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entry Dec 20 2010, 05:44 PM
Presidente do BID diz que "tsunami dólares" é desafio para a América Latina

* por EFE

Rio de Janeiro, 20 dez (EFE).- A avalanche de dólares que a América Latina recebe e a saúde das contas públicas são os dois maiores desafios para a região em 2011, afirmou o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal "Valor Econômico".

"Estamos vivendo a década da América Latina. Conseguimos uma estabilidade muito importante, temos uma cesta de produtos básicos muito demandada e uma classe média crescente. Mas não há dúvida que, na macroeconomia, vamos enfrentar desafios", afirmou Moreno em entrevista ao "Valor".

"Há um tsunami de dólares buscando oportunidades. As oportunidades buscam os países onde há crescimento e não há dúvida que os fluxos de capitais continuarão chegando (à América Latina)", acrescentou o presidente do BID.

A forte entrada de divisas na região causou a valorização das moedas de vários países da América Latina frente ao dólar e foi a maior queixa apresentada pelas delegações da Argentina, Brasil e México na última Cúpula do G20, na Coreia do Sul.

Além de encarecer as exportações e reduzir a competitividade dos produtos da região, a valorização das moedas da América Latina ameaça causar desindustrialização em países nos quais sai mais barato importar produtos industrializados do que fabricá-los.

Moreno acrescentou que outro importante desafio para a América Latina no próximo ano é a manutenção da saúde das contas públicas, inclusive porque a valorização das moedas pode afetar o balanço de pagamentos.

O presidente do BID considera que os países têm que se concentrar na "consolidação" de suas economias e que o rigor nas contas públicas, apesar de não ser muito popular, "é sempre uma boa decisão a longo prazo".

Na opinião de Moreno, a economia da América Latina em geral crescerá entre 4,5% e 5% em 2011, embora a expansão de alguns países, principalmente Argentina, Brasil e Chile, e em menor medida Peru, dependerá em parte do crescimento da capacidade de consumo da China.

"Pode até ser que a economia chinesa diminua o ritmo, mas o que importa é sua capacidade de consumo. O país já concentra 25% do mercado de luxo do mundo, por exemplo", disse.

Em sua entrevista, Moreno também defendeu uma aceleração do processo de integração da América do Sul, mas advertiu que é preciso levar em conta os detalhes operacionais.

entry Dec 19 2010, 04:56 PM
Chanceler irlandês nega que país abandonará o euro

* por AFP

MADRI, 19 dez 2010 (AFP) -O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Michael Martin, garantiu que o país não pensa em sair do euro, ao mesmo tempo que afirmou que o pacote de resgate é inegociável para quem vencer as eleições anticipadas de 2011.

"Não. É algo que nem foi discutido. Em absoluto", afirmou Martin a respeito da saída do euro, em uma entrevista publicada pelo jornal espanhol El País.

"Como é possível sair do euro? Somos uma economia pequena e exportadora, o mercado único é de enorme importância para a Irlanda", disse o ministro, que defendeu a atuação do Banco Central Europeu (BCE) na defensa da moeda única europeia.

Martin também negou a possibilidade de divisão do euro em duas zonas, como chegou a ser especulado.

O chanceler admitiu que o grande erro cometido em termos de finanças públicas foi gastar muito e reduzir a arrecadação fiscal em demasia, o que levou o país a precisar de uma ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A crise financeira irlandesa também provocou a convocação de eleições antecipadas para o próximo ano, mas Martin advertiu que independente do resultado, o novo Executivo terá que seguir adiante com o plano de resgate.

Na quarta-feira passada, o Parlamento irlandês aprovou o plano de resgate internacional de 85 bilhões de euros (113 bilhões de dólares).

entry Dec 18 2010, 05:08 PM
Empresa líder em café no Brasil avalia venda de operações para JBS

* por Reuters | Nova York

A companhia norte-americana de bens de consumo Sara Lee avalia a venda de suas operações para o grupo brasileiro JBS, entre outras opções, informou o jornal "The Wall Street Journal" nesta sexta-feira (17).

