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Entries on Sunday 2nd February 2020

entry Feb 2 2020, 08:48 PM
Scania começa a produzir caminhão movido a gás natural na fábrica do ABC

* por Cleide Silva | São Paulo

A Scania iniciou nesta semana na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a produção de caminhões movidos a GNV (gás natural), GNL (gás liquefeito) e biometano (obtido de resíduos orgânicos). Além de países europeus, o Brasil é o único a produzir essa linha de veículos. A fábrica local iniciará nos próximos dias a exportação dos veículos, começando com a Argentina.

As versões a GNV e GNL são aptas a usarem também o biometano, em qualquer proporção, ou seja, são veículos flex. No Brasil já ocorreram importações de caminhões a gás natural, mas a produção local é inédita, diz a empresa. A matriz sueca do grupo produz esse tipo de veículo desde 2014. Para a produção no País foram feitas adaptações, como reforços para uso em terrenos mais severos.

Com esse projeto, que consumiu boa parcela do plano de investimento da Scania de R$ 2,6 bilhões entre 2016 e 2020, a marca dá início ao plano de ter a maior parte de seus produtos movidos a combustíveis alternativos. Os próximos passos incluem a produção de veículos híbridos - previstos para serem inseridos no novo programa de investimentos de 2021 a 2024, de R$ 1,4 bilhão - e, em mais longo prazo, de elétricos.

O presidente da Scania Latin America, Christopher Podgorski, explica que a companhia queria uma "solução de transporte mais limpa aqui e agora, e o gás é uma grande oportunidade devido sua abundância no País". Segundo ele, o GNV emite de 10% a 15% menos CO² (dióxido de carbono) em relação ao diesel. A conta é feita com base em todo o processo de produção até o que sai do escapamento do veículo.

O executivo informa que, se for medido só o que sai do escapamento, a nova linha de caminhões da Scania já atenderia a norma Euro 6 - regulamento de controle de emissões que vigoram atualmente na Europa e entrarão em vigor no Brasil em 2022 para novos veículos e no ano seguinte para caminhões e ônibus já em produção.

As entregas dos novos caminhões de grande porte aos clientes ocorrerá em março, mas o executivo não informa quantas unidades já foram vendidas pois há negócios a serem fechados a partir de agora. Por ainda ter baixa escala produtiva, os preços dos novos veículos são entre 30% e 40% acima das versões a diesel, que custam a partir de R$ 400 mil.

A Ambev já testa dois caminhões a GNL da Scania, para entregas de longa distância, e também dois caminhões elétricos da Volkswagen, para entregas dentro das cidades.

Antes dos elétricos
Podgorski ressalta que o uso do gás é uma ponte até que veículos híbridos e elétricos sejam mais acessíveis. "Hoje a conta (dos elétricos) não fecha, e isso deve ocorrer no futuro", diz.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus, que no fim do ano iniciará a produção de caminhões elétricos de pequeno porte na fábrica de Resende (RJ), calcula que, inicialmente, os modelos que não emitem nenhum tipo de poluição vão custar mais que o dobro de um convencional.

O presidente da Scania, assim como o da Volkswagen, Roberto Cortes, defendem incentivos governamentais para atrair consumidores de veículos movidos a combustíveis renováveis, como isenção ou redução de IPVA ou ICMS. Podgorski cita, por exemplo, que na Alemanha os caminhões a gás são isentos de pedágio. Há cidades europeias que vão proibir a circulação de veículos a diesel nos centros urbanos, que também terão os impostos sobre a compra aumentados.

O Brasil precisa ampliar as redes de abastecimento, tanto de gás quanto de energia elétrica. Para ajudar no abastecimento, a Scania inaugurou um posto de GNV dentro do complexo produtivo para abastecer os caminhões que saem da fábrica para serem entregues aos clientes.

Expansão no ABC
A fábrica da Scania em São Bernardo é a segunda maior do grupo sueco em capacidade produtiva, de 30 mil unidades ao ano. Hoje, a unidade opera com cerca de 75% de sua capacidade e emprega 4 mil funcionários. O aumento de capacidade ocorrerá se a demanda por produtos crescer, informa Podgorski. O encerramento de operações da Ford não altera os negócios da Scania pois ela só produz veículos de grande porte.

A empresa exporta 40% de sua produção. Em 2019, o grupo vendeu 12,7 mil caminhões pesados, alta de 57,8% em relação ao ano anterior. As vendas totais do segmento cresceram 48,7%, para 51,7 mil unidades. A líder dessa categoria é a Mercedes-Benz, com vendas de 14,1 mil veículos no ano passado, volume 41,8% maior ante o de 2018.

