mato Grosso do Sul os agricultores saíram de uma média de 3.255 quilos de milho colhidos por hectare para uma perspectiva de 2.116 quilos este ano. No Paraná, a redução será de 3.527 para 3.091 quilos por hectare. Uma parte da queda na segunda safra de milho será compensada em Goiás, que aumentou a área plantada para 357 mil hectares (+31,6%) e a produção para 1,64 milhão de toneladas.

A pesquisa da Conab foi feita entre os dias 15 e 19 de junho, com mais de 95% da colheita da safra de verão concluída. As estimativas para a soja, o arroz e o feijão se mantiveram, respectivamente, em 57,13 milhões, 12,74 milhões e 3,52 milhões de toneladas. A soma das duas safras de milho cultivadas no ciclo 2008/2009 chega a 49,45 milhões de toneladas.

A previsão para a safra de trigo 2009/2010 é de 5,67 milhões de toneladas, com uma queda de 5,7% em relação a 2008/2009. Uma das causas é a seca no Rio Grande do Sul, segundo maior produtor do cereal, que deve reduzir sua produção em 14,3%, colhendo 1,76 milhão de toneladas. No Paraná, o volume colhido deve se manter em 3,2 milhões de toneladas.

Foram entrevistados produtores rurais, agrônomos, técnicos de cooperativas, secretarias de agricultura, agentes financeiros e órgãos de assistência técnica e extensão rural dos principais municípios produtores do país.

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