Segundo o jornal, a JBS iniciou contatos com a Sara Lee há alguns meses e algumas conversas ocorreram desde então. Nas últimas semanas, no entanto, a Sara Lee estaria considerando a oferta da JBS com maior seriedade.

A Sara Lee possui uma grande gama de produtos no varejo, em vários países, como cafés, produtos de carne e panificados. No Brasil, a empresa é uma das líderes no varejo de café torrado e moído, com marcas como Café do Ponto e Café Pilão.

O valor de mercado da Sara Lee é estimado em us$ 11 bilhões.

A JBS é a maior companhia de proteína animal do mundo, líder em processamento global de carne bovina. A companhia possui grandes operações nos Estados Unidos, por meio da JBS USA, como a Swift e a Pilgrim's Pride.

Segundo o "WSJ", ainda não há uma decisão final por parte da Sara Lee sobre um eventual negócio com o grupo brasileiro. A publicação diz ainda que a Sara Lee pode acabar decidindo por não realizar a venda.

Por fim, a reportagem afirma que a companhia norte-americana também avalia separar a área de bebidas e produtos de carne e colocá-la à venda.

Não havia ninguém imediatamente disponível na JBS para comentar a notícia.

A Sara Lee informou que não vai comentar.

CONVERSAS SÃO POSSÍVEIS
Uma fonte bastante próxima do grupo de comando do JBS, em São Paulo, disse que é possível que existam discussões preliminares entre pessoas do grupo brasileiro e da Sara Lee, mas acrescentou não estar ciente sobre se já teria ocorrido alguma conversação formal.

"Pode ser que alguém do JBS esteja conversando. Mas qualquer coisa sobre Sara Lee é prematuro. Pode ser que tenha conversa entre gente que quer fazer negócio", afirmou.

"Mas não seria conversa [em estágio] pra fechar negócio", acrescentou.

Segundo a fonte, bancos de investimento nos Estados Unidos poderiam estar conduzindo discussões com grupos interessados em fazer negócio relacionado à Sara Lee, mas ele negou que alguma proposta tenha chegado à JBS.

"Uma empresa como a JBS está sempre examinando alternativas, recebendo propostas. Agora, se há conversas [com a Sara Lee], no momento não", disse.

entry Dec 17 2010, 05:46 PM
Irlanda pode não atingir metas orçamentárias até 2015, diz FMI

* por Vanessa Dezem | Valor
com agências internacionais

SÃO PAULO - O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu nesta sexta-feira que o governo irlandês poderá não atingir suas metas orçamentárias se não tomar medidas adicionais às previstas.

Em documento, o fundo afirmou que, para chegar a um déficit fiscal de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015, o governo irlandês deve ampliar os cortes das despesas ou encontrar meios de elevar as receitas de impostos.

"Há grandes incertezas sobre as perspectivas de crescimento", afirmou a instituição em nota. Segundo as projeções do FMI, a economia da Irlanda deve sofrer uma retração este ano, mas começará a crescer em 2011, com alta de 0,9% e 1,9% em 2012. Para os anos de 2013 e 2014, a taxa de crescimento deverá atingir 2,4% e 3%, respectivamente.
O FMI alertou ainda para os "riscos significativos" de contágio do sistema financeiro irlandês nos sistemas da Grécia, em Portugal e Espanha. Mas afirmou que, apesar dos altos riscos, a Irlanda provavelmente será capaz de devolver a ajuda financeira que o FMI deu ao país.

entry Dec 16 2010, 08:34 PM
BCE eleva capital e cria mecanismo permanente de ajuda

* por Reuters | Bruxelas

O BCE (Banco Central Europeu) decidiu nesta quinta-feira aumentar seu poder de fogo para combater a crise de dívida na zona do euro, e líderes da UE (União Europeia) concordaram em modificar o pacto do bloco para criar um sistema permanente de resolução de crises.