Além das mudanças na fábrica para a produção de novos caminhões e ônibus, o grupo está construindo um centro logístico para estocar as peças usadas na linha de montagem em local mais próximo. Hoje, o depósito fica no município de Mauá, a 37 km de distância. O novo ficará a 4 quilômetros.

entry Feb 2 2020, 08:37 PM
Visa e Mastercard podem ser próximas empresas de US$1 tri

* por Lewis Krauskopf | Reuters

NOVA YORK (Reuters) - Os titãs de tecnologia e internet foram os primeiros a atingir 1 trilhão de dólares em valor de mercado, mas as próximas empresas norte-americanas que podem alcançar tal feito são mais conhecidas por seus cartões plásticos.

A tendência positiva no mercado acionário está impulsionando as ações das empresas de cartões de crédito e débito Visa e Mastercard a subirem nos gráficos de valor de mercado, onde atualmente ocupam o 7º e o 11º lugares entre as empresas no índice de referência S&P 500. Os preços das ações da Visa e da Mastercard avançaram aproximadamente 50% no ano passado.

Embora as ações possam não acompanhar esse ritmo acelerado, a Visa e a Mastercard valerão mais de 1 trilhão de dólares em 2023 se os ganhos médios anuais dos últimos três anos continuarem, superando Facebook e Berkshire Hathaway , se elas também mantiverem o ritmo recente.

Alimentando sua ascensão está uma mudança em direção a transações financeiras sem dinheiro, impulsionada por um aumento nas compras online.

"Tudo viaja nos trilhos deles", disse Sandy Villere, gestora de portfólio do Villere Balanced Fund, que detém ações da Visa. "Eles literalmente ficam no meio dos bancos, consumidores e comerciantes e esse é um lugar realmente invejável."

A Visa tinha um valor de mercado de 449 bilhões de dólares e a Mastercard estava com cerca de 324 bilhões de dólares no fechamento de quinta-feira. Atualmente, o clube de 1 trilhão de dólares inclui Apple , Microsoft e Alphabet , dona do Google.

A Amazon.com está em 927 bilhões de dólares, embora as ações do líder de comércio eletrônico tenham se valorizado na esteira do seu balanço trimestral na quinta-feira após o fechamento do pregão, colocando-a em posição de quebrar a barreira de 1 trilhão de dólares, como ocorreu brevemente em setembro de 2018.

As receitas da Visa e da Mastercard quase dobraram nos últimos cinco anos fiscais, para quase 23 bilhões de dólares para a Visa e cerca de 17 bilhões de dólares para a Mastercard, segundo dados da Refinitiv. O lucro por ação ajustado mais do que dobrou para as duas empresas nesse período.

A Visa divulgou receita trimestral na quinta-feira que ficou um pouco aquém das estimativas dos analistas, um dia depois que a Mastercard superou as projeções trimestrais de lucro.

Cerca de 43% das compras de consumidores em todo o mundo, exceto a China, são feitas usando uma forma de pagamento digital, acima dos 28% em 2010, de acordo com Lisa Ellis, analista sênior da Moffett Nathanson.

"Globalmente, ainda temos cinco a 10 anos, pelo menos, para penetrar", disse Ellis.

A Visa detém uma participação de 60% no mercado de cartões de crédito e débito, seguida pela Mastercard com 30%, de acordo com Ellis, com a American Express muito atrás, com 8,5%.

Apesar de sua importância em finanças, Visa e Mastercard são categorizados como parte do setor de tecnologia da informação do S&P 500. Enquanto a Apple, a Microsoft e empresas de chips como a Intel muitas vezes recebem a maior parte da atenção, a Visa e a Mastercard foram as principais contribuintes para a recuperação das ações de tecnologia.

As cotações subiram para máximas em pelo menos uma década. A Visa negocia cerca de 31 vezes as estimativas de ganhos de 12 meses, enquanto a Mastercard negocia 35 vezes, de acordo com o Refinitiv Datastream. Ambas as ações estão sendo negociadas com um prêmio maior ao mercado do que em média nos últimos cinco anos.

Ellis disse que os riscos para as empresas incluem maior concorrência no setor de pagamentos por parte de grandes empresas de tecnologia, além de regulamentações mais rígidas de governos ao redor do mundo que podem dificultar o acesso.

As empresas não estão paradas. No início deste mês, a Visa concordou em comprar a Plaid em um acordo de 5,3 bilhões de dólares para aumentar o acesso à tecnologia financeira, e em agosto a Mastercard concordou em comprar a maioria dos negócios de serviços corporativos do grupo de pagamentos escandinavo Nets por cerca de 3,19 bilhões de dólares.

 
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