O BCE, no comando de uma reunião de política monetária entre BCs dos 16 países da zona do euro, disse que vai quase dobrar seu capital, para 10,76 bilhões de euros, a fim de fazer frente ao maior risco de crédito e à volatilidade no mercado.

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn --que vem criticando a lenta e fragmentada resposta dos líderes da UE à crise em curso--, afirmou estar preocupado com o lento crescimento e com a ameaça de contágio na Europa.

"A má notícia, como você diz, está vindo da Europa, onde a recuperação está realmente fraquejante e o crescimento é o principal problema a ser combatido", afirmou Strauss-Kahn no evento Thomson Reuters Newsmaker.

Os líderes da UE aprovaram uma emenda para que o pacto de governança do bloco, sob o comando da Alemanha, permita a criação do mecanismo europeu de estabilidade (ESM, na sigla em inglês), instrumento permanente que visa enfrentar crises financeiras a partir de 2013, segundo o esboço do comunicado do encontro.

O documento, a ser divulgado ao fim da reunião de dois dias entre os líderes europeus, também afirmou que as autoridades do bloco vão declarar prontidão para assegurar que financiamentos adequados estejam disponíveis para o fundo de resgate da zona do euro.

O esboço disse ainda que os líderes da zona do euro e as instituições da UE farão "o que for necessário para garantir a estabilidade da zona do euro como um todo".

O ESM, que substituirá a temporária rede de segurança financeira criada em maio, terá poderes para disponibilizar empréstimos sob restritas condições a países-membros em apuros, com detentores de títulos do setor privado dividindo o custo de qualquer prejuízo envolvendo dívidas, com as situações sendo estudadas caso a caso.

O objetivo é que a mudança no pacto seja ratificada por todos os países-membros até o final de 2012. As decisões serão tomadas por unanimidade, garantindo que a Alemanha, maior financiadora da UE, continue com o direito de veto.

Os líderes também devem discutir os esforços para combater a atual crise, incluindo o possível aumento nos fundos de resgate disponíveis, mas não devem tomar a decisão nesta semana.

A União Europeia, junto com o FMI, criou um fundo emergencial de empréstimos no valor de 750 bilhões de euros (US$ 1 trilhão), com o objetivo de dar assistência a países da zona do euro com elevado nível de endividamento e que são incapazes de se financiarem nos voláteis mercados financeiros.

Os líderes das 27 nações da UE estão reunidos no sétimo encontro do ano, número recorde, por conta da escalada da crise de dívida no continente. Grécia e Irlanda receberam pacotes de resgate da UE e do FMI, e os mercados veem Portugal e Espanha como alvos em potencial.

A decisão do BCE, sediado em Frankfurt, de elevar a base de capital subscrita corresponde ao primeiro aumento em 12 anos de existência da BC europeu, um marco da gravidade da atual situação.

entry Dec 15 2010, 05:49 PM
Telefónica espera conectar 1 milhão de brasileiros por fibra óptica até 2015

* por EFE

São Paulo, 15 dez (EFE).- A operadora espanhola Telefónica espera alcançar o número de 1 milhão de clientes conectados por fibra óptica no Brasil até 2015, anunciou nesta quarta-feira uma fonte da companhia.

Atualmente, a operadora possui 11,5 mil clientes conectados a fibra óptica no estado de São Paulo, a maior base de assinantes na América do Sul, assegurou o presidente da empresa no Brasil, Antonio Carlos Valente.

Ele, quem qualificou 2010 como um dos melhores anos do grupo no país, ressaltou que em São Paulo e nos municípios vizinhos há 470 mil domicílios que dispõem de acesso à tecnologia de fibra óptica.

Em declarações à imprensa, Valente declarou que foi uma conquista o fato de entre março e setembro o grupo ter conseguido aumentar o número de clientes de telefonia fixa, contra a tendência internacional do setor.

"Entre as 20 maiores empresas de telefonia fixa do mundo só a Telefónica em São Paulo aumentou o número de clientes em 2010", destaca um comunicado da firma.

Neste segmento, a companhia obteve um crescimento contínuo, que ela atribui à melhora da política comercial e à consolidação dos grupos de classe média.

Além disso, a empresa somou 597 mil novos clientes de banda larga entre janeiro e novembro deste ano, alcançando 3,2 milhões de usuários.

O elemento de maior destaque para a companhia em 2010, no entanto, foi a operação fechada em setembro que deu à Telefónica o controle de Vivo.

Para Valente, o Brasil é "um dos mercados mais competitivos do mundo" em telefonia celular, um segmento onde a presença da Telefónica "era limitada" até a operação de compra da Vivo.

entry Dec 14 2010, 05:34 PM
Aumento das importações atrasa volta do emprego em SP aos níveis pré-crise

* Giuliana Vallone | São Paulo

O crescimento das importações no país, em decorrência da desvalorização do dólar, vai atrasar a volta do nível de emprego na indústria de São Paulo para o patamar pré-crise. De acordo com dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), isso só deve ocorrer no final de 2011 --a previsão inicial era de que o patamar fosse alcançado no primeiro trimestre do próximo ano.

Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp, explica que a participação de produtos importados no consumo do país aumentou em 4 pontos percentuais neste ano, substituindo a produção nacional. "Nunca houve um aumento tão grande no coeficiente de importações em um ano. Nós poderíamos ter gerado mais empregos e nos aproximado mais do nível pré-crise se não fosse isso", afirmou.

Além disso, ele afirma que a indústria teve ganhos de produtividade após a crise, o que significa que as empresas se acostumaram a produzir a mesma quantidade de produtos, com um número menor de trabalhadores.

"Quando a empresa se recupera da crise, isso não significa que vai retomar todos os postos de trabalho fechados anteriormente", disse.

As previsões da entidade apontam para um crescimento de 4,5% no emprego industrial paulista neste ano, o que representaria uma geração de cerca de 110 mil novas vagas. Entre janeiro e novembro, foram gerados no Estado 174.500 postos, mas o número, segundo Francini, deve diminuir neste mês.

"Novembro e dezembro são sazonalmente meses de perda de vagas, especialmente nos setores de açúcar e álcool", disse. Ele previu que dezembro deve registrar o fechamento de cerca de 60 mil vagas.

Mas, mesmo com a influência negativa das importações e das demissões nos setores ligados à cana-de-açúcar no fim do ano, o crescimento do emprego em 2010 deve ficar no mesmo nível do registrado em 2007 --até agora o melhor ano da série, com aumento de 4,56%.

Para o ano que vem, a previsão é que o emprego tenha alta de 3,4%, de acordo com a Fiesp. Além disso, a entidade espera um crescimento de 4% na atividade da indústria paulista em 2011, e uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,6%.

Neste ano, a expectativa é que o crescimento da economia atinja 7,7%. "Achamos muito difícil a tarefa de chegar a 8%", afirmou Francini, em referência a algumas previsões feitas por ministros.

entry Dec 13 2010, 05:44 PM
Brasil cresce 7,7% em 2010 com forte expansão no setor de emprego, diz Cepal

* por EFE

Santiago do Chile, 13 dez (EFE).- A economia brasileira consolidou sua recuperação e cresceu 7,7% em 2010, devido à forte expansão do emprego e à demanda interna, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) nesta segunda-feira.

O aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que o ano passado contraiu 0,6%, foi consequência da alta das importações, segundo o balanço preliminar das economias da América Latina e o Caribe 2010 do organismo regional das Nações Unidas apresentado em Santiago.

Um dos responsáveis pelo bom desempenho da economia brasileira é o emprego, com a criação de 2,4 milhões de postos de trabalho entre janeiro e outubro deste ano, o que supõe um crescimento de 107% em comparação ao mesmo período de 2009.

No entanto, entre janeiro e outubro o desemprego urbano foi de 6,8%, inferior aos 8,1% do ano passado.

Os bons números do emprego se devem, principalmente, à recuperação do setor produtivo do país, embora não tenha alcançado os níveis prévios à crise, em setembro de 2008, disse a Cepal.

O crescimento da agricultura foi estimado em 11%, enquanto a indústria manufatureira atingiu um aumento de 13%, liderada pela produção de bens de capital.

O aumento da demanda interna se refletiu na expansão das importações de bens e serviços, que somaram US$ 242,4 bilhões, frente aos US$ 174,6 bilhões do ano passado.

Também cresceram as exportações, que alcançaram US$ 230,5 bilhões, lideradas pelos recursos naturais e os produtos manufaturados.

O déficit da conta corrente se situou em US$ 45,2 bilhões.

Devido às amplas condições de liquidez da economia mundial, o Brasil financiou o déficit com a receita líquida de investimento estrangeiro direto por mais de US$ 80 bilhões em investimentos em pasta, disse o relatório.

O excedente das divisas foi absorvido por um aumento de US$ 43,3 bilhões nas reservas internacionais, que em outubro deste ano alcançaram US$ 284,9 bilhões, montante superior à dívida externa brasileira.

A inflação em novembro se situou em 5,6%, acima da meta anual de 4,5%.

A projeção de crescimento do Brasil em 2011 é de 4,6%, disse o organismo das Nações Unidas.

entry Dec 12 2010, 05:46 PM
China diz que manterá yuan estável em uma "taxa razoável"

* por Agências de Notícias

O governo chinês afirmou neste domingo que vai ampliar seu empenho de combate à inflação em 2011 e que manterá o câmbio do yuan "basicamente estável em um nível razoável e balanceado".

O câmbio artificial utilizado pela China tem fortalecido a economia local (já aquecida e com o papel de maior exportador atual). Com o valor do yuan baixo, a China fica mais competitiva porque exporta seu excedente por um preço mais barato e a demanda cresce. E, ao mesmo tempo, enfraquece balanças comerciais em todo o mundo. Porém, com o câmbio flutuante, outros países do globo veem suas divisas valorizar -- ficando sempre mais cara que o yuan.

Os Estados Unidos, por exemplo, registram neste ano uma sequência de mais de 20 deficit comerciais. Com o consumo interno ainda muito fraco, o país busca nas exportações uma forma de manter a economia girando. Porém, sem compradores em outros países, a desvalorização cambial acaba sendo uma saída para tornar as vendas ao exterior mais competitivas.

Assim, o câmbio do yuan é motivo de grande atrito entre Estados Unidos e China. Washington têm pressionado Pequim a respeito, afirmando que a taxa é mantida artificialmente baixa a fim de aumentar as exportações chinesas de forma injusta. Em novembro, o governo de Barack Obama deu um ultimato à China para que aja rapidamente na reforma de sua taxa de câmbio e que espera ações a respeito até janeiro, quando o presidente da China, Hu Jintao, visitará Washington.

Em comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Xinhua neste domingo, a China afirmou que vai adotar medidas para controlar o débito local do governo, um legado dos planos de estímulo pesados estabelecidos no final de 2008 para conter a crise mundial.

A conferência também determinou que os preços de compra do governo para grãos aumentarão, com o objetivo de estimular os agricultores a continuar a plantar lavouras estratégicas. Depois de vários anos de colheitas robustas, planejadores temem que não haja mais espaço para aumentar os resultados do plantio. Nessa área, o câmbio também dá margem para especulações nas commodities agrícolas.

"Vamos melhorar o mecanismo de formação da taxa de câmbio e manter a taxa do yuan basicamente estável em um nível razoável e equilibrado", diz o comunicado divulgado pela Xinhua. O yuan subiu 2,4% desde sua desvinculação com o dólar, em meados de junho.

INFLAÇÃO
O documento afirma ainda que a China irá implementar uma política fiscal "ativa" e uma política monetária "prudente" no próximo ano. Semana passada, a política tinha sido definida como "apropriadamente flexível" pelo governo do Partido Comunista.

A política fiscal será utilizada para manter crescimento estável e melhorar a estrutura da economia, segundo o documento. "A prioridade é lidar com as relações entre manter um crescimento econômico estável e relativamente rápido, a reestruturação econômico e lidar com as expectativas da inflação", afirma o texto. "A reestruturação econômica estratégica será acelerada e estabilizar o nível dos preços terá uma posição mais proeminente".

Neste sábado, a China anunciou uma inflação de mais de 5%, a mais alta desde o estouro da crise financeira de 2008. A alta mostrou sinais de que não se restringe aos preços de alimentos, aumentando a pressão para que o governo adote políticas mais rigorosas.

O índice dos preços ao consumo, principal indicador da inflação, aumentou em novembro 5,1% ao ano, contra 4,4% em outubro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (BNS). Para os 11 primeiros meses do ano, o aumento em relação ao mesmo período de 2009 é de 3,2%, acima da meta de 3% concedida pelo governo.

A inflação é um dos principais motivos de descontentamento social entre a população, por isso o governo chinês ordenou controles temporários de preços, aumento da produção agrícola e criadora de gado e limitação dos custos energéticos.

A mudança de estratégia, aliada à apreensão com a inflação, deve levar a aumentos mais agressivos das taxas de juros e maiores restrições a empréstimos, dizem analistas.

Pequim está tentando promover o consumo doméstico a fim de reduzir a dependência das exportações.

A liderança que assinou a nota prometeu estabelecer um teto para a liquidez no sistema bancário, alimentado por fluxos de capital crescentes, e direcionar mais empréstimos para a economia real, de acordo com a mídia oficial.

Outros índices econômicos em pauta no sábado devem ter dado ao governo chinês a confiança para intensificar os controles, uma vez que os sinais indicam um impulso de crescimento impressionante na segunda maior economia do mundo.

Na última sexta-feira (10), o banco central aumentou os depósitos compulsórios dos bancos terceira vez em um mês para aparar os excessos de capital na economia. A alta da inflação sugeriu que uma ação mais resoluta era necessária.

"As atuais medidas de controles macros são um pouco relaxadas. A chave é observar como serão implementadas no começo do ano que vem", disse Dong Xian'an, economista-chefe da Industrial Securities, em Pequim.

entry Dec 11 2010, 07:23 PM
China tem inflação de 5,1% em novembro

* por AFP

PEQUIM, 11 dez 2010 (AFP) -A inflação na China chegou a 5,1% em novembro e é superior às previsões dos observadores, reconheceu neste sábado o governo, enquanto analistas esperavam novas medidas para frear a alta dos preços, que afetam sobretudo os mais pobres.

O índice de preços ao consumidor na China, principal termômetro da inflação, atingiu 5,1% ao ano em novembro passado, superando em onze meses a meta de 3% do governo para 2010, informou neste sábado o Bureau Nacional de Estatísticas.

Esta foi a alta anual mais severa desde julho de 2008, quando a inflação somou 6,3%.

Em outubro passado, a inflação anual atingiu 4,4%.

Para o período janeiro-novembro, a inflação acumulada foi de 3,2%, superando a meta do governo para todo o ano de 2010.

Os preços dos produtos alimentícios subiram no mês passado 11,7% ao ano, enquanto os preços (com exceção da alimentação) aumentaram apenas 1,9%.

Na véspera da publicação dos principais indicadores econômicos mensais, o banco central subiu na sexta-feira pela sexta vez durante o ano a taxa das reservas obrigatórias dos bancos, para limitar o volume dos empréstimos e a criação de moeda, geradora de inflação.